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Anestesia em cães Cardiopatas

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Revisão de literatura
Anestesia em cães cardiopatas
Anesthesia in Dogs Heart
Thais Mayara Menegheti – Aluna especial do Curso de Pós - Graduação em Ciência Animal – Universidade Estadual Paulista ”Júlio de Mesquita Filho” – 
Campus Araçatuba. thameneghetivt@hotmail.com
Valéria de Nobre Leal Oliva – Profa. Dra. em Anestesiologia – Unesp/ Araçatuba
Menegheti TM, Oliva VnL. Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2010; 8(25); 194-199.
Resumo
O conhecimento dos efeitos cardiovasculares dos diversos anestésicos utilizados rotineiramente 
em cães é de extrema importância, uma vez que a incidência de procedimentos que necessitam de 
anestesia em animais portadores de cardiopatias é crescente atualmente. Dentre as cardiopatias mais 
freqüentemente diagnosticadas em cães estão a insuficiência de válvula mitral e a cardiomiopatia 
dilatada, sendo respectivamente mais comuns em cães de raças de pequeno e de grande porte. Estas 
alterações cardíacas provocam importantes distúrbios hemodinâmicos que podem ser intensificados 
com o uso inadequado de alguns fármacos. Devido a isto, a escolha adequada de anestésicos para a 
medicação pré-anestésica, indução e manutenção da anestesia se torna imprescindível. 
Palavras-chaves: Anestesia, cães, cardiopatias, alterações hemodinâmicas. 
Abstract
The knowledge of cardiovascular effects of different anesthesics drugs used in dogs is important 
since the incidence of procedures requiring anesthesia in animals suffering from heart diseases is 
growing nowadays. Among the most commonly diagnosed heart diseases in dogs are mitral valve 
failure and dilated cardiomyopathy, respectively being more common in small and large breed dogs. 
These cardiac changes cause significant hemodynamic disturbances that may be intensified with the 
inappropriate use of some anesthesics drugs. Concluding, the correct choice of anesthesics drugs to 
preanesthetic induction and maintenance of anesthesia becomes essential.
Keywords: anesthesia, dogs, cardiac disease, hemodynamics variables.
194
Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2010;8(25); 194-199.
Anestesia em cães cardiopatas
Introdução
O número de pacientes portadores de cardiopatias aten-
didos em hospitais veterinários é crescente e têm–se obser-
vado um aumento na casuística de procedimentos cirúrgicos 
realizados nestes animais devido ao aprimoramento de téc-
nicas anestésicas balanceadas, disponibilidade de aparelhos 
modernos de monitoração e atuação de médicos veterinários 
especialistas (1). O desenvolvimento de novos fármacos e 
associações anestésicas contribui para a redução dos riscos 
inerentes a processos anestésicos rotineiros, conferindo me-
nor comprometimento cardiovascular e consequentemente, 
reduzindo o risco cirúrgico (2). Segundo BUCHANAN (3) 
fatores como alterações nas raças mais criadas, aumento na 
incidência de determinadas doenças em raças específicas, 
aperfeiçoamento nos meios diagnósticos e o maior número 
de animais que são encaminhados aos hospitais escola atu-
almente, contribuem para o aumento do número de proce-
dimentos cirúrgicos realizados em cães cardiopatas. Muitos 
fatores levam à necessidade de se conhecer os efeitos cardio-
vasculares dos diversos anestésicos usados rotineiramente, 
uma vez que a complexidade das alterações fisiopatológicas 
que ocorrem na doença cardíaca e o tipo específico de doença 
cardiovascular tornam impossível que um mesmo protocolo 
anestésico seja usado de modo seguro em todas as situações 
(4). A anestesia em um paciente com disfunção cardíaca pode 
ser de alto risco, já que além de causar depressão do sistema 
nervoso central, a maioria dos fármacos anestésicos também 
pode produzir depressão cardiovascular. (5). 
