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Aula 14 As Teorias sobre a Liderança

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Professor: Cristiano Marins
2018
Professor: Cristiano Marins
2018
As Teorias sobre 
Liderança
As Teorias sobre 
Liderança
Universidade Federal Fluminense
Aula 14
Introdução
Os primeiros estudos sobre liderança
enfatizaram o que denominamos “perfil do
líder”, ou seja, os líderes são estudados com
base em suas características pessoais, suas
motivações, comportamentos e estilos.
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Introdução
Weber, em suas pesquisas sobre dominação,
estabeleceu a diferença entre exercício do
poder e exercício da autoridade e diferenciou
a autoridade formal da liderança, conforme
resumiremos no quadro a seguir:
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Introdução
O poder está associado ao exercício da
autoridade formal e é decorrente do cargo de
chefia exercido pela pessoa. São as
prerrogativas do cargo que conferem poder ao
seu ocupante, e não ele, como pessoa.
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Introdução
A autoridade, por sua vez, tem a ver com
liderança, pois depende das habilidades,
conhecimentos e experiência do indivíduo.
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Introdução
Em seguida à abordagem weberiana, surgiram
os primeiros estudos sobre o comportamento
do líder. É a análise dos estilos gerenciais,
assim definidos:
➢autocrático (autoritário, diretivo, impessoal);
➢democrático (participativo, consensual); e
➢laissez-faire (no qual o líder abdica do seu
papel de liderança e o transfere para o grupo).
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Introdução
Os representantes das escolas de Relações
Humanas e Comportamentalista
aprofundaram seus estudos sobre liderança e
realizaram muitas pesquisas nesta área.
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O Comportamento do Lider
No final dos anos 1950 e início dos anos 1960,
o comportamento do líder tornou-se objeto de
estudo de vários pesquisadores. O objetivo
não era apenas identificar os estilos e
liderança, mas as suas motivações, estratégias
e habilidades.
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O Comportamento do Lider
ROBERT TANNENBAUM e WARREN SCHMIDT
desenvolveram um modelo próprio de
liderança, centrado em duas variáveis – o uso
da autoridade pelo gerente e a área de
liberdade dos subordinados –, o que deu
origem a dois estilos básicos:
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As Teorias Situacionais
Fiedler desenvolveu um modelo de liderança
situacional no qual as situações enfrentadas
pelos líderes são avaliadas com base em três
características:
➢as relações entre o líder e seus seguidores;
➢o grau de estruturação da tarefa;
➢o poder da posição.
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As Teorias Situacionais
Paul Hersey e Kenneth Blanchard (1986),
identificaram quatro estilos de liderança
aplicáveis em situações diversas. São eles:
➢comando (alta ênfase na tarefa e pouca ênfase
no relacionamento);
➢venda (alta ênfase na tarefa e no
relacionamento);
➢participação (pouca ênfase na tarefa e alta
ênfase no relacionamento);
➢delegação (pouca ênfase na tarefa e no
relacionamento).
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A Eficacia do Lider
Trata-se do exercício da liderança analisado
com base em dois vetores:
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A Teoria de Liderança de Bennis
Para WARREN BENNIS, os líderes de hoje são
instrutores, micro-administradores, exigem
mais compromisso do que submissão e são
focados no cliente.
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A Teoria de Liderança de Bennis
Os líderes de outrora eram controladores,
feitores, enfatizavam a disciplina e eram mais
focados em si mesmos e nos seus seguidores.
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A Teoria de Liderança de Bennis
Para Bennis, as ações do verdadeiro líder
devem apoiar-se no tripé:
➢ambição/drive (ou direcionamento);
➢conhecimento/especialização; e
➢integridade.
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A Teoria de Liderança de Bennis
O ideal de liderança é o somatório dos três
elementos:
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ambição + conhecimento + integridade 
= 
liderança realizadora, competente e ética.
A Teoria de Liderança de Bennis
Bennis analisa o desempenho da liderança
através do que ele denomina “atitudes
facilitadoras e promotoras”, como você vê a
seguir:
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A Teoria de Liderança de Bennis
Para Bennis, o líder eficaz é aquele que tem
abertura para novas idéias, receptividade
para propostas de mudança, cultiva a
inovação, apresenta curiosidade pelas
coisas, possui coragem para mudar e
enfrentar adversidades, é perseverante na
busca de seus ideais e dos objetivos e cultiva
a experimentação, sempre testando novas
opções, alternativas e caminhos.
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O Estudo do Habito das Pessoas 
Eficazes
Stephen Covey, em Os 7 hábitos das pessoas
altamente eficazes (2005), definiu o perfil das
pessoas eficazes:
➢ser proativo;
➢ter em mente o objetivo final;
➢primeiro o primeiro;
➢pensamento ganha-ganha;
➢primeiro compreender, depois ser
compreendido;
➢sinergia;
➢promover a renovação.
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O Estudo do Habito das Pessoas 
Eficazes
Em seguida, identificou um oitavo hábito, o
qual denominou de voz interior – “encontre
sua voz interior e inspire os outros a
encontrar a deles”. Seu conceito de voz
interior é o seguinte: “Voz é significado
pessoal e único. Significado que se revela
quando nos deparamos com nossos maiores
desafios e que nos coloca à altura deles”.
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O Estudo do Habito das Pessoas Eficazes
Compete ao líder criar condições de trabalho que
ajudem as pessoas a satisfazer suas necessidadese
motivações básicas:
➢fazê-las aprender coisas novas (desenvolvimento
da mente);
➢ajudá-las a sobreviver (desenvolvimento do corpo);
➢promover relacionamentos e relacionar-se bem
com elas (desenvolvimento do coração); e
➢dar-lhes um significado para o seu trabalho
(identificação e desenvolvimento da voz interior).
