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Aula 3
3.1. Classificação dos Mercados
Os termos oferta e demanda referem-se ao comportamento das pessoas enquanto interagem umas com as outras nos mercados. Um mercado é um grupo de compradores e vendedores (ou seja, os agentes econômicos) de um determinado bem ou serviço. Antes de discutimos como se comportam os agentes, vamos tratar com maior profundidade daquilo a que chamamos “mercado” e dos diversos tipos de mercado que observamos na economia.
Um mercado competitivo, por exemplo, é um mercado em que há muitos compradores e muitos vendedores, de modo que cada um deles, individualmente, tem impacto insignificante sobre o preço de mercado. Então, neste capítulo, faremos a suposição de que os mercados sejam perfeitamente competitivos que são definidos por duas características fundamentais: (1) os bens oferecidos para venda são todos iguais e (2) os agentes econômicos são tão numerosos que nenhum deles é capaz de, individualmente, influenciar o preço de mercado. Então, os agentes nesse tipo de mercado são tomadores de preços. O mercado de concorrência perfeita não é facilmente encontrado na prática, embora possa se afirmar que os mercados que mais se aproximam dela são os mercados de produtos agrícolas.
Mas, nem todos os bens e serviços são negociados em mercados perfeitamente competitivos. O mercado de concorrência perfeita é estudado pelos economistas para servir como um referencial de perfeição para a análise de outros mercados. Ou seja, o mercado de concorrência perfeita é o mercado ideal, ao qual serão referenciados os mercados de concorrência imperfeita que são existentes no mundo real. Alguns desses mercados imperfeitos apresentam um só vendedor como é o caso do monopólio. Aqui, ele pode fixar o preço do produto que lhe for mais conveniente. Um exemplo desse mercado refere-se a Petrobrás que até 1995, por lei, detinha o monopólio das atividades de extração e refino do petróleo.
Também, temos o oligopólio em que existem poucos vendedores que nem sempre competem agressivamente. Mas, eles podem se unir para evitar a concorrência entre eles e impor um preço ao mercado. São exemplos de oligopólio: a indústria automobilística e a indústria de bebidas. Embora não haja barreiras explícitas à entrada de novas empresas no mercado, o poderio das grandes firmas que dominam o mercado é um fator desestimulante à entrada de novas empresas no oligopólio. 
Outro tipo de mercado é o monopolisticamente competitivo em que há muitos vendedores, mas cada um oferecendo um produto ligeiramente diferente. É como se cada um fosse monopolista de seu produto, já que este é diferenciado dos demais. Aqui, embora o poder do vendedor em fixar preços seja menor que no monopólio e no oligopólio, uma vez que existe um grande número de concorrentes, o fato de seu produto ser diferenciado dos demais lhe dá uma certa autonomia para determinar o seu preço. Um exemplo é o mercado de restaurantes. Nesse mercado, o produto, no caso a comida, é diferenciado pela natureza (pode ser comida chinesa, japonesa, alemã, italiana, brasileira, etc), pela qualidade (boa, regular, ruim), pelas instalações (luxuosas, simples, médias) e por variados outros fatores.
Assim como há mercados em que há poucos produtores e muitos compradores, também haverá mercados em que possuem muitos produtores e poucos consumidores. O Monopsônio é um mercado em que há apenas um único comprador. Imaginemos, por exemplo, uma região em que há um número expressivo de pequenos produtores de leite e apenas uma grande usina onde este leite pode ser pasteurizado. A usina será a única opção de venda para os produtores, de modo que ela terá condições de impor preços para a compra do leite, pois ela sozinha é responsável por toda a demanda desse mercado.
Oligopsônio é o mercado caracterizado pela existência de um pequeno número de compradores. A indústria automobilística, por exemplo, constituída por um pequeno número de empresas, tem um poder oligopsonista em relação à indústria de autopeças, uma vez que é responsável por um grande volume das compras da produção desta última. As grandes empresas beneficiadoras de produtos agrícolas também formam um oligopsônio em relação aos agricultores, já que compram uma parcela expressiva da produção destes.
3.2. Entendendo o lado da Demanda
A quantidade demandada ou procurada de um bem qualquer é a quantidade desse bem que os compradores desejam e podem comprar num determinado período de tempo (assim, a quantidade demandada pode ser sazonal, semanal, mensal; enfim, é um fluxo).
Os fundamentos da análise da demanda ou procura estão alicerçados no conceito subjetivo de utilidade. A utilidade representa o grau de satisfação ou bem-estar que os consumidores atribuem a bens e serviços que podem adquirir no mercado. A Teoria do Valor da Utilidade pressupõe que o valor de um bem se forma por sua demanda, isto é, pela satisfação que o bem representa para o consumidor. Ela é, portanto, subjetiva, e representa a chamada visão utilitarista, em que domina a soberania do consumidor. 
A Teoria da Demanda baseia-se na Teoria do Valor da Utilidade. Supõe-se que, dada a renda e dados os preços de mercado, o consumidor, ao demandar um bem ou serviço, está maximizando a utilidade ou satisfação que ele atribui ao bem ou serviço. É também chamada de Teoria do Consumidor.
