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Aula 7
- Conceito de Economias de Escala
A longo prazo, interessa analisar as vantagens e desvantagens de a empresa aumentar sua dimensão, seu tamanho, o que implica demandar mais fatores de produção. Isso introduz o conceito de rendimentos ou economias de escala.
O que acontece com a produção quando variamos igualmente todos os insumos? (Portanto, não alteramos a escassez ou abundância relativa de nenhum fator. Por isso, não estamos nos referindo aos rendimentos do fator). Ou seja, o que acontece quando aumentamos o tamanho ou escala da empresa?
Podemos definir economias de escala tanto do ponto de vista tecnológico como dos custos (custo é conceito mais “econômico”):
Economia de escala técnica ou tecnológica: quando a produtividade física varia com a variação de todos os fatores de produção.
Economia de escala pecuniária: quando os custos por unidade produzida variam com a variação de todos os fatores de produção.
Podemos ter rendimentos crescentes, decrescentes ou constantes de escala.
- Rendimentos Crescentes de Escala
Se todos os fatores de produção crescerem numa mesma proporção, a produção cresce numa proporção maior.
Exemplo: supondo um aumento de 10% na quantidade de mão de obra e do capital, a produção aumenta em mais de 10%. Significa que as produtividades médias dos fatores de produção aumentaram.
Do ponto de vista tecnológico, as economias de escala acontecem em virtude das indivisibilidades de produção e da divisão do trabalho.
As indivisibilidades na produção referem-se ao fato de que certas unidades de produção só podem ser operadas se possuírem uma escala ou tamanho mínimo. Aumentando a escala de operações, a produção pode aumentar mais que proporcionalmente. Empresas siderúrgicas ou do setor automobilístico são mais produtivas quanto maior a escala de operações. 
Por outro lado, à medida que a escala aumenta, surge, por exemplo, a necessidade de operar por meio de linhas de montagem em que surgem as especializações de trabalho. Aproveitando-se dessas vantagens de especialização do trabalho, o que não era possível com as dimensões anteriores da empresa (divisão do trabalho: é mais eficiente e produtivo cada trabalhador realizar uma tarefa apenas, na qual ele se especialize, do que realizar uma série de tarefas).
Do ponto de vista pecuniário, grandes empresas têm maiores facilidades de obter empréstimos em condições mais vantajosas junto aos bancos e de recorrer ao mercado de capitais. Além disso, empresas maiores, comprando fatores de produção em maior quantidade, têm poder de barganha para obtê-los a preços mais baixos.
- Rendimentos Decrescentes de Escala
Ocorre quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa proporção menor.
Exemplo: supondo um aumento de 10% na quantidade de mão de obra e de capital, a produção aumenta em 5%. Significa que as produtividades médias dos fatores de produção caíram.
Um provável motivo para que ocorram rendimentos decrescentes de escala reside no fato de a expansão da empresa poder provocar uma descentralização nas decisões que faça com que o aumento de produção não compense o investimento feito na ampliação da empresa.
O conceito de rendimento decrescente de escala não deve ser confundido com a lei dos rendimentos decrescentes, vista na aula passada. Esta supõe sempre algum fator de produção fixado no processo de produção (portanto, curto prazo), enquanto os rendimentos de escala representam um conceito de longo prazo, em que não há fatores de produção fixos.
- Rendimentos Constantes de Escala
Se todos os fatores crescem em dada proporção, a produção cresce na mesma proporção. As produtividades médias dos fatores de produção permanecem constantes.
Tratamento Matemático
Uma função de produção do tipo:
em que é o nível tecnológico, poderá apresentar rendimentos crescentes de escala, se ; rendimentos constantes de escala, se ; rendimentos decrescentes de escala, se .
Assim, por exemplo, se:
. Caso e , então, . Se triplicarmos o volume dos fatores de produção (triplicarmos a escala), e e a produção será: . A produção mais que triplicou, portanto, houve a ocorrência de rendimentos crescentes de escala (também são denominados de economias de escala).
. Caso e , então, . Se a quantidade de fatores for quadruplicada ( e ), ter-se-á: e a produção será quadruplicada também (rendimentos constantes de escala).
. Caso e , então, . Se a quantidade de fatores for dobrada ( e ), ter-se-á: e a produção menos que dobrou, ocorrendo rendimentos decrescentes de escala (também denominados deseconomias de escala).
7. Custos de Produção
Como já observamos na aula passada, a teoria da produção prende-se exclusivamente a questões tecnológicas, físicas, entre insumos e produtos. Vejamos agora o lado dos custos de produção, que determinarão a chamada curva de oferta da firma.
