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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de BiologiaInstituto de Biologia Departamento de Biologia MarinhaDepartamento de Biologia Marinha RECURSOS DO MARRECURSOS DO MAR Denise Rivera TenenbaumDenise Rivera Tenenbaum LaboratLaboratóório de Fitoplâncton Marinhorio de Fitoplâncton Marinho deniser@biologia.ufrj.brdeniser@biologia.ufrj.br Recursos QuRecursos Quíímicos e Minerais do Marmicos e Minerais do Mar RECURSOS QURECURSOS QUÍÍMICOS DA MICOS DA ÁÁGUA DO MARGUA DO MAR Cobrindo mais de 70% da superfície terrestre os oceanos abrangem cerca de 330 milhões de milhas cúbicas de água, (cada milha cúbica pesando cerca de 4,7 bilhões de toneladas) e contem cerca de 166 milhões de toneladas de minerais dissolvidos. Se todo o sal marinho pudesse ser recuperado e fosse depositado nos continentes, ele os cobriria totalmente com uma camada de cerca de 150 m de espessura . Todos os elementos químicos naturais apresentam-se na água do mar e grande parte dos depósitos minerais hoje em exploração nos continentes teve sua origem ligada aos oceanos (direta ou indiretam/) Apesar de ser um grande depositário de bens minerais importantes para a indústria, os oceanos têm sido relativamente pouco aproveitados como fonte direta de minérios, à exceção, da exploração de hidrocarbonetos, cada vez mais intensa nas margens continentais. RECURSOS QURECURSOS QUÍÍMICOS DA MICOS DA ÁÁGUA DO MARGUA DO MAR RAZÕES ?????RAZÕES ????? 9 Desconhecimento sobre o verdadeiro potencial mineral dos mares, 9 Custo dessas investigações, 9 A ausência ou pouca difusão de tecnologias para extração econômica da maioria dos bens minerais existentes nos oceanos, 9 A abundância de recursos minerais nos continentes, 9 E o preço de comercialização desses recursos. Os recursos minerais estão diretamente ligadosOs recursos minerais estão diretamente ligados àà evoluevoluçção geolão geolóógica da região que os abrange, e gica da região que os abrange, e relacionados relacionados àà sua natureza, ao seu volume e sua natureza, ao seu volume e àà sua sua distribuidistribuiçção espacial. ão espacial. ASSIM, ASSIM, ÉÉ IMPRESCINDIMPRESCINDÍÍVEL O CONHECIMENTO GEOLVEL O CONHECIMENTO GEOLÓÓGICOGICO DA REGIÃO OU DA REGIÃO OU ÁÁREA PARA QUE SE AVALIE O REA PARA QUE SE AVALIE O SEU POTENCIAL MINERAL.SEU POTENCIAL MINERAL. RECURSOS QURECURSOS QUÍÍMICOS DA MICOS DA ÁÁGUA DO MARGUA DO MAR Os 10 elementos que compõem a maior parte dos sais dissolvidos na água do mar são: cloreto, sódio, sulfato, magnésio, cálcio, potássio, bicarbonato, brometo, estrôncio, boro e fluoreto. O restante dos elementos químicos estão presentes em concentrações muito baixas (elementos traços). −− Todos os elementos traTodos os elementos traçços estão presentes em concentraos estão presentes em concentraçções ões mais altas na crosta continental do que na mais altas na crosta continental do que na áágua do mar;gua do mar; −− Cobre, chumbo, zinco, nCobre, chumbo, zinco, nííquel, ouro, urânio e quel, ouro, urânio e outros metais (excluindo o magnoutros metais (excluindo o magnéésio), são mais eficientemente sio), são mais eficientemente recuperados de deprecuperados de depóósitos terrestres;sitos terrestres; −− Poucos elementos estão prPoucos elementos estão próóximo as concentraximo as concentraçções esperadas; ões esperadas; RECURSOS QURECURSOS QUÍÍMICOS DA MICOS DA ÁÁGUA DO MARGUA DO MAR ELEMENTOS