Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Soluc¸o˜es dos Exerc´ıcios Cap´ıtulo 1 1.1- a) Suponha que x+ y /∈ Q−R. Enta˜o x+ y ∈ R ou y = r − x. Da´ı, y ∈ Q, pois r − x ∈ Q, o que contradiz a hipo´tese de que y ∈ Q− R. b) Suponha que xy /∈ R − Q. Enta˜o xy = r ∈ Q ou y = r x . Da´ı, y ∈ Q, pois r x ∈ Q o que condradiz a hipo´tese de que y ∈ Q− R. c) Temos: y = y · 1 = y · x · 1 x = xy · 1 x = 0 · 1 x = 0⇒ y = 0 d) Temos: ( √ x−√y)2 ≥ 0, ∀x ≥ 0 e ∀y ≥ 0 Logo: ( √ x−√y)2 = x− 2√x√y + y = x+ y − 2√x√y ≥ 0 ⇒ x+ y ≥ 2√xy ⇒ √xy ≤ x+ y 2 e) Temos: |a− b| = |a+ (−b)| ≤ |a|+ | − b| = |a|+ | − 1 · b| = |a|+ | − 1||b| = |a|+ |b| ⇒ |a− b| ≤ |a|+ |b|, ∀a, b ∈ R f) Temos: |a| = |a− b+ b| ≤ |a− b|+ |b| |a| − |b| ≤ |a− b| (1) Por outro lado, |b| = | − 1||b| = | − b| = | − a+ a− b| = |a− b− a| ≤ |a− b|+ |a| ⇒ −|a− b| ≤ |a| − |b| (2) Por (1) e (2) segue que: −|a− b| ≤ |a| − |b| ≤ |a− b| ou equivalentemente: ||a| − |b|| ≤ |a− b|, ∀a, b ∈ R 2 g) Temos: |a| = |a+ b− b| ≤ |a+ b|+ |b| ⇒ |a| − |b| ≤ |a+ b| ⇒ |a+ b| ≥ |a| − |b|, ∀a, b ∈ R h) Basta mostrar que: |a| 1 + |b| + |b| 1 + |b| − |a+ b| 1 + |a+ b| ≥ 0, ∀a, b ∈ R De fato, |a| 1 + |b| + |b| 1 + |b| − |a+ b| 1 + |a+ b| = = |a|(1 + |b|)(1 + |a+ b|) + |b|(1 + |a|)(1 + |a+ b|)− |a+ b|(1 + |a|)(1 + |b|) (1 + |a|)(1 + |b|)(1 + |a+ b|) Note que, |a|(1 + |b|)(1 + |a+ b|) + |b|(1 + |a|)(1 + |a+ b|)− |a+ b|(1 + |a|)(1 + |b|) = = |a|+ |a||a+ b|+ |a||b|+ |a||b||a+ b|+ |b|+ |b||a+ b|+ |a||b|+ |a||b||a+ b|− −|a+ b| − |b||a+ b| − |a||a+ b| − |a||b||a+ b| = |a|+ |b|+ 2|a||b|+ |a||b||a+ b| − |a+ b| Da´ı, |a| 1 + |b| + |b| 1 + |b| − |a+ b| 1 + |a+ b| = |a|+ |b|+ 2|a||b|+ |a||b||a+ b| − |a+ b| (1 + |a|)(1 + |b|)(1 + |a+ b|) ≥ ≥ |a|+ |b|+ 2|a||b|+ |a||b||a+ b| − |a| − |b| (1 + |a|)(1 + |b|)(1 + |a+ b|) = = 2|a||b|+ |a||b||a+ b| (1 + |a|)(1 + |b|)(1 + |a+ b|) ≥ 0 ⇒ |a| 1 + |b| + |b| 1 + |b| − |a+ b| 1 + |a+ b| ≥ 0 ∀a, b ∈ R 1.2- a) Se a < b enta˜o, max{a, b} = b. Logo: a < b⇒ a− b < 0⇒ |a− b| = −(a− b) = b− a⇒ |a− b| = b− a+ b− b ⇒ |a− b|+ a+ b = 2b⇒ b = 1 2 {a+ b+ |a− b|} Se a > b enta˜o, max{a, b} = a. Logo: a > b⇒ a− b > 0⇒ |a− b| = a− b⇒ |a− b| = a− b+ a− a ⇒ |a− b|+ a+ b = 2a⇒ a = 1 2 {a+ b+ |a− b|} 3 Se a = b enta˜o, max{a, b} = c, com c = a = b. Logo: a = b⇒ a− b = 0⇒ |a− b| = a− b⇒ |a− b| = a− b+ a− a ⇒ |a− b|+ a+ b = 2a⇒ a = 1 2 {a+ b+ |a− b|} ⇒ c = 1 2 {a+ b+ |a− b|} Portanto max{a, b} = 1 2 {a+ b+ |a− b|}. b) Ana´loga. 1.3- i) Se n = 2, pela desigualdade triangular, temos: |a1 + a2| ≤ |a1|+ |a2|, ∀a1, a2 ∈ R ii) Agora, suponha que |a1 + a2 + . . .+ an| ≤ |a1|+ |a2|+ . . .+ |an| (3) e´ verdadeira para n, e mostremos que a mesma e´ satisfeita para n+ 1. De fato, |a1+a2+ . . .+an+an+1| = |(a1+a2+ . . .+an)+an+1| ≤ |a1+a2+ . . .+an|+ |an+1| Pela hipo´tese de induc¸a˜o temos: |a1 + a2 + . . .+ an + an+1| ≤ |a1|+ |a2|+ . . .+ |an|+ |an+1| Portanto, (3) e´ va´lida para todo n ∈ N. 1.4- i) Se n = 1 temos: (1 + x)1 = 1 + x ≥ 1 + 1x ii) Agora admitamos que (1 + x)n ≥ 1 + nx (4) e´ verdadeira para n. Multiplicando ambos os lados de (4) por 1 + x, teremos: (1 + x)n+1 ≥ (1 + x)(1 + nx) = 1 + nx+ x+ nx2 = = 1 + (n+ 1)x+ nx2 ≥ 1 + (n+ 1)x, pois nx2 ≥ 0 Portanto, pelo Princ´ıpio de Induc¸a˜o (1 + x)n ≥ 1 + nx, ∀n ∈ N, ∀x ≥ −1. 1.5- i) Para n = 1 temos: (1 + x)1 = 1 + x ≥ 1 + 1 · x+ 0 · x2 = 1 + 1 · x+ 1(1− 1) 2 x2 4 ii) Agora, suponha que (1 + x)n ≥ 1 + nx+ n(n− 1) 2 x2 (5) e´ verdadeira para n e mostremos que a mesma vale para n+ 1. De fato, (1 + x)n+1 = (1 + x)n(1 + x) Pela hipo´tese de induc¸a˜o temos: (1 + x)n+1 ≥ ( 1 + nx+ n(n− 1) 2 x2 ) (1 + x) = = 1 + x+ nx+ nx2 + n(n− 1) 2 x2 + n(n− 1) 2 x3 = = 1 + (n+ 1)x+ ( n+ n(n− 1) 2 ) x2 + n(n− 1) 2 x3 = = 1 + (n+ 1)x+ ( n+ n2 2 ) x2 + n(n− 1) 2 x3 = = 1 + (n+ 1)x+ (n+ 1)n 2 x2 + n(n− 1) 2 x3 = = 1 + (n+ 1)x+ (n+ 1)(n+ 1− 1) 2 x2 + n(n− 1) 2 x3 ≥ ≥ 1 + (n+ 1)x+ (n+ 1)(n+ 1− 1) 2 x2 Portanto, (5) e´ va´lida para todo n ∈ N. 1.6- De fato, pela propriedade arquimediana de R temos que: dado ε > 0 em R, existe N ∈ N tal que Nε > 1⇒ ε > 1 N ⇒ 1 N < ε 1.7- Suponha que na˜o existisse x ∈ S tal que y > x ≥ m0 para cada y > m0. Enta˜o ter´ıamos y ≤ x ∀x ∈ S, isto e´, y seria uma cota inferior para S. Mas y > m0, o que contradiz o fato de m0 ser o ı´nfimo de S. Portanto, para cada y > m0, existe x ∈ S tal que y > x ≥ m0. 1.8- a) (Existeˆncia) Temos: b = b · 1 = b · a a = a · b a ⇒ a · b a = b Logo, x = b a satisfaz ax = b, e esta´ provada a existeˆncia. 5 (Unicidade) Suponha que exista y ∈ R tal que ay = b. Enta˜o: y = 1 · y = a a · y = 1 a · ay = 1 a · b = b a ⇒ y = b a Logo ax = b possui soluc¸a˜o u´nica em R. b) Ana´loga. 1.9- i) Se n = 1 temos x− y = x− y. ii) Adimitamos que xn − yn = (x− y)(xn−1 + xn−2y + . . .+ xn−jyj−1 + . . .+ xyn−2 + yn−1) e´ verdade para n e mostremos a igualdade para n+ 1. De fato, xn+1 − yn+1 = xn · x− yn · y = xnx− xny + xny − yny = xn(x− y) + (xn − yn)y Agora, utilizando a hipo´tese de induc¸a˜o, temos xn+1 − yn+1 = xn(x− y) + (x− y)(xn−1 + xn−2y + . . .+ xyn−2 + yn−1)y = (x− y)xn + (x− y)(xn−1y + xn−2y2 + . . .+ xyn−1 + yn) = (x− y)(xn + xn−1y + . . .+ xyn−1 + yn) = (x− y)(x(n+1)−1 + x(n+1)−2y + . . .+ xy(n+1)−2 + y(n+1)−1) Assim, vale a igualdade ∀n ∈ N, pelo Princ´ıpio de Induc¸a˜o Matema´tica. 1.10- De fato, temos:( n k ) + ( n k + 1 ) = = n(n− 1)(n− 2) . . . (n− k + 1) 1.2 . . . k + n(n− 1)(n− 2) . . . (n− k + 1)(n− k) 1.2 . . . k(k + 1) = n(n− 1) . . . (n− k + 1)(k + 1) + n(n− 1) . . . (n− k + 1)(n− k) 1.2 . . . k(k + 1) = = n(n− 1)(n− 2) . . . (n− k + 1)[k + 1 + n− k] 1.2 . . . k(k + 1) = = (n+ 1)n(n− 1)(n− 2) . . . (n− k + 1) 1.2 . . . k(k + 1) = ( n+ 1 k + 1 ) 1.11- i) Se n = 1 temos: (x+ y)1 = 1∑ k=1 ( 1 k ) x1−kyk = ( 1 0 ) x1−0y0 + ( 1 1 ) x1−1y1 = x+ y 6 ii) Suponha que: (x+ y)m = m∑ k=0 ( m k ) xm−kyk (6) e provemos (6) para m+ 1. Temos (x+ y)m+1 = (x+ y)m(x+ y) = (x+ y) m∑ k=0 ( m k ) xm−kyk = m∑ k=0 ( m k ) xm−k+1 + m∑ k=0 ( m k ) xm−kyk+1 = ( m 0 ) xm+1 + ( m 1 ) xmy + . . .+ ( m k − 1 ) xm−k+2yk−1 + + ( m k ) xm−k+1yk + . . .+ ( m m ) xym + ( m 0 ) xmy + + ( m 1 ) xm−1y2 + . . .+ ( m k − 1 ) xm−1+kyk + + ( m k ) xm−kyk+1 + . . .+ ( m m ) ym+1 = ( m 0 ) xm+1 + [( m 0 ) + ( m 1 )] xmy + . . .+ + [( m k − 1 ) + ( m k )] xm−k+1yk + . . .+ + [( m m− 1 ) + ( m m )] xym + ( m m ) ym+1 = m+1∑ k=0 ( m+ 1 k ) xm+1−kyk onde foi usada a relac¸a˜o:( m k − 1 ) + ( m k ) = ( m+ 1 k ) Portanto, pelo Princ´ıpio de Induc¸a˜o Finita, (6) vale para todo n ∈ N. 1.12- Sejam x1, x2, . . ., xn e y1, y2, . . ., yn nu´meros reais e considere, f : R −→ R tal que: f(t) = n∑ i=1 (xi + tyi) 2, t ∈ R Enta˜o: f(t) = n∑ i=1 (xi + tyi) 2 = n∑ i=1 x2i + 2t n∑ i=1 xiyi + t 2 n∑ i=1 y2i ≥ 0 7 Fazendo A = n∑ i=1 y2i , B = n∑ i=1 xiyi e C = n∑ i=1 x2i temos: f(t) = At2 + 2Bt+ C ≥ 0, ∀t ∈ R Logo: ∆ = (2B)2 − 4AC ≤ 0⇒ 4B2 − 4AC ≤ 0⇒ 4(B2 − AC) ≤⇒ B2 − AC ≤ 0 ⇒ B2 ≤ AC e substituindo os valores de A, B e C concluimos que:( n∑ i=1 xiyi )2 ≤ ( n∑ i=1 x2i )( n∑ i=1 y2i ) 1.13- (Existeˆncia) Consideremos o conjunto: A = {x ∈ Q; x2 > a, x > 0} e mostremos que b = infA satisfaz b2 = a. Basta mostrarmos que b2 < a e b2 > a na˜o sa˜o verdadeiras. Suponha que b2 < a. Como( b+ 1n )2 = b2 + 2b n + 1 n2 ≤ b2 + 2b+ 1 n e b2 + 2b+ 1 n < a se n > 2b+ 1 a− b2 , teremos( b+ 1 n )2 < a se n > 2b+ 1 a− b2 Isto mostra que b+ 1 n e´ uma cota inferior de A, o que e´ uma contradic¸a˜o. Suponha enta˜o, que b2 > a. Como( b− 1 n )2 = b2 − 2b n + 1 n2 ≥ b2 − 2b n e b2 − 2b n > a se n > 2b b2 − a enta˜o temos:( b− 1 n )2 > a se n > 2b b2 − a 8 Desde que, b− 1 n < b enta˜o existe r ∈ Q tal que, b− 1 n < r < b⇒ a < ( b− 1 n )2 < r2 Logo, existe r ∈ A tal que r < b, que e´ uma contradic¸a˜o. (Unicidade) Sejam x1 e x2 soluc¸o˜es reais positivas de x 2 = a. Enta˜o x21 = a e x 2 2 = a⇒ x21 = x22 ⇒ x21 − x22 = 0⇒ (x1 + x2)(x1 − x2) = 0 Como x1 + x2 > 0 enta˜o: x1 − x2 = 0⇒ x1 = x2 Exerc´ıcio Complementar 1- Sejam a, b nu´meros irracionais tais que a2 − b2 seja um racional na˜o nulo. Enta˜o a+ b e a− b sa˜o nu´meros irracionais. Soluc¸a˜o: Temos, a2 − b2 = (a+ b)(a− b). Se pelo menos um dos fatores (a+ b) ou (a− b) fosse racional, ter´ıamos que a+ b e a− b seriam racionais, pois: a+ b = a2 − b2 a− b e a− b = a 2 − b2 a+ b Logo, a = a+ b+ a− b 2 e b = a+ b− (a− b) 2 seriam racionais, o que contradiz nossa hipo´tese. 1.14- c) Suponha que 2 + √ 3 seja um nu´mero racional. Enta˜o existem a, b ∈ Z, com mdc{a, b} = 1, tais que 2 +√3 = a b . Logo: 2 + √ 3 = a b ⇔ 2b+ b √ 3 = a⇒ b √ 3 = a− 2b⇒ √ 3 = a− 2b b Como a− 2b ∈ Z e b ∈ Z, fac¸a m = a− 2b e n = b e teremos: √ 3 = m n , m, n ∈ Z 9 que e´ uma contradic¸a˜o, uma vez que √ 3 e´ irracional. d) Segue do exerc´ıcio complementar 1. 