7.1. Diferenças entre a Visão Econômica e a Visão Contábil-Financeira dos Custos de Produção
Existem muitas diferenças entre a ótica utilizada pelo economista e a utilizada nas empresas, por contadores e administradores. Em linhas gerais, pode-se dizer que a visão econômica é mais global, visando mais analisar o mercado (o ambiente externo à empresa), enquanto a ótica contábil-financeira é específica, centrando-se mais no detalhamento dos gastos de uma determinada firma.
As principais diferenças estão nos seguintes conceitos:
- custos de oportunidade e custos contábeis
- custos privados e custos sociais
7.1.1. Custos de Oportunidade versus Custos Contábeis
Numa abordagem mais genérica, vimos que os custos de oportunidade representam o sacrifício que se faz, em termos do que se deixa de produzir, quando a sociedade opta por uma dada produção. Supondo todos os recursos produtivos empregados, a escolha da sociedade de produzir mais de um determinado produto redundará no sacrifício de algum outro produto.
Na teoria microeconômica, é muito importante a diferença entre os custos de oportunidade e os custos contábeis.
Custos contábeis são aqueles normalmente lançados na contabilidade privada, ou seja, são custos explícitos, que sempre envolvem um dispêndio monetário. São os gastos efetivos contabilizados no balanço da empresa.
Custos de oportunidade são custos implícitos, relativos aos insumos que pertencem à empresa e que não envolvem desembolso monetário. Esses custos são estimados a partir do que poderia ser ganho no melhor uso alternativo (por isso são também chamados de custos alternativos).
Embora os custos de oportunidade não sejam contabilizados no balanço, trata-se de um conceito útil para planejamento estratégico da empresa. Os exemplos a seguir ilustram a sua utilidade:
O capital que permanece parado no caixa da empresa: o custo de oportunidade é o que a empresa poderia estar ganhando se aplicasse esse capital no mercado financeiro;
Quando a empresa tem prédio próprio, ela deve imputar um custo de oportunidade correspondente ao que ganharia se alugasse um imóvel e utilizasse o valor correspondente ao do prédio em outra aplicação (outro negócio, mercado financeiro);
Quanto os proprietários ou acionistas ganhariam se aplicassem em outra atividade. É o custo de oportunidade do capital, também chamado de lucro normal.
Qual o menor salário pode pagar aos assalariados para mantê-los empregados na empresa, ou seja, correspondente ao salário potencial em outra atividade. Trata-se do custo de oportunidade da mão de obra.
Para o economista, as curvas de custos das firmas devem considerar, além dos custos contábeis, os custos de oportunidade, pois assim estão sendo refletidos os custos de todos os fatores de produção envolvidos numa dada atividade, inclusive a capacidade empresarial (cuja remuneração é o lucro). Como todos os recursos produtivos são limitados, o conceito de custo de oportunidade permite captar a verdadeira escassez relativa do recurso utilizado. Ou seja, qual o custo para a sociedade da alocação de recursos(o custo social).
7.1.2. Custos Privados e Custos Sociais
Os custos privados são os desembolsos financeiros da empresa, enquanto os custos sociais são os custos para toda a sociedade, derivados da atividade produtiva da empresa.
Essa distinção é particularmente importante para a avaliação social e avaliação privada de projetos de investimentos. Por exemplo, numa obra pública, como a construção de estradas, para a construtora (ou seja, na ótica privada) importa os custos efetivos, como mão de obra, materiais, etc. Já na ótica social, devem-se avaliar quais os efeitos provocados pelo empreendimento sobre uma região. Esses efeitos poderão ser positivos (aumento do emprego e do comércio na região) ou negativos (problemas ambientais, poluição, congestionamentos).
7.2. Custos a Curto Prazo
Como vimos na aula passada, a curto prazo, alguns fatores são fixos, qualquer que seja o nível de produção. Normalmente, consideramos como fator fixo a planta da empresa e os equipamentos de capital. Assim, os fatores fixos geram custos fixos, enquanto os fatores variáveis geram custos variáveis.
7.2.1. Conceitos de Custo Total, Custo Variável Total e Custo Fixo Total
Para se conhecer os custos de produção de uma empresa, é preciso saber-se a forma da função de produção, que determinará as quantidades de insumos necessárias para se fabricar as várias possíveis quantidades de um bem X, e também é preciso saber o preço desses insumos.
Desse modo, se a função de produção for:
e o estoque de capital for fixo e igual a 1, ter-se-á, no curto prazo:
Logo, se forem empregados 10 trabalhadores, o volume correspondente da produção será .
