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05.2 Finanças públicas

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Finanças públicas no período 
recente 
Revisão: conceitos 
• O resultado nominal é o conceito fiscal mais 
amplo e representa a diferença entre o fluxo 
agregado de receitas totais (inclusive de 
aplicações financeiras) e de despesas totais 
(inclusive despesas com juros), num 
determinado período. Essa diferença 
corresponde à necessidade de financiamento 
do setor público (NFSP). 
 
Revisão: conceitos 
• O resultado operacional corresponde ao resultado nominal 
excluída a parcela referente à atualização monetária da dívida 
líquida. 
• O conceito de resultado operacional é relevante em países de 
inflação alta (como o Brasil antes do Plano Real), uma vez que 
exclui o impacto da inflação sobre a necessidade de 
financiamento do setor público. 
• A função da atualização monetária é simplesmente repor a 
parcela do estoque da dívida corroída pela variação dos 
preços. 
• Em países com baixa inflação, onde o fator correção 
monetária é pouco expressivo, o conceito de resultado 
operacional perde relevância e tende a ser próximo do 
resultado nominal. 
 
Revisão: conceitos 
• O resultado primário corresponde ao resultado nominal 
excluída a parcela referente aos juros nominais (juros reais 
mais a atualização monetária) incidentes sobre a dívida 
líquida. 
• O resultado primário, uma vez que não considera a 
apropriação de juros sobre a dívida existente, evidencia o 
esforço fiscal do setor público livre da “carga” dos déficits 
incorridos no passado, já que as despesas líquidas com 
juros (também chamada carga de juros) dependem do 
estoque total da dívida pública e das taxas de juros que 
incidem sobre esse estoque. Se o setor público gasta menos 
do que arrecada, desconsiderando a apropriação de juros 
sobre a dívida existente, há superávit primário 
 
Revisão: conceitos 
• Abrangência do conceito: O conceito de setor 
público considerado para efeitos de 
mensuração do resultado fiscal é o setor 
público não-financeiro mais o Banco Central 
do Brasil (BCB). O setor público não-
financeiro, por sua vez, é composto pelo 
governo federal, governos estaduais, governos 
municipais, empresas estatais federais, 
estaduais e municipais e o INSS. 
 
Revisão: conceitos 
O setor público é usualmente dividido em três grandes 
grupos: 
• Governo Central – definido como a soma das 
contabilizações das administrações federais (aqui 
representadas pelo resultado do Tesouro Nacional), do BCB 
e do sistema público de previdência para o setor privado 
(INSS). O resultado do Tesouro Nacional também engloba o 
resultado da previdência dos servidores públicos federais. 
• Governos regionais – são consideradas as contabilizações 
das administrações estaduais e municipais. 
• Empresas estatais – são considerados os resultados de 
empresas estatais nos três níveis de governo2. 
 
 
Revisão: conceitos 
• Os resultados fiscais podem ser apurados de duas 
formas: 
• “acima da linha”, que corresponde à diferença 
entre as receitas e as despesas do setor público; e 
• “abaixo da linha”, que corresponde à variação da 
dívida líquida total, interna ou externa. 
– Pelo método “abaixo da linha”, o resultado nominal 
equivale à variação total da dívida fiscal líquida no 
período. 
 
 
 
 
 
Revisão: conceitos 
• As receitas e despesas fiscais podem ser 
contabilizadas pelo regime de caixa ou de 
competência. 
– Pelo regime de caixa, são computadas no mês do 
efetivo recebimento/desembolso de recursos; 
– Pelo regime de competência, no mês do fato gerador 
da receita/despesa. 
– Por exemplo, os salários dos funcionários públicos 
referentes a novembro de 2011 e pagos em dezembro 
sensibilizam as estatísticas de gastos em novembro, se 
apurados pelo regime de competência, ou em 
dezembro, se apurados pelo regime de caixa. 
 