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O Estudo do Habito das Pessoas 
Eficazes
Ao agir dessa forma, o líder contribui para:
➢o aprimoramento do talento das pessoas
(dons, habilidades e pontos fortes);
➢a satisfação de suas necessidades (mente,
corpo, coração e espírito);
➢o fomento de sua paixão (energizando-as,
motivando-as e inspirando-as); e
➢o desenvolvimento de sua consciência
(despertando-as e ensinando o que é certo).
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A Abordagem Espiritualista
Em seu livro O monge e o executivo, James
Hunter desenvolve um novo modelo de
liderança, baseado nos valores da disciplina,
servidão, paciência, confiança e amor.
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A Abordagem Espiritualista
Para tal, o autor estabelece uma diferença
entre gerência e liderança:
“Gerência não é algo que você faça para os 
outros. Você gerencia seu inventário, seu talão 
de cheques, seus recursos. Você pode até 
gerenciar a si mesmo. Mas você não gerencia 
seres humanos. Você gerencia coisas e lidera 
pessoas” (HUNTER, 2005, p. 25).
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A Abordagem Espiritualista
Em seguida, apresenta o seu conceito de
liderança:
“É a habilidade de influenciar pessoas para 
trabalharem entusiasticamente visando atingir 
os objetivos identificados como sendo para o 
bem comum” (idem).
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A Abordagem Espiritualista
Segundo seu modelo, a liderança baseia-se:
➢no exercício da autoridade, que se constrói
sobre serviço
➢sacrifício (pôr de lado suas vontades e
necessidades) e
➢amor (caridade e serviço) e
➢tem início com a vontade de atender as
necessidades dos seguidores.
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A Abordagem Espiritualista
Dentre as qualidades do líder, o autor destaca:
➢a paciência (mostrar autocontrole);
➢a bondade (dar atenção, apreciação, incentivo);
➢a humildade (ser autêntico, sem pretensão, orgulho ou
arrogância);
➢o respeito (tratar as pessoas como se fossem
importantes);
➢a abnegação (satisfazer as necessidades dos outros);
➢o perdão (desistir de ressentimento quando enganado);
➢a honestidade (ser livre de engano); e
➢o compromisso (ater-se às suas escolhas).
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A Abordagem Espiritualista
Dentre as habilidades do líder, o autor cita as
seguintes:
➢ter empatia (identificação com quem fala);➢ouvir com atenção (silenciar toda a
conversação interna enquanto ouve o outro);
➢comunicar-se bem, prestar atenção,
incentivar, elogiar (desde que seja sincero); e
➢ser verdadeiro e transparente com as pessoas.
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A Visão de Welch
Jack Welch, ex-presidente da General Electric,
foi eleito o melhor executivo do século XX
pela revista Fortune. Seu mérito foi revitalizar
a GE, elevando seus lucros de US$ 1,6 bilhão
para US$ 12,7 bilhões anuais e multiplicando
por 40 o seu valor de mercado.
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A Visão de Welch
Para atingir tal objetivo, o atual guru da
gestão implantou um novo modelo de
negócios na empresa, ao criar onze unidades
de negócios, diversificando os produtos e
negócios (turbinas para aviões, lâmpadas,
equipamentos hospitalares, fogões, sistemas
de energia, financeira, seguros e até mesmo a
rede de TV NBC).
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A Visão de Welch
Sua abordagem de liderança é inovadora:
“Ser líder é ajudar outras pessoas a crescer e a 
alcançar o sucesso”.
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A Visão de Welch
Welch enfatiza o papel do líder como agente
de promoção do crescimento e
desenvolvimento profissional das pessoas. É
esse o caminho do exercício da liderança em
busca da fixação de uma base de autoridade e
legitimidade.
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A Visão de Welch
Ao focar seus esforços nas pessoas e nas
metas a cumprir, Welch inovou também o
conceito de gerência. Ao definir que
“gerenciar menos é gerenciar melhor”, ele
destacou a importância da delegação no
processo gerencial.
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A Visão de Welch
É esta a missão do gerente-líder – ajudar as
pessoas a ter sucesso, a buscar o sucesso e a
usufruir do sucesso, obtido graças a seu
esforço, disciplina, competência e doação. Ao
gerente compete monitorar e avaliar os
resultados, definir os rumos, dar o
direcionamento e motivar.
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A Visão de Welch
Segundo Welch (2005), o verdadeiro líder
busca o sucesso através dos outros: “Antes de
se tornar um líder, o sucesso diz respeito
exclusivamente ao seu crescimento pessoal.
Quando você vira um, o sucesso passa a
depender do crescimento dos outros” (Exame,
27.4.2005, p. 26).
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A Visão de Welch
Welch analisa as principais características de um
líder:
➢os líderes são incansáveis no aperfeiçoamento da
equipe;
➢os líderes fazem com que todos vivenciem a
visão;
➢os líderes emitem energia positiva e otimismo;
➢os líderes conquistam confiança com
transparência;
➢os líderes ousam tomar decisões impopulares;
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A Visão de Welch
Welch analisa as principais características de um
líder:
➢os líderes pressionam sua equipe em busca de
ação;
➢os líderes incentivam a tomada de riscos e o
aprendizado;
➢os líderes celebram.
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MAXIMIANO, A. C. A. Introdução da Teoria Geral da
administração: introdução à teoria geral e aos processos
da administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
MAXIMIANO, A. C. A. Fundamentos da administração:
introdução à teoria geral e aos processos da
administração. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
MELO NETO, Francisco Paulo; CARNEIRO NETO, Renato
José. História do Pensamento Administrativo. V.1 Rio de
Janeiro: Fundação CECIERJ, 2006.
ReferênciasReferências

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