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o texto apresenta uma incorreção, visto que, desde a descoberta do Brasil, os holandeses já plantavam cana-de-açúcar no Nordeste, apesar de o clima quente e seco e de o solo podzol serem desfavoráveis a tal cultivo; e) há, no texto, uma incorreção histórica, visto que, no século XVI, já havia grande produção de açúcar no Brasil, principalmente no Nordeste, em que o clima quente e úmido e o solo de massapê eram favoráveis ao cultivo da cana. 5. UFPE Sobre o processo brasileiro de aculturação ocorrido no período colonial é falso afirmar que: a) mitos e lendas indígenas provocaram mudanças na cultura religiosa portuguesa do século XVI, em Portugal. b) a pesca, a caça e os frutos do Brasil serviram como base alimentar na culinária colonial luso-brasileira. c) o uso do algodão entre os nativos brasileiros para a fabricação de redes foi reutilizado pelos colonos portugueses para a confecção de tecidos rústicos. d) o cultivo entre algumas tribos brasileiras de frutas, milho e tubérculos foi rapidamente incorporado à agricultura de subsistência entre colonos portugueses. e) a cultura do fumo utilizada por nativos brasileiros tornou-se um dos hábitos culturais mais apreciados pelos europeus. HISTÓRIA - A primeira etapa do período colonial IM PR IM IR Voltar GA BA RI TO Avançar 3 6. Mackenzie-SP A divisão do Brasil em capitanias hereditárias não seria apenas a primei- ra tentativa oficial de colonização portuguesa na América, mas também a primeira vez que europeus transportaram um modelo civilizatório para o Novo Mundo. A esse respei- to é correto afirmar que: a) o modelo implantado era totalmente desconhecido dos portugueses e cada donatária tinha reduzidas dimensões. b) representava uma experiência feudal em terras americanas, sem nenhum componente econômico mercantilista. c) atraiu sobretudo a alta nobreza pelas possibilidades de lucros rápidos. d) a coroa com sérias dívidas transferia, para os particulares, as despesas da colonização, temendo perder a colônia para os estrangeiros que ameaçavam nosso litoral. e) o sistema de capitanias fracassou e não deixou como conseqüências a questão fundiária e a estrutura social excludente. 7. U.E. Juiz de Fora-MG Sobre a sociedade e cultura coloniais brasileiras, assinale a al- ternativa incorreta: a) Homens livres pobres e mestiços, bem como os escravos podiam ascender à condição de “Homens Bons” e ocupar os cargos das câmaras municipais locais. b) O Catolicismo, como religião oficial do Estado Português, tentava impedir quaisquer outras manifestações de religiosidade na colônia. Contudo, as práticas religiosas afri- canas e indígenas, ou sincréticas, foram extensamente praticadas. c) Em Minas Gerais, a arte barroca de base religiosa pôde desenvolver uma criação pró- pria. A grande quantidade de artífices locais valia-se de inovações e do uso de materi- ais da terra, como por exemplo, a pedra-sabão, utilizada em esculturas. d) A miscigenação ocorreu desde os primeiros anos da conquista; brancos e índios gera- ram mamelucos em diversas capitanias; a mistura entre brancos e negros tornou-se mais intensa com o incremento do tráfico negreiro a partir do século XVI. 8. U. Santa Ursula-RJ A partir do século XVI várias potências européias invadiram a América Portuguesa; entre elas destacamos a Invasão Francesa no Rio de Janeiro entre 1555 – 1567. O Objetivo da França era: a) O interesse no comércio açucareiro, organização e montagem de engenhos e intensi- ficação do tráfico negreiro. b) A disputa pelo comércio colonial, isto é, a exploração do pau-brasil e a criação da França Antártica. c) A aceitação dos indígenas à dominação francesa e o conflito entre colonos e jesuítas pelo domínio e controle da mão-de-obra indígena. d) A possibilidade de formação de novas classes sociais vindas da França mas empobre- cidas pelas lutas religiosas. e) A cobiça dos franceses pelas terras das Capitanias Hereditárias e exploração das “dro- gas do sertão” e do açúcar. 