http://www4.bcb.gov.br/pec/gci/po
rt/focus/faq%204-
indicadores%20fiscais.pdf 
BANCO CENTRAL DO BRASIL (2013) 
Indicadores Fiscais. Série Perguntas 
Mais Frequentes. 
Administrações públicas 
• Compostas pela União, 26 estados, DF e 5563 
municípios 
• 15% do valor agregado da economia a preços 
básicos 
• Consomem cerca de 20% do PIB 
• Arrecadam perto de 36% em tributos 
• “Devolvem” à sociedade perto de 16% em 
benefícios previdenciários, de assistência 
social e subsídios 
Fatos estilizados das finanças públicas 
brasileiras pós-real 
• Comportamento volátil da DLSP entre 1999-
2003 
– Peso elevado do dólar na composição da dívida 
– Crises cambiais de 1999 e 2002 forçaram o 
governo a criar impostos e aumentar alíquotas ou 
bases de incidência dos já existentes, elevando a 
carga tributária 
Fatos estilizados das finanças públicas 
brasileiras pós-real 
• Elevação da carga tributária bruta 
– Possibilita o aumento das transferências 
• Elevação dos gastos com transferências de 
assistência e previdência 
– Melhoria da distribuição pessoal da renda 
Fonte: Ipea (2009) 
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Superávit primário (% do PIB)
Fonte: BCB, elaboração própria 
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DLSP com Petrobras e Eletrobras, jan/96-abr/09 (% do PIB)
out/1998
jan/2003
ago/2008
Fonte: BCB, elaboração própria 
Fonte: BCB, elaboração própria 
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DLSP (% do PIB)
Alguns conceitos 
• DLSP = dívida total (bruta) – valor dos ativos 
• Suponha uma dívida bruta de R$ 2,5 trilhões, 
ativos financeiros de propriedade do setor 
público de R$ 1,5 trilhão, 
DLSP = 1 trilhão 
• Suponha, por simplicidade, que a taxa de juros 
paga pelo governo sobre a dívida é a mesma que 
ele recebe pelos seus ativos = 10% 
despesas líquidas com juros: 
R$ 250 bilhões – R$ 150 bilhões = R$ 100 bilhões 
Alguns conceitos 
• A DSLP pode aumentar de duas maneiras: 
1) Se o superávit primário for insuficiente para arcar 
com as despesas líquidas com juros 
 Significa que o governo tem que endividar-se ainda 
mais para arcar com parte dos juros que deve 
Alguns conceitos 
• A DSLP pode aumentar de duas maneiras: 
2) Devido ao ajuste cambial que corrige parte da 
dívida em moeda externa (dívida externa do 
governo) 
  a DLSP pode aumentar mesmo que o superávit 
primário seja maior que as despesas com juros (ou 
seja, que o governo gere superávit nominal) 
Alguns conceitos 
• Um exemplo numérico: 
– Suponha que parte da dívida bruta de R$ 2,5 
trilhões seja formada por uma dívida de US$ 500 
bilhões a uma taxa de R$ 2/US$ = R$ 1 trilhão. 
– Se a taxa de câmbio sofrer uma desvalorização de 
50%, passando para R$ 2/US$, a mesma dívida de 
US$ 500 milhões agora vale R$ 1,5 trilhão, e a 
dívida bruta agora é de R$ 3 trilhões 
Variação na DLSP e fatores condicionantes (R$ 
bi) 
Fonte: Ipea (2009) 
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DLSP com Petrobras e Eletrobras, jan/96-abr/09 (% do PIB)
out/1998
jan/2003
ago/2008
Desvalorização 
cambial 
Fonte: BCB, elaboração própria 
Mudança da composição da dívida 
• É outro aspecto importante a se considerar na 
análise da dinâmica da DLSP 
– A praticamente zeragem da dívida atrelada ao 
câmbio fez com que a dívida bruta se tornasse 
menos sensível às variações cambiais 
Fonte: BCB, elaboração própria 
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Dívida mobiliária federal por indexador
Selic Câmbio Pré-fixado Índices de preços outros
janeiro 1999 outubro 2002
setembro
2008
Acúmulo de reservas internacionais 
• Finalmente, o acúmulo de ativos externos em 
quantidade superior à dívida externa do 
governo a partir de 2007 fez com que a dívida 
líquida passe a cair após desvalorizações 
cambiais – dinâmica distinta da observada até 
então 
Variação na DLSP e fatores condicionantes 
(% do PIB) 
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 
 
