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BIOQUÍMICA METABÓLICA Profa. Dra Georgia Erdmann do Nascimento Email: georgia.erdnasc@gmail.com Aminoácidos e Proteínas Estrutura PROTEÍNAS Estrutural e mecânica Enzimas Hormônios Balanço de Fluídos Proteção Imune Balanço ácido-Base Transporte Canais e transportadores de membrana FUNÇÕES Transporte/ Estoque Estrutural Catálise Movimento Fator de Transcrição Anticorpos Hormônio Canal de potássio mioglobina Albumina Insulina IgG Miosina Colágeno Histonas Lisozima Pepsina Polimerase de DNA Proteínas FUNÇÕES Variedade Funcional → Diferentes Estruturas 3D O que são Proteínas???? Aminoácidos Peptídeos Proteínas A união de aminoácidos forma peptídeos e proteínas Função dos aminoácidos O que são aminoácidos???? Compostos com função mista “amina” e “ácido” Os aminoácidos diferem entre si pela cadeia lateral (R) Carbono α (quiral) → Assimétrico – se liga a 4 ligantes diferentes (exceção glicina) Carbono α → Opticamente ativo Devido o arranjo tetraédrico em torno do Carbono α, os aminoácidos possuem dois ENANTIÔMEROS possíveis (configuração absoluta D e L) ESPELHO Forma D ENANTIÔMERO: Estereoisômeros com imagens especulares não sobreponíveis Forma L (predominante nas proteínas) CONFIGURAÇÃO ABSOLUTA: Assemelha-se ao L- gliceraldeído Estereoespecificidade dos aa • Os aminoácidos diferem entre si pela estrutura da cadeia lateral (R) OS DIFERENTES AMINOÁCIDOS glicina alanina ? 20 AMINOÁCIDOS FORMAM PROTEÍNAS • Existem inúmeros aminoácidos, porém apenas 20 deles estão presentes na síntese de proteínas. Eles podem ser reconhecidos pelo seguinte código de letras G Glicina Gly P Prolina Pro A Alanina Ala V Valina Val L Leucina Leu I Isoleucina Ile M Metionina Met C Cisteína Cys F Fenilanina Phe Y Tirosina Tyr W Triptofano Trp H Histidina His K Lisina Lys R Arginina Arg Q Glutamina Gln N Asparagina Asn E Glutamato Glu D Aspartato Asp S Serina Ser T Treonina Thr Condicionalmente essenciais Essenciais Arginina Cisteína Glutamina Glicina Prolina tirosina Histidina Metionina Fenilalanina Triptofano Lisina Treonina BCAA Isoleucina Leucina Valina AMINOÁCIDOS Alanina Asparagina Glutamato Não essenciais Aspartato Serina CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO ESSENCIALIDADE • A cadeia R pode ou não ter afinidade pela água • As propriedades da cadeia R são importantes para a conformação das proteínas e para sua função ? AFINIDADE PELA ÁGUA HIDROFÍLICO - POLAR REPULSÃO PELA ÁGUA HIDROFÓBICO - APOLAR OS DIFERENTES AMINOÁCIDOS AMINOÁCIDOS APOLARES leucina isoleucina metionina triptofano glicina alanina prolina valina fenilalanina AMINOÁCIDOS POLARES SEM CARGA serina treonina cisteína asparagina tirosina glutamina AMINOÁCIDOS POLARES COM CARGA NEGATIVA (ÁCIDOS) glutamato aspartato AMINOÁCIDOS POLARES COM CARGA POSITIVA (BÁSICOS) arginina histidina lisina Aminoácidos “Incomuns” → Modificados Aminoácidos “Incomuns” → Modificados Ligação dissulfeto Aminoácidos “Incomuns” → Derivados e variações • Os aminoácidos são ANFÓTEROS, pois em solução aquosa, comportam-se como ácido e como base, formando íons dipolares – O grupamento carboxila ioniza-se em solução aquosa liberando próton, adquirindo carga negativa – O grupamento amina ioniza-se em solução aquosa aceitando próton, adquirindo carga positiva Zwitterion (carga líquida=0) CARATER ANFÓTERO DOS AMINOÁCIDOS propriedade de ácido e de base do aa CARATER ANFÓTERO DOS AMINOÁCIDOS -COOH -COO- + H+ -NH3 + -NH2 + H + +1 CARGA FINAL 0 -1 Este comportamento depende do pH do meio aquoso em que o aminoácido se encontra meio ácido meio básico CURVA DE IONIZAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS Titulação da glicina e as regiões de tampão pI (ponto isoelétrico): pH no qual o somatório das cargas de uma molécula iônica dipolar é