1.15- Suponhamos que m = inf S. Enta˜o m e´ uma cota superior para S, e portanto satisfaz a). Agora, se existisse ε0 > 0 tal que x ≥ m+ ε0, ∀x ∈ S, enta˜o m+ ε0 que e´ estritamente maior que m, seria cota inferior de S, o que contradiz a maximalidade de m. Portanto ∀ε > 0, ∃x ∈ S tal que x < m+ ε. Reciprocamente, suponha que m satisfaz a) e b) e seja p uma outra cota inferior de S. Se fosse m < p tomar´ıamos ε = p −m > 0 e por b) existiria x ∈ S com x < m+ p−m. Isto e´, x < p, o que contradiz o fato de p ser cota inferior de S. Portanto m ≥ p, donde segue que inf S = m. 1.16- Seja m uma cota inferior para S. Enta˜o: m ≤ x, ∀x ∈ S Portanto −m ≥ −x, ∀x ∈ S Logo, o conjunto −S e´ limitado superiormente. Pelo Teorema 1.2, −S possui supremo, e seja M = sup(−S). Enta˜o: i) −x ≤M , ∀x ∈ S ii) ∀ε > 0, ∃x0 ∈ S tal que M − ε < −x0 o que implica em iii) −M ≤ x, ∀x ∈ S iv) ∀ε > 0, ∃x0 ∈ S tal que −M + ε > x0 ou seja, −M = inf S e portanto: inf S = −M = − sup(−S) 1.17- a) Temos que: d(x, y) = |x− y| ≥ 0⇒ d(x, y) ≥ 0, ∀x, y ∈ R Temos ainda: d(x, y) = 0⇔ |x− y| = 0⇔ x− y = 0⇔ x = y b) Temos: d(x, y) = |x− y| = | − (y − x)| = | − 1||y − x| = d(y, x), ∀x, y ∈ R 10 c) Temos: d(x, y) = |x−y| = |x−z+z−y| ≤ |x−z|+|z−y| = d(x, y)+d(y, z), ∀x, y, z ∈ R 1.18- Temos que, 1 n > 0, ∀n ∈ N, ou seja, 0 e´ cota inferior para A. Vamos mostrar que nenhum c > 0 e´ cota inferior para A. De fato, se c > 0 fosse cota inferior para A, enta˜o ter´ıamos: 1 n > c, ∀n ∈ N Mas, pelo Exerc´ıcio 1.6, dado c > 0, ∃n0 tal que 1 n0 < c, o que contradiz o fato de c ser cota inferior para A. Logo inf A = 0. 1.19- Seja p ∈ N primo e suponha que √p /∈ R−Q. Enta˜o: √ p = a b , a, b ∈ Z, b 6= 0 e mdc(a, b) = 1 Logo, p = a2 b2 ⇒ a2 = pb2 ⇒ p | a2 ⇒ p | a · a⇒ p | a ou p | a⇒ a = kp, k ∈ Z Da´ı, (kp)2 = pb2 ⇒ k2p2 = pb2 ⇒ b2 = pk2 ⇒ p | b2 ⇒ p | b⇒ b = k′p ou seja, a = kp e b = k′p o que contradiz o fato de a e b serem irredut´ıveis. Logo√ p ∈ R−Q. 1.20- Sejam p, q ∈ N primos tal que p 6= q. Suponha que √pq /∈ R−Q. Enta˜o: √ pq = a b , a, b ∈ Z, b 6= 0 e mdc(a, b) = 1 Logo, pq = a2 b2 ⇒ b2pq = a2 ⇒ pq | a2 ⇒ pq | a⇒ a = k(pq), k ∈ Z Da´ı, b2pq = (k(pq)2) = k2p2q2 ⇒ b2 = k2pq ⇒ pq | b⇒ b = k′(pq), k′ ∈ Z Mas isto contradiz o fato de a e b serem irredut´ıveis. Portanto: √ pq ∈ R−Q. 11 1.21- No Exerc´ıcio 1.8, vimos que nenhum a > 0 satisfaz a < 1 n , ∀n ∈ N Como neste caso temos a ≥ 0, enta˜o: a = 0, pois se A = { 1 n ; n ∈ N } , inf A = 0. 1.22- a) Temos que, existe x0 ∈ S ⇒ axo ∈ aS ⇒ aS 6= ∅. Ale´m disso, a+ x0 ∈ a+ S ⇒ a+ S 6= ∅. Se y ∈ aS enta˜o: y = ax x ∈ S ⇒ |y| = |ax| = |a||x| ≤ |a| · k k ∈ R onde |x| ≤ k ∀x ∈ S uma vez que S e´ limitado. Agora, y ∈ a+ S ⇒ y = a+ x⇒ |y| = |a+ x| ≤ |a|+ |x| ≤ |a|+ k, ∀y ∈ a+ S donde segue que a+ S e´ limitada. b) Se a = 0 as igualdades sa˜o imediatas. Sejam enta˜o a > 0 e α = supS. Temos: i) x ≤ α, ∀x ∈ S ii) ∀ε > 0, ∃x0 ∈ S tal que α− ε a < x0 Multiplicando cada desigualdade acima por a, obtemos: iii) ax ≤ aα, ∀x ∈ S iv) ∀ε > 0, ∃x0 ∈ S tal que aα− ε < ax0 Logo, sup(aS) = aα = a supS. Agora seja, β = inf S. Enta˜o: v) β ≤ x, ∀x ∈ S vi) ∀ε > 0, ∃x0 ∈ S tal que x0 < β + ε a Multiplicando cada desigualdade acima por a, obtemos: vii) aβ ≤ ax, ∀x ∈ S viii) ∀ε > 0, ∃x0 ∈ S tal que ax0 < aβ + ε Logo, inf(aS) = aβ = a inf S. c) Ja´ vimos que: sup(−S) = − inf S. Sendo a < 0 enta˜o: a = −k, onde k > 0. Logo sup(aS) = sup(−kS) = − inf(kS) = −k inf S = a inf S 12 Agora, note que, se S = −S, enta˜o: sup(−S) = − inf S ⇒ supS = − inf(−S) ⇒ − supS = inf(−S) Da´ı, sendo a < 0 temos: a = −`, onde ` > 0. Logo: inf(aS) = inf(−`S) = − sup(`S) = −` supS = a supS d) Seja α = supS. Enta˜o, temos: i) x ≤ α, ∀x ∈ S ii) ∀ε > 0, ∃x0 ∈ S tal que α− ε < x0 e somando a as duas desigualdades acima, obtemos: iii) a+ x ≤ a+ α, ∀x ∈ S iv) ∀ε > 0, ∃x0 ∈ S tal que a+ α− ε < a+ x0 Logo, sup(a+ S) = a+ α = a+ supS. Agora seja β = inf S. Enta˜o: v) β ≤ x, ∀x ∈ S vi) ∀ε > 0, ∃x0 ∈ S tal que x0 < β + ε e somando a as duas desigualdades acima, obtemos: vii) a+ β ≤ a+ x, ∀x ∈ S vii) ∀ε > 0, ∃x0 ∈ S tal que a+ x0 < a+ β + ε Logo, inf(a+ S) = a+ β = a+ inf S. 1.23- Por definic¸a˜o temos que, se A e B sa˜o limitados superiormente enta˜o: x ≤ supA, ∀x ∈ A e y ≤ supB, ∀y ∈ B. Considerando o conjunto A+ B = {x+ y; x ∈ A e x ∈ B} e somando as duas desigualdades acima obtemos: x+ y ≤ supA+ supB, ∀x+ y ∈ A+B isto e´, supA+supB e´ uma cota superior de A+B, e portanto, A+B e´ limitado superiormente. Agora para mostrar que esta cota superior e´ o supremo, tomemos ε > 0. Logo, pela definic¸a˜o sabemos que existe x ∈ A e y ∈ B tal que: x > supA− ε 2 e y > supB − ε 2 13 Somando estas duas desigualdades conclu´ımos: x+ y > supA+ supB − ε isto e´, ∀ε > 0 existe z = x + y ∈ F tal que a u´ltima desigualdade ocorre, e portanto: sup(A+B) = supA+ supB. 1.24- Seja f : A −→ B sobrejetiva. Enta˜o existe x ∈ A tal que f(x) = y, ∀y ∈ B, donde segue que f−1(B) ⊂ A e´ na˜o vazio. Logo, para cada y ∈ B, escolha x ∈ A tal que f(x) = y e ponhamos g(y) = x, o que define uma func¸a˜o g : B −→ A tal que f(g(y)) = y. Note que IB : B −→ B e´ dada por IB(y) = y. Portanto: (f ◦ g)(y) = y ⇒ f ◦ g = IB 1.25- Seja f : A −→ B injetiva. Enta˜o: f(x1) = f(x2)⇒ x1 = x2, x1, x2 ∈ A, y1 = f(x1) e y2 = f(x2) o que e´ equivalente a dizer que ∀y ∈ f(A) existe um u´nico x ∈ A tal que f(x) = y. Escrevamos x = h(y), o que define a func¸a˜o, h : f(A) −→ A tal que h(f(x)) = x, ∀x ∈ A. Completemos a definic¸a˜o de h, pondo h(y) = x0 (x0 fixo em A) para y ∈ B − f(A). Obtemos assim h : B −→ A tal que (h ◦ f)(x) = x⇒ h ◦ f = IA. 1.26- Considere f : A −→ B, g : B −→ C bijec¸o˜es e seja g ◦ f : A −→ C tal que (g ◦ f)(x) = g(f(x)). Mostremos que g ◦ f e´ injetiva. De fato, dados x1, x2 ∈ A temos: (g ◦ f)(x1) = (g ◦ f)(x2)⇒ g(f(x1)) = g(f(x2))⇒ f(x1) = f(x2)→ x1 = x2 Agora, mostremos que g ◦ f e´ sobrejetiva. De fato, como g e´ bijetiva, e portanto sobrejetiva, ∃y ∈ B tal que g(y) = w, ∀w ∈ C. Mas do fato de f ser bijetiva, e portanto, sobrejetiva,∃x ∈ A tal que f(x) = y, ∀y ∈ B. Segue enta˜o que: g(y) = g(f(x)) = w, ou seja: existe x ∈ A tal que (g ◦ f)(x) = w, ∀w ∈ C. Logo g ◦ f e´ sobrejetiva. Portanto g ◦ f e´ bijetiva, como quer´ıamos. 1.27- Suponhamos que a > b⇒ a− b > 0. Logo, existe n0 ∈ N tal que 1 no < a− b 14 o que contradiz o fato de 1 n > a− b ∀n ∈ N. Logo: a ≤ b. 1.28- i) Para n = 2 temos: 22−1 = 2 ≤ 2! = 2 · 1 (7) ii) Agora suponha que 2n−1 ≤ n! e´ verdadeira para n e mostremos que a mesma vale para n+ 1. De fato, 2(n+1)−1 = 2n = 2n−1 · 2 Por hipo´tese de induc¸a˜o, 2n−1 · 2 ≤ n! · 2, donde segue que: 2(n+1)−1 ≤ n! · 2 Agora, e´ fa´cil ver que 2 ≤ n+ 1, ∀n ∈ N. Logo: 2(n+1)−1 ≤ n! · 2 ≤ n!(n+ 1) = (n+ 1)! Portanto (7) e´ va´lida para todo n ∈ N. 1.29- Primeiro mostremos, por absurdo, que o Princ´ıpio da Boa Ordenac¸a˜o implica o Primeiro Princ´ıpio de Induc¸a˜o. Para isto considere N o conjunto dos nu´meros naturais e suponha que uma certa afirmativa A(n), n ∈ N e´ falsa. Queremos demonstrar que N e´ vazio. Vamos supor, enta˜o, que exista algum elemento em N. Pelo Princ´ıpio da Boa Ordenac¸a˜o, existe um menor elemento, n0 ∈ N. Por hipo´tese, n0 6= 1, e enta˜o n0 > 1. Como n0 e´ o menor elemento de N, segue-se que n0− 1 na˜o esta´ em N; em outras palavras, a afirmativa A(n0− 1) e´ verdadeira. Mas, pelo Primeiro Princ´ıpio de Induc¸a˜o, conclu´ımos que A(n0) e´ tambe´m verdadeira, pois n0 = (n0 − 1) + 1 Mas isso e´ uma contradic¸a˜o, como quer´ıamos. Reciprocamente, mostremos, tambe´m por absurdo, que o Primeiro Princ´ıpio de Induc¸a˜o implica o Princ´ıpio da Boa Ordenac¸a˜o. Para isto, suponha que A e´ um subconjunto na˜o vazio de N e que A na˜o possui um menor elemento e mostremos que isto leva-nos a uma contradic¸a˜o. De fato, defina M ⊆ N por M = {x ∈ N; x < a ∀a ∈ A} Pelo princ´ıpio da tricotomia M ∩ A = ∅. Agora 1 /∈ A; caso contra´rio 1 seguramente seria o menor elemento de A. Consequ¨entemente 1 < a para todo a ∈ A, e assim 1 ∈ M . Seja agora p ∈ M ; enta˜o p < a para todo a ∈ A. Se p+1 ∈ A enta˜o p+1, que e´ o primeiro nu´mero natural maior que p, seria o menor 15 elemento de A, em contradic¸a˜o com nossa suposic¸a˜o de que A na˜o possui menor elemento. Assim p+1 /∈ A, e assim p+1 < a para todo a ∈ A. Enta˜o p+1 ∈M e por induc¸a˜o M = N. Mas M ∩ A = ∅, e assim A = ∅, que e´ uma contradic¸a˜o. Enta˜o A deve ter um menor elemento. Portanto o Primeiro Princ´ıpio de Induc¸a˜o e o Princ´ıpio da Boa Ordenac¸a˜o sa˜o equivalentes em N. 1.30- Se B e´ finito na˜o ha´ o que demonstrar. Agora se B na˜o for finito, considere f : A −→ B sobrejetiva. Pelo exerc´ıcio 1.24, existe g : B −→ A tal que f ◦g = IB. Em particular vimos que g e´ injetiva. Como A e´ enumera´vel, usando a proposic¸a˜o 1.6, segue que B tambe´m e´ enumera´vel. 1.31- Por definic¸a˜o temos que, se A e B sa˜o limitados inferiormente enta˜o: x ≥ inf A, ∀x ∈ A e y ≥ inf B, ∀y ∈ B. Considerando o conjunto A+ B = {x+ y; x ∈ A e x ∈ B} e somando as duas desigualdades acima obtemos: x+ y ≥ inf A+ inf B, ∀x+ y ∈ A+B isto e´, inf A + inf B e´ uma cota inferior de A + B, e portanto, A + B e´ limitado inferiormente. Agora para mostrar que esta cota inferior e´ o ı´nfimo, tomemos ε > 0. Logo, pela definic¸a˜o sabemos que existe