Dívida líquida total - saldo 45,5 38,5 42,8 40,2 36,5 35,3 33,6 
 
Dívida líquida - var. ac. ano -1,7 -7,0 4,3 -2,6 -2,7 -1,1 -1,7 
 
Fatores condicionantes: 3,4 -1,4 6,1 3,1 0,8 0,9 1,6 
 NFSP 2,8 2,0 3,3 2,5 2,6 2,5 3,3 
 Primário -3,3 -3,4 -2,0 -2,8 -3,1 -2,4 -1,9 
 Juros nominais 6,1 5,5 5,4 5,3 5,7 4,9 5,1 
 Ajuste cambial 0,8 -2,6 2,5 0,5 -1,6 -1,3 -2,0 
 Dívida mobiliária interna indexada ao câmbio -0,1 0,1 -0,1 0,0 -0,1 -0,1 -0,1 
 Dívida externa - metodológico 0,9 -2,7 2,6 0,4 -1,5 -1,2 -1,9 
 Dívida externa - outros ajustes -0,1 -0,9 0,3 0,0 -0,2 -0,1 0,4 
 Reconhecimento de dívidas 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 -0,1 -0,1 
 Privatizações 0,0 0,0 -0,1 -0,1 0,0 0,0 0,0 
 
Efeito do crescimento do PIB sobre a dívida -5,2 -5,6 -1,9 -5,7 -3,5 -2,1 -3,3 
Fonte: BCB, elaboração própria 
Crises cambiais, juros e 
política fiscal 
• Aumento de juros como resposta às crises 
cambiais de 1999 e 2002 
• Aumento de alíquotas e base de incidência de 
impostos como resposta da política fiscal 
Aumento da carga tributária 
Aumento da carga tributária 
• Aumento de 9 pontos percentuais a partir de 
1995 
• Viabilizou o superávit primário em contexto de 
expansão de gastos (inclusive com juros e 
transferências) 
Evolução da carga tributária bruta 
Fonte: Ipea (2009) 
Aumento da carga tributária no período 
pós-Real (% do PIB) 
• 1998-2002: elevação de alíquotas da CPMF, CSLL, 
Cofins, criação da CIDE-Combustíveis 
– Resposta à crise cambial de 1999 
– Contexto de baixo crescimento do PIB 
• 2003-2004: elevação de alíquotas da CSLL e 
Cofins, base de incidência ampliada 
– Resposta à crise cambial de 2002 
– Ainda em contexto de baixo crescimento 
• 2005-2008: sem aumento de imposto 
– Contexto de aceleração do crescimento 
– Dinamismo econômico explica o aumento da carga 
Gastos públicos exclusive 
investimentos 
• Consumo do governo – custeio da máquina e 
salários do funcionalismo 
– Estável como proporção do PIB 
• Despesas com juros aumentaram nos anos de 
crise 
• Transferências públicas de assistência e 
previdência cresceram desde 1997 
Gastos públicos exclusive 
investimentos 
Fonte: Ipea (2009) 
Gastos públicos exclusive 
investimentos 
Fonte: Ipea (2009) 
Gastos públicos exclusive 
investimentos 
Fonte: Ipea (2009) 
Gastos públicos exclusive 
investimentos 
• Crescimento das TAPS 
– Aposentadorias e pensões 
– Seguro-desemprego e programas assistenciais 
como o Bolsa Família 
 
– Em grande medida, são gastos atrelados ao salário 
mínimo 
– Melhoria da distribuição de renda 
 
FBKF das administrações públicas 
Fonte: Ipea (2009) 
FBKF das administrações públicas 
• Aumenta nos anos de eleição presidencial 
• Cai nos anos de crise 
– Ajuste fiscal de “má qualidade”: ônus sobre o 
investimento e com aumento de carga tributária

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