A quantidade demandada por um bem ou serviço depende de uma série de fatores:
o preço do bem 
renda 
o preço dos bens substitutos 
o preço dos bens complementares 
fatores climáticos
hábitos, gostos, preferências dos consumidores 
expectativas sobre o futuro 
Matematicamente, pode-se expressar a quantidade demandada de um bem através da seguinte expressão:
em que a letra significa que é uma função das séries de fatores citadas, respectivamente, acima. A palavra etc abrange as outras possíveis variáveis que influenciam o consumo do bem , mas que não serão considerados em nossa análise, pois essas variáveis que mencionamos acima são as mais frequentes para explicar a demanda de qualquer bem ou serviço.
A demanda do bem é, portanto, a resultante da ação conjunta ou combinada de todas essas variáveis. No entanto, para que se possa analisar o efeito na demanda de uma mudança no valor de uma variável considerada isoladamente, os economistas recorrem à hipótese do coeteris paribus, expressão latina que significa tudo mais permanecendo constante.
3.2.1. Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem
Caso se deseja saber o que ocorre com a demanda do bem se o preço do mesmo aumentar, é preciso supor que todas as demais variáveis que influenciam a demanda permaneçam com o mesmo valor, de modo que a variação da demanda seja atribuível exclusivamente à variação do preço do bem .
Nesse caso, podemos reescrever a demanda do bem como sendo apenas a função do preço de , visto que as demais variáveis ficam com seu valor inalterado:
, supondo constantes
A esta relação denominaremos de função da demanda do bem . Para a maioria dos bens existentes na economia, a relação entre o preço e a quantidade demandada é inversa ou decrescente, ou seja, . Essa relação é tão universal que os economistas a chamam de lei da demanda: com tudo o mais constante, quando o preço de um bem aumenta, sua quantidade demandada diminui; quando o preço diminui, a quantidade demandada aumenta.
Por que ocorre essa relação inversa entre o preço e a quantidade demandada de um bem ou serviço?
Embora seja perfeitamente aceitável ao bom senso comum que a quantidade procurada do bem varie inversamente ao seu preço, os economistas justificam tal comportamento da demanda em função de dois efeitos que agem conjuntamente. Suponhamos uma queda do preço do bem. Podemos dividir o efeito dessa queda de preço sobre a quantidade demandada (que chamaremos de efeito preço total) assim:
a) efeito substituição: o bem fica mais barato relativamente aos concorrentes, com o que a quantidade demandada aumenta;
b) efeito renda: com a queda do preço, opoder aquisitivo do consumidor aumenta, e a quantidade demandada do bem tende, normalmente, a aumentar. Isto é, ao cair o preço de um bem, mesmo com sua renda não variando, o consumidor pode comprar mais mercadorias.
Assim, sua representação gráfica, chamada de curva de demanda do bem , será negativamente inclinada. Ela expressa qual a escala de procura para o consumidor, ou seja, dados os preços, quanto o consumidor deseja adquirir. Por exemplo:
Graficamente, teremos:
Essa função indica qual a intenção de procura dos consumidores quando os preços variam, com tudo o mais permanecendo constante. Ou seja, ela revela o desejo, a intenção de compra do consumidor, mas não a compra efetiva. A compra efetiva é um único ponto da escala apresentada.
Conforme vimos na Teoria do Valor da Utilidade, supõe-se que em cada ponto da curva de demanda os consumidores individualmente estão maximizando sua utilidade ou satisfação restritos pelo nível de renda e pelos preços dados no mercado. Assim, podemos conceber a curva de demanda da seguinte forma: dado o preço, qual é a quantidade máxima que o consumidor está disposto a comprar.
No gráfico anterior, supusemos, por simplificação, que a relação matemática entre quantidade demandada e preço seja uma função linear, do tipo . Entretanto, ela pode assumir outros formatos, como, por exemplo, uma função potência, do tipo conforme a figura a seguir:
3.2.2. Relação entre quantidade demandada e preços de outros bens e serviços
A relação da quantidade demandada de um bem ou serviço com os preços de outros bens ou serviços dá origem a dois importantes conceitos: bens substitutos e bens complementares.
a) Bens substitutos ou concorrentes: o consumo de um bem substitui o consumo do outro.
, supondo constantes e .
ou seja, há uma relação direta entre, por exemplo, uma variação no consumo de Coca-Cola e uma variação no preço do guaraná, coeteris paribus.
O deslocamento da curva de demanda, supondo aumento no preço do bem substituto, pode ser ilustrado a seguir, baseado no exemplo de como a demanda de Coca-Cola é influenciada pelo preço do guaraná. Ou seja, aos mesmos preços de Coca-Cola ($ 1,00), serão consumidas mais unidades de Coca-Cola (2.000), porque o guaraná ficou mais caro.
Outros exemplos de bens substitutos entre si:
- carne de vaca, frango, peixe;
- viagem de trem ou ônibus
- manteiga e margarina
b) Bens complementares: são bens consumidos em conjunto.
, supondo constantes e .
Por exemplo, um aumento no preço dos automóveis deverá diminuir a procura de gasolina, coeteris paribus. Graficamente:
Outros exemplos de bens complementares:
- camisa social e gravata
- pão e manteiga

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