TRAELEMENTOS TRAÇÇOSOS −− TTóório e elementos de terras raras (crio e elementos de terras raras (céério e lantânio) parecem rio e lantânio) parecem apresentar suas concentraapresentar suas concentraçções controladas principalmente pelo ões controladas principalmente pelo nníível de fosfato da vel de fosfato da áágua do mar (compostos fosfgua do mar (compostos fosfááticos altamente ticos altamente insolinsolúúveis);veis); −− Manganês, ferro e alumManganês, ferro e alumíínio tambnio tambéém estão prm estão próóximo as ximo as concentraconcentraçções esperadas devido aos ões esperadas devido aos óóxidos altamente insolxidos altamente insolúúveis veis que os formam. que os formam. ELEMENTOS MAIORESELEMENTOS MAIORES RECURSOS QURECURSOS QUÍÍMICOS DA MICOS DA ÁÁGUA DO MARGUA DO MAR Cloreto de sCloreto de sóódio (sal)dio (sal) Provenientes de salinas e tanques de evaporaProvenientes de salinas e tanques de evaporaçção;ão; FabricaFabricaçção de hidrão de hidróóxido de sxido de sóódio (soda cdio (soda cááustica), ustica), carbonato de scarbonato de sóódio, sdio, sóódio metdio metáálico e lico e áácido clorcido cloríídrico;drico; 29% da produ29% da produçção mundial provêm do sal marinho.ão mundial provêm do sal marinho. Salina - EUATanque de evaporação Sódio metálico ELEMENTOS MAIORESELEMENTOS MAIORES MagnMagnéésio sio -- 1,3 kg/m31,3 kg/m3 RECURSOS QURECURSOS QUÍÍMICOS DA MICOS DA ÁÁGUA DO MARGUA DO MAR 61% da produ61% da produçção mundial provêm do sal marinho.ão mundial provêm do sal marinho. Proveniente de salmouras residuais das salinas ou tratado Proveniente de salmouras residuais das salinas ou tratado quimicamente;quimicamente; Uso de ligas, revestimentos refratUso de ligas, revestimentos refratáários (magnrios (magnéésio metsio metáálico mais lico mais leve que alumleve que alumíínio), produnio), produçção de medicamentos;ão de medicamentos; SALMORAS QUENTESSALMORAS QUENTES Bolsas de Bolsas de áágua aquecida e gua aquecida e hipersalinahipersalina feitas pelo acrfeitas pelo acrééscimo de scimo de 1010°°C e o dobro da salinidade normal das C e o dobro da salinidade normal das ááguas circunvizinhasguas circunvizinhas ELEMENTOS MAIORESELEMENTOS MAIORES RECURSOS QURECURSOS QUÍÍMICOS DA MICOS DA ÁÁGUA DO MARGUA DO MAR PotPotáássio ssio -- 400g/m3400g/m3 Proveniente de salmouras residuais das salinas;Proveniente de salmouras residuais das salinas; IndIndúústria qustria quíímica para ramica para raçções, fertilizantes e adubos.ões, fertilizantes e adubos. Salmoura residual ELEMENTOS MAIORESELEMENTOS MAIORES RECURSOS QURECURSOS QUÍÍMICOS DA MICOS DA ÁÁGUA DO MARGUA DO MAR Bromo Bromo -- 65g/m365g/m3 Proveniente da concentraProveniente da concentraçção por evaporaão por evaporaçção;ão; 70% da produ70% da produçção mundial de bromo provêm do sal marinho.ão mundial de bromo provêm do sal marinho. ProduProduçção de ão de dibrometodibrometo de etileno usado com chumbo de etileno usado com chumbo tetractilatetractila como um agente anticomo um agente anti--detonante da gasolina, detonante da gasolina, indindúústria fotogrstria fotográáfica e corantes (fica e corantes (eosinaeosina);); DESSALINIZADESSALINIZAÇÇÃO DA ÃO DA ÁÁGUA DO MARGUA DO MAR DESTILADESTILAÇÇÃOÃO SIMPLESSIMPLES O vapor O vapor éé formado a partir da formado a partir da áágua submetido gua submetido àà pressão pressão atmosfatmosféérica. rica. Se comprimirmos este vapor sua temperatura subirSe comprimirmos este vapor sua temperatura subiráá bruscamente e podemos utilizar este calor adicional para bruscamente e podemos utilizar este calor adicional para evaporara mais evaporara mais áágua. Destilagua. Destilaçção por compressão de calor.