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7/2/2014 1 Sistema Tegumentar Curso de Medicina Veterinária Universidade Federal do Acre Prof. Adj. Dr. Yuri Karaccas de Carvalho Anatomia Descritiva Animal I Objetivos da Aula � Conhecer as particularidades da pele nos diferentes animais; � Conhecer os anexos tegumentares e sua relação com a vida dos animais � Conhecer a Glândula Mamária 7/2/2014 2 É formado por: � Pele (cútis) � Pêlos � Glândulas cutâneas � Partes especializadas como unhas, cascos, cornos. PELE Envolve completamente o corpo e une-se às mucosas nas várias aberturas naturais. Sistema Tegumentar � Proteção; � Termorregulação; � Impermeabilidade à água. Funções da Pele Coloração da Pele • Depende da presença de pigmentos, que protegem contra radiação ultravioleta • Cor da pele e do pêlo influenciam na adaptação • Áreas glabas (sem pêlos) é afetada pela coloração dos vasos 7/2/2014 3 � Variação Grande; � Mais espessa nas grandes espécies e nos locais de maiores atritos; � A pele pode formar dobras e rugas em determinados locais; � Algumas dobras são uma adaptação para aumentar a área por onde o calor pode ser dissipado para o ambiente. Espessura da Pele � Epiderme: mais externa; � Formada por epitélio escamoso estratificado, cuja espessura é adaptada ao tratamento que recebe. (desgaste: calos, solas de pés); � Continuamente renovada; � As células superficiais saem em flocos (“caspas’), ou em partículas menores; Estrutura da Pele 7/2/2014 4 EPIDERME � Estrato Córneo: origina os chifres, cascos e unhas; � Área menos exposta: A pele é mais peluda e mais fina; � Não há sangue nem vasos linfáticos na epiderme. � Glândulas Sebáceas: Produzem secreção oleosa, que impermeabiliza e protege certas áreas como a virilha de eqüinos; � Glândulas Sudoríparas: Importantes para perdas de calor e evaporação e pêlos. Estrutura da Pele DERME � Composta por fibras de tecido conjuntivo denso; colágeno; � Após ruptura, ocorre cicatrização por depósito de tecido fibroso (estrias); � Está fixada à epiderme por papilas entrelaçadas; � Na maioria dos animais, a pele é relativamente solta; � Em alguns casos pode estar presa por fáscias subjacentes (escroto e lábios). Estrutura da Pele 7/2/2014 5 DERME � Derme é bem vascularizada, inervada e invadida por folículos pilosos e glândulas sebáceas e sudoríparas (também podem estar na epiderme); � A derme é ligada à epiderme através de projeções em forma de papilas e cristas; � A pele também possui uma rica inervação sensorial. Os nervos acompanham os vasos através das fáscias, dentro da derme. Estrutura da Pele 7/2/2014 6 � SUBCÚTIS: consiste em tecido conjuntivo frouxo entremeado de gordura; � Sua quantidade varia de acordo com a situação , sendo fino ou mesmo ausente se o movimento é indesejável (lábios, pálpebras e tetas); � Bem desenvolvida em cães e gatos; � Acúmulo de gordura forma o panículo adiposo; � Fáscia Superficial � Fáscia Profunda Tela Subcutânea � Os depósitos de gordura subcutânea ajudam a moldar o contorno corpóreo e diferem em função do sexo, raça, espécie e idade, alimentação, região; � Alguns depósitos de gordura funcionam como amortecedores. Ex: Coxim plantar de carnívoros; �Gordura Marrom (castanha): É uma pronta fonte de calor.Encontrada no período fetal e neonatal e nas espécies selvagens é encontrada nos animais que hibernam. Tecido Adiposo 7/2/2014 7 • São características dos mamíferos; • Função: Servem como proteção mecânica e como isolante térmico. Pelos �Pelos Lisos: Pelos de proteção (Revestimento) �Distribuem-se uniformemente; �Aspecto macio; �Modificados só nos rodamoinhos e cristas; � Importante no escoamento da água. �Pelos Finos: Pêlos ondulados (Lanosos) �Pêlos curtos e mais numerosos; �Abundantes no inverno. Tipos de Pelos 7/2/2014 8 Os pelos de revestimento dos ovinos estão presentes somente na face e nos pés; Algumas raças de Caprinos e coelhos também possuem predominância dos pêlos lanosos; Pêlos Táteis: grossos de distribuição restrita, e em geral, protusos à frente dos pêlos de revestimento; A maioria dos pêlos táteis é encontrada na face e ao redor dos olhos, lábio inferior, mento e partes da cabeça; Tipos de Pelos Tipos de Pelos 7/2/2014 9 �Definição: São almofadas sobre as quais os animais caminham. �Epiderme densamente cornificada; �Derme pouco desenvolvida; �Subcutâneo espesso e resistente (Mistura de fibras elásticas entremeadas de tecido adiposo). Coxim Coxim 7/2/2014 10 Coxim �São modificações da pele � Localizadas nas falanges distais � Função: Servem para proteger os tecidos subjacentes, ferir, agarrar e arranhar �Equinos (Casco): reduz a concussão no impacto do e auxilia no retorno do sangue ao coração. Unhas, Garras e Cascos 7/2/2014 11 Unhas, Garras e Cascos � Parede comparada a uma unha que foi comprimida lateralmente � Parte proximal e a base estão na derme e funde-se ao periósteo Garras 7/2/2014 12 �Parede fortemente curva �Lados também curvos de forma aguda, formando as BARRAS �O tecido córneo da sola que preenche a superfície entre a parede e a