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05.3 Inserção externa e vulnerabilidade

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Inserção externa e 
vulnerabilidade 
Bibliografia: 
 
 CARCANHOLO, M. (2010) Inserção externa e 
vulnerabilidade da economia brasileira no governo Lula 
 
Gentil, D. L. & Araujo, V. L. Dívida pública e passivo externo: onde 
está a ameaça? 
 
Conceitos 
• Liberalização e abertura financeira 
• Vulnerabilidade externa 
• Passivo externo 
 
Liberalização e abertura financeira 
• Aumento da facilidade com que os residentes 
podem adquirir ativos e passivos expressos 
em moeda estrangeira e os não residentes 
podem operar nos mercados financeiros 
domésticos 
 
Liberalização e abertura financeira 
• Principais impactos: 
– Aumento da concentração e desnacionalização no 
mercado financeiro 
– Redução da participação das instituições 
financeiras públicas 
– Crescimento do mercado de títulos mais que 
proporcional ao mercado de crédito 
 
Vulnerabilidade externa 
• Capacidade de uma economia resistir a 
pressões, fatores desestabilizadores ou 
choques externos (Reinaldo Gonçalves) 
• A vulnerabilidade externa é maior: 
– Quanto menores forem as alternativas de resposta 
a partir dos instrumentos disponíveis 
– Quanto maiores forem os custos de ajuste aos 
choques 
Vulnerabilidade externa 
• Conjuntural: é dada pelas opções de política 
econômica que se tem para enfrentar os 
choques externos e os custos desse 
enfrentamento 
• Estrutural: associada aos processos de 
desregulamentação e liberalização comercial, 
produtiva, tecnológica e financeira 
Vulnerabilidade externa 
• Alguns indicadores: 
– Serviço da dívida externa/exportações 
– Dívida externa total/PIB 
– Reservas internacionais/dívida externa total 
– Dívida externa/exportações 
Passivo externo 
• Passivo externo bruto: total de débitos ou 
compromissos em moeda forte 
Dívida externa pública e privada 
+ investimentos estrangeiros 
 
 É uma das variáveis que permite mensurar a 
vulnerabilidade externa 
 
Passivo externo 
• Passivo externo líquido = passivo externo 
bruto – reservas internacionais 
– Representa a capacidade de saldar os 
compromissos externos pela liquidação dos ativos 
Passivo externo 
• Passivo externo (bruto ou líquido) de curto 
prazo: dívida externa de curto prazo + 
investimentos em carteira 
– refere-se aos conceitos vincendos no curto prazo, 
mais desestabilizadores nos momentos de 
reversão do estado de confiança 
Abertura externa dos anos 1990 
• Dependência dos fluxos de capitais externos 
em contexto de instabilidade do sistema 
financeira internacional 
• Redução da capacidade de resistência e 
combate aos choques externos que ocorrem 
no contexto de fragilidade financeira 
 
