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* TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * Hidráulica Geral – 4º Período Ibrahim A. Daura Neto Centro Universitário do Cerrado – UNICERP Escola de Engenharia Curso de Engenharia Civil ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS SIMPLES * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * No caso de escoamento em fluidos reais, uma parte da energia mecânica é despendida em forma de calor e em mudança da energia interna, por causa das resistências ao escoamento (viscosidade, turbulências, atrito). Esta parte da energia é considerada perdida porque não contribui mais para o movimento do fluido e por isso é chamada de perda de carga; Perda de carga: contínua ou localizada; Perda de carga contínua: ocorre ao longo da tubulação; Perda de carga localizada: ocorre em pontos particulares do conduto, como válvulas, curvas e medidores. Perda de Carga * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * Se deve, principalmente, ao atrito interno entre partículas escoando em diferentes velocidades. As causas dessas variações de velocidade são a viscosidade do líquido e a rugosidade da tubulação; Perda de carga unitária (gradiente ou inclinação da linha de carga): J = Δh’/L Entre dois pontos de um conduto onde não há nenhuma perda de carga localizada e seção do tubo constante, o abaixamento da linha piezométrica representa também a perda de carga contínua. Perda de Carga Contínua * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * Perda de Carga Contínua * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * Equação Universal da perda de carga: Δh’ = f × L/D × U2/2g Δh’ = 8f/π2g × LQ2/D5 Sendo: Δh’ = perda de carga contínua (m); J = perda de carga unitária (m/m); D = diâmetro do conduto (m); L = comprimento do conduto (m); Q = vazão (m³/s); g = aceleração da gravidade (m/s²); f = coeficiente de perda de carga (adimensional) Equação Universal * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * O coeficiente de perda de carga f depende basicamente do regime de escoamento (laminar ou turbulento); Existem diversas fórmulas com base em considerações teóricas e empíricas para obtenção do coeficiente f; Como exemplo, temos a equação de Swamee e Jain. Equação Universal * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * Para sistemas mais complexos, torna-se inviável o cálculo da perda de carga através do método racional, sem o uso de computador. Por essa razão, as fórmulas práticas estabelecidas por pesquisadores em laboratórios ainda são muito utilizadas; Dentre estas fórmulas, a de Hazen-Williams é a mais utilizada; Δh’ = 10,64× (Q/C)1,85 × L/D4,87 C é um coeficiente de perda de carga que depende do material empregado nas paredes dos tubos (valores tabelados); Outras fórmulas: Flamant, Scobey e Fair-Whipple-Hsiao. Hazen - Williams * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * Hazen - Williams * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * Hazen - Williams * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * Perdas causadas por singularidades do tipo curva, junção, válvula, medidor, etc., que provocam dissipação de energia; Em instalações hidráulicas prediais, a perda de carga localizada é mais importante do que a perda de carga contínua, geralmente. Isto ocorre devido ao grande número de conexões e aparelhos, relativamente ao comprimento da tubulação; No caso de tubulações muito longas, como nas adutoras, a perda de carga localizada pode ser desprezada; Fórmula: Δh’’ = K × U2 / 2g Perda de Carga Localizada * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * K é um coeficiente que depende da singularidade e de Reynolds. Perda de Carga Localizada * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * Método dos comprimentos virtuais: cada singularidade apresenta um comprimento equivalente (Le). A soma dos comprimentos equivalentes das peças, acrescida do comprimento real desta é chamada de comprimento virtual (Lv); Lv = L + ∑Le Lv × J = Δh Podemos obter J através de qualquer fórmula de perda de carga, como a de Hazen-Williams. Devemos lembrar que J = Δh’ / L; Multiplicando J por Lv obtemos a perda de carga total. Perda de Carga Localizada * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * Perda de Carga Localizada * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * Perda de Carga Localizada * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * Velocidades muito baixas deposição de sedimentos na parede do tubo (redução da seção de escoamento e da vazão) e retenção de ar na tubulação (redução da eficiência do escoamento); Velocidades muito altas aumento considerável na perda de carga (ver Equação Universal) e fenômenos de cavitação e golpe de aríete, provocando ruídos, vibrações e choques que danificam rapidamente as instalações; Velocidades recomendadas: UMÁX = 0,6 + 1,5D U ≤ 3,0 m/s Sendo D o diâmetro interno do tubo, e U a velocidade em m/s. Velocidades Recomendadas * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * Os fabricantes disponibilizam tubos de PVC ou ferro fundido, com diâmetros diferenciados. Os diâmetros são designados pelo diâmetro nominal DN, mas as velocidades e vazões são calculadas pelos diâmetros internos; Para cada diâmetro temos uma velocidade máxima, pois sabemos que UMÁX = 0,6 + 1,5D; De posse da área do tubo, e da velocidade máxima da água neste tubo, obtemos a vazão máxima do tubo. Pré-dimensionamento de canalizações * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * Pré-dimensionamento de canalizações * TIM III - Ibrahim Abdallah Daura Neto * Referências Biliográficas BAPTISTA, M. B.; LARA, M. Fundamentos de Engenharia Hidráulica. Belo Horizonte, Editora UFMG e Escola de Engenharia da UFMG, 2a Edição Revisada, 2003, 440p.
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