9. Unifor-CE No Brasil, a predominância da economia açucareira na vida colonial a) gerou um amplo mercado interno consumidor, abastecido com produtos originários de outras regiões brasileiras. b) favoreceu o surgimento de uma ampla camada social intermediária entre os grandes proprietários de terra e os escravos. c) decorreu da crise da economia portuguesa, resultantes dos gastos com a Guerra da Restauração. d) gerou uma sociedade cujos valores dominantes estavam sedimentados na propriedade da terra e de escravo. e) criou um núcleo de integração das atividades produtivas de todas as demais regiões brasileiras. HISTÓRIA - A primeira etapa do período colonial IM PR IM IR Voltar GA BA RI TO Avançar 4 10. PUC-RS INSTRUÇÃO: Responder à questão 10 sobre a escravidão no Brasil, com base no texto abaixo. “A Brecha Camponesa Um outro mecanismo de controle e manutenção ‘da ordem escravista foi a criação de uma mar- gem de economia própria para o escravo dentro do sistema escravista, a chamada brecha campone- sa’. Ao ceder um pedaço de terra em usufruto e a folga semanal para trabalhá-la, o senhor aumen- tava a quantidade de gêneros disponíveis para alimentar a escravatura numerosa, ao mesmo tempo em que fornecia uma válvula de escape para as pressões resultantes da escravidão (...). O espaço da economia própria servia para que os escravos adquirissem tabaco, comida de regala, uma roupinha melhor para mulher e filhos, etc. Mas, no Rio de Janeiro do século XIX, sua motivação principal parece ter sido o que apontamos como válvula de escape para as pressões do sistema: a ilusão de propriedade ‘distrai’ a escravidão e prende, mais do que uma vigilância feroz e dispendiosa, o escravo à fazenda. ‘Distrai’, ao mesmo tempo, o senhor do seu papel social, tornando-o mais humano aos seus próprios olhos. (...) Certamente o fazendeiro vê encher-se a sua alma de certa satisfação quando vê vir o seu escravo da sua roça trazendo o seu cacho de bananas, o cará, a cana, etc. (...) O sistema escravista – como qualquer outro – não poderia, evidentemente, viabilizar-se apenas pela força. ‘O extremo aperreamento desseca-lhes o coração’, escreve o barão justificando a economia própria dos escravos, ‘endurece-os e inclina-os para o mal. O senhor deve ser severo, justiceiro e humano’.” REIS, João José & SILVA, Eduardo. In: BECHO, Myriam Motta & BRAICK, Patrícia Ramos. História das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo, Moderna, 1997, p. 248. A chamada “brecha camponesa”, de que tratam os autores do texto, refere-se a: a) um pedaço de terra cedido em usufruto ao escravo, além de uma folga semanal para trabalhar na terra, de onde os negros podiam extrair gêneros extras para sua subsistên- cia, como o tabaco, a banana, o cará, a comida de regalo, etc.; b) um mecanismo de distração dos senhores, os quais passarão a produzir alguns gêne- ros para sua subsistência, criando, assim, uma válvula de escape contra as pressões do sistema; c) um mecanismo de distração para os escravos que, após passarem a semana inteira produzindo apenas cana-de-açúcar, em um dia da semana poderiam se dedicar ao plantio de outros gêneros, além de receberem uma pequena parcela da produção para seu próprio consumo; d) um mecanismo de controle e manutenção da ordem escravista, já que senhores e es- cravos podiam trabalhar conjuntamente, distraindo-se das tensões permanentes do sistema e amenizando as profundas diferenças sociais existentes entre eles; e) uma espécie de propriedade privada dos escravos, que possibilitava a estes produzir gêneros complementares para sua subsistência, suprindo também as necessidades ali- mentares de seu senhor, que trocava esses produtos por cana-de-açúcar. 11. FATEC-SP No Brasil Colônia, as unidades de produção do açúcar eram os engenhos, que variavam de tamanho e no emprego de tecnologia; estavam também