Baseado na literatura pertinente, o presente trabalho tem 
por objetivo relatar os principais efeitos cardiovasculares dos 
anestésicos mais utilizados na prática clínica cirúrgica em pa-
cientes cardiopatas caninos, ressaltando a importância da se-
leção dos fármacos anestésicos nas diversas situações da ro-
tina e os principais cuidados referentes à sua utilização, uma 
vez que cada caso apresenta suas particularidades e necessita 
de cuidados específicos. 
Revisão Bibliográfica 
Alterações Fisiopatológicas 
Animais que apresentam alterações valvares primárias, 
como insuficiência da válvula mitral, têm uma diminuição 
do débito cardíaco relacionada ao volume de sangue regur-
gitante em direção ao átrio (4), ao contrário do que se obser-
va em animais portadores de cardiomiopatias que afetam a 
função do miocárdio como ocorre na cardiomiopatia dila-
tada (6). Esta enfermidade leva à insuficiência contrátil do 
miocárdio, com função sistólica deprimida (7) e um aumen-
to da pré-carga progressivo que contribui cada vez mais 
para a dilatação das câmaras cardíacas, sendo estes fatores, 
os responsáveis pela diminuição do débito cardíaco (6). 
Sendo assim, o protocolo anestésico indicado para animais 
com alterações valvares degenerativas, deve visar à redu-
ção da fração regurgitante, evitar a distensão ventricular 
e o aumento da resistência vascular periférica, não causar 
diminuição da frequência cardíaca, hipertensão venocapi-
lar pulmonar e diminuição da contratilidade, a fim de di-
minuir o refluxo para o átrio (8). Em animais portadores de 
cardiomiopatia dilatada, torna-se necessário o emprego de 
um protocolo anestésico que evite a depressão miocárdica 
induzida por fármacos. Também é necessário manter a nor-
movolemia e prevenir os aumentos da pós-carga (1).
 As alterações que ocorrem na volemia de animais car-
diopatas se devem à ativação do sistema renina-angitensi-
na-aldosterona que leva a retenção de sódio e água. Este 
sistema também causa vasoconstrição arterial com o obje-
tivo de manter o volume intravascular e o débito cardíaco 
(8). A manutenção da frequência e da contratilidade cardí-
aca se deve à ativação do sistema nervoso simpático. En-
tretanto isto pode resultar em uma hipertrofia ventricular 
concêntrica nos casos de estenose valvular devido ao au-
mento da pressão. Em casos onde há insuficiência valvular, 
a ativação do sistema simpático leva a hipertrofia ventricu-
lar excêntrica em resposta ao aumento de volume. Estas al-
terações, tanto no tamanho ventricular quanto no aumento 
do volume, podem resultar em um aumento do consumo 
de oxigênio pelo miocárdio, predispondo à produção de 
arritmias (4). A fluidoterapia deve ser realizada de manei-
ra adequada em animais cardiopatas, pois estes são intole-
rantes às alterações bruscas na volemia (5) e nos aumentos 
da pré-carga. Alterações na pós-carga podem ser causadas 
pelo uso de agentes dissociativos que causam aumento da 
pressão arterial e vasoconstritores que elevam a pós-carga, 
aumentando desta forma a força de contração necessária 
para manter o débito cardíaco adequado (1), sendo desa-
conselhável o uso em animais portadores de enfermidades 
que afetam a contratilidade miocárdica (5). 
Com tudo isso, o objetivo da seleção de um fármaco 
para sedação e anestesia geral é minimizar as alterações 
cardiovasculares adicionais que este pode vir a causar (4). 
Para isto, é necessário conhecer as alterações específicas de 
cada cardiopatia já que as diferenças entre elas podem tor-
nar indicado ou não o uso de determinado fármaco (5).