x ∈ A e y ∈ B tal que: x < inf A− ε 2 e y < supB − ε 2 Somando estas duas desigualdades conclu´ımos: x+ y < inf A+ inf B − ε isto e´, ∀ε > 0 existe z = x + y ∈ F tal que a u´ltima desigualdade ocorre, e portanto: inf(A+B) = inf A+ inf B. 1.32- Como D = C − A ⊂ C, segue pelo corola´rio da proposic¸a˜o 1.6 que D = C − A e´ conta´vel. Pelo Exerc´ıcio 1.38, A conte´m um subconjunto infinito conta´vel E. Desde que E ∪D e´ conta´vel (proposic¸a˜o 1.7) e infinito, temos que, existem as bijec¸o˜es f : E ∪D −→ N e g : N −→ D Como g ◦ f e´ uma bijec¸a˜o de E ∪D em D, segue que E ∪D ' D. Enta˜o A ∪ C = A ∪ (C − A) = A ∪D = (A− E) ∪ (E ∪D) ' (A− E) ∪ E = A 16 isto e´, A ∪ C ' A. Agora, como C e´ enumera´vel, segue que B∩C e´ conta´vel. Mas B e´ na˜o enumera´vel e B−C = B− (B∩C). Como B na˜o e´ conta´vel, e´ infinito. Em particular B−C e´ infinito. Enta˜o B − C ' (B − C) ∪ (B ∩ C) = B ⇒ B − C ' B 1.33- a) Sejam a, b ∈ R e f : (0, 1) −→ (a, b) x 7−→ f(x) = a+ (b− a)x Temos que f e´ injetiva, pois f(x1) = f(x2)⇒ a+ (b− a)x1 = a+ (b− a)x2 ⇒ x1 = x2 quaisquer que sejam x1, x2 ∈ (0, 1)x. Agora, por definic¸a˜o, o conjunto A = {y = a+(b−a)x; 0 < x < 1} e´ o segmento de reta cujas extremidades sa˜o a e b. Mas, A = (a, b) = Im(f), ou seja, f e´ sobrejetiva, donde segue que f e´ bijetiva. Portanto (0, 1) ' (a, b), donde conclui- se que todos os intervalos abertos limitados de R sa˜o equipotentes. b) Seja a ∈ R e f : (0, 1) −→ (a,∞) definida por f(x)−a = 1 x −1. E´ fa´cil ver que f e´ injetiva e que Im(f) = (a,∞), ou seja, que f e´ sobrejetiva. Segue enta˜o que f e´ bijetiva, e portanto (0, 1) ' (a,∞). Claramente (−∞, a) ' (−a,∞) (basta considerar g(x) = −x). Temos ainda (−1, 1) ' (−∞,∞). Basta considerarmos h : (−1, 1) −→ (−∞,∞) definida por f(x) = x 1 + |x| , que claramente e´ uma bijec¸a˜o. Segue portanto, que todos os intervalos abertos de R sa˜o equipotentes. c) Por a) segue imediatamente que (a, b) ' (a, b], (a, b] ' [a, b), etc. 1.34- Primeiro mostremos que X − ⋂ A∈C A = ⋃ A∈C (X − A) De fato, seja x ∈ X − ⋂ A∈C A. Enta˜o x ∈ X mas x /∈ ⋂ A∈C A, ou seja, x ∈ X mas x /∈ A qualquer que seja A ∈ C. Da´ı, segue que x ∈ X − A qualquer que seja A ∈ C, donde conclui-se que x ∈ ⋃ A∈C (X − A)⇒ X − ⋂ A∈C A ⊂ ⋃ A∈C (X − A) 17 Agora seja x ∈ ⋃ A∈C (X −A). Enta˜o x ∈ X −A para algum A ∈ C, ou seja, x ∈ X mas x /∈ A para algum A ∈ C. Logo x ∈ X mas x /∈ ⋂ A∈C A, donde segue que x ∈ X − ⋂ A∈C A⇒ ⋃ A∈C (X − A) ⊂ X − ⋂ A∈C A Portanto, X − ⋂ A∈C A = ⋃ A∈C (X − A) Mostremos agora que X − ⋃ A∈C A = ⋂ A∈C (X − A) De fato, seja x ∈ X − ⋃ A∈C A. Enta˜o x ∈ X mas x /∈ ⋃ A∈C A, ou seja, x ∈ X mas x /∈ A, qualquer que seja A ∈ C. Logo x ∈ (X − A) qualquer que seja A ∈ C, donde segue que x ∈ ⋂ A∈C (X − A)⇒ X − ⋃ A∈C A ⊂ ⋂ A∈C (X − A) Agora seja x ∈ ⋂ A∈C (X − A). Enta˜o x ∈ X − A qualquer que seja A ∈ C, ou seja, x ∈ X mas x /∈ A qualquer que seja A ∈ C. Logo, x ∈ X mas x /∈ ⋃ A∈C A, donde segue que x ∈ X − ⋃ A∈C A⇒ ⋂ A∈C (X − A) ⊂ X − ⋃ A∈C A Portanto, X − ⋃ A∈C A = ⋂ A∈C (X − A) 1.35- Temos que A−B, B − A e A ∩B sa˜o dois a dois disjuntos e A = (A−B) ∪ (A ∩B), B = (B − A) ∪ (A ∩B), A ∪B = (A−B) ∪ (B − A) ∪ (A ∩B). Enta˜o, #A = #(A − B) + #(A ∩ B), #B = #(B − A) + #(A ∩ B) e #(A ∪B) = #(A−B) + #(B − A) + #(A ∩B). Logo #A+#B = #(A−B)+#(A∩B)+#(B−A)+#(A∩B) = #(A∪B)+#(A∩B) 1.36- 18 a) Temos: y ∈ f( ⋃ A∈C A)⇔ ∃x ∈ ⋃ A∈C A tal que y = f(x)⇔ y ∈ f(A) para algum A ∈ C ⇔ y ∈ ⋃ A∈C f(A). Portanto, f( ⋃ A∈C A) = ⋃ A∈C f(A). b) Temos: y ∈ f( ⋂ A∈C A) ⇔ ∃x ∈ ⋂ A∈C A tal que y = f(x) ⇒ y ∈ f(A) para todo A ∈ C ⇔ y ∈ ⋂ A∈C f(A). Portanto, f( ⋂ A∈C A) ⊂ ⋂ A∈C f(A). c) Ana´loga a b). d) Ana´loga a b). e) Se f e´ injetiva, y = f(x) para no ma´ximo um x ∈ X. Enta˜o y ∈ f(A) para todo A ∈ C. Da´ı temos que ∃x ∈ ⋂ A∈C A tal que y = f(x). f) Suponha que f na˜o fosse injetiva. Enta˜o existiriam x, x′ ∈ X distintos talque f(x) = f(x′) = y. Tome A = {x}, e B = {x′}. Da´ı f(A ∩ B) = f(∅) = ∅, onde f(A) ∩ f(B) = y, que e´ um absurdo. Portanto f e´ injetiva. 1.37- a) Temos: x ∈ f−1 (⋃ B∈C B ) ⇔ f(x) ∈ ⋃ B∈C B ⇔ f(x) ∈ B, para algum B ∈ C ⇔ x ∈ f−1(B), para algum B ∈ C ⇔ x ∈ ⋃ B∈C f−1(B). Logo f−1 (⋃ B∈C B ) = ⋃ B∈C f−1(B) b) Temos: x ∈ f−1 (⋂ B∈C B ) ⇔ f(x) ∈ ⋂ B∈C B ⇔ f(x) ∈ B, para cada B ∈ C ⇔ x ∈ f−1(B) para cada B ∈ C ⇔ x ∈ ⋂ B∈Cf−1(B). Logo f−1 (⋂ B∈C B ) = ⋂ B∈C f−1(B) c) Temos: x ∈ f−1(C −D)⇔ f(x) ∈ C −D ⇔ f(x) ∈ C, mas f(x) /∈ D ⇔ x ∈ f−1(C), mas x /∈ f−1(D)⇔ x ∈ f−1(C)− f−1(D). Logo f−1(C −D) = f−1(C)− f−1(D) d) Temos: x ∈ A⇒ f(x) ∈ f(A)⇔ x ∈ f−1(f(A)). Logo f−1(f(A)) ⊃ A 19 e) Se f e´ injetiva, enta˜o f(x) ∈ f(A)⇒ x ∈ A. Assim f−1(f(A)) = A. Reciprocamente, se f na˜o e´ injetiva, existem x, x′ ∈ A distintos, tais que f(x) = f(x′) = y. Tome A = {x}. Enta˜o f−1(f(A)) = f−1({y}) ⊃ {x, x′}, de modo que f−1(f(A))− A 6= ∅, que e´ um absurdo. Logo f e´ injetiva. f) Temos: y ∈ f(f−1(B)) ⇔ ∃x ∈ f−1(B) tal que y = f(x) ⇔ ∃x tal que f(x) ∈ B e y = f(x)⇒ y ∈ B. Logo f(f−1(B)) ⊂ B g) Se f e´ sobrejetiva, enta˜o y ∈ B ⇒ ∃x tal que y = f(x). Assim, f(f−1(B)) = B. Reciprocamente, suponha que f na˜o e´ sobrejetiva, ou seja, Y − f(X) 6= ∅. Tome B = Y − f(X). Enta˜o f(f−1(B)) = f(∅) = ∅, que e´ um absurdo. Logo f e´ sobrejetiva. 1.38- Seja A um conjunto infinito e considere a1 ∈ A. Enta˜o A − {a1} e´ na˜o vazio. Seja a2 ∈ A−{a1}. Enta˜o, A−{a1, a2} e´ na˜o vazio. Prosseguido com este procedimento, na n-e´sima etapa teremos que o conjunto, A− {a1, a2, . . . , an−1} e´ na˜o vazio, pois A e´ infinito. Prosseguindo indefinidamente, segue que o conjunto {a1, a2, . . . , }, e´ um subconjunto infinito e conta´vel de A. 1.39- Seja A um conjunto infinito e seja S = {a1, a2, . . .} um subconjunto infinito conta´vel de A. Considere a func¸a˜o f : A −→ A− {a1} definida por: f(x) = { an+1, se x = an (n = 1, 2, . . .) x, se x ∈ A− S E´ fa´cil ver que f e´ bijetiva, donde segue que A ' A− {a1}. 1.40- Se C e´ uma colec¸a˜o infinita de conjuntos enumera´veis, enta˜o ela e´ da forma {A1, A2, . . .}. Logo, An ∼ [n − 1, n); seja fn uma bijec¸a˜o de An em [n − 1, n); Enta˜o f : ∞⋃ n=1 An −→ [0,∞) dada por f(x) = fn(x) se x ∈ An e´ uma bijec¸a˜o. Argumento semelhante quando C e´ finito. 20 1.41- Se A e B sa˜o finitos, nada temos a demonstrar. Considere enta˜o, A e B enumera´veis, e seja x ∈ A. Enta˜o: {x} ×B ' B Como B e´ enumera´vel enta˜o, {x}×B tambe´m e´ enumera´vel. Portanto segue pela Proposic¸a˜o 1.7 que, A×B = ⋃ x∈A ({x} ×B) e´ enumera´vel. 1.42- i) Para n = 2, A1 × A2 e´ conta´vel, pois A1 e A2 sa˜o conta´veis. ii) Agora, suponha que para n, o conjunto A1 × A2 × . . .× An e´ conta´vel, e mostremos que A1×A2×. . .×An×An+1 tambe´m e´ conta´vel. De fato, sejam A1, A2, . . ., An, An+1, conjuntos conta´veis. Fazendo B = A1×A2× . . .×An temos: A1 × A2 × . . .× An × An+1 = B × An+1 Mas, por hipo´tese de induc¸a˜o, B = A1 ×A2 × . . .×An e´ conta´vel e como An+1 e´ conta´vel, segue que B × An+1 e´ conta´vel, e portanto: A1 × A2 × . . .× An × An+1 e´ conta´vel. Portanto, pelo Pr´ıncipio de Induc¸a˜o, segue que A1 × A2 × . . . × An e´ conta´vel, ∀n ∈ N. 1.44- Seja A a colec¸a˜o de todos os intervalos abertos dois a dois disjuntos de R. Escolha em cada intervalo I ∈ A um nu´mero racional rI . Como os intervalos sa˜o dois a dois disjuntos enta˜o, a correspondeˆncia I −→ rI e´ injetiva e como Q e´ conta´vel segue que A e´ conta´vel. Exerc´ıcio Complementar 2- Dado n ∈ N, prove que na˜o existe x ∈ N tal que n < x < n+ 1. Soluc¸a˜o: Suponha que existe x ∈ N tal que n < x < n + 1. Logo, existem p, q ∈ N tais que n+ p = x e x+ q = n+ 1 Portanto, n+ p+ q = n+ 1. Pela lei do cancelamento em N temos p+ q = 1 que e´ uma contradic¸a˜o. 21 Exerc´ıcio Complementar 3- Mostre que se X e Y sa˜o subconjuntos de R limitados superiormente enta˜o sup(X ∪ Y ) = max{supX, supY }. Soluc¸a˜o: Seja c ∈ X ∪ Y enta˜o, ou c ∈ X ou c ∈ Y . Ou ainda, ou c ≤ supX ou c ≤ supY . Portanto, sup(X ∪ Y ) ≤ max{supX, supY } (8) Por outro lado, supX ≤ sup(X ∪ Y ) e supY ≤ sup(X ∪ Y ) Portanto max{supX, supY } ≤ sup(X ∪ Y ) (9) De (8) e (9) segue o resultado. 22 Cap´ıtulo 2 2.1- a) Temos: lim n→∞ 3n2 + 4n− 2 2n2 + 1 = lim n→∞ 3 + 4 n − 2 n2 2 + 1 n2 = lim n→∞ ( 3 + 4 n − 2 n2 ) lim n→∞ ( 2 + 1 n2 ) = lim n→∞ 3 + lim n→∞ 4 n − lim n→∞ 2 n2 lim n→∞ 2 + lim n→∞ 1 n2 = 3 + 0− 0 2 + 0 = 3 2 b) Temos, lim n→∞ ( √ 3 + n+ √ n) = lim n→∞ [ ( √ 3 + n+ √ n) · √ 3 + n−√n√ 3 + n−√n ] = lim n→∞ n+ 3− n√ 3 + n+ √ n = lim n→∞ 3√ 3 + n+ √ n = 0 c) Temos lim n→∞ n (√ 1 + 1 n − 1 ) = lim n→∞ n(√1 + 1 n − 1 ) · (√ 1 + 1 n + 1 ) (√ 1 + 1 n + 1 ) = = lim n→∞ n 1 + 1n − 1√ 1 + 1 n + 1 = lim n→∞ 1√ 1 + 1 n + 1 = = lim n→∞ 1√ lim n→∞ 1 + lim n→∞ 1 n + lim n→∞ 1 = 1√ 1 + 0 + 1 = 1 2 d) Temos lim n→∞ ( 1 n2 + 2 n2 + . . .+ n n2 ) = lim n→∞ ( 1 + 2 + . . .+ n n2 ) = lim n→∞ ( n(n+ 1) 2 · 1 n2 ) = = lim n→∞ ( n+ 1 2n ) = lim n→∞ ( 1 + 1 n 2 ) = = 1 2 lim n→∞ ( 1 + 1 n ) = 1 2 e) Temos 0 ≤ ∣∣∣∣sinnn ∣∣∣∣ = | sinn|n ≤ 1n 23 pois | sinn| < 1, ∀n ∈ N. Logo lim n→∞ sinn n = 0 2.2- Temos 1 n(n+ 1) = 1 n − 1 n+ 1 Logo an = 1+ 1 1 · 2+. . .