igual a ZERO pKa (pK1, pK2): medida de tendência de um grupo doar um próton. ou simplesmente, é o pH onde a molécula (ex. COOH ou NH2) está 50% ionizada e 50% não ionizada. E quando a cadeia lateral também é ionizável? A cadeia lateral do aminoácido histidina tem um pKa de 6,0 e proteínas contendo resíduos de histidina podem tamponar ao redor do pH neutro. Quando um aminoácido é titulado, sua curva de titulação indica a reação de cada grupo funcional com o íon hidrogênio. Polímeros de aminoácidos Resultado da união do grupo α-carboxil no aminoácido (1) com o grupo α-amino de outro aminoácido (2) – ocorre desidratação (condensação) Ligação Peptídica É uma ligação covalente, rígida e estável, com caráter parcial de dupla ligação (i.e. possuem uma rigidez estrutural não podendo rotacionar em torno da ligação peptídica) As outras ligações simples dos peptídeos podem assumir diferentes conformações. Extremidade aminoterminal Extremidade carboxiterminal As proteínas formadas possuem duas extremidades Propriedades ácido- básicas dos peptídeos Resíduos dos aa com grupos R ionizáveis Citocromo C – 104 aa → 20n = 20104 = 1,3x10130 (possibilidade teórica ilimitada) • Em humanos menos de 100 mil proteínas A função de uma proteína depende da sequência de aminoácidos 1 simples troca: ANEMIA FALCIFORME (Anemia genética) Deleção grande: DISTROFIA MUSCULAR DE DUSCHENNE Proteínas funcionalmente semelhantes: sequencias de aa semelhantes Flexibilidade: 20 – 30% proteínas são polimórficas IDENTIDADE DA PROTEÍNA: quantidade aa/ tipo aa/ ordem NÍVEIS DE ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Sequência de aa (MONTAGEM) Atração ou repulsão entre grupos R dos aa (EMPACOTAMENTO) Interação ligação H+ (DOBRAMENTO) Arranjo de várias cadeias (INTERAÇÃO) NÍVEIS DE ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Estruturas secundárias mais conhecidas são as hélices α e as conformações β (folha β), e outro tipo comum é a volta β (em proteína globulares) NÍVEIS DE ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS NÍVEIS DE ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Motivo (estrutura supersecundária) → padrão de enovelamento identificável, envolvendo 2 ou mais elementos e a conexão (ou conexões) Beta-beta (Beta-hairpin) NÍVEIS DE ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Pontes de H Ligação iônica Pontes dissulfeto Interações hidrofóbicas e interações de van der Waals Cadeia polipeptídica Estrutura terciária, interação entre grupos que antes da estrutura secundária estavam distantes Estrutura terciária Arranjo total 3D NÍVEIS DE ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Analogia com o fio de telefone Estrutura secundária Estrutura terciária NÍVEIS DE ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Domínio – é uma parte da cadeia polipeptídica que é independentemente estável ou pode se movimentar como um entidade isolada em relação ao resto da proteína A existência de domínios permite a construção de proteínas a partir de módulos. Diversos domínios possuem uma função especifica associada Exemplo de um proteína (Src) – uma proteína tirosina quinase - que possui quatro domínios. Dois domínios possuem atividade regulatória (SH2 e SH3) enquanto os outros dois são domínios catalíticos NÍVEIS DE ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS NÍVEIS DE ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Estrutura Quaternária Algumas proteínascontém duas ou mais cadeias polipeptídicas distintas (Subunidades - PROTÔMEROS), que podem ser idênticas ou diferentes. HEMOGLOBINA Quatro cadeias protéicas Esta estrutura é mantida pelas mesmas forças que mantém as estruturas secundárias e terciárias funcional funcional NÍVEIS DE ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Classificação De