Predisposição
Dentre as doenças cardíacas que afetam os cães pode-
mos citar principalmente a doença degenerativa valvular 
crônica e a cardiomiopatia dilatada (1). Dentre as alterações 
valvulares, a degeneração mixomatosa crônica da valva mi-
tral é a que apresenta maior prevalência, sendo mais obser-
vada em animais idosos (acima de seis anos), machos e nas 
raças de pequeno porte (9) como Poodles, Schnauzers Mi-
niatura, Chihuauhuas, Fox Terriers, CockerSpaniels e Bos-
ton Terriers (10). A cardiomiopatia dilatada afeta principal-
mente cães de raças grandes e gigantes, embora os Cockers 
Spaniels sejam também comumente afetados. A faixa etária 
de início dos sintomas para ambos os sexos é dos quatro 
aos seis anos de idade; contudo, cães de qualquer idade po-
dem desenvolver a doença (11). Os Dobermans Pinschers 
são os mais acometidos, seguidos das raças Boxer, La-
brador Retriever, Dinamarquês, Terra Nova, dentre outras 
195Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2010;8(25); 195-199.
Anestesia em cães cardiopatas
(7). Acredita-se que fatores genéticos devam desempenhar 
algum papel nestas raças, devido à alta incidência de car-
diomiopatia dilatada de origem idiopática observada (10).
Cuidados Pré Anestésicos
Durante o ato anestésico-cirúrgico o sistema cardio-
vascular é submetido a múltiplas agressões decorrentes 
do trauma cirúrgico, efeito direto ou indireto dos agentes 
anestésicos, alterações da respiração, da temperatura e da 
atividade do sistema nervoso autônomo. Estas alterações 
são bem toleradas por um sistema cardiovascular íntegro, 
porém pacientes com doença cardiovascular podem sofrer 
descompensação, que se manifesta como isquemia miocár-
dica, congestão pulmonar e/ou disritmias (12). Sendo as-
sim, o objetivo de uma avaliação pré-operatória adequada 
é identificar os pacientes de alto risco, conhecer a gravidade 
da doença e o grau de comprometimento tanto da função 
cardíaca como de outros órgãos que podem ser afetados 
pela doença base como pulmões, rins e fígado (1). A avalia-
ção pré-operatória pode até mesmo contra-indicar a cirur-
gia ou recomendar a realização de um procedimento menos 
agressivo, o que é fundamental para reduzir a mortalidade 
(13). Os exames complementares que devem ser realizados 
no pré operatório de animais portadores de cardiopatia são 
eletrocardiograma, radiografia de tórax, ecocardiograma 
e avaliação laboratorial, incluindo hemograma completo, 
análise das funções renal e hepática e quando possível, tes-
tes de coagulação, sendo que a realização destes exames de-
verá estar relacionada com o grau da cardiopatia e o tipo de 
procedimento a ser realizado (1).
O risco anestésico-cirúrgico do paciente pode ser ava-
liado por diferentes índices, sendo que o principal é o ASA, 
estabelecido pela American Society of Anesthesiologists 
(1). Outro método de avaliação foi estabelecido pelo Inter-
national Small Animal Cardiac Health Council, fundado 
em 1992, que elaborou normas para três classificações fun-
cionais de doenças cardíacas (12). Esta classificação é ba-
seada nas alterações anatômicas e na severidade dos sinais 
clínicos nos animais em repouso com o objetivo de facili-
tar o manejo e compreensão da enfermidade (14). Segundo 
esta classificação, os pacientes tidos como Categoria I têm 
a doença cardíaca confirmada, mas são assintomáticos. Al-
terações na morfologia cardíaca podem ser detectadas em 
radiografias e ecocardiografias (4). Nesta categoria entram 
os animais classificados como ASA II e III, que respectiva-
mente são os pacientes cardíacos compensados que não es-
tão recebendo medicações e os que recebem fármacos para 
compensar as alterações cardíacas. Tais pacientes podem 
ser sedados ou anestesiados com segurança e sem nenhuma 