+ 1 n(n+ 1) = 1− 1 2 + 1 2 − 1 3 + 1 3 − 1 4 +. . .+ 1 n − 1 n+ 1 = 1− 1 n+ 1 e portanto lim n→∞ an = lim n→∞ 1 n(n+ 1) = lim n→∞ [ 1− 1 n+ 1 ] = 1− 0 = 1 2.3- Pela desigualdade de Bernoulli temos: 2n = (1 + 1)n ≥ 1 + n > n⇒ 1 2n < 1 n Logo, ∀ε > 0, tome N ∈ N tal que 1 N < ε e teremos∣∣∣∣ 12n − 0 ∣∣∣∣ = ∣∣∣∣ 12n ∣∣∣∣ < 1n ≤ 1N < ε ∀n ≥ N ou seja: lim 1 2n = 0. 2.4- Sim, pois |xn| = ∣∣∣∣(−1)n sin(n)3 ∣∣∣∣ = |(−1)n| · | sin(n)|3 = | sin(n)|3 ≤ 13 , ∀n ∈ N ou seja, (xn) e´ limitada, e pelo Teorema de Bolzano-Weierstrass (xn) possui uma subsequ¨eˆncia convergente. 2.5- Como M = supS enta˜o: i) x ≤M , ∀x ∈ S; ii) ∀ε > 0, ∃x ∈ S tal que M − ε < x. 24 Logo, ∀n ∈ N existe xn ∈ S tal queM− 1 n < xn ≤M , donde segue pelo Teorema do Confronto que: lim ( M − 1 n ) ≤ limxn ≤ limM ⇒ limxn =M 2.6- Como an −→ a e bn −→ b enta˜o: an + bn −→ a + b e an − bn −→ a − b. Donde, |an − bn| −→ |an − bn|. Assim, max{an, bn} = 1 2 {an + bn + |an − bn|} −→ 1 2 {a+ b+ |a− b|} = max{a, b} 2.7- Temos que: −|an| ≤ an ≤ |an|, ∀n ∈ N. Tomando o limite nesta desigualdade obtemos: − lim |an| ≤ lim an ≤ lim |an| ⇒ 0 ≤ lim an ≤ 0 e pelo Teorema do Confronto segue que lim an = 0. 2.8- Como (bn) e´ limitada enta˜o existe c > 0 tal que |bn| ≤ c, ∀n ∈ N. Ale´m disso, desde que, lim an = 0, enta˜o: ∀ε > 0 existe N ∈ N tal que: |an| < ε c , ∀n ≥ N Logo, n ≥ N ⇒ |anbn − 0| = |anbn| = |an||bn| ≤ c|an| < ε⇒ lim anbn = 0 2.9- Temos que: a1 = √ 2 a2 = √ 2a1 a3 = √ 2a2 ... an+1 = √ 2an, ∀n ∈ N Da´ı, mostremos que an < 2, ∀n ∈ N. Se n = 1 temos: a1 = √ 2 < 2 25 Admitamos que an < 2 e provemos que an+1 < 2. Temos, an < 2⇒ 2an < 4⇒ √ 2an < 2⇒ an+1 < 2 Logo, pelo princ´ıpio de induc¸a˜o, an < 2, ∀n ∈ N. Temos tambe´m que (an) e´ extritamente crescente, ou seja, an < an+1, ∀n ∈ N. De fato, para n = 1 temos: a1 = √ 2 < √ 2 √ 2 = a2 pois 1 < √ 2⇒ 2 < 2√2⇒ √2 < √ 2 √ 2. e mais: an−1 < an ⇒ 2an−1 < 2an ⇒ √ 2an−1 < √ 2an ⇒ an < an+1 e pelo princ´ıpio de induc¸a˜o, segue que an < an+1, ∀n ∈ N. Logo (an) e´ mono´tona e limitada e portanto convergente. Assim, seja L = lim an e teremos lim an+1 = lim √ 2an ⇒ L = √ 2L⇒ L2 = 2L⇒ L2 − 2L = 0⇒ L = 2 2.10- Considerando xn = n √ a − 1 temos: xn > 0 e 1 + xn = √ a. Utilizando o binoˆmio de Newton: a = (1 + xn) n = 1 + nx+ n(n− 1) 2 xn + . . .+ x n n > nxn Logo a > nxn ⇒ nxn < a⇒ 0 < nxn < a⇒ 0 < xn < a n Tomandoo limite temos: lim n→∞ 0 ≤ lim n→∞ xn ≤ lim n→∞ a n Como lim n→∞ 0 = lim n→∞ a n = 0, enta˜o pelo Teorema do Confronto, lim n→∞ xn = 0. Logo: lim n→∞ n √ a = lim n→∞ (1 + xn) = lim n→∞ 1 + lim n→∞ xn = 1 + 0 = 1 Se a = 1 temos: n √ a = 1, ∀n ≥ 2. Agora, se 0 < a < 1, enta˜o, 1 a > 1. Logo: n √ a = 1 1 n √ a = 1 n √ 1 n √ a = 1 n √ 1 a 26 Assim temos: lim n→∞ n √ a = lim n→∞ 1 n √ 1 a = 1 1 lim n→∞ n √ a = 1 1 1 = 1 Portanto lim n→∞ n √ a = 1 se a > 0. 2.11- Temos: n √ n > 1 se n ≥ 2. Logo podemos escrever: n √ n = 1 + hn, hn > 0 Portanto, n = (1 + hn) n = 1 + nhn + n(n− 1) 2 h2n + . . .+ h n n > n(n− 1) 2 h2n Logo, 1 > n− 1 2 h2n ⇒ 2 n− 1 > 2 n− 1 · n− 1 2 h2n ou seja, 2 n− 1 > h 2 n ou 0 < h 2 n < 2 n− 1 ⇒ 0 < hn < √ 2 n− 1 Tomando o limite obtem-se: lim n→∞ 0 ≤ lim n→∞ hn ≤ lim n→∞ √ 2 n− 1 Mas, lim n→∞ √ 2 n− 1 = √ lim n→∞ 2 n− 1 = √ 0 = 0. Da´ı, pelo Teorema do Confronto conclui-se que: lim n→∞ hn = 0 Portanto: lim n→∞ n √ n = lim n→∞ (1 + hn) = 1 + lim n→∞ hn = 1 + 0 = 1 2.12- Seja c ∈ R tal que a < c < 1. Como lim n→∞ xn+1 xn = a < c enta˜o xn+1 xn < c, ∀n grande. Logo, xn+1 = xn+1 xn · xn < cxn < xn, ∀n grande Assim a sequ¨eˆncia (xn) e´ mono´tona e limitada pois, 0 < . . . < xn+1 < . . . < xn < xn−1 < . . . < x2 < x1 27 Portanto (xn) converge. Seja b = lim n→∞ xn e mostremos que b = 0. Suponha que b 6= 0. Enta˜o de lim n→∞ xn+1 xn = a < 1 temos lim n→∞ xn+1 lim n→∞ xn = a < 1 ou seja, b b = a < 1⇒ 1 = a < 1 que e´ um absurdo. Logo b = 0. 2.13- Seja xn = n! nn . Enta˜o: lim xn+1 xn = lim [ (n+ 1)! (n+ 1)n+1 · n n n! ] = lim [ (n+ 1)n! (n+ 1)(n+ 1)n · n n n! ] = lim [ nn (n+ 1)n ] = lim [ 1 (n+1) n ]n = lim 1n( 1 + 1 n )n = lim 1( 1 + 1 n )n = 1 e < 1 Portanto lim n! nn = 0 2.14- Suponha que lim zn = a. Como (yn) e (xn) sa˜o subsequ¨eˆncias de (zn), ja´ que z2n−1 = yn e z2n = xn enta˜o, pela proposic¸a˜o 2.7, segue que (xn) e (yn) convergem e limxn = lim yn = a Reciprocamente, suponha que limxn = lim yn = a. Enta˜o, dado ε > 0, existem N1, N2 ∈ N tais que: n ≥ N1 ⇒ |xn − a| < ε e n ≥ N2 ⇒ |yn − a| < ε Logo tome N0 = max{2N1, 2N2 − 1}. Enta˜o i) Se n = 2k temos: n > N0 ⇒ n > 2N1 ⇒ 2k > 2N1 ⇒ k > N1 ⇒ |zn − a| = |z2k − a| = |xk − a| < ε⇒ |zn − a| < ε 28 ii) Se n = 2k − 1 temos: n > N0 ⇒ 2k − 1 > 2N2 − 1⇒ k > N2 ⇒ |zn − a| = |z2k−1 − a| = |yk − a| < ε⇒ |zn − a| < ε Portanto, em qualquer caso temos: lim zn = a. 2.15- Se ε ≤ xn ≤ n2 enta˜o: n √ ε ≤ n√xn ≤ n √ n2. Tomando o limite, temos: lim n √ ε ≤ lim n√xn ≤ lim n √ n2 = lim( n √ n · n√n) Como n √ ε −→ 1, quando n −→∞ e n√n −→ 1 quando n −→∞ temos: 1 ≤ lim n√xn ≤ 1 e pelo Teorema do Confronto, segue que, lim n √ xn = 1. 2.16- Se limxn = a enta˜o, dado ε > 0, ∃ N ∈ N, tal que |xn − a| < ε 2 , ∀n ≥ N (∗) Agora temos: x1 + . . .+ xn n − a = x1 + . . .+ xn − na n = x1 − a n + . . .+ xn − a n Para n ≥ N temos: x1 + . . .+ xn n − a = x1 − a n + . . .+ xN−1 − a n + xN − a n + . . .+ xn − a n ⇒∣∣∣∣x1 + . . .+ xnn − a ∣∣∣∣ ≤ |x1 − a|n + . . .+ |xN−1 − a|n + |xN − a|n + . . .+ |xn − a|n Desde que N esta´ fixo, podemos escolher n grande tal que |x1 − a| n + . . .+ |xN−1 − a| n < ε 2 e por (∗) segue que |xN − a| n + . . .+ |xn − a| n < [n− (N − 1)] · ε 2 n = n−N + 1 n · ε 2 < ε 2 Logo ∣∣∣∣x1 + . . .+ xnn − a ∣∣∣∣ < ε, ∀n ≥ N grande ou seja: x1 + . . .+ xn n −→ a quando n −→∞. 29 A rec´ıproca na˜o e´ verdadeira. Considere, por exemplo, a sequ¨eˆncia xn = (−1)n. Temos: a1 = x1 1 = −1 a2 = x1 + x2 2 = −1 + 1 2 = 0 a3 = x1 + x2 + x3 3 = −1 3 a4 = x1 + x2 + x3 + x4 4 = 0 a5 = x1 + x2 + x3 + x4 + x5 5 = −1 5 ... Assim, pelo exerc´ıcio 2.14, a2n = 0 −→ 0 e a2n−1 = − 1 2n− 1 −→ 0. Portanto, an −→ 0, mas, (an) na˜o converge. 2.17- Seja a = lim xn. Enta˜o, ∀ε > 0, ∃N ∈ N tal que: n ≥ N ⇒ |xn − a| < ε Se 1 ≤ n < N , considere k ∈ N tal que n+ kp > N , e portanto, |xn+kp − a| < ε. Mas, xn+kp = xn+(k−1)p+p = xn+(k−1)p = xn+(k−2)p+p = xn+(k−2)p = . . . = xn+2p = xn+p = xn. Logo, |xn − a| = |xn+kp − a| < ε, se 1 ≤ n < N Assim, |xn − a| < ε|, ∀n ∈ N e ∀ε > 0, ou seja 0 ≤ |xn − a| < ε ∀ε > 0⇒ xn − a = 0, ∀n ∈ N⇒ xn = a, ∀n ∈ N 2.18- Seja (xn) mono´tona e (xin) uma subsequ¨eˆncia convergente de (xn) e portanto limitada. Suponha que xn ≤ xn+1, ∀n ∈ N e mostremos que (xn) e´ limitada. De fato, se (xn) na˜o e´ limitada, enta˜o ∀M > 0, existe n0 ∈ N tal que xn0 > M . Mas, como in0 ≥ n0 enta˜o, xin0 ≥ xn0 > M , ou seja, xin0 > M , donde segue que (xin) na˜o e´ limitada, o que e´ um absurdo. Suponha agora que xn ≥ xn+1, ∀n ∈ N, e mostremos que (xn) ainda e´ limitada, ou seja, ∃M > 0 tal que −M ≤ xn ≤M , ∀n ∈ N. De fato, se (xn) na˜o e´ limitada, enta˜o ∀M > 0, existe n0 ∈ N tal que −xn0 > M . Mas, in0 ≥ n0 ⇒ xin0 ≤ xn0 ⇒ −xin0 ≥ −xn0 > M ⇒ −xin0 > M 30 Da´ı, temos que (xin) na˜o e´ limitada, o que contradiz o fato de (xin) ser convergente. Portanto, em qualquer caso, concluimos que (xn) e´ limitada, e como (xn) e´ mono´tona, segue que ela tambe´m e´ convergente, como quer´ıamos. 2.19- Temos xn+1 = √ xnyn ≤ xn + yn 2 = yn+1 ⇒ xn+1 ≤ yn+1 Logo: xn+1 = √ xnyn ≥ √xnxn = xn ⇒ xn ≤ xn+1, ∀n ∈ N e yn+1 = xn + yn 2 ≤ yn + yn 2 = yn ⇒ yn ≥ yn+1, ∀n ∈ N ou seja, (xn) e´ na˜o decrescente e (yn) e´ na˜o crescente. Agora mostremos que (xn) e (yn) sa˜o limitadas, isto e´, a ≤ x1 ≤ x2 ≤ . . . ≤ xn ≤ xn+1 ≤ . . . yn+1 ≤ yn ≤ . . . ≤ y2 ≤ y1 ≤ b De fato, suponha a < b. Enta˜o: b− a > 0⇒ a(b− a) > 0⇒ ab− a2 > 0⇒ a2 < ab⇒ a < √ ab = x1 Por outro lado, como a < b enta˜o a+ b 2 ≤ b ⇒ y1 ≤ b. Logo (xn) e (yn) convergem. Da´ı, sejam x = lim xn e y = lim yn Tomando o limite em yn+1 = xn + yn 2 temos: lim yn+1 = lim xn + yn 2 ⇒ y = x+ y 2 ⇒ 2y = x+ y ⇒ x = y ou seja, (xn) e (yn) convergem para o mesmo limite. 2.20- Fixemos N ∈ N e sejam p, n ∈ N. Enta˜o, |xn+p − xn| = |xn+p − xn+p−1 + xn+p−1 − xn+p−2 + . . .+ xn+1 − xn| ≤ ≤ |xn+p − xn+p−1|+ |xn+p−1 − xn+p−2|+ . . .+ |xn+1 − xn| < < rn+p−1 + rn+p−2 + . . .+ rn+2 + rn+1 + rn = = rn(rp−1 + rp−2 + . . .+ r2 + r + 1), ∀p ∈ N Mas, se 0 < r < 1 enta˜o (rn) converge e lim rn = 0. Assim lim[rn(rp−1 + rp−2 + . . .+ r2 + r+1)] = (rp−1 + rp−2 + . . .+ r2 + r+1) lim rn = 0 31 Logo, dado ε > 0, ∃N ∈ N tal que n ≥ N ⇒ rn(rp−1 + rp−2 + . . .+ r2 + r + 1) < ε Da´ı, conclu´ımos que, dado ε > 0, ∃N ∈ N tal que n ≥ N ⇒ |xn+p − xn| < ε, ∀p ∈ N e portanto (xn) e´ de Cauchy. 