ão por compressão de calor. DESTILADESTILAÇÇÃO DE EFEITO MÃO DE EFEITO MÚÚLTIPLOLTIPLO Neste sistema o calor latente liberado pela condensaNeste sistema o calor latente liberado pela condensaçção da ão da áágua evaporada em cada etapa gua evaporada em cada etapa éé utilizado pela seguinte utilizado pela seguinte desencadeando um efeito em cadeia.desencadeando um efeito em cadeia. DESTILADESTILAÇÇÃO SOLARÃO SOLAR Os destiladores solares são constituOs destiladores solares são constituíídos por um depdos por um depóósitode sito de áágua gua do mar coberto por uma placa de vidro inclinada. do mar coberto por uma placa de vidro inclinada. O calor obtido faz com que a O calor obtido faz com que a áágua evapore, condensandogua evapore, condensando--se no se no vidro e coletada em um outro recipiente.vidro e coletada em um outro recipiente. SEPARASEPARAÇÇÃO POR INTERCÂMBIO IÔNICOÃO POR INTERCÂMBIO IÔNICO OUTROS MOUTROS MÉÉTODOSTODOS CongelamentoCongelamento DissoluDissoluçção em solventes orgânicos que não dissociam os sais.ão em solventes orgânicos que não dissociam os sais. DESSALINIZADESSALINIZAÇÇÃO DA ÃO DA ÁÁGUA DO MARGUA DO MAR Esquema simplificado de um sistema de osmose reversa CONCEITOS PRINCIPAISCONCEITOS PRINCIPAIS MINERAL: substância de origem natural precisamente definida pelas propriedades físicas e químicas. ROCHA: é um agregado de vários minerais. MINÉRIO: é um mineral ou rocha que contém um metal ou um mineral explorável em condições econômicas. JAZIDA: é toda massa individualizada de substâncias mineral ou fóssil aflorando à superfície ou existente no interior da terra e que tenha valor econômico. MINA: é a jazida em lavra DEFINIÇÃO DE RECURSO MINERAL: é toda concentração de materiais sólidos, líquidos e gasosos de ocorrência natural no interior ou na superfície da crosta terrestre, cuja extensão econômica é potencialmente viável. RECURSOS MINERAIS DO MARRECURSOS MINERAIS DO MAR RECURSOS DO MAR POTENCIAL MINERALPOTENCIAL MINERAL GRANDE DIVERSIDADE DE DEPÓSITOS: Depósitos Carbonáticos Depósitos Argilo-arenosos e Calcáreos Depósitos de Pláceres (minerais pesados) Depósitos de Fosfatos, Carvão, Evaporitos e Enxofre Depósitos Polimetálicos Depósitos de Petróleo SUPERFICIAIS: correspondem ao fundo do mar e aos processos erosivos sedimentares atuais. Ex.: depósitos carbonáticos, de argila, de areias, de cascalho e de minerais pesados. SUBSUPERFICIAIS: associados às formações geológicas pré- existentes e agora soterrados sob o fundo oceânico. Ex: depósitos de carvão mineral, evaporitos e enxofre a associados, além do petróleo. CLASSIFICACLASSIFICAÇÇÃO DOS RECURSOS MINERAIS SUBMARINOSÃO DOS RECURSOS MINERAIS SUBMARINOS FLUIDOFLUIDO INCONSOLIDADOINCONSOLIDADO CONSOLIDADOCONSOLIDADO Superficial Subsuperficial Superficial Subsuperficial Superficial Subsuperficial Água do Mar Magnésio Sódio Urânio Bromo Sais de 26 outros elementos Hidrotermal Fluidos Enxofre Materiais Industriais Areia Cascalho Conchas Aragonita Materiais Pesados de Pláceres Magnetita Ilmenita Rutílio Cromita Monazita Nódulos Manganês Fosforito Lamas Metalíferas Carbonosas Silicosas Calcífera Barita Minerais Pesados de Pláceres Ouro Platina Cassiterita Pedras preciosas