estabilização adicional (4). Animais com insuficiência leve a 
moderada são classificados como categoria II e apresentam 
sinais clínicos evidentes da doença, mesmo em repouso ou 
em leves atividades físicas, comprometendo a qualidade 
de vida do animal. Os sinais típicos incluem intolerância 
ao exercício, tosse, taquipnéia, dispnéia e ascite leve ou mo-
derada (14). Tais pacientes são classificados como ASA IV e 
são muito mais suscetíveis ao risco de debilitação ou morte 
no período pós-cirúrgico. Estes animais requerem estabili-
zação adicional com fármacos cardíacos e devem estar li-
vres de sinais de insuficiência cardíaca por vários dias antes 
da sedação ou da anestesia (4). Já os pacientes classificados 
na categoria III, apresentam sinais de insuficiência cardíaca 
grave ou avançada, como dispnéia, ascite, importante into-
lerância ao exercício e hipoperfusão em repouso. À auscul-
tação pulmonar podem ser identificados sons pulmonares 
adventícios e edema pulmonar (7). É necessária intensa e 
agressiva estabilização antes da sedação e anestesia. Estes 
pacientes são classificados como ASA V e a anestesia geral 
não é indicada (4). 
Monitoração
No paciente cardiopata, a monitoração necessária para 
a condução segura do ato cirúrgico pode diferir daquela 
empregada em um paciente hígido. Isto porque alterações 
toleradas ou facilmente corrigidas em um paciente hígi-
do, com uma simples diminuição na oferta de anestésico 
inalatório e um aumento na taxa de infusão de fluidos (1), 
não são compensadas em um paciente cardiopata (5). Em 
cirurgias de grande porte, métodos adicionais de monito-
ração devem utilizados como aferição da pressão arterial 
invasiva e da pressão venosa central. Isto porque métodos 
de monitoração invasivos fornecem informações mais pre-
cisas sobre o volume intravascular e pressão arterial que 
métodos não invasivos como a aferição da pressão arte-
rial sistólica pelo Doppler e das pressões sistólica, média e 
diastólica pelo método oscilométrico, onde se torna neces-
sário o acompanhamento das tendências da pressão, pois 
não necessariamente os valores mostrados são reais (4). A 
avaliação do eletrocardiograma é fundamental durante a 
monitoração destes animais, pois permite avaliar continua-
mente a frequência e o ritmo cardíaco, além de diagnosticar 
eventuais desequilíbrios eletrolíticos e isquêmicos (1).
Anestésicos Inalatórios
O emprego de agentes halogenados em cardiopatas está 
fundamentado na capacidade de diminuir o consumo de 
oxigênio pelo miocárdio de maneira dose-dependente. Esta 
diminuição representa o resultado final dos efeitos destes 
anestésicos sobre o sistema cardiovascular (15). Todos os 
agentes inalatórios deprimem a contratilidade cardíaca pro-
porcionalmente à concentração inspirada, diferindo quanto 
ao grau de depressão entre eles (1). Existem algumas dife-
renças entre os efeitos do isoflurano e os dos outros haloge-
nados sobre os parâmetros cardiovasculares (15). O isoflu-
rano é um dos principais agentes inalatórios utilizados em 
medicina veterinária devido a sua vantagem de causar míni-
ma depressão hemodinâmica (16). Em relação à contratilida-
de miocárdica, o isoflurano é o que causa menor depressão. 
Ele atua principalmente diminuindo a resistência vascular 
sistêmica e causando, com isso, diminuição da pressão arte-
196 Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2010;8(25); 196-199.
Anestesia em cães cardiopatas
rial (17). O emprego do isoflurano em até duas concentrações 
alveolares mínimas (CAM) não leva à diminuição do débito 
cardíaco. Isto pode ser justificado pelo aumento da frequ-
ência cardíaca em até 20% que este agente inalatório causa, 
colaborando para manutenção do débito cardíaco (18).