2.21- Seja a = max{a, b}. Enta˜o b < a. Logo: a = (an) 1 n < (an + bn) 1 n < (an + an) 1 n = (2an) 1 n = 2 1 na Tomando o limite temos: lim a ≤ lim(an + bn) 1n ≤ lim 2 1na Mas, lim 2 1 n = lim n √ 2 = 1, pois 2 > 0. Logo lim 2 1 na = a e pelo Teorema do Confronto segue que lim(an + bn) 1 n = a = max{a, b}. Se max{a, b} = b, o processo e´ ana´logo. 2.22- Basta mostrar que (xn) na˜o e´ uma sequ¨eˆncia de Cauchy. Para isto, suponha que (xn) seja de Cauchy. Enta˜o, dado ε > 0, ∃N ∈ N tal que n ≥ N ⇒ |xn+p − xn| < ε, ∀p ∈ N Pela definic¸a˜o de (xn), temos tambe´m |xn+p − xn| = ∣∣∣∣1 + 12 + . . .+ 1n + 1n+ 1 + . . .+ 1n+ p − 1− 12 − . . .− 1n ∣∣∣∣ = 1 n+ 1 + 1 n+ 2 + . . .+ 1 n+ p Se p = n temos |x2n−xn| = 1 n+ 1 + 1 n+ 2 + . . .+ 1 2n > 1 2n +1 2n + . . .+ 1 2n = n· 1 2n = 1 2 , ∀n ∈ N Logo, se ε = 1 2 temos |x2n − xn| > ε ∀n ∈ N que e´ um absurdo. Portanto, (xn) na˜o e´ uma sequ¨eˆncia de Cauchy, donde segue que (xn) e´ divergente. 32 2.23- Mostremos que (xn) e´ extritamente crescente. De fato, para n = 1 temos: a1 = 1 < √ 2 = √ 1 + 1 = √ 1 + a1 = a2 Suponha agora, que an−1 < an mostremos que esta desigualdade e´ satisfeita para n+ 1. De fato, an−1 < an ⇒ 1 + an−1 < 1 + an ⇒ √ 1 + an−1 < √ 1 + an ⇒ an < an+1 Logo, pelo princ´ıpio de induc¸a˜o, an−1 < an, ∀n ∈ N. Afirmamos ainda, que xn < 2, ∀n ∈ N. De fato, para n = 2 temos: a2 = √ 2 < 2 Suponha enta˜o, que an < 2 e mostremos que esta desigualdade e´ satisfeita para n+ 1. De fato, an < 2 < 3⇒ 1 + an < 4⇒ √ 1 + an < 2⇒ an+1 < 2 Logo, pelo princ´ıpio de induc¸a˜o, an < 2, ∀n ∈ N. Das duas afirmativas feitas acima, obtem-se a1 < a2 < a3 < . . . < an < an+1 < . . . < 2 ou seja, (xn) e´ mono´tona e limitada, e portanto converge. Seja L = lim n→∞ xn. Enta˜o de an = √ 1 + an−1, temos: lim n→∞ an = lim n→∞ √ 1 + an−1 ⇒ L = √ 1 + L⇒ L2 − L− 1 = 0⇒ L = 1 + √ 5 2 2.24- Seja m = inf{an; n ∈ N}. Enta˜o, como (an) e´ na˜o crescente, temos: m ≤ an ≤ an−1 ≤ . . . ≤ a3 ≤ a2 ≤ a1 ou seja, (an) e´ mono´tona e limitada. Logo converge. Agora, pela definic¸a˜o de ı´nfimo, temos: i) m ≤ an, ∀n ∈ N; ii) ∀ε > 0, ∃an tal que an < ε+m. Logo, para todo n ∈ N, existe an tal que: m ≤ an ≤ 1 n +m Como lim n→∞ m = m e lim n→∞ ( 1 n +m ) = m, segue pelo Teorema do Confronto, que lim n→∞ an = m. 33 2.26- Seja (xnk) uma subsequ¨eˆncia de uma sequ¨eˆncia de Cauchy (xn), tal que lim k→∞ xnk = a. Enta˜o, dado ε > 0, ∃k0 ∈ N tal que |xnk − a| < ε 2 , ∀k ≥ k0 Como (xn) e´ de Cauchy, existe m1 tal que |xn − xm| < ε 2 , ∀m,n ≥ m1 Tomemos N = max{k0,m1} e fixemos um k ≥ N natural com nk ≥ N , isto e´, fixemos um termo xnk de (xnk) com nk ≥ N . Enta˜o, para n ≥ N temos: |xn − a| ≤ |xn − xnk |+ |xnk − a| < ε 2 + ε 2 = ε Portanto, lim xn = a. 2.29- Seja xn = 1 + 1 + 1 2! + 1 3! + . . .+ 1 n! e seja p ∈ N. Enta˜o |xn+p − xn| = ∣∣∣∣ 1(n+ 1)! + . . .+ 1(n+ p)! ∣∣∣∣ ≤ ≤ 1 (n+ 1)! + . . .+ 1 (n+ p)! ≤ ≤ 1 2n + . . .+ 1 2n+p−1 , ∀p ∈ N Mas, lim n→∞ 1 2n = 0 ⇒ lim n→∞ 1 2n ( 1 + 1 2 + . . .+ 1 2p−1 ) = 0. Logo, dado ε > 0, ∃N ∈ N tal que 1 2n + . . .+ 1 2n+p−1 < ε, ∀n ≥ N Da´ı, n ≥ N ⇒ |xn+p − xn| < ε, ∀p ∈ N donde segue que, (xn) e´ de Cauchy e portanto convergente. 2.30- Basta mostrar que (xn) e´ de Cauchy. Para isto, temos: |xn+p − xn| = |xn+p − xn+p−1 + xn+p−1 − xn+p−2 + . . .+ xn+1 − xn| ≤ ≤ |xn+p − xn+p−1|+ |xn+p−1 − xn+p−2|+ . . .+ |xn+1 − xn| ≤ ≤ |xn+p − xn+p−1|+ |xn+p−1 − xn+p−2|+ . . .+ |xn+1 − xn|+ +|xn+1 − xn|+ |xn − xn−1|+ . . .+ |x3 − x2|+ |x2 − x1| ≤ ≤ cn+p−1 + cn+p−2 + . . .+ cn + cn−1 + . . .+ c2 + c1 = = n+p−1∑ k=1 ck = (sn+p−1), ∀p ∈ N 34 Mas, como (sn+p−1) e´ convergente enta˜o ela e´ limitada. Logo, ∃M > 0 tal que n+p−1∑ k=1 ck ≤M , ∀n, p ∈ N. Agora, pela propriedade arquimediana, ∃N ∈ N tal que Nr > M , ∀r > 0. Da´ı, dado ε > 0, tome r = ε N e teremos: n ≥ N ⇒ |xn+p − xn| ≤ n+p−1∑ k=1 ck ≤M < Nr = N · ε N = ε, ∀p ∈ N Logo (xn) e´ de Cauchy e portanto convergente. 2.31- Como (xn) e´ converge, (xn) e´ de Cauchy. Logo dado ε > 0, ∃N ∈ N tal que m,n ≥ N ⇒ |xm − xn| < ε Da´ı, tome m = n+ p, qualquer que seja p ∈ N, e teremos: n ≥ N ⇒ |xn+p − xn| < ε donde segue que lim n→∞ (xn+p − xn) = 0. 2.32- Afirmamos que (xn) = (1, 1, 1, . . .). De fato, para n = 2 temos: x2 = 2− 1 x1 = 2− 1 = 1 Agora suponha que xn = 2− 1 xn−1 = 1 e´ verdadeira, e mostremos que ela vale para n+ 1. De fato, xn+1 = 2− 1 xn = 2− 1 = 1 Portanto, pelo Princ´ıpio de Induc¸a˜o, xn = 1, ∀n ∈ N. Agora, (xn) e´ mono´tona e limitada, pois 1 = |1| = |xn| ≤ 1, ∀n ∈ N e 1 ≤ 1 ≤ 1 ≤ 1 . . . Portanto (xn) converge, e e´ evidente que lim xn = 1. 35 2.33- Devemos mostrar que (r2k) e´ decrescente e limitada inferiormente e (r2k−1) e´ crescente e limitada superiormente. Para isto mostremos primeiro que 1 ≤ rn ≤ 2, ∀n ∈ N. Para n = 1, r1 = 1 e 1 ≤ 1 ≤ 2. Suponha agora que 1 ≤ rk ≤ 2. Enta˜o rk+1 = rk+1 rk = rk + rk−1 rk = 1 + rk−1 rk = 1 + 1 rk Consequ¨entemente 1 < 1+ 1 2 ≤ 1+ 1 rk = rk+1 ≤ 1+ 1 1 = 2, e assim, pelo princ´ıpio de induc¸a˜o, 1 ≤ rn ≤ 2, ∀n ∈ N. Agora, se n ≥ 3, temos rn = 1 + 1 rn−1 = 1 + 1 1 + 1 rn−2 = 1 + rn−2 1 + rn−2 Assim rn+2 − rn = ( 1 + rn 1 + rn ) − ( 1 + rn−2 1 + rn−2 ) = rn − rn−2 (1 + rn)(1 + rn−2) A u´ltima equac¸a˜o implica que rn+2 − rn tem o mesmo sinal que rn − rn−2. Agora, r3− r1 = 3 2 − 1 > 0, e assim r2k+1− r2k−1 > 0, ∀k ∈ N. Segue que (r2k−1) e´ crescente. Semelhantemente r4 − r2 = 5 3 − 2 < 0, e assim r2k+2 − r2k < 0, ∀k ∈ N. Enta˜o (r2k) e´ decrescente. Portanto, (r2k−1) e (r2k) convergem. Seja `1 = lim k→∞ r2k−1 e `2 = lim k→∞ r2k. Como foi dito acima, rn = 1 + rn−2/(1 + rn−2), para n ≥ 3. Enta˜o `1 = lim k→∞ r2k−1 = lim k→∞ ( 1 + r2k−3 1 + r2k−3 ) = 1 + `1 1 + `1 e `2 = lim k→∞ r2k = lim k→∞ ( 1 + r2k−2 1 + r2k−2 ) = 1 + `2 1 + `2 Assim, tanto `1 quanto `2 satisfazem a equac¸a˜o ` 2 − ` − 1 = 0, cujas soluc¸o˜es sa˜o ` = 1±√5 2 . Recorde que 1 ≤ rn ≤ 2, ∀n ∈ N, e assim `1, `2 > 0. Consequ¨entemente, `1 = 1 + √ 5 2 = `2, e portanto lim n→∞ rn = 1 + √ 5 2 Exerc´ıcio Complementar 1- Mostre que dado qualquer x0 ∈ R existe uma sequ¨eˆncia (xn) em Q com xn 6= x0 ∀n ∈ N tal que xn −→ x0. Soluc¸a˜o: Como Q e´ denso em R enta˜o, para qualquer intervalo (a, b) aberto de R, temos Q ∩ (a, b) 6= ∅. Portanto, Q ∩ ( x0, x0 + 1 n ) 6= ∅, ∀n ∈ N. Assim, para cada n, existe (xn) em Q com x0 < xn < x0+ 1 n . Logo, (xn) esta´ em Q, xn 6= x0 ∀n ∈ N e limxn = x0. 36 Cap´ıtulo 3 3.1- Ja´ foi visto que lim n→∞ an = 0. Assim, temos: lim n→∞ bn = lim n→∞ [ ln ( 1 + 1 n )] = ln 1 = 0 Agora, s1 = √ 2− 1 s2 = √ 2− 1 +√3−√2 s3 = √ 2− 1 +√3−√2 +√4−√3 ... sn = √ 2− 1 +√3−√2 +√4−√3 + . . .+√n+ 1−√n = √n+ 1− 1 donde segue que, lim n→∞ = lim n→∞ ( √ n+ 1− 1) =∞. Agora, como ln ( 1 + 1 n ) = ln ( n+ 1 n ) = ln(n+ 1)− lnn temos: t1 = ln 2 t2 = ln 2 + ln 3− ln 2 t3 = ln 2 + ln 3− ln 2 + ln 4− ln 3 ... tn = ln 2 + ln 3− ln 2 + ln 4− ln 3 + . . .+ ln(n+ 1)− lnn = ln(n+ 1) donde segue que lim n→∞ tn = lim n→∞ (ln(n + 1)) = +∞. Portanto ∞∑ n=1 an e ∞∑ n=1 bn sa˜o divergentes. 3.2- a) Seja an = n5 5n . Enta˜o: n √ |an| = n √ n5 5n ⇒ lim n→∞ n √ |an| = lim n→∞ n √ n5 5 = 1 5 lim n √ n · n · n · n · n = 1 5 ·1 = 1 5 < 1 Logo ∞∑ n=1 n5 5n converge, pelo Testa da Ra´ız. 37 b) Seja an = ( n √ n− 1)n. Enta˜o: lim n→∞ n √ | n√n− 1| = lim n→∞ | n√n− 1| = | lim n→∞ ( n √ n− 1)| = | lim n→∞ n √ n− lim n→∞ 1| = = |1− 1| = 0 < 1 Logo, pelo Teste da ra´ız, ∞∑ n=1 ( n √ n− 1)n converge. c) Seja an = ( −n 3n+ 1 )n . Enta˜o: n √ |an| = n √∣∣∣∣ −n3n+ 1 ∣∣∣∣n = n √∣∣∣∣− n3n+ 1 ∣∣∣∣n = − n3n+ 1 Da´ı lim n→∞ n √ |an| = lim n→∞ −n 3n+ 1 = lim n→∞ −1 3 + 1/n = −1 3 < 1 Logo ∞∑ n=1 an converge. 3.3- a) Seja an = ( 2 n )n n!. Enta˜o lim n→∞ |an+1| |an| = limn→∞ ∣∣∣∣∣ ( 2 n+ 1 )n+1 (n+ 1)! ∣∣∣∣∣∣∣∣∣( 2n )n n! ∣∣∣∣ = limn→∞ ∣∣∣∣ 2n+ 1 ∣∣∣∣n+1 (n+ 1)!∣∣∣∣ 2n ∣∣∣∣n n! = lim n→∞ ( 2 n+ 1 )n+1(n+ 1)( 2 n )n = lim n→∞ 2 ( 2 n+ 1 )n ( 2 n )n = = lim n→∞ 2 ( 2 n+ 1 · n 2 ) = lim n→∞ 2 ( n n+ 1 )n = 2 lim n→∞ ( n n+ 1 )n Ta´ errado. Depois eu fac¸o! 38 b) Seja an = (−1)n2n n! . Enta˜o: lim n→∞ |an+1| |an| = limn→∞ ∣∣∣∣(−1)n+12n+1(n+ 1)! ∣∣∣∣∣∣∣∣(−1)n2nn! ∣∣∣∣ = limn→∞ 2n+1 (n+ 1)! · n! 2n = = lim n→∞ 2 n+ 1 = 2 lim n→∞ 1 n+ 1 = 0 < 1 Portanto, pelo Teste da raza˜o, segue que ∞∑ n=1 (−1)n2n n! converge. c) Seja an = (−1)n n(n+ 2) . Enta˜o fazeˆ-la pelo Teste de Leibniz!! Depois eu fac¸o!! 3.4- Temos, |anxn| = |an||xn| ≤ an · 1 = an, ∀n ∈ N, pois |x| ≤ 1 ⇒ |x|n = |xn| ≤ 1, ∀n ∈ N. Logo, pelo Crite´rio da Comparac¸a˜o, ∞∑ n=1 |anxn| converge, ou seja, ∞∑ n=1 anx n converge absolutamente. Agora temos: |an sin(nx)| = |an|| sin(nx)| ≤ an · 1 = an ∀n ∈ N, pois | sin(nx)| ≤ 1, ∀n ∈ N. Logo, pelo Crite´rio da Comparac¸a˜o ∞∑ n=1 |an sin(nz)| converge, ou seja, ∞∑ i=1 anx n converge absolutamente. 3.5- Como ∞∑ n=1 |an| converge, enta˜o lim n→∞ |an| = 0. Logo, ∃K > 0 tal que |an| ≤ K, ∀n ∈ N, e portanto: |an| · |an| ≤ K|an|, ∀n ∈ N Mas enta˜o: |an|2 ≤ K|an| ou ainda, a2n ≤ K|an|, ∀n ∈ N Logo pelo Crite´rio da Comparac¸a˜o ∞∑ n=1 a2n converge. 3.6- Temos: anbn ≤ a 2 n 2 + b2n 2 , ∀n ∈ N 39 Como ∞∑ n=1 a2n e ∞∑ n=1 b2n convergem, enta˜o ∞∑ n=1 a2n 2 e ∞∑ n=1 b2n 2 convergem, e portanto, ∞∑ n=1 ( a2n 2 + b2n 2 ) converge. Logo, pelo Crite´rio da Comparac¸a˜o conclu´ımos que ∞∑ n=1 anbn converge. 