Depósitos Acamados Fosforito Crostas Fosforito Cobalto Manganês Montes e Pilhas Sulfetos Metálicos Depósitos Disseminados Estratificados Veios ou Maciços Carvão Fosfatos Carbonatos Potássio Ferro Calcáreo Sulfetos metálicos Sais metálicos CLASSIFICACLASSIFICAÇÇÃO DOS RECURSOS MINERAIS MARINHOSÃO DOS RECURSOS MINERAIS MARINHOS DEPDEPÓÓSITOS SUPERFICIAIS (CARBONSITOS SUPERFICIAIS (CARBONÁÁTICOSTICOS)) obtenção de cimento, cal virgem, álcalis, sabão, inseticidas, goma, gelatina, graxas, cerâmicas vernizes, abrasivos, tratamento de couro em curtume, tratamento de água para uso doméstico e industrial, purificação do açúcar, ração para animais, adubagem do solo e tratamento de esgoto... CALCÁRIO: é o carbonato de cálcio natural que se encontra distribuído abundantemente na crosta terrestre. ORIGEM DO CALCÁRIO: acumulação de restos orgânicos principalmente em ambiente marinho e precipitação do carbonato de cálcio das águas dos rios, lagos, mares e fontes hidrotermais. USO INDUSTRIAL Importância por apresentar grandes possibilidades de extração e emprego em substituição a produtos oriundos de importação. FAIXAS DE OCORRÊNCIA DE SEDIMENTOS CARBONFAIXAS DE OCORRÊNCIA DE SEDIMENTOS CARBONÁÁTICOSTICOS R. Amazonas atR. Amazonas atéé S. LuS. Luíís (MA);s (MA); R. ParnaR. Parnaííba (MA/PI) ba (MA/PI) àà foz do São Francisco foz do São Francisco (AL/SE); (AL/SE); R. S. Francisco ao Cabo Tromba Grande BA)R. S. Francisco ao Cabo Tromba Grande BA) IlhIlhééus (BA) ao sul de us (BA) ao sul de GuarapariGuarapari (ES);(ES); R. ParaR. Paraííba do Sul ao Cabo de São Tomba do Sul ao Cabo de São Toméé (RJ); (RJ); ParanaguParanaguáá (PR) ao extremo sul do Pa(PR) ao extremo sul do Paíís. s. DEPDEPÓÓSITOS SUPERFICIAISSITOS SUPERFICIAIS (ARGILOARGILO--ARENOSOS E CALCARENOSOS E CALCÁÁRIOS)RIOS) Originados de processos erosivos das encostas, associados aos processos flúvio-marinhos. Depósitos argilosos são ambientes deposicionais, concentrados nas desembocaduras dos rios, que apresentam um teor de argila superior a 75%. O calcário não é encontrado na plataforma submersa, sendo um recurso mais característico de regiões continentais. Crescente demanda em áreas urbanas Decréscimo de reservas Perspectivas exploração em águas oceânicas Problema ecológico: Extração, revolvimento do fundo, reflexo na zona pelágica. Reservas, Quantidade e Valor da Produção de Conchas Calcárias Estados Reservas (t) Produção (t) Valor (US $) Bahia 70.822.538 339.472 3.720.775 Espírito Santo 460.268.817 - - Rio de Janeiro 10.638.896 251.328 1.555.876 Rio Grande do Sul - - - Santa Catarina 6.127.023 101.439 4.465.713 Totais 547.857.274 692.239 9.742.363 Fonte: MME, 1996. DEPDEPÓÓSITOS SUPERFICIAISSITOS SUPERFICIAIS (CONCHAS DE MOLUSCOS)) Reservas, Quantidade e Valor da Produção de Diatomita Estados Reservas (t) Produção (t) Valor (US $) Bahia 1.786.105 11.339 2.100.897 Ceará 779.620 3.106 1.964.101 Rio Grande do Sul 1.313.009 13.199 2.326.105 Santa Catarina 7.764 - - São Paulo 21.850 - - Totais 3.908.348 27.644 6.391.103 Fonte: MME, 1996 Algas diatomáceas de lagoas costeiras, lagunas e planícies fluviais de regiões litorâneas podem resultar em acumulações de carapaças. Utilizada como isolante térmico, elemento filtrante ou como cargas ou enchimento industrial. DEPDEPÓÓSITOS SUPERFICIAISSITOS SUPERFICIAIS (DIATOMITA)) USO INDUSTRIAL DAS ARGILAS construção, cerâmica, cimento, sondagem, refinaria, industria de papel, borracha, inseticida