O halotano é o agente que provoca maior depressão he-
modinâmica ocorrendo bradicardia, diminuição da resistên-
cia vascular periférica e inotropismo negativo, culminando 
com severa hipotensão. O que diferencia a hipotensão causa-
da pelo halotano da resultante pelo uso do isoflurano é que a 
origem desta redução está totalmente relacionada à diminui-
ção da força de contração, diferentemente do que ocorre com 
o uso de isoflurano, onde a principal causa é a diminuição da 
resistência vascular periférica, fato que permite a manutenção 
do débito cardíaco (16). Este anestésico inalatório ainda reduz 
o automatismo cardíaco, causando atenuação da reposta cro-
notrópica à redução da pressão arterialsistólica. Outra des-
vantagem em se utilizar o halotano é que ele promove uma 
sensibilização do miocárdio às catecolaminas, predispondo à 
ocorrência de fibrilação ventricular (1). 
O sevoflurano provoca taquicardia e hipotensão arterial 
nos cães. BERNARD et al (19) observaram um aumento de 30 
a 40% da freqüência cardíaca basal em cães, durante a admi-
nistração de 1,2 a 2 CAM de sevoflurano. Este também cau-
sa vasodilatação periférica e depressão da contratilidade do 
miocárdio de intensidade proporcional à dose utilizada.
O desfluorano ainda é pouco utilizado em medicina vete-
rinária devido ao seu alto custo, mas apresenta características 
como uma ação depressora no sistema cardiovascular indu-
zindo a redução da pressão arterial média e o aumento na 
freqüência cardíaca, bem como depressão da contratilidade 
do coração e conseqüente redução do débito cardíaco (20). O 
desflurano não sensibiliza o miocárdio aos efeitos arritmogê-
nicos da adrenalina e seus efeitos cardiovasculares são muito 
semelhantes ao provocados pelo isoflurano (1).
2.6 Anestésicos Gerais Intravenosos
Os anestésicos gerais são fármacos que promovem depres-
são do sistema nervoso central, de forma dose-dependente e 
reversível, tendo como resultado a perda das capacidades de 
percepção de estímulos dolorosos e a resposta a eles, mesmo 
não possuindo características analgésicas intrínsecas. Dentre 
os mais importantes podem-se citar o tiopental, o etomidato 
e o propofol (16).
O tiopental sódico pertence ao grupo dos tiobarbitúricos, 
com ação hipnótica de instalação rápida e de curta duração, 
sendo utilizado como agente indutor de anestesia geral (21). É 
contra-indicado em animais portadores de doenças cardíacas, 
já que causa depressão do sistema cardiovascular de forma 
dose dependente, por depressão do centro vasomotor e do 
miocárdio, reduzindo a força de contração cardíaca, com dis-
creta redução da pressão arterial e pressão venosa central, (16) 
devido à diminuição transitória do tônus do sistema nervoso 
simpático. Os barbitúricos ainda potencializam as arritimias 
ventriculares induzidas pela epinefrina na anestesia com ha-
lotano. Deve-se evitar a administração repetida dos barbitúri-
cos, uma vez que possuem efeito cumulativo (1).
O uso do Propofol como agente indutor na anestesia tem 
a vantagem de proporcionar uma a indução e recuperação 
geralmente satisfatórias, sendo possível verificar ausência de 
fenômenos excitatórios, quando sedativos são utilizados na 
medicação pré-anestésica (22). Entretanto provoca redução nas 
pressões arteriais sistólica, diastólica e média (23), ocasionando 
hipotensão sistêmica resultante da redução da resistência vas-
cular periférica, sendo esta proporcional ao aumento da con-
centração plasmática deste agente (24). Diminui o débito cardí-
aco, por redução da pré carga dado ao seu efeito venodilatador 
direto reduzindo a pressão arterial e a sensibilidade barorre-
flexa em resposta à hipotensão arterial (25). Também reduz a 
frequência cardíaca e o consumo de oxigênio pelo miocárdio e 
aumenta o fluxo coronariano devido à vasodilatação corona-
riana que provoca (26). Em doses eqüipotentes ao tiopental, o 
propofol causa maior hipotensão, pois provoca uma depressão 
sobre a resistência vascular sistêmica mais intensa (27).