3.7- Como ∞∑ n=1 a2n e ∞∑ n=1 b2n convergem, segue pelo exerc´ıcio anterior que ∞∑ n=1 anbn converge. Consequ¨entemente ∞∑ n=1 2anbn converge e portanto: ∞∑ n=1 (a2n+2anbn+b 2 n) converge, isto e´, ∞∑ n=1 (an + bn) 2 converge. 3.8- Pela desigualdade de Cauchy-Schwarz temos:( k∑ n=1 anbn )2 ≤ ( k∑ n=1 a2n )( k∑ n=1 b2n ) Como ∞∑ n=1 a2n e ∞∑ n=1 b2n convergem, enta˜o: ( k∑ n=1 anbn )2 ≤ ( ∞∑ n=1 a2n )( k∑ n=1 b2n ) ≤ ( ∞∑ n=1 a2n )( ∞∑ n=1 b2n ) e como ∞∑ n=1 anbn converge (exerc´ıcio 3.6) conclu´ımos que ( ∞∑ n=1 anbn )2 ≤ ( ∞∑ n=1 a2n )( ∞∑ n=1 b2n ) 3.9- Temos: an cos(nx) ≤ |an cos(nx)| = |an|| cos(nx)| ≤ |an| e bn sin(nx) ≤ |bn sin(nx)| = |bn|| sin(nx)| ≤ |bn| Como ∞∑ n=1 |an| e ∞∑ n=1 |bn| convergem, segue pelo Crite´rio da Comparac¸a˜o que ∞∑ n=1 an cos(nx) e ∞∑ n=1 bn sin(nx) convergem e portanto, ∞∑ n=1 (an cos(nx)+bn sin(nx)) 40 converge. 3.10- Como (an) e´ decrescente temos: n + n ≥ n + 1 ⇒ a2n ≤ an+1, ∀n ∈ N, donde segue que: a2n ≤ an+2, . . . , a2n ≤ a2n. Logo: na2n ≤ an+1 + an+2 + . . .+ a2n ≤ an+1 + an+2 + . . . = s− sn onde s = ∞∑ n=1 an (pois esta se´rie e´ convergente por hipo´tese), sn = a1+a2+. . .+an e s2n = a1 + a2 + . . .+ an + an+1 + · · ·+ a2n−1 + a2n. Da´ı, lim n→∞ (s− sn) = 0, isto e´, lim n→∞ na2n = 0. Portanto lim n→∞ (2n)a2n = 0. Temos tambe´m que n+ n ≥ n+ 1⇒ 2n− 1 ≥ n⇒ a2n−1 ≤ an, ∀n ∈ N, ou seja, a2n−1 ≤ an+1, . . . , a2n−1 ≤ a2n−1. Logo: na2n−1 ≤ an + an+1 + . . .+ a2n−1 ≤ an + an+1 + . . . = s = sn−1 Como lim n→∞ (s−sn−1) = 0 enta˜o lim n→∞ na2n−1 = 0, e portanto lim n→∞ (2n−1)a2n−1 = 0 Concluimos assim que lim n→∞ nan = 0. 3.11- Seja a se´rie ∞∑ n=1 an absolutamente convergente. Enta˜o ∞∑ n=1 |an| converge, donde segue tambe´m que ∞∑ n=1 an converge. Segue da´ı que, ∞∑ n=1 (an+ |an|) converge, e como −|an| ≤ an ⇒ an + |an| ≥ 0, ∀n ∈ N esta u´ltima se´rie e´ de termos na˜o negativos. Logo como ∞∑ n=1 −|an| converge temos: ∞∑ n=1 an = ∞∑ n=1 (an + |an| − |an|) = ∞∑ n=1 (an + |an|)− ∞∑ n=1 |an| Reciprocamente, seja an = bn − cn. Enta˜o: |an| = |bn − cn| ≤ |bn|+ |cn| Como bn e cn sa˜o positivos, segue que |an| ≤ bn + cn e como ∞∑ n=1 bn e ∞∑ n=1 cn convergem, enta˜o ∞∑ n=1 (bn + cn) converge. Logo, pelo Crite´rio da Comparac¸a˜o ∞∑ n=1 |an| converge. Consequ¨entemente ∞∑ n=1 an converge absolutamente. 41 3.12- Suponha que ∞∑ n=1 an seja convergente. Enta˜o, a sequ¨eˆncia (sn) de suas somas parciais e´ convergente e portanto limitada. Reciprocamente, suponha que (sn) seja limitada. Enta˜o, sn+1 = sn + an+1 e como an ≥ 0, ∀n ∈ N temos que sn+1 ≥ sn, ∀n ∈ N, isto e´, (sn) e´ mono´tona crescente. Logo (sn) e´ convergente, e portanto ∞∑ n=1 an converge. 3.13- Seja an = xn n2 e L = lim n→∞ |an+1| |an| = limn→∞ |x|n+1 (n+ 1)2 |x|n n2 = lim n→∞ [ |x|n+1 (n+ 1)2 · n 2 |x|n ] = = lim n→∞ [ |x| n 2 (n+ 1)2 ] = |x| lim n→∞ ( n n+ 1 )2 = = |x| lim n→∞ ( 1 1 + 1/n ) lim n→∞ ( 1 1 + 1/n ) = |x| · 1 = |x| Pelo teste da raza˜o ∞∑ n=1 xn n2 converse se |x| < 1, ou equivalentemente, se −1 < x < 1. Mas, se for x = 1, temos a se´rie, ∞∑ n=1 1 n2 , que converge, e se for x = −1, temos a se´rie ∞∑ n=1 (−1)n n2 que converge absolutamente e portanto converge. Portanto, ∞∑ n=1 xn n2 converge para −1 ≤ x ≤ 1. Seja agora an = xn nn . Temos: L = lim n→∞ n √ |an| = lim n→∞ n √ |xn| nn = lim n→∞ n √|x|n n √ nn = lim n→∞ |x| n = |x| lim n→∞ 1 n = 0 Logo ∞∑ n=1 xn nn converge ∀x ∈ R. 42 3.14- Considere a se´rie ∞∑ n=1 (−1)n n , que converge pelo Crite´rio de Leibniz e seja xn = (−1)n que e´ limitada. Temos: ∞∑ n=1 anxn = ∞∑ n=1 (−1)n(−1)n · 1 n = ∞∑ n=1 1 n que diverge. 3.15- Usando o exerc´ıcio 3.12 e a desigualdade de Cauchy-Schwarz temos: 0 ≤ sn = n∑ i=1 1 i √ ai ≤ ( ∞∑ i=1 ( 1 i )2) 12 ( ∞∑ i=1 ( √ ai) 2 ) 1 2 = = ( ∞∑ i=1 1 i2 ) 1 2 ( ∞∑ i=1 ai ) 1 2 ≤ α 12β 12 = c isto e´, ∞∑ n=1 √ an n converge. Outra resoluc¸a˜o: Temos que an ≥ 0 e ∞∑ n=1 an converge. Logo: √ an · 1 n ≤ (an) 2 2 + ( 1 n )2 2 ⇒ √ an n ≤ an 2 + 1 2n2 Como, por hipo´tese, ∞∑ n=1 an converge, enta˜o ∞∑ n=1 an 2 converge⇒ ∞∑ n=1 1 2n2 converge. Consequ¨entemente ∞∑ n=1 ( an 2 + 1 2n2 ) converge, e pelo Crite´rio da Comparac¸a˜o ∞∑ n=1 √ an n converge. 3.16- Para cada n ∈ N, temos an+1 ≤ f(x) ≤ an ∀x ∈ [n, n+ 1] Portanto, an+1 ≤ ∫ n+1 n f(x)dx ≤ an ∀n ∈ N Se n ≥ 2 temos k−1∑ n=1 an+1 ≤ k−1∑ n=1 ∫ n+1 n f(x)dx ≤ k−1∑ n=1 an 43 e portanto, sk − a1 ≤ ∫ k 1 f(x)dx ≤ sk−1 (10) Suponhamos que, ∞∑ n=1 ak converge. Enta˜o (sk−1) converge. Logo, (sk−1) e´ limitada, donde por (10) temos que(∫ k 1 f(x)dx ) e´ tambe´m limitada, e como ela e´ crescente, segue que (∫ k 1 f(x)dx ) converge. Reciprocamente, suponha que (∫ k 1 f(x)dx ) converge. Enta˜o ela e´ limitada e por (10) segue que (sk) e´ limitada e como ela e´ crescente segue que ela converge. Logo, a se´rie ∞∑ n=1 ak converge. 3.17- Como lim n→∞ an bn = 0, enta˜o para ε = 1, ∃N ∈ N tal que n ≥ N ⇒ ∣∣∣∣anbn − 0 ∣∣∣∣ < 1⇒ anbn < 1⇒ 0 ≤ an < bn, ∀n ≥ N Como ∞∑ n=1 bn converge enta˜o: ∞∑ n=N bn tambe´m converge, donde segue que ∞∑ n=N an converge, o que e´ equivalente a dizer que ∞∑ n=1 an converge. 3.18- Por (b) temos que (bn) converge para um limite, digamos k. Da´ı, seja bn = k + cn tal que (cn) e´ mono´tona e lim n→∞ cn = 0. Por (a) ∞∑ n=1 kan converge e a sequ¨eˆncia (sn), onde sn = a1 + a2 + . . . + an e´ limitada. Logo, pelo Crite´rio de Dirichlet, ∞∑ n=1ancn converge. Sendo s = ∞∑ n=1 ancn obte´m-se: s = ∞∑ n=1 an(bn−k) = ∞∑ n=1 (anbn−kan) = ∞∑ n=1 anbn− ∞∑ n=1 kan ⇒ ∞∑ n=1 anbn = s+ ∞∑ n=1 kan donde conclui-se que ∞∑ n=1 anbn converge. 44 3.19- Temos: ∞∑ n=2 1 n lnn = 1 2 ln 2 + 1 3 ln 3 + 1 4 ln 4 + 1 5 ln 5 + . . .+ 1 8 ln 8 + . . . = = 1 2 ln 2 + ( 1 3 ln 3 + 1 4 ln 4 ) + ( 1 5 ln 5 + . . .+ 1 8 ln 8 ) + . . . > > 1 2 ln 2 + ( 1 4 ln 4 + 1 4 ln 4 ) + ( 1 8 ln 8 + . . .+ 1 8 ln 8 ) + . . . = = 1 2 ln 2 + 2 4 ln 4 + 4 8 ln 8 + . . . = 1 2 ln 2 + 2 8 ln 2 + 4 24 ln 2 + . . . = = 1 2 ln 2 + 1 4 ln 2 + 1 6 ln 2 + . . . = 1 2 ln 2 ( 1 + 1 2 + 1 3 + . . . ) = = 1 2 ln 2 ∞∑ n=1 1 n Como ∞∑ n=1 1 n diverge, enta˜o: ∞∑ n=1 1 n lnn diverge. 3.20- Temos: ∞∑ n=2 1 n(lnn)r = 1 2(ln 2)r + 1 3(ln 3)r + 1 4(ln 4)r + . . .+ 1 7(ln 7)r + . . . = = ( 1 2(ln 2)r + 1 3(ln 3)r ) + ( 1 4(ln 4)r + . . .+ 1 7(ln 7)r ) + . . . < < ( 1 2(ln 2)r + 1 2(ln 2)r ) + ( 1 4(ln 4)r + . . .+ 1 4(ln 4)r ) + . . . = = 2 2(ln 2)r + 4 4(ln 4)r + 8 8(ln 8)r + . . . = = 1 (ln 2)r + 1 (ln 4)r + 1 (ln 8)r + . . . = = 1 (ln 2)r + 1 2r(ln 2)r + 1 3r(ln 2)r + . . . = = 1 (ln 2)r ( 1 + 1 2r + 1 3r + . . . ) = = 1 (ln 2)r ∞∑ n=1 1 nr Como ∞∑ n=1 1 nr converge se r > 1 e diverge se r ≤ 1, enta˜o: ∞∑ n=1 1 n(lnn)r converge se r > 1 e diverge se r ≤ 1. 45 3.21- Seja ` = lim n→∞ an bn . Enta˜o, para ε = ` 2 , ∃n ∈ N tal que n ≥ N ⇒ ∣∣∣∣anbn − ` ∣∣∣∣ < `2 ⇔ − `2 < anbn − ` < `2 ⇒ `2 < anbn < 3`2 Logo: ` 2 bn < an < 3` 2 bn, ∀n ≥ N Portanto, pelo Crite´rio da Comparac¸a˜o temos: ∞∑ n=1 an converge⇔ ∞∑ n=1 bn converge ou ∞∑ n=1 an diverge⇔ ∞∑ n=1 bn diverge 3.22- Considere as se´ries: ∞∑ n=1 1√ n(n+ 1) e ∞∑ n=1 1 n Temos: lim n→∞ 1√ n(n+ 1) 1 n = lim n→∞ 1√ n(n+ 1) · n = lim n→∞ √ n√ n+ 1 = lim n→∞ √ n n+ 1 = = lim n→∞ √ 1 1 + 1/n = √ lim n→∞ 1 1 + 1/n = √ 1 = 1 Como ∞∑ n=1 1 n diverge, segue pelo Exerc´ıcio 3.21 que ∞∑ n=1 1√ n(n+ 1) tambe´m diverge. 3.23- Como ∞∑ n=1 an converge, seja s = ∞∑ n=1 an. Como (sn), onde sn = a1 + a2 + . . . + an e´ a sequ¨eˆncias das somas parciais da se´rie ∞∑ n=1 an, temos que sn −→ s, quando n −→∞. Portanto, segue pelo exerc´ıcio 2.16, que s1 + s2 + . . .+ sn n −→ s 46 como quer´ıamos. 3.24- Suponha que ∞∑ n=1 (an + bn) fosse convergente. Como ∞∑ n=1 an converge temos que ∞∑ n=1 (−an) tambe´m converge. Logo ter´ıamos que ∞∑ n=1 (an + bn − an) = ∞∑ n=1 bn seria convergente, que e´ um absurdo. 3.25- Temos: ∞∑ n=1 [ (−1)n+1 + (−1) n n+ 1 ] = ∞∑ n=1 (n+ 1)(−1)n+1 + (−1)n n+ 1 = = ∞∑ n=1 (−1)n(n− 1 + 1) n+ 1 = = ∞∑ n=1 (−1)n n n+ 1 Como ∞∑ n=1 (−1)n diverge e ∞∑ n=1 (−1)n n+ 1 converge pelo Crite´rio de Leibniz, segue pelo exerc´ıcio 3.25 que ∞∑ n=1 (−1)n n n+ 1 diverge. 3.26- Seja an = xn nx . Enta˜o: L = lim n→∞ |an+1| |an| = limn→∞ |x|n+1 (n+ 1)x |x|n nx = lim n→∞ |x|n+1 (n+ 1)x · n x |x|n = = |x| lim n→∞ ( n n+ 1 )x = |x| lim n→∞ 1( 1 + 1 n )x = |x| Logo, pelo teste da raza˜o ∞∑ n=1 xn nx converge se |x| < 1, ou seja, se −1 < x < 1. Agora, se x = 1 temos: ∞∑ n=1 xn nx = ∞∑ n=1 1 n 47 que diverge, e se x = −1 temos: ∞∑ n=1 xn nx = ∞∑ n=1 (−1)n · n que tambe´m diverge. Logo, ∞∑ n=1 xn nx converge para |x| < 1. 3.27- Basta mostrar que a sequ¨eˆncia das somas pariais e´ limitada. Sejam sn = a1 + a2 + . . .+ an, tk = a1 + 2a2 + . . .+ 2 ka2k Para n < 2k, sn ≤ a1 + (a2 + a3) + . . .+ (a2k + . . .+ a2k+1−1) de modo que sn ≤ tk (11) Por outro lado, se n > 2k, sn ≥ a1 + (a2 + a3) + . . .+ (a2k + . . .+ a2k) ≥ 1 2 a1 + a2 + 2a4 + . . .+ 2 k−1a2k = 1 2 tk de modo que 2sn ≥ tk (12) Por (11) e (12), as sequ¨eˆncias sa˜o ambas limitadas ou ambas ilimitadas, o que demonstra o resultado. 