outros – tintas, catalisadores, moldes de fundição, produtos farmacêuticos, cosméticos, sabão metalurgia modelagem plástica, etc... USO INDUSTRIAL DAS AREIAS cerâmica, metalúrgica, abrasivos, construção outros – eletrônica, vidros, fabricação do silicato de sódio, pigmento azul-ultramar. DEPDEPÓÓSITOS SUPERFICIAIS (SITOS SUPERFICIAIS (ARGILAS, AREIAS, MINERAIS PESADOS) sedimentos terrígenos consolidados localizados mais na superfície depósitos mais juntos à costa MINERAIS PESADOS Mais interessantes sob o ponto de vista econômico - os pláceres de minerais pesados (pesos específicos acima de 2,9) incluem uma série bastante variável e classificações diversas. Concentram-se à superfície, ao longo das atuais praias, como em cordões e camadas representativas de praias antigas (hoje emersas ou submersas) e em canais ou paleocanais que adentram a plataforma continental, às vezes por vários quilômetros mar-a-dentro. As melhores concentrações estão ao longo dos cordões litorâneos (magnetita, ilmenita, zircão, rutilo e monazita). Fornecem principalmente areias monazíticas e outros materiais usados principalmente na industria nuclear. DEPDEPÓÓSITOS SUPERFICIAIS (SITOS SUPERFICIAIS (ARGILAS, AREIAS, MINERAIS PESADOS) DEPDEPÓÓSITOS DE PLSITOS DE PLÁÁCERESCERES Plácer é uma acumulação de metais pesados em depósitos sedimentares inconsolidados.São encontrados em áreas aluvionais (plácer aluvional) e na faixa litorânea (plácer litorâneo) – maior potencial de extração. METAIS PESADOS “Leves” (peso específico 4,2 a 5.3) Gemas (baixa densidade e elevada dureza) “Pesados” (peso específico 6,8 a 21) Associados à garimpo de ouro Diamante Ilmenita (areia negra), zirconita, titânio, monazita DEPDEPÓÓSITOS SUBSUPERFICIAIS (CARVÃO, EVAPORITOS E ENXOFRE)SITOS SUBSUPERFICIAIS (CARVÃO, EVAPORITOS E ENXOFRE) A exploração econômica desses minerais no mar, tem-se limitado a uma profundidade de 120m e a uma distância de 130 km da costa. Os principais recursos minerais subsuperficiais do fundo do mar ocorrem associados as espessas acumulações de rochas sedimentares que mais comumente se distribuem na margem continental e nas pequenas bacias oceânicas. Província Oceânica Margem Continental Crosta Continental Crosta Oceânica Província Nerítica CARVÃO: depósitos carboníferos os depósitos atualmente explorados no mundo são apenas das jazidas continentais em direção ao oceano. A atual tecnologia permite explorar o carvão até 30 km da costa. Até hoje não foi realizado nenhum estudo maior sobre a existência de carvão na plataforma continental brasileira. DEPDEPÓÓSITOS SUBSUPERFICIAIS (CARVÃO, EVAPORITOS E ENXOFRE)SITOS SUBSUPERFICIAIS (CARVÃO, EVAPORITOS E ENXOFRE) Ocorrem em camadas ou em domos, ricos em sais de potássio e magnésio. Método de exploração injeção de água quente através de um poro para dissolver o sal e o enxofre e depois recuperá-lo na superfície por bombeamento. DEPDEPÓÓSITOS SUBSUPERFICIAIS (CARVÃO, EVAPORITOS E ENXOFRE)SITOS SUBSUPERFICIAIS (CARVÃO, EVAPORITOS E ENXOFRE) EVAPORITOS: formam-se pelas intensas evaporações da água salgada em bacias de circulação restrita. ENXOFRE: (produto de depósitos de evaporitos e carvão) O enxofre associado a domos de sal é formado via redução do sulfato. Nenhum depósito mineral subsuperficial de grande importância (não considerados os hidrocarbonetos) é extraído da plataforma continental brasileira. DEPDEPÓÓSITOS SUBSUPERFICIAIS (CARVÃO, EVAPORITOS