Se o preço do fator capital () for de $ 1.000,00 e o fator mão de obra () for de $ 400,00, o Custo Total de produção (CT) de 290 unidades do bem X será:
Se forem empregados 11 trabalhadores, o volume e o Custo Total da produção passam a ser:
No curto prazo, como pelo menos um dos fatores de produção é fixo, o Custo Total de produção será composto por um Custo Fixo (relativo ao insumo fixo), que será invariável qualquer que seja o volume de produção, e por um Custo Variável (relativo ao insumo variável) que será tanto maior quanto maior for o volume de produção.
em que:
Custo Variável (CV): parcela do custo que varia, quando a produção varia. É a parcela dos custos da empresa que depende da quantidade produzida. Ou seja, são os gastos com fatores variáveis de produção, como folha de pagamentos, despesas com matérias-primas, etc.
Custo Fixo (CF): parcela do custo que se mantém fixa, quando a produção varia, ou seja, são os gastos com fatores fixos de produção, como alugueis, depreciação de equipamentos, etc.
Custo Total (CT): é a soma do custo variável total com o custo fixo total:
No exemplo dado, o CF é de $ 1.000,00 (relativo ao estoque de capital) e o CV (relativo ao fator de produção trabalho) é de $ 4.000,00 quando a produção for de 290 unidades do bem X. Quando esta aumenta para 350 unidades, o CF permanece em $ 1.000,00 e o CV eleva para $ 4.400,00.
7.2.2. Custos Médios e Custo Marginal
Dividindo-se o Custo Total pela Quantidade Produzida, obtém-se o Custo Médio (Cme):
Como , vem:
em que é o custo fixo médio (CFme) e é o custo variável médio (CVme). O Custo Médio corresponde à soma do Custo Fixo Médio (CFme) com o Custo Variável Médio (CVme): Cme = CFme + CVme.
O Custo Marginal (CMg) é definido como o acréscimo do Custo Total quando se fabrica uma unidade adicional do produto. Refere-se às variações de custo, quando se altera a produção.
, quando .
7.2.3. Comportamento dos Custos de Produção no Curto Prazo
O exemplo numérico que exporemos a seguir reflete, de maneira bastante simplificada, a visão que os economistas têm sobre o comportamento dos custos de produção no curto prazo.
Numa determinada empresa (CIA ALPHA), em que o volume mensal de produção possível varia entre zero e dez unidades, o comportamento dos custos está representado na planilha abaixo.
Se a empresa nada produzir, ela terá $ 15,00 de CF. Se ela fabricar uma unidade do produto, seu CT será de $ 17,00 correspondente à soma de $ 15,00 do CF com o CV de $ 2,00. Caso a empresa produza duas unidades, o CT aumenta para $ 18,50 pois, embora o CF permaneça em $ 15,00, o CV da fabricação aumenta para $ 3,50. A produção máxima de 10 unidades implica um CT de $ 52,50 ($ 37,50 de CV mais $ 15,00 de CF).
O CFme resulta da divisão do CF pelos possíveis volumes de produção. À medida que a produção aumenta, o CFme diminui, pois o valor constante de $ 15,00 é dividido por uma quantidade produzida cada vez maior. Com isso, a curva do CFme é decrescente.
O CVme é obtido dividindo-se o CV pelas respectivas quantidades produzidas. Assim, o CVme correspondente à produção de 5 unidades é de $ 1,45. Observe que o CVme de início é decrescente (até a produção da 4ª unidade), atinge um mínimo (na produção da 4ª unidade) e depois passa a crescer. Se colocarmos o comportamento do CVme no gráfico, ele será representado por uma curva em forma da letra U:
O Cme pode ser obtido de duas formas:
a) da divisão do CT pelas quantidades produzidas
b) pela soma do CFme com o CVme
A curva representativa do Cme é obtida pela agregação das curvas de CFme e de CVme, apresentando também a forma de U:
Um ponto importante a ser observado nessa figura acima é que a curva de Cme, à medida que a quantidade produzida se eleva, tende a se aproximar da curva de CVme, refletindo o decréscimo cada vez maior do CFme em função do aumento da produção.
O Cmg é obido calculando-se o acréscimo do CT de produção quando se produz uma unidade adicional da quantidade produzida.
O Cmg é decrescente de início e depois crescente, apresentando também a característica forma de U.
É interessante notar que o Cmg também pode ser obtido calculando-se o acréscimo do CV quando se produz uma unidade adicional da quantidade produzida. Isso ocorre porque o Cmg independe do CF.

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