O etomidato é o agente indutor ideal para o paciente car-
diopata, pois provoca alterações mínimas na frequência, no 
ritmo, na contratilidade, na pressão arterial e no débito car-
díaco (4). Quando utilizado em altas doses, pode causar uma 
pequena redução na pressão arterial resultante da diminuição 
do tônus do sistema nervoso central, do retorno venoso e do 
metabolismo periférico (1). Quando administrado em doses 
clínicas, o etomidato produz rápida e fugaz hipnose, tendo 
ação semelhante a do tiopental. Também pode produzir mio-
clonias que podem ser diminuídas pelo uso de medicação 
pré-anestésica (22). 
Agonistas Alfa-2-Alfa-Adrenérgicos
Os agonistas dos receptores alfa-2 afrenérgicos, tal como 
a xilazina possuem boa ação sedativa e analgésica, além de 
produzirem um efeito de relaxamento muscular central 
moderado (28). No sistema cardiovascular, a xilazina causa 
efeitos variáveis (29), podendo desencadear uma resposta bi-
fásica da pressão arterial, ou seja, provoca um aumento inicial 
da pressão com posterior hipotensão duradoura. Também 
produz um aumento da resistência vascular e estimula os re-
ceptores alfa periféricos (30), podendo causar intensa vaso-
constrição (29). Devido a uma resposta reflexa ao aumento 
da pressão arterial, pode ocorrer uma redução na frequência 
cardíaca de maneira acentuada, devido à diminuição da ativi-
dade simpática e a um aumento da atividade vagal (31). Em 
um estudo realizado, MONTEIRO et al. (32) observaram que 
o principal efeito adverso da administração da xilazina foi 
a bradicardia. Os agonistas dos receptores alfa-2 adrenérgi-
cos freqüentemente ocasionam efeitos arritmogênicos (33) e 
produzem bloqueio atrioventricular de graus variados (34). 
Todas essas ações da xilazina podem ser controladas com o 
emprego de anticolinérgicos como a atropina, entretanto é 
importante ressaltar que estes fármacos podem causar um 
aumento acentuado do consumo de oxigênio pelo miocárdio, 
devido à taquicardia que provocam, resultando em isquemia 
miocárdica. Além disso, o tempo de ação da xilazina é supe-
rior ao da atropina (1).
197Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2010;8(25); 197-199.
Anestesia em cães cardiopatas
Analgésicos Opiódes
Os analgésicos opióides são muito utilizados na anestesia 
balanceada, pois promovem analgesia intensa possibilitando 
a diminuição na concentração de anestésicos voláteis e injetá-
veis na indução e manutenção da anestesia (1). Os efeitos dos 
agentes opióides sobre o sistema cardiovascular dependem 
do fármaco utilizado, da dose empregada e da velocidade de 
aplicação. A meperidina é o único opióide que pode levar a 
um aumento da frequência cardíaca, devido ao bloqueio va-
gal que causa (1). Os opióides em geral apresentam efeitos 
mínimos sobre o sistema cardiovascular, podendo, ocasional-
mente, levar a uma bradicardia sinusal que é facilmente cor-
rigida com o uso de substâncias anticolinérgicas como a atro-
pina e o glicopirrolato (29). Estas características dos opióides 
são benéficas, já que promovem uma diminuição no consumo 
de oxigênio pelo miocárdio, diminuindo o risco de eventos 
isquêmicos. Observa-se hipotensão apenas quando se admi-
nistra a morfina ou meperidina por via intravenosa, devido 
à liberação de histamina que leva a intensa vasodilatação (1).