E ENXOFRE)SITOS SUBSUPERFICIAIS (CARVÃO, EVAPORITOS E ENXOFRE) Fontes termais Basalt+Evaporites Mid-Ocean Ridge Basalt Tectonic Setting: Lithology: Back-Arc Basin Felsic RocksSediments T/E-MORBUltramafics Arc Volcano Worldwide Occurrence of Seafloor Hydrothermal Systems and Massive Sulfide Deposits 2004 Galapagos Rift Southern EPR Axial Seamount Rodriguez Triple Junction Red Sea Palinuro Smt Okinawa Trough Manus Basin New Ireland Fore-Arc North Fiji Basin Havre Trough Lau Basin Mariana Back-Arc Brainsfield Strait EPR 21°N Foundation Smts TAG Broken Spur Snakepit Logatchev Rainbow Grimsey Kolbeinsey Gakkel Ridge Middle Valley Escanaba Trough Guaymas Basin Explorer Ridge Atlantis II Deep Menez Gwen Lucky Strike Sonne Field Mt. Jordan Endeavour DEPDEPÓÓSITOS POLIMETSITOS POLIMETÁÁLICOSLICOS Localizados entre 1500 e 6000m de profundidade sob forma de pedras roliças, podendo atingir 50k/m2. Grande variedade na composição mineral, em estado de elevada pureza. São depósitos ferro-manganíferos marinhos Presentes sob forma de nódulos (crosta polimetálica/nódulos de manganês. Composição química de amostras de nódulos do Pacífico (Mero, 1965) DEPDEPÓÓSITOS POLIMETSITOS POLIMETÁÁLICOSLICOS 200 - 3600 (ppm)Pb 10 - 70 (ppm)Cr 1600 - 20000 (ppm)Ni 400 - 800 (ppm)Zn 280 - 16000 (ppm)Co 0,024 - 0,16 (%) Sr 0,3 - 3,1 (%)K 1,5 - 4,7 (%)Na 1,0 - 2,4 (%) Mg 0,8 - 4,4 (%)Ca 2,4 - 26,6 (%)Fe 8,2 - 50,1 (%)Mn Variação observada Elemento 200 - 3600 (ppm)Pb 10 - 70 (ppm)Cr 1600 - 20000 (ppm)Ni 400 - 800 (ppm)Zn 280 - 16000 (ppm)Co 0,024 - 0,16 (%) Sr 0,3 - 3,1 (%)K 1,5 - 4,7 (%)Na 1,0 - 2,4 (%) Mg 0,8 - 4,4 (%)Ca 2,4 - 26,6 (%)Fe 8,2 - 50,1 (%)Mn Variação observada Elemento Estimativa: 1 trilhão e 700 milhões toneladas 43 bilhões t Al → consumo mundial 20 anos 358 bilhões t Mn 5,9 bilhões t Cu 14,7 bilhões t Ni 5,2 bilhões t Co 750 bilhões t Mb RECURSOS MINERAIS A partir da industrialização houve uma maior utilização dos recursos não renováveis e, por conseguinte, a preocupação crescente com os seus escassos recursos disponíveis. PESQUISA + TECNOLOGIA MODERNA = DESCOBERTA NOVAS RIQUEZASPESQUISA + TECNOLOGIA MODERNA = DESCOBERTA NOVAS RIQUEZAS VIABILIZAÇÃO EXPLORAÇÃO NOVOS RECURSOS INTERESSE DE CUNHO ECONÔMICO LIMITES DE AUTONOMIA JURÍDICA SUBSUB--DIVISÕES DA COSTA BRASILEIRADIVISÕES DA COSTA BRASILEIRA NORTE NORTE NORDESTE CENTRAL SUL 0° 10° 20° 30°S 25°W30°35°40°45°50° CSE CB CSE CB CSE CNB Arq. S. Pedro e S. Paulo Cabo Orange Cabo São Tomé Banco de Abrolhos F. de Noronha ?T<4°C ?T>4°C Chuí CNB: Corrente Norte do Brasil CSE: Corrente Sul Equatorial CB: Corrente do Brasil NORTE SUL NORDESTE Ekau & Knoppers (1999) Apesar da extensão litorânea de 7.408 km, o interesse pela geologia e pelo potencial mineral do mar tem sido muito pequeno. SITUASITUAÇÇÃO NO BRASILÃO NO BRASIL Os recursos minerais da plataforma continental do Brasil resume-se àqueles em explotação na planície costeira e na plataforma rasa e aos potencialmente aproveitáveis no futuro. MINERAIS EXISTENTES NA MINERAIS EXISTENTES NA ÁÁGUA DO MARGUA DO MAR Cloreto de sCloreto de sóódiodio e Bromoe Bromo Entre os recursos minerais dissolvidos na Entre os recursos minerais dissolvidos na áágua gua do mar, somente o cloreto de sdo mar, somente o cloreto de sóódio e o bromodio e o bromo são minerados no Brasil, especialmente nassão minerados no Brasil, especialmente nas salinas do Rio de Janeirosalinas do Rio de Janeiro e de ve de váários rios estados doestados do Nordeste.Nordeste. SITUASITUAÇÇÃO NO BRASIL ÃO NO BRASIL -- DEPDEPÓÓSITOS SUPERFICIAISSITOS SUPERFICIAIS AreiasAreias Largamente explorados em vLargamente explorados em váárias partes da costa.rias partes da costa. Não existem registros sobre as reservas e a produNão existem registros sobre as reservas e a produçção.