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Embriologia – Sistema Cardiovascular 1. Explique a importância do fechamento do embrião para a formação do coração primitivo. O fechamento do embrião se dá através de dois dobramentos, um no sentido cefalo-caudal e outro no sentido latero-lateral. O dobramento cefalo-caudal, principalmente na parte cranial, puxa o campo cardíaco para se situar em posição caudal à dobra da cabeça e ventral ao intestino anterior, o que gera a posição usual do coração. Enquanto isso, o dobramento latero-lateral promove a fusão dos tubos endocárdios, o que gera o tubo cardíaco primário. 2. Descreva o dobramento do tubo cardíaco primário, necessário para adquirir o formato visto no coração adulto. O tubo cardíaco primário é formado pelo bulbo do coração, o ventrículo, o átrio e o seio venoso. O seu dobramento consiste em um conjunto de mudanças conformacionais que geram um formato próximo do coração adulto. Primeiramente, ocorre o crescimento do bulbo cardíaco e do ventrículo. Nesse processo o coração se dobra sobre si próprio, formando uma alça Bulbo ventricular (entre o bulbo e o ventrículo) para a direita em forma de C. Esse processo ocorre no 23 dia de gestação. Logo depois, o tubo cardíaco continua a se alongar nos polos arterial e venoso, assumindo uma configuração em formato de S. Ao final do processo de dobramento cardíaco, os átrios, que antes se localizavam na parte inferior do coração, se dobram e passam a se localizar na parte superior. Junto com os átrios, os seios venosos também mudam de posição, se localizando na parte posterior do coração, atrás dos átrios. Além disso, o bulbo do coração se torna suas novas estruturas, o cone arterial e o tronco arterial. 3. Descreva o processo de septação do coração. Primeiramente, ocorre a septação entre os átrios e os ventrículos. Essa septação é mediada por estruturas chamadas coxins, estruturas formadas por moldes de matriz extracelular, preenchidas por células mesenquimais derivadas do endoderma e ectoderma. Os coxins atrioventriculares se formam no centro do coração e junto com os coxins endocardíacos laterias geram as valvas atrioventriculares. No 26 dia de gestação ocorre projeção miocárdica (septo primário), que se estende para o interior do átrio a partir da parede craniodorsal do coração em direção aos coxins endocárdicos. Esse processo gera forame primário. Alguns dias depois o septo secundário cresce da parede ventrocranial do átrio, ou seja, da parte da frente do coração, imediatamente à direita do septo primário, gerando o forame oval. Mais para a frente é formada a crista mediana, onde o septo ventricular muscular (IV), que se localiza no assoalho do ventrículo, cresce em direção aos coxins centrais. Esse processo consolida a septação do ventrículo em dois, mas que ainda se comunicam através de um forame interventricular, que geralmente se fecha na sétima semana. Durante a quinta semana, a proliferação ativa das células mesenquimais nas paredes do bulbo cardíaco resulta na formação das cristas bulbares e das cristas do tronco. As cristas bulbares e do tronco se submetem a uma espiralização de 180 graus e formam um septo aorticopulmonar. O septo aorticoplumonar divide o bulbo cardíaco e o tronco arterial em dois canais diferentes: a artéria aorta e o tronco pulmonar. Após o nascimento, o forame oval é fechado devido a pressão mais alta no átrio esquerdo, que recebe sangue dos pulmões. 4. Explique a diferença entre vasculogênese e angiogênese. Vasculogênese é a formação de vasos a partir de células do mesoderma esplâncnico em células precursoras epiteliais, que nesse caso são chamadas de angioblastos. Essa diferenciação celular ocorre através substâncias indutoras secretadas pelo endoderma subjacente, dentre essas substâncias temos Bmps e Vegf. Agora, angiogênese é a expansão e remodelação do sistema vascular por meio de células endoteliais existentes e de vasos gerados por vasculogênese. A angiogênese exagerada pode ser induzida por situações de hipóxia, pois as células buscam formar novos vasos para tentar aumentar o fluxo de oxigênio na área.
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