acordo com natureza química Simples: apenas aa Conjugada: grupo prostético HOMOPROTEÍNAS/ HOLOPROTEÍNAS (histonas/albumina/gluteninas) HETEROPROTEÍNAS: - Lipoproteínas - Glicoproteínas - Fosfoproteínas - Hemoproteínas - Flavoproteínas - Metaloproteínas De acordo com o número de cadeias polipeptídicas Monomérica Multimérica HOMOMÉRICA HETEROMÉRICA Hemoglobina Metaloproteína, heterotetramêro (2 cadeias alfa e 2 cadeias beta) e Globular De acordo com a forma Fibrosa Globular NÍVEIS DE ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS 1 ou mais cadeias polipeptídicas Arranjadas de forma esférica ou globular. Contém diversos tipos de estruturas secundárias. Ex. ENZIMAS, PROTEÍNAS REGULADORAS, PROTEÍNAS DE TRANSPORTE Proteínas Globulares 1 ou mais cadeias polipeptídicas arranjadas em longos filamentos ou folhas. Em geral formadas por um único tipo de estrutura secundária. Geralmente insolúveis Proteínas de suporte, forma e proteção aos vertebrados: colágeno, queratina, fibroína Proteínas Fibrosas CONFORMAÇÃO NATIVA DAS PROTEÍNAS A maioria das proteínas enrolam-se dentro de uma única conformação estável (conformação nativa) Interações que mantém a estrutura nativa: • ligações de hidrogênio • interações iônicas - entre resíduos carregados • interações hidrofóbicas - entre resíduos apolares • pontes dissulfeto • CAMADA DE SOLVATAÇÃO CONFORMAÇÃO NATIVA DAS PROTEÍNAS CONFORMAÇÃO NATIVA DAS PROTEÍNAS Desnaturação: perda da estrutura 3D suficiente para causar a perda de função. Em geral corresponde a proteína parcialmente dobrada. Perda das ligação não covalentes (fracas) Causas: MUDANÇA DO AMBIENTE temperatura, pHs extremos, solventes orgânicos, ureia, detergentes CONFORMAÇÃO NATIVA DAS PROTEÍNAS Renaturação: muitas vezes as proteínas desnaturadas podem reassumir suas conformações nativas estáveis. A capacidade de renaturação da ribonuclease A forneceu a prova mais importante que a estrutura terciária de uma proteína globular é determinada por sua sequência de aminoácidos (estrutura primária). Acontece com a minoria de proteínas. A maioria necessita de alguma assistência. CONFORMAÇÃO NATIVA DAS PROTEÍNAS PROTEOSTASE Manutenção contínua do grupo ativo de proteínas celulares, necessária em um dado conjunto de condições. Atividade coordenada de vias para a síntese e enovelamento Redobramento de proteínas parcialmente desdobradas Sequestro e degradação de proteínas irreversivelmente desdobrada UPR reguladores transcricionais 1. Síntese ptns no ribossomo 2. Enovelamento assistido: - Atividade das chaperonas e foldases 1. Degradação CONFORMAÇÃO NATIVA DAS PROTEÍNAS Chaperonas: proteínas que interagem com os polipeptídeos parcialmente dobrados ou dobrados incorretamente, facilitando os mecanismos de enovelamento corretos ou garantindo um microambiente adequado ao enovelamento. famílias de chaperonas: Hsp70 (heat shock proteins) – ligam-se a regiões não dobradas ricas em resíduos hidrofóbicos; translocação de proteínas; empacotamento quartenário. Chaperoninas – GroEL/GroES em E. coli Hsp60 análoga em eucariontes Foldases: - (PDI) - Proteína-dissulfeto-isomerase/ - (PPI) - Proteína-peptidil-prolil-cis-trans-isomerase ↑↑UPR UPR (unfolded protein response): reguladores transcricionais CONFORMAÇÃO NATIVA DAS PROTEÍNAS DEFEITOS DO ENOVELAMENTO PROTÉICO AMILOIDOSES: Diabetes tipo 2, doença de Alzheimer, doença Huntington e doença de Parkinson ARTRITE REUMATÓIDE TUBERCULOSE FIBROSE CÍSTICA ALGUNS CANCERES AMILOIDOSE SISTÊMICA SEGUNDÁRIA AMILOIDOSE SISTÊMICA PRIMÁRIA Transtirretina A secreção pelas células β de um pequeno peptídeo (37 aa), o polipeptídeo amiloide das ilhotas (PPAI, ou IAPP, ou amilina), pode levar à deposição ao redor das ilhotas, destruindo gradualmente as células DM2
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