ão. Uso em aterros, reconstituiUso em aterros, reconstituiçção de praias e construão de praias e construçção civil.ão civil. Não existe controle sobre a mineraNão existe controle sobre a mineraçção.ão. DiatomitaDiatomita BA, CE, RGS, SC, SPBA, CE, RGS, SC, SP TurfaTurfa o esto estáágio mais primgio mais primáário da formario da formaçção de carvões ão de carvões >2 bilhões m>2 bilhões m33 (RGN, BA, RJ, RGS(RGN, BA, RJ, RGS PlPlááceresceres metais metais pesadospesados ES, RJ, RGS, BA, AL, SE, PB, MA e PRES, RJ, RGS, BA, AL, SE, PB, MA e PR >6,3 milhões T (>6,3 milhões T (ilmenitailmenita, , rutilo,rutilo, zircão e monazitazircão e monazita).). FosfatoFosfato platôs do Cearplatôs do Cearáá (700 m) 0,17 e 18,4% de P(700 m) 0,17 e 18,4% de P22OO55), do RGN e de ), do RGN e de PE (20% em mPE (20% em méédia). Os teores contrastam com as dia). Os teores contrastam com as concentraconcentraçções de atões de atéé 36% dos dep36% dos depóósitos minerados na porsitos minerados na porçção ão emersa do continente.emersa do continente. SedimentosSedimentos CarbonCarbonááticosticos Largamente explorados em vLargamente explorados em váárias partes da costa.rias partes da costa. Principalmente na região nordeste devido a origem oriunda daPrincipalmente na região nordeste devido a origem oriunda da atividade de organismos atividade de organismos precipitadoresprecipitadores de carbonatos (recifesde carbonatos (recifes de corais)de corais) DEPDEPÓÓSITOS SUBSUPERFICIAISSITOS SUBSUPERFICIAIS EvaporitosEvaporitosVVáárias bacias litorâneas, sobretudo de AL, SE, sul BA, ES,rias bacias litorâneas, sobretudo de AL, SE, sul BA, ES, RJ (Campos) e SP (Santos) RJ (Campos) e SP (Santos) -- Sais de K e Mg Sais de K e Mg Domos salinos, Domos salinos, éé comum a presencomum a presençça de outros compostosa de outros compostos gipsitagipsita--anidritaanidrita (ES, Campos e Santos), (ES, Campos e Santos), halitahalita (SE, BA)(SE, BA) e e minerais de potminerais de potáássiossio (Sergipe e Santos). (Sergipe e Santos). CarvãoCarvão existem informaexistem informaçções sobre a ocorrência na costa brasileiraões sobre a ocorrência na costa brasileira DEPDEPÓÓSITOS DOS GRANDES FUNDOS OCEÂNICOSSITOS DOS GRANDES FUNDOS OCEÂNICOS NNóódulos edulos e PolimetPolimetáálicoslicos cerca de 4.500 m, com possibilidade de alguma cerca de 4.500 m, com possibilidade de alguma concentraconcentraçção na bacia da Argentina e a oeste da elevaão na bacia da Argentina e a oeste da elevaççãoão do Rio Grande, na região sul da plataforma brasileirado Rio Grande, na região sul da plataforma brasileira EnxofreEnxofre Presentes em vPresentes em váárias porrias porçções da margem continental ões da margem continental brasileira, domos e outras estruturas salinas podem,brasileira, domos e outras estruturas salinas podem, conter depconter depóósitos de enxofre, sitos de enxofre, especialmespecialm/ os domos da/ os domos da plataforma ao largo do ES (plataforma ao largo do ES (rio Doce).rio Doce). ESTADO DA ARTE DOS RECURSOS MINERAIS MARINHOSESTADO DA ARTE DOS RECURSOS MINERAIS MARINHOS