Abertura comercial 
• Geração de déficits comerciais sob a 
conjuntura de apreciação cambial 
• Substituição de importações “às avessas” 
– Retomada do crescimento com um coeficiente de 
importações mais elevado agravam o déficit 
comercial durante a “retomada” 
Abertura financeira 
• Embora financie os déficits em transações 
correntes, provoca o aumento do passivo 
externo e também o serviço desse passivo 
(pagamento de juros e remessas de lucros) 
Armadilhas do processo de inserção 
externa brasileiro 
1. Restrição externa estrutural 
2. Armadilha financeira das contas externas 
3. Juros elevados para “fechar” as contas 
externas 
4. Trajetória de crescimento de stop and go 
1. Restrição externa estrutural 
• Crescimento da necessidade de financiamento 
externo impõe uma taxa de juros doméstica 
maior do que a internacional para garantir 
fluxos de capitais externos 
2. Armadilha financeira das contas 
externas 
• Déficit crescente em transações correntes leva 
ao aumento do passivo externo em virtude da 
maior entrada de recursos para financiá-lo, o 
que implica maior pagamento do serviço 
desse passivo, elevando o déficit em 
transações correntes e realimentando o 
processo 
3. Taxas de juros domésticas elevadas 
• As taxas de juros domésticas devem ser 
superiores às internacionais para garantir o 
fluxo de capitais externos 
• Eleva o estoque da dívida pública e também o 
seu serviço 
4. Crescimento na forma de 
stop and go 
• Retomada do crescimento sempre leva ao 
crescimento das importações e deterioração 
do déficit em transações correntes 
• Necessidade de elevar as taxas de juros 
domésticas interrompem a retomada 
• Apesar da continuidade da política macroeconômica 
com o governo que assume em 2003, os indicadores 
de vulnerabilidade externa melhoram, assim como o 
desempenho macroeconômico de modo geral 
-100000
-80000
-60000
-40000
-20000
0
20000
40000
60000
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Transações correntes, 1990-2011, US$ milhões
Balança comercial (FOB) Serviços e Rendas TRANSAÇÕES CORRENTES
Fonte: Banco Central, elaboração própria 
Melhora dos indicadores de vulnerabilidade 
externa conjuntural no governo Lula 
• Expansão da liquidez internacional – queda 
das taxas de juros internacionais 
– Maior crescimento da economia mundial e 
expansão da demanda por produtos brasileiros 
– Redução do risco-país 
 A taxa de juros doméstica necessária à atração 
de fluxos de capitais externos é inferior à média 
dos anos 1990 
Melhora dos indicadores de vulnerabilidade 
externa conjuntural no governo Lula 
• Crescimento da economia chinesa 
• Aumento do preço das commodities 
agrominerais, principal item da pauta 
exportadora brasileira 
 Mas a melhora dos indicadores de 
vulnerabilidade externa conjuntural não 
guarda relação com a vulnerabilidade externa 
estrutural 
Vulnerabilidade externa estrutural 
• Aprofundamento da reestruturação industrial 
em uma lógica primarizadora 
• Elevação estrutural do déficit em transações 
correntes – aumento das remessas de lucros 
• A despeito do maior crescimento do PIB 
brasileiro, a taxa média ainda é inferior à 
média mundial 
1. Reestruturação industrial 
 (80.000)
 (60.000)
 (40.000)
 (20.000)
 -
 20.000
 40.000
 60.000
 80.000
 100.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Saldo comercial por intensidade tecnológica (US$ milhões)
Baixa Média-baixa Média-alta Alta Não-industriais Total
Fonte: MDIC, elaboração própria 
1. Reestruturação industrial 
• Economia brasileira mais dependente dos 
ciclos de preços internacionais e da demanda 
externa por produtos básicos 
• Oscilações nos preços e na demanda externa 
contribuem para a vulnerabilidade da 
economia brasileira 
Fonte: MDIC, elaboração própria 
2. Elevação estrutural do déficit em 
transações correntes 
• Ciclo expansivo de liquidez internacional 
resultou em aumento dos fluxos de IED e de 
investimento em carteira 
Aumento do passivo externo 
Aumento do serviço desse passivo (juros e lucros) 
Trata-se de uma elevação estrutural de um 
desequilíbrio de fluxo em razão de um 
desequilíbrio de estoque 
-20000
-10000
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
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1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
IDE e investimento em carteira, 1990-2011, US$ milhões
investimento direto externo investimento em carteira
Fonte: Banco Central, elaboração própria 
-45000
-40000
-35000
-30000
-25000
-20000
-15000
-10000
-5000
0
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Conta de rendas: lucros e juros, 1990-2011, US$ milhões
Juros Lucros
Fonte: Banco Central, elaboraçãoprópria 
(Ver artigo) 
0
200
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dez/03 dez/05 dez/07 dez/08 dez/09 dez/10 dez/11 dez/12
Passivo externo bruto
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
dez/03 dez/05 dez/07 dez/08 dez/09 dez/10 dez/11 dez/12
Passivo externo bruto, curto e longo prazos
PEB curto prazo PEB longo prazo
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
dez/03 dez/05 dez/07 dez/08 dez/09 dez/10 dez/11 dez/12
Passivo externo líquido
3. Crescimento do PIB abaixo da média 
mundial no período até 2006 
• Até o ano de 2006, o PIB brasileiro cresce 
abaixo da média mundial 
• Mesmo após 2007, apesar de crescer acima da 
média mundial, continua crescendo abaixo da 
média dos países em desenvolvimento e dos 
países exportadores de produtos primários 
-4,00
-2,00
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
1994-2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Taxa de crescimento do produto, (%)
Brasil Mundo
Emergentes e em desenvolvimento Petróleo
Não-Petróleo Exportadores de produtos primários não-petróleo
Fonte: FMI, World Economic Outlook, elaboração própria 
Crise financeira internacional 2007-8 
• Reversão do cenário internacional benigno: 
– Desaceleração do crescimento das exportações 
– Redução dos preços das commodities 
Redução do saldo comercial 
Aumento do déficit em transações correntes e 
das necessidades de financiamento externo 
– Reversão dos fluxos de capitais externos, mesmo 
com manutenção do diferencial de taxas de juros 
 Vulnerabilidade externa estrutural manifesta-se 
na piora das contas externas

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