3.28- Sejam An = n∑ k=0 ak, Bn = n∑ k=0 bk, Cn = n∑ k=0 ck, βn = Bn −B Enta˜o, Cn = a0b0 + (a0b1 + a1b0) + . . .+ (a0bn + a1bn−1 + . . .+ anb0) = a0Bn + a1Bn−1 + . . .+ anB0 = a0(B + βn) + a1(B + βn−1) + . . .+ an(B + β0) = AnB + a0βn + a1βn−1 + . . .+ anβ0 Seja γn = a0βn + a1βn−1 + . . .+ anβ0 48 Queremos mostrar que Cn → AB. Como AnB → AB, basta mostrar que lim n→∞ γn = 0 (13) Seja α = ∞∑ n=0 |an| Dado ε > 0, como ∞∑ n=0 bn = B, βn → 0. Podemos, pois, escolher N tal que |βn| ≤ ε para n ≥ N . Logo |γn| ≤ |β0an + . . .+ βNan−N |+ |βN+1an−N−1 + . . .+ βna0| ≤ |β0an + . . .+ βNan−N |+ εα Mantendo N fixo e fazendo k →∞, obtemos lim n→∞ sup |γn| ≤ εα, visto que ak → 0 quando k →∞. Sendo ε arbitra´rio, (13) esta´ demonstrado. 3.29- Defina: a+n = 1 2 (|an|+ an) e a−n = 1 2 (|an|+ an) Enta˜o: a+n − a−n = |an| 2 + an 2 − |an| 2 + an 2 = an e a+n + a − n = |an| 2 + an 2 + |an| 2 − an 2 = |an| donde 0 ≤ a+n ≤ |an| e 0 ≤ a−n ≤ |an|. Como ∞∑ n=1 an e´ absolutamente convergente, enta˜o segue pelo Crite´rio da Comparac¸a˜o, que ∞∑ n=1 a+n e ∞∑ n=1 a−n sa˜o convergentes. Logo, para qualquer permutac¸a˜o σ : N −→ N temos: ∞∑ n=1 a+n = ∞∑ n=1 a+σ(n) e ∞∑ n=1 a−n = ∞∑ n=1 a−σ(n) e portanto, ∞∑ n=1 (a+n − a−n ) = ∞∑ n=1 (a+σ(n) − a−σ )⇒ ∞∑ n=1 an = ∞∑ n=1 aσ(n) 49 Exerc´ıcio Complementar 1- A se´rie ∞∑ n=1 (−1)n( n√a − 1), a > 1 e´ convergente ou divergente? Justifique sua resposta. Soluc¸a˜o: E´ convergente. De fato, mostremos primeiro que an = n √ a − 1 e´ decrescente. Com efeito, mostra-se facilmente por induc¸a˜o que n+1 √ a < n √ a, ∀n ∈ N, donde segue que: n+1 √ a− 1 < n√a− 1, ∀n ∈ N⇒ an+1 < an, ∀n ∈ N Logo (an) e´ decrescente, e como a > 1 temos: n √ a > 1⇒ n√a− 1 > 0⇒ an > 0 ou seja, (an) e´ uma sequ¨eˆncia de termos positivos. Temos ainda que: lim n→∞ an = lim n→∞ ( n √ a− 1) = lim n→∞ n √ a− lim n→∞ 1 = 1− 1 = 0 Portanto, pelo Crite´rio de Leibniz ∞∑ n=1 (−1)n( n√a− 1) e´ convergente. 50 Cap´ıtulo 4 4.2- Sejam (xn) = (x1, x2, . . .) e (yn) = (y1, y2, . . .) sequ¨eˆncias limitadas tais que xn ≤ yn, ∀n ∈ N e considere os conjuntos An = {xn, xn+1, . . .} e Bn = {yn, yn+1, . . .} que evidentemente sa˜o limitados. Temos: inf r≥n xr ≤ xs ≤ ys, ∀s ≥ n ou ainda, inf r≥n ≤ inf s≥n ys Tomando o limite nesta u´ltima desigualdade, quando n→∞ conclu´ımos que: lim n→∞ inf An ≤ lim n→∞ inf Bn ⇒ lim inf xn ≤ lim inf yn Do mesmo modo temos: xs ≤ ys ≤ sup r≥n yr, ∀s ≥ n ou seja, sup s≥n xs ≤ sup r≥n yr Tomando o limite quando n→∞ obtemos: lim n→∞ supAn ≤ lim n→∞ supBn ⇒ lim supxn ≤ lim sup yn 4.3- a) Seja λ = lim inf xn. Enta˜o ∃ (xnk) tal que limn→∞xnk = λ. Logo xnkc −→ λc, quando k →∞. Agora se xrsc −→ `, (xrs) sendo uma subsequ¨eˆncia qualquer de (xn), enta˜o, desde que c > 0, xrs = xrsc c −→ ` c Mas, ` c ≥ λ⇒ ` ≥ cλ. Logo uma subsequ¨eˆncia qualquer de (cxn) na˜o possui um limite menor que cλ. Portanto, lim inf(cxn) = cλ = c lim inf xn Agora seja ξ = lim sup xn. Enta˜o ∃ (xnk) tal que limn→∞xnk = ξ. Logocxnk −→ cξ, quando k →∞. Se xrsc −→ L, qualquer que seja (xrs), enta˜o, como c > 0 temos: xrs = xrsc c −→ L c 51 Mas, L c ≤ ξ ⇒ L ≤ ξc. Portanto lim sup(cxn) = cξ = c lim supxn. Obs: Em ambos os casos, se for c = 0 enta˜o xnk −→ 0 = 0λ ou 0ξ. b) Seja c < 0. Enta˜o c = −M , onde M > 0. Note que: inf r≥n (−xr) = − sup r≥n (xr)⇒ lim inf(−xr) = − lim supxn Logo: lim inf(cxn) = lim inf(−Mxn) = − lim sup(Mxn) = −M lim supxn = c lim supxn e lim sup(cxn) = lim sup(−Mxn) = − lim inf(Mxn) = −M lim inf xn = c lim inf xn 4.4- Temos: inf r≥n xr + inf r≥n yr ≤ xs + ys, ∀s ≥ n⇒ inf xr + inf yr ≤ inf(xs + ys) Tomando o limite quando n→∞ obtemos: lim inf xn + lim inf yn ≤ lim inf(xn + yn) Agora: xs + ys ≤ sup r≥n xr + sup r≥n yr, ∀s ≥ n⇒ sup(xs + ys) ≤ sup r≥n xr + sup r≥n yr Tomando o limite quando n→∞ conclui-se: lim sup(xn + yn) ≤ lim supxn + lim sup yn 4.6- Seja X = {x1, x2, . . . , xn} um conjunto finito de R. Podemos admitir que a enumerac¸a˜o foi feita de modo que x1 < x2 < . . . < xn. Enta˜o R−X = (−∞, x1) ∪ (x1, x2) ∪ . . . ∪ (xn−1, xn) ∪ (xn,+∞) donde segue que R−X e´ aberto. Portanto X e´ fechado. 4.18- a) Seja (Aλ)λ∈L, onde L e´ um conjunto de ı´ndices, uma famı´lia qualquer de conjuntos fechados de R. Mostremos que ⋂ λ∈L Aλ e´ um conjunto fechado. Temos pelo exerc´ıcio 1.34 que R− ⋂ λ∈L Aλ = ⋃ λ∈L (R− Aλ) 52 Como dada Aλ e´ fechado enta˜o cada R − Aλ e´ aberto, e assim, ⋃ λ∈L (R − Aλ) tambe´m e´ aberto. Logo R− ⋂ λ∈L Aλ e´ aberto, donde segue que ⋂ λ∈L Aλ e´ fechado. b) Seja Aλ1 , Aλ2 , . . ., Aλn uma colec¸a˜o finita de conjuntos fechados de R. Mostremos que n⋃ i=1 Aλi e´ um conjunto fechado de R. Temos pelo exerc´ıcio 1.34 que R− n⋃ i=1 Aλi = n⋂ i=1 (R− Aλi) Como dada Aλi , i = 1, . . . , n e´ fechado, enta˜o R − Aλi , i = 1, . . . , n e´ aberto, e assim, ∞⋂ i=1 (R−Aλi) e´ aberto. Logo R− n⋃ i=1 Aλi e´ aberto, donde segue que ∞⋃ i=1 Aλi e´ fechado. 4.8- Temos, ∀A ⊂ R, R = int(A) ∪ int(R− A) ∪ ∂A, unia˜o disjunta. Suponha que A e´ aberto. Enta˜o A = int(A). Logo A ∩ ∂A = int(A) ∩ ∂A = ∅. Reciprocamente, suponha que A na˜o e´ aberto. Enta˜o ∃x ∈ A, tal que x na˜o e´ ponto interior de A. Logo, ∀ε > 0, Vε(x) conte´m pontos de R − A, ou seja, x ∈ ∂A⇒ A ∩ ∂ 6= ∅ o que e´ um absurdo. 4.9- Mostremos que S = S ∪ ∂S. De fato, suponha que x ∈ S, mas x /∈ S (o caso em que x ∈ S e´ evidente). Como x ∈ S, enta˜o toda vizinhanc¸a de x conte´m ao menos um ponto de S e como x /∈ S, enta˜o x ∈ R− S. Logo, toda vizinhanc¸a de x conte´m um ponto de S e um ponto de R− S, a saber, o pro´prio x. Assim, x ∈ ∂S, donde segue que x ∈ S ∪ ∂S, isto e´, S ⊂ S ∪ ∂S. Mostremos agora que S∪∂S ⊂ S. De fato, se x ∈ S∪∂S, enta˜o x ∈ S ou x ∈ ∂S. Se x ∈ S, enta˜o x ∈ S. Se x ∈ ∂S, enta˜o toda vizinhanc¸a de x conte´m pontos de S e de R− S, e portanto, x ∈ S. Da´i conclu´ımo-se a igualdade. Consequ¨entemente S e´ fechado ⇔ S = S ⇔ S = S ∪ ∂S ⇔ ∂S ⊂ S. 4.10- Temos que X ⊂ X ∪ Y e Y ⊂ X ∪ Y , donde segue que X ⊂ X ∪ Y e Y ⊂ X ∪ Y . Logo X ∪ Y ⊂ X ∪ Y . Reciprocamente, se a ∈ X ∪ Y , enta˜o a = lim zn, com zn ∈ X ∪Y . Para infinitos valores de n, zn esta´ em X (donde a ∈ X) ou zn esta´ em Y (donde a ∈ Y ). Logo a ∈ X ∪ Y , e portanto X ∪ Y ⊂ X ∪ Y , donde segue a igualdade. Ale´m disso, X∩Y ⊂ X e X∩Y ⊂ Y , donde segue que X ∩ Y ⊂ X e X ∩ Y ⊂ Y . Logo X ∩ Y ⊂ X ∩ Y . Considere agora X = [0, 1) e Y = (1, 2]. Enta˜o X ∩ Y = ∅. Logo, ∅ = X ∩ Y ⊂ X ∩ Y = [0, 1] ∩ [1, 2] = {1}. 53 4.11- Se x na˜o e´ ponto de acumulac¸a˜o de S, enta˜o existe um intervalo aberto I contendo x, tal que I ∩ S ⊂ {x}. Nenhum elemento de I e´ ponto de acumulac¸a˜o de S. Logo R− S ′ e´ aberto e portanto S ′ e´ fechado. 4.12- As incluso˜es [an+1, bn+1] ⊂ [an, bn] significam que a1 ≤ a2 ≤ . . . ≤ an ≤ . . . ≤ bn ≤ . . . ≤ b2 ≤ b1 Assim o comjunto A = {an; n ∈ N} e´ limitado superiormente. Seja x0 = supA. Enta˜o an ≤ x0, ∀n ∈ N e como cada bn e´ cota superior para A temos que x0 ≤ bn, ∀n ∈ N. Portanto x0 ∈ [an, bn], ∀n ∈ N, ou seja, ⋂ n∈N Fn 6= ∅. Seja agora y0 outro nu´mero real tal que an ≤ y0 ≤ bn, ∀n ∈ N. Enta˜o temos: an ≤ x0 ≤ bn, ∀n ∈ N an ≤ y0 ≤ bn, ∀n ∈ N ou ainda an ≤ x0 ≤ bn, ∀n ∈ N −bn ≤ −y0 ≤ −an, ∀n ∈ N donde segue que: −(bn − an) ≤ x0 − y0 ≤ bn − an, ∀n ∈ N o que e´ equivalente a |x0 − y0| ≤ bn − an, ∀n ∈ N Logo, se bn − an −→ 0, temos que x0 = y0, como quer´ıamos. 4.13- a) Suponha que ⋂ n∈N In 6= ∅. Enta˜o existe x ∈ R tal que x ∈ ⋂ n∈N In. Logo, x ∈ In = ( 0, 1 n ) , ∀n ∈ N, isto e´: 0 < x < 1 n , ∀n ∈ N, o que e´ imposs´ıvel. Logo⋂ n∈N In = ∅. b) Suponha que ⋂ n∈N Jn 6= ∅. Enta˜o existe x ∈ R tal que x ∈ ⋂ n∈N Jn. Logo x ∈ Jn = (n,+∞), ∀n ∈ N, isto e´: n ≤ x, ∀n ∈ N. Mas enta˜o x e´ cota superior de N, ou seja, N seria limitado superiormente o que e´ um absurdo. 54 4.14- Se C e´ denso em D enta˜o: C ⊂ D ⊂ C e se D e´ denso em E enta˜o: D ⊂ E ⊂ D Logo: C ⊂ D ⊂ E ⊂ D ⊂ C = C ⇒ C ⊂ E ⊂ C e porntanto C e´ denso em E. 4.15- Suponha que S ′ 6= ∅. Enta˜o S possui algum ponto de acumulac¸a˜o. Seja a ∈ R um ponto de acumulac¸a˜o de S. Pelo exerc´ıcio 4.16, toda vizinhanc¸a de a conte´m infinitos pontos de S. Mas enta˜o S na˜o e´ finito, o que e´ um absurdo. 4.16- Suponha que x0 e´ ponto de acumulac¸a˜o de S. Enta˜o ∀n ∈ N, podemos encontrar um ponto xn ∈ S, xn 6= x0 na vizinhanc¸a ( x0 − 1 n , x0 + 1 n ) . Logo, limxn = x0, o que mostra que x0 e´ limite de uma sequ¨eˆncia de pontos xn ∈ S − {x0}. Da´ı, dado ε > 0, ∃N ∈ N tal que |xn − x0| < ε, ∀n ≥ N ⇔ xn ∈ (x0 − ε, x0 + ε), ∀n ≥ N ou seja, toda vizinhanc¸a de x0 conte´m um infinidade de pontos de S. Reciprocamente, suponha que toda vizinhanc¸a de x0 conte´m uma infinidade de pontos de S. Enta˜o toda vizinhanc¸a de x0 conte´m algum ponto de S diferente de x0, donde segue que x0 ∈ S ′. 