DICODICOTOMIATOMIA NECESSIDADENECESSIDADECARÊNCIACARÊNCIA expansão e intensificação exploração PC descobertas novas fontes de minerais em situação crítica de suprimento desenvolvimento de desenvolvimento de ttéécnicas para tornar cnicas para tornar econômicas as operaeconômicas as operaçções ões de minerade mineraçção no mar ão no mar Desenvolvidos os mDesenvolvidos os méétodos adequados para localizatodos adequados para localizaçção ão dos depdos depóósitos petrolsitos petrolííferos, a feros, a necessidadenecessidade acelerou o acelerou o avanavançço da tecnologia de extrao da tecnologia de extraçção.ão. SOLUSOLUÇÇÃO !!!!ÃO !!!! ESTADO DA ARTE DOS RECURSOS MINERAIS MARINHOSESTADO DA ARTE DOS RECURSOS MINERAIS MARINHOS ConstituiConstituiçção Brasileira, artigo 20, VI e IX: ão Brasileira, artigo 20, VI e IX: ““ São bens da União: ... VI São bens da União: ... VI -- o mar territorial; ... IX o mar territorial; ... IX -- os recursos os recursos minerais, inclusive os do subsolo...minerais, inclusive os do subsolo...”” Essas duas determinantes tornam imprescindEssas duas determinantes tornam imprescindíível o vel o conhecimento tanto de nosso conhecimento tanto de nosso mar territorialmar territorial quanto de quanto de nossos nossos recursos mineraisrecursos minerais, sejam eles , sejam eles continentaiscontinentais, sejam , sejam eles eles oceânicosoceânicos.. : a realizaa realizaçção de levantamento geolão de levantamento geolóógicogico--geofgeofíísico bsico báásico sico sistemsistemáático da Plataforma Continental Jurtico da Plataforma Continental Juríídica Brasileira;dica Brasileira; a execua execuçção de levantamentos ão de levantamentos geolgeolóógicosgicos--geofgeofíísicossicos de sde síítios de tios de interesse interesse geogeo--econômicoeconômico--ambientalambiental identificado, visando identificado, visando àà avaliaavaliaçção da potencialidade mineral; eão da potencialidade mineral; e o acompanhamento, em no acompanhamento, em nííveis nacional e internacional, das veis nacional e internacional, das atividades relacionadas atividades relacionadas àà exploraexploraçção e ão e explotaexplotaççãoão dos recursos dos recursos minerais de bacias oceânicas e sistemas de cordilheiras minerais de bacias oceânicas e sistemas de cordilheiras mesoceânicasmesoceânicas.. ESTADO DA ARTE DOS RECURSOS MINERAIS MARINHOSESTADO DA ARTE DOS RECURSOS MINERAIS MARINHOS OBJETIVOS PRINCIPAISOBJETIVOS PRINCIPAIS o atual Co atual Cóódigo de Mineradigo de Mineraçção não faz distinão não faz distinçção entre ão entre ááreas reas marmaríítimas e terrestres, para pesquisa e lavra mineral;timas e terrestres, para pesquisa e lavra mineral; a eventual (e certamente futura) a eventual (e certamente futura) explotaexplotaççãoão de recursos de recursos minerais da plataforma continental deve estar prevista em minerais da plataforma continental deve estar prevista em instrumento legal; einstrumento legal; e a pesquisa e a lavra de tais recursos requererão condia pesquisa e a lavra de tais recursos requererão condiçções ões especiais, em termos de especiais, em termos de ááreas de autorizareas de autorizaçção e concessão, ão e concessão, respectivamente.respectivamente. ESTADO DA ARTE DOS RECURSOS MINERAIS MARINHOSESTADO DA ARTE DOS RECURSOS MINERAIS MARINHOS POR OUTRO LADO, DEVEPOR OUTRO LADO, DEVE--SE CONSIDERAR QUE:SE CONSIDERAR QUE:
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