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Planejamento familiar (rede cegonha e gravidez na adolescência)

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O Ministério da Saúde oferece o programa Rede Cegonha que visa dar assistência as mulheres desde o planejamento familiar até a atenção à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como assegurar às crianças o direito ao nascimento seguro e desenvolvimento saudável. E tem como objetivos promover uma assistência humanizada a gestante e a criança, garantir acesso, acolhimento e resolutividade na Atenção à Saúde Materna e Infantil e reduzir a mortalidade materna e neonatal, por meio de ampliação e qualificação das ações e serviços de saúde, do enfrentamento da violência obstétrica, oferta de boas práticas e da redução da medicalização e mercantilização do parto. Essa iniciativa convocou os gestores, os trabalhadores e a sociedade a transformar o modelo de atenção ao parto praticado no país, o qual não coloca a gestante como protagonista do processo de gestação e parto, medicalizando e intervindo muitas vezes desnecessariamente. 
A rede cegonha tem como princípio: 
I -o respeito, a proteção e a realização dos direitos humanos;
II - o respeito à diversidade cultural, étnica e racial;
III - a promoção da equidade;
IV - o enfoque de gênero;
V - a garantia dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes;
VI - a participação e a mobilização social; e
VII -a compatibilização com as atividades das redes de atenção à saúde materna e infantil em desenvolvimento nos Estados.
Gravidez na adolescência
A gestação na adolescência é um fenômeno com repercussões significativas para o indivíduo e para a sociedade. Para a adolescente, a gravidez pode alterar toda a sua vida. Uma gravidez indesejada precoce repercute no aspecto socioeconômico, já que aumenta as chances de evasão escolar, o retorno à escola é dificultado, o que leva ao aumento dos riscos de desemprego, à dependência financeira dos familiares, gerando a falta de perspectiva de vida e à perpetuação da pobreza. 
O aumento da atividade sexual entre os adolescentes, o baixo nível socioeconômico e a baixa escolaridade, são fatores apontados que contribuem para uma gravidez na adolescência. Pesquisas evidenciaram que quanto menor o número de anos de escolaridade, maior é a incidência de gestações entre os jovens. A baixa escolaridade reflete numa educação sexual inadequada, já que escola tem o papel fundamental na educação sexual de adolescentes no que se refere ao desenvolvimento da sexualidade saudável, livre dos riscos de DST/Aids e da gravidez indesejada e precoce. Estudos realizados demonstraram que o trabalho, a alfabetização e a educação das mulheres tendem a reduzir não só as taxas de mortalidade das crianças, mas também as de natalidade e de fecundidade, por isso o planejamento familiar aplicado na saúde pública vem sendo falho pois foca apenas no controle da fecundidade, através de contraceptivos não em educar a mulher que é a principal responsável por esse planejamento. 
SANTOS, Júlio César dos e FREITAS, Patrícia Martins de. Planejamento familiar na perspectiva do desenvolvimento. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2011, vol.16. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000300017&lng=pt&tlng=pt Acesso em: 15 Jun 2017. 
Könzgen Meincke, Sonia Maria, Perfil socioeconômico e demográfico de puérperas adolescentes. Cogitare Enfermagem, 2011. Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=483648968013> Acesso em: 15 Jun 2017.

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