ranilha encontra-se em uma junção conhecida como linha alba. � Perioplo: faixa de tecidos queratinizados moles observado na superfície externa da parede, próximo a sua junção com a pele. Casco de Equino Casco de Equino 7/2/2014 13 Casco de Equino �Parede bruscamente recurvada para formar uma borda dorsal (como a da unha) �Coxim (bulbo): Relativamente grande e recobre toda a parte caudal do casco �Sola (entre o bulbo e a parede): Pequena e as lâminas intedigitais são menos desenvolvidas. Casco de Ruminante 7/2/2014 14 Casco de Ruminante Possuem bases ósseas dos processos córneos do osso frontal São permanentes (a menos que caiam e sejam repostos anualmente) A derme é aderida ao processo córneo. A epiderme produz um corno mole e transparente = aspecto externo brilhante Cornos 7/2/2014 15 � São encontrados em ambos os sexos e ausentes em raças mochas; � Cornos dos machos são mais maciços; � Forma varia com a raça; Bovinos: Os cornos são invadidos pelos seios frontais, que ficam abertos na descorna. Cornos São glândulas que desenvolvem-se à partir de folículos pilosos primitivos na pele. Ductos dos folículos liberam a secreção das glândulas, que escorre na superfície da pele ao lado da projeção dos pelos Subdivisão: GLÂNDULAS SEBÁCEAS GLÂNDULAS SUDORÍPARAS Glândulas Cutâneas 7/2/2014 16 Produzem o sebo, que é uma secreção oleosa que lubrifica e impermeabiliza a pele e a pelagem Favorecem a disseminação do suor, retardam o crescimento bacteriano e em certos casos funcionam como marcadores territoriais Podem funcionar como feromônios (a produção é regulada por hormônios sexuais) � Odor de cachorro molhado � Lanolina = sebo da lã dos carneiros. É usado em pomadas, cosméticos e agente de limpeza � Almíscar = secreção das glândulas anais Glândulas Sebáceas � Glândula Circum Oral (Gatos) � Glândulas do Corno (Caprinos) � Glândula da Bolsa Infraorbital (Ovinos) � Glândulas da Bolsa Interdigital (Selvagens) � Glândula da Bolsa Inguinal (Ovinos) � Glândula Prepucial (Suíno) � Glândula da Cauda (Cães e Gatos) � Glândula Circum Anais (Adeanal) � Glândula do Saco Anal (Gambá) Glândulas Sebáceas 7/2/2014 17 7/2/2014 18 � Definição: São glândulas sudoríparas muito aumentadas, modificadas, cuja secreção nutre o filhote. � Desenvolvem como brotos epiteliais que crescem dentro do mesênquima à partir de espessamentos ectodérmicos (cristas mamárias). Glândulas Mamárias As TETAS SUPRANUMERÁRIAS podem estar ligadas às outras tetas ou apresentarem-sede forma independente. A- Porca; B- Cadela; C- Gata; D- Mulher; E- Vaca; F- Ovinos; G- Égua Distribuição das Mamas 7/2/2014 19 Distribuição das Mamas 7/2/2014 20 � A elevação da teta, forma os bicos epidérmicos, que crescem no broto mamário dentro do tecido conjuntivo da teta e começam a canalizar por volta do nascimento. � Cada bico forma um sistema de ductos separados com tecido glandular associado. Glândulas Mamárias O crescimento dos ductos e do tecido glandular continua até a puberdade e durante a gestação, que empurra a teta para fora da parede corpórea = processo endócrino. Abaixo do tecido conjuntivo, há um tecido fibroso (esqueleto), vasos e nervos Glândulas Mamárias 7/2/2014 21 Toda a formação glandular das mamas é penetrada por gordura e recoberta pela pele. Em ruminantes e equinos, as tetas forma um complexo consolidado = o úbere (Termo usado também para porcas). Aparelho Suspensor Glândulas Mamárias O tecido glandular está arranjado em lóbulos, cada um com 1 mm (ou mais) de diâmetro, formando cerca de 200 alvéolos. O leite drena para um ducto intralobular, que se junta a outros para formar um ducto interlobular maior. Os ductos interlobulares levam a um sistema de ductos lactíferos Glândulas Mamárias 7/2/2014 22 Possuem porções alternadas entre o estreito e dilatação. A contração da parede muscular das porções estreitas conserva o leite nas expansões antes que ele desça quando a vaca é sugada ou ordenhada Glândulas Mamárias Glândulas Mamárias 7/2/2014 23 O seio lactífero estende-se dentro da teta e é incompletamente dividido em seio glandular e seio da teta por uma constricção. O seio da teta continua-se pelo ducto papilar, que se abre na ponta da teta, onde o orifício é rodeado por um esfíncter de músculo liso. Glândulas Mamárias Os brotos mamários também se formam em embriões machos e persistem - originam tetas rudimentares Superfície ventral do tronco - carnívoros e suínos; Superfície cranial do escroto – ruminantes; Ao lado do prepúcio nos eqüinos. Glândulas Mamárias 7/2/2014 24 1- DYCE, K.M., SACK, W.O., WENSING, C.J.G. Tratado de Anatomia Veterinária. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 813 p. 2- EVANS H.E. Anatomy of the Dog. 3th ed. Philadelphia: Pennsylvania, W. B. Saunders Company, 1993. 3- GETTY, R. Anatomia dos Animais Domésticos. 5th ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1986. 2048 p. 4- POPESKO, P. Atlas de anatomia topográfica dos animais domésticos. São Paulo: Manole, 1987. 3. V. Referências Bibliográficas
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