Apesar de o uso destes compostos diminuir a frequência 
cardíaca, a pouca influência sobre a contratilidade cardíaca e 
a resistência vascular periférica possibilita manter um débito 
cardíaco adequado, sendo indicados no protocolo anestésico 
de animais portadores de cardiopatia (35). 
Fenotiazínicos
Os tranqüilizantes são drogas utilizadas de forma roti-
neira como agentes pré-anestésicos, facilitando o manejo, 
diminuindo a ansiedade e o estresse pré-cirúrgico (36) e re-
duzindo a dose dos anestésicos injetáveis e inalatórios (37). A 
acepromazina apresenta um efeito depressor sobre o sistema 
cardiovascular induzindo ao aparecimento de hipotensão (31), 
diminuição do débito cardíaco e da freqüência cardíaca. A 
hipotensão se deve ao bloqueio alfa-1-adrenérgico e a vasodila-
tação direta (29). STEPIEN et al. (36) observaram uma redução 
de aproximadamente 24% do volume sistólico, relacionada à 
diminuição do retorno venoso, da pré-carga e a um efeito 
inotrópico negativo. A depressão destes parâmetros torna-se 
ainda mais acentuada em casos onde há enfermidades cardí-
acas, presença prévia de hipovolemia ou de hipotensão (38). 
Benzodiazepínicos
Os benzodiazepínicossão amplamente utilizados na anes-
tesia em pacientes cardiopatas por causarem mínimos efeitos 
sobre o aparelho cardiovascular (39). Não alteram o ritmo 
nem a frequência cardíaca (1) e promovem um pequeno efei-
to tranqüilizante no cão (31). Possuem uma ação ansiolítica, 
hipnótica, anticonvulsivante e relaxante muscular e por isso 
são muito utilizados. O midazolam aparece como o tranqüi-
lizante que possui menores efeitos com relação aos aparelhos 
cardiovascular e respiratório no cão (49). Em um estudo, 
MÁRSICO et al. (41) não observaram alterações do débito car-
díaco ao associarem o midazolam a diferentes concentrações 
de isoflurano, devido à manutenção da pressão arterial mé-
dia e da freqüência cardíaca. Entretanto foi observada uma 
queda moderada da pressão arterial apenas em concentrações 
de isoflurano mais elevadas (2.0 CAM).
Conclusão
Os cuidados anestésicos em pacientes cardiopatas são im-
prescindíveis e os médicos veterinários devem estar cientes 
dos riscos ao indicar um animal cardiopata para um proce-
dimento que necessite de uma sedação ou anestesia geral. O 
estudo dos efeitos cardiovasculares dos diversos anestésicos 
usados rotineiramente se torna cada vez mais importante de-
vido à crescente casuística de animais portadores de cardio-
patias que chegam aos hospitais veterinários atualmente. 
Muitos anestésicos devem ser evitados em protocolos 
anestésicos para animais cardiopatas, dentre eles: a acepro-
mazina, os agonistas alfa-2-adrenérgicos e o halotano. Deve-
se optar por fármacos que tenham efeitos mínimos sobre o 
sistema cardiovascular a fim de proporcionar maior seguran-
ça ao procedimento anestésico e diminuir os riscos como os 
opióides e os benzodiazepínicos. Desta forma, a neuroleptoa-
nalagesia é uma ótima escolha quando se trata de animais car-
diopatas e o etomidato é considerado o agente indutor ideal 
para este tipo de paciente. 
É necessário ter o conhecimento sobre a atuação de cada 
fármaco sobre o organismo com um todo, já que na rotina de 
um anestesiologista, nem sempre os anestésicos ideais estarão 
disponíveis, cabendo a ele decidir o melhor protocolo anesté-
sico possível. 
Referências
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Recebido para publicação em: 16/03/2010.
Enviado para análise em: 16/03/2010.
Aceito para publicação em: 30/05/2010.
199Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2010;8(25); 199-199.

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