4.17- Sejam A1 e A2 conjuntos abertos. Se x ∈ A1 ∩A2, enta˜o x ∈ A1 e x ∈ A2. Como A1 e A2 sa˜o abertos, existem ε1 e ε2 positivos tais que (x−ε1, x+ε2) ⊂ A1 e (x − ε2, x + ε2) ⊂ A2. Seja ε = min{ε1, ε2}. Enta˜o (x − ε, x + ε) ⊂ A1 e (x− ε, x+ ε) ⊂ A2, ou seja, (x− ε, x+ ε) ⊂ A1 ∩A2, donde segue que x e´ ponto interior de A1 ∩ A2, e portanto, A1 ∩ A2 e´ aberto. Considere agora A1, A2, . . ., An, uma colec¸a˜o finita de conjuntos abertos. Temos que A1 ∩ A2 e´ aberto. Logo, (A1 ∩ A2) ∩ A3 tambe´m e´ aberto e prosseguindo de tal forma concluimos indutivamente que A1 ∩ A2 ∩ . . . ∩ An e´ aberto. Agora seja (Aλ)λ∈L uma famı´lia qualquer de conjuntos abertos. Se x ∈ A =⋃ λ∈L Aλ, enta˜o x ∈ Aλ para algum λ ∈ L. Como Aλ e´ aberto, existe ε > 0 tal que (x− ε, x + ε) ⊂ Aλ ⊂ A. Logo todo ponto x ∈ A e´ interior, e portanto, A e´ aberto. 55 4.7- Seja {K1, K2, . . . , Kn} uma colec¸a˜o finita de subconjuntos compactos de R. Mostremos que ∞⋃ i=1 Ki e´ compacto. Para isto msotremos primeiro que ∞⋃ i=1 Ki e´ limitado. De fato, como cada Ki, i = 1, 2, . . . , n e´ limitado, enta˜o existem αi e βi tais que, Ki ⊂ [αi, βi]. Sejam α = min{α1, α2, . . . , αn} e β = max{β1, β2, . . . , βn} Enta˜o, Ki ⊂ [αi, βi] ⊂ [α, β], donde segue que, ∞⋃ i=1 Ki ⊂ [α, β]. Logo, ∞⋃ i=1 Ki e´ limitado. Afirmamos que ∞⋃ i=1 Ki e´ fechado. De fato, como cada Ki, i = 1, 2, . . . , n e´ compacto enta˜o cada Ki e´ fechado. Mas a unia˜o finita de conjuntos fechados tambe´m e´ fechada, donde conclui-se que ∞⋃ i=1 Ki e´ fechado. Portanto ∞⋃ i=1 Ki e´ compacto. Seja agora {Kα}α∈Γ uma colec¸a˜o qualquer de subconjuntos compactos de R. Mostremos que ⋂ α∈Γ Kα e´ compacto. Para isto mostremos primeiro que ⋂ α∈Γ Kα e´ limitado. De fato, como cada Kα e´ compacto, qualquer que seja α ∈ Γ, temos que Kα e´ limitado. Logo existem a, b ∈ R tais que: Kα ⊂ [a, b]. Mas,⋂ α∈Γ Kα⊂ Kα ⊂ [a, b]⇒ ⋂ α∈Γ Kα ⊂ [a, b] donde segue que ⋂ α∈Γ Kα e´ limitado. Afirmamos que ⋂ α∈Γ Kα e´ fechado. De fato, seja α ∈ Γ. Temos que Kα e´ compacto, e portanto fechado. Mas, como a intersec¸a˜o qualquer de conjuntos fechados e´ fechado, conclui-se que ⋂ α∈Γ Kα e´ fechado. Portanto ⋂ α∈Γ Kα e´ compacto. 4.19- Seja a ∈ R. Temos que {a} e´ fechado, pois R− {a} = (−∞, a) ∪ (a,+∞) e´ aberto. Da´ı, considere todos os elementos pertencentes ao intervalo (a, b), a, b ∈ R. Note que a unia˜o desses elementos e´ igual a (a, b), e cada elemento e´ um conjunto unita´rio fechado. Mas a unia˜o desses conjuntos e´ (a, b) que e´ aberto. 56 4.20- Considere a famı´lia (An)n∈N onde, An = ( − 1 n , 1 n ) Vamos mostrar que ∞⋂ n=1 An = {0} (note que {0} na˜o e´ aberto). Obviamente, {0} ⊂ ∞⋂ n=1 An, pois 0 ∈ ( − 1 n , 1 n ) , ∀n ∈ N. Seja x ∈ ( − 1 n , 1 n ) . Enta˜o x ∈ An, ∀n ∈ N, ou seja, x ∈ ( − 1 n , 1 n ) , ∀n. Logo |x| < 1 n , ∀n ∈ N ou ainda, 0 ≤ |x| < 1 n , ∀n ∈ N donde segue que x = 0. 57 Cap´ıtulo 5 5.1- i) Dado ε > 0 devemos determinar δ > 0 tal que 0 < |x − 1| < δ implique |x3− 1| < ε. Para isto restringiremo-nos aos pontos x tais que |x− 1| < 1. Neste caso temos |x| = |x− 1 + 1| ≤ |x− 1|+ 1 < 2⇒ |x2| < 4 Logo |f(x)− 1| = |x3 − 1| = |(x− 1)(x2 + x+ 1)| = |x− 1||x2 + x+ 1| ≤ (|x2|+ |x|+ 1)|x− 1| < 7|x− 1| Assim, tome δ = min{1, ε/7} e temos 0 < |x− 1| < δ ⇒ |x3 − 1| < 7δ ⇒ |x3 − 1| < ε ii) Temos: x2 − 1 x− 1 = (x+ 1)(x− 1) x− 1 = x+ 1 Logo, queremos mostrar que lim x→1 (x + 1) = 2. De fato, dado ε > 0, tome δ = ε e teremos: 0 < |x− 1| < δ ⇒ |f(x)− 2| = |x+ 1− 2| = |x− 1| < δ = ε iii) De fato, dado ε > 0 tome δ = ε 2 e teremos que se 0 < |x− 2| < δ, enta˜o: |f(x)− 3| = |2x− 1− 3| = |2x− 4| = 2|x− 2| < 2 · ε 2 = ε iv) De fato, dado ε > 0, tome δ = ε e temos que, se 0 < |x− a| < δ enta˜o: |f(x)− cos a| = | cosx− cos a| < |x− a| < ε 5.2- Como lim x→a f(x) = L, enta˜o dado ε > 0, ∃δ > 0 tal que 0 < |x− a| < δ ⇒ |f(x)− L| < ε Em particular, para ε = 1 temos: 0 < |x− a| < δ ⇒ |f(x)− L| < 1⇒ |f(x)− L|+ |L| < 1 + |L| ⇒ |f(x)− L+ L| < 1 + |L| ⇒ |f(x)| < 1 + |L| Como 1 + |L| > 0, fac¸a c = 1 + |L| e teremos |f(x)| < c, ∀x ∈ (a− δ, a+ δ) 58 Portanto, existe uma vizinhanc¸a, a saber (a− δ, a+ δ) na qual f e´ limitada. 5.3- Como lim x→a f(x) = L enta˜o, pela proposic¸a˜o 5.2, para toda sequ¨eˆncia (xn) ∈ S, com xn 6= a, ∀n ∈ N e limxn = a, tem-se lim f(xn) = L. Logo, lim √ f(xn) = √ L e novamente utilizando a proposic¸a˜o 5.2, segue que, limx→a √ f(x) = √ L. 5.4- a) Temos que g(x) = sin x e´ limitada, pois | sin x| ≤ 1, ∀x ∈ R. Agora seja h(x) = 1 + x2. Temos: |x|2 ≥ 0⇒ |x2|+ 1 ≥ 1⇒ |1 + x2| ≥ 1, ∀x ∈ S Logo, α = 1 > 0 e´ tal que |h(x)| ≥ α, ∀x ∈ S e pela proposic¸a˜o 5.1, g/h e´ limitada, isto e´, f(x) = sin x 1 + x2 e´ limitada. b) Temos: |f(x)| = | sin x|√ x ≤ 1√ x ≤ 1, ∀x ∈ [1,+∞) Agora, se x ∈ (0, 1), temos: f(x) = sin x√ x = √ x · sin x x e | sin x| ≤ |x|, ∀x ∈ (0, 1) Logo, |f(x)| = √x | sin x||x| ≤ √ x < √ 1 = 1 c) d) 5.6- Suponha que f + g e´ limitada em A. Como f e´ limitada em A, enta˜o −f tambe´m e´ limitada em A. Logo (f + g)− f e´ limitada, isto e´, g e´ limitada em A, o que e´ um absurdo. Portanto f + g e´ limitada em A. 5.7- Sejam f(x) = 1 x e g(x) = x definidas no intervalo A = (0,∞). Temos que f e g sa˜o ambas ilimitadas, mas f(x) · g(x) = 1 que e´ limitada. 59 5.8- Temos que: −|f(x)| ≤ f(x) ≤ |f(x)|, ∀x ∈ V ∗δ (a). Logo, como lim x→a (−|f(x)|) = lim x→a |f(x)| = 0, segue pelo Teorema do Confronto que lim x→a f(x) = 0. 5.9- a) Temos: lim x→0 √ x+ 1− 1 x = lim x→0 [ ( √ x+ 1− 1) x ( √ x+ 1 + 1) ( √ x+ 1 + 1) ] = = lim x→0 [ x+ 1− 1 x( √ x+ 1 + 1) ] = lim x→0 1√ x+ 1 + 1 = 1 2 b) Temos: lim x→∞ ( √ x+ 1−√x) = lim x→∞ [ ( √ x+ 1−√x)( √ x+ 1 + √ x) ( √ x+ 1 + √ x) ] = = lim x→∞ [ x+ 1− x√ x+ 1 + √ x ] = lim x→∞ [ 1√ x+ 1 + √ x ] = 0 5.10- a) Sejam A = f(S) = {f(x); x ∈ S}, B = g(S) = {g(x); x ∈ S} e C = (f + g)(S) = {f(x) + g(x); x ∈ S}. Temos que C ⊂ A + B, donde segue que supC = sup(f + g) ≤ sup(A+B) = sup f + sup g. b) Segue imediatamente que inf(f + g) ≥ inf f + inf g. c) Temos que sup(cf) = sup{c · f(x); x ∈ S} = sup(cA) = c supA = c · sup f , se c ≥ 0. Analogamente, inf(cf) = c inf f se c ≥ 0. d) Ana´loga a c). 5.12- Como lim x→a f(x) = +∞ enta˜o para cada M > 0, ∃ δ > 0 tal que: 0 < |x− a| < δ ⇒ f(x) > M Mas, f(x) ≤ g(x), ∀x ∈ V ∗δ (a)⇒ g(x) > M . Logo, para cada M > 0, ∃ δ > 0 tal que 0 < |x− a| < δ ⇒ g(x) > M ou seja, lim x→a g(x) = +∞. 5.13- 60 a) Como lim x→a f(x) = +∞, enta˜o dado M > 0, ∃ δ > 0 tal que 0 < |x− a| < δ ⇒ f(x) > M Logo, dado ε = 1 M > 0, ∃ δ > 0 tal que 0 < |x− a| < δ ⇒ 1 f(x) < 1 M Portanto lim x→a 1 f(x) = 0. b) Como lim x→a f(x) = 0, enta˜o dado M > 0, ∃ δ > 0 tal que 0 < |x− a| < δ ⇒ |f(x)| < M Logo, dado ε = 1 M , ∃ δ > 0 tal que 0 < |x− a| < δ ⇒ 1|f(x)| > 1 M ⇒ ∣∣∣∣ 1f(x) ∣∣∣∣ > 1M = ε Portanto, lim x→a 1 f(x) = ±∞. 5.14- Como lim x→∞ f(x) = L enta˜o para ε = 1, existe a > 0 tal que |f(x)−L| < 1, se x ≥ a, ou seja, existe a ∈ R, a > 0 tal que |f(x)| − |L| ≤ |f(x) − L| < 1, ∀x ≥ a. Portanto, |f(x)| < 1 + |L| =M , ∀x ∈ [a,+∞). 5.19- Dado ε > 0 seja q0 um nu´mero inteiro tal que 1 q0 < ε. Considere o conjunto Q0 = { p q ∈ Q; q < q0 } . Note que, em algum intervalo finito existe apenas um nu´mero finito de elementos de Q0. Enta˜o, existe um δ > 0 tal que os intervalos (a− δ, a) e (a, a+ δ) na˜o conte´m elementos de Q0. Logo, segue que 0 < ∣∣∣∣a− pq ∣∣∣∣ < δ ⇒ 0 ≤ f (pq ) = 1 q ≤ 1 q0 < ε e portanto lim x→a f(x) = 0. 61 Cap´ıtulo 6 6.1- Seja x0 6= 0 um nu´mero real. Enta˜o existem sequ¨eˆncias (xn) em Q, com xn > x0, ∀n ∈ N e tal que xn −→ x0 e (x̂) em R−Q, com x̂ > x0, ∀n ∈ N e tal que x̂ −→ x0. Logo, f(xn) = xn e f(x̂n) = 0, o que implica lim f(xn) = limxn = x0 e lim f(x̂n) = lim 0 = 0. Como x0 6= 0, enta˜o, lim x→x+0 f(x) na˜o existe. Analogamente, mostra-se que lim x→x−0 f(x) na˜o existe e portanto, as descon- tinuidades de f(x) em cada x0 6= 0 sa˜o de 2a espe´cie. Agora, seja (xn) uma sequ¨eˆncia qualquer em R, tal que xn −→ 0. Enta˜o (xn) ⊂ Q ou (xn) ⊂ R−Q. Se (xn) ⊂ Q enta˜o: f(xn) = xn −→ 0. Se (xn) ⊂ R−Q enta˜o f(xn) = 0 −→ 0. Logo, em qualquer caso tem-se: xn −→ 0⇒ f(xn) −→ 0 Portanto lim x→0 f(x) = 0 = f(0), donde conclu´ımos que f e´ cont´ınua em 0. 6.2- Seja (xn) uma sequ¨eˆncia de nu´meros reais qualquer tal que xn −→ x0. Como f e´ cont´ınua em x0 temos que f(xn) −→ f(x0). Por outro lado como f(xn) ≥ 0, ∀n ∈ N, segue pelo exerc´ıcio 5.3 que, √ f(xn) −→ √ f(x0), ou seja, h(xn) −→ h(x0), donde conclu´ımos que h e´ cont´ınua em x0. 6.3- Como Q e´ denso em R, enta˜o dado x ∈ R existe uma sequ¨eˆncia (xn) em Q tal que xn −→ x. Agora como (xn) esta´ em Q, enta˜o f(xn) = 0, ∀n ∈ N. Sendo f cont´ınua em R, temos que f(x) = lim f(xn) = lim 0 = 0, ou seja, f(x) = 0, ∀x ∈ R. 6.4- Vamos mostrar que xn −→ x ⇒ f(xn) −→ f(x). De fato, seja (xn) uma sequ¨eˆncia em R tal que xn −→ x. Enta˜o xn − x −→ 0 e como f e´ cont´ınua em x0 = 0 enta˜o f(xn − x) −→ f(0), ou seja, f(xn − x) −→ 0, ou ainda, f(xn)− f(x) −→ 0, e portanto, f(xn) −→ f(x). Logo f e´ cont´ınua em R, como quer´ıamos. 6.5- Em particular, f(0) = 0, pois |f(0)| ≤ |g(0)| = 0. Seja (xn) uma sequ¨eˆncia qualquer de nu´meros reais, tal que xn −→ 0. Correspondente ao δ > 0 da hipo´tese ∃ n0 ∈ N, tal que, |xn| < δ, ∀n ≥ n0, ou seja, xn ∈ Vδ(0),
Compartilhar