Buscar

APOSTILA DE GEOGRAFIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

� PAGE \* MERGEFORMAT �1�
APOSTILA DE GEOGRAFIA
Sistemas de localização e representação cartográfica:
- mapas
-fotografias aéreas
- projeções: Cilíndricas: consistem na projeção dos paralelos e meridianos sobre um cilindro envolvente, que é posteriormente desenvolvido (planificado). Uma das projeções cilíndricas mais utilizadas é a de Mercator, com uma visão do planeta centrada na Europa.
Cônicas: é a projeção do globo terrestre sobre um cone, que posteriormente é planificado. São mais usadas para representar as latitudes médias, pois apenas as áreas próximas ao Equador aparecem retas.
Azimutais: é a projeção da superfície terrestre sobre um plano a partir de um determinado ponto (ponto de vista). Também chamadas planas ou zenitais, essas projeções deformam áreas distantes desse ponto de vista central. São bastante usadas para representar as áreas polares.
- uso de satélites.
As coordenadas geográficas e os fusos horários
Coordenadas Geográficas
As coordenadas geográficas são um sistema de linhas imaginárias traçadas sobre o globo terrestre ou um mapa. É através da interseção de um meridiano com um paralelo que podemos  localizar cada ponto da superfície da Terra.
Suas coordenadas são a latitude e a longitude e o princípio utilizado é a graduação (graus, minutos e segundos).
Os paralelos e os meridianos são indicados por graus de circunferências. Um grau (1°) equivale  a uma das 360 partes iguais em que a circunferência pode ser dividida. Um grau por sua vez dividi-se em 60 minutos (60') e cada minuto pode ser divido em 60 segundos (60"). Assim um grau é igual a 59 minutos e 60 segundos.
Os paralelos são linhas paralelas ao Equador, sendo que a própria linha imaginária do Equador é um paralelo. O 0º corresponde ao equador, o 90º ao pólo norte e o -90º ao pólo sul.
Os meridianos são linhas perpendiculares ao Equador que vão do Pólo Norte ao Pólo Sul e cruzam com os paralelos. Todos os meridianos possuem o mesmo tamanho e o ponto de partida para a numeração dos meridianos é o meridiano que passa pelo observatório de Greenwich, na Inglaterra. Logo, o meridiano de Greenwich é o meridiano principal (0°). A leste de Greenwich os meridianos são medidos por valores crescentes até 180º e, a oeste, suas medidas são decrescentes até o limite de -180º.
A partir dos meridianos e paralelos, foram estabelecidas as coordenadas geográficas que são medidas em graus e, a partir das coordenadas geográficas é possível localizar qualquer ponto da superfície da Terra.
Latitude
 
Latitude é o ângulo formado entre o Equador e um ponto estimado. Todos os pontos do Equador  possuem latitude geográfica igual a 0º. Pontos situados ao norte do equador têm latitudes maiores que 0º variando até 90º que é a latitude do pólo geográfico norte. Da mesma forma variam as latitudes ao sul do equador terrestre, desde 0º a 90º, latitude do pólo geográfico sul. Para se diferenciar os valores, atribui-se sinal positivo para as latitudes norte e negativo para as latitudes sul.
 
Longitude
É o ângulo formado entre o meridiano que passa por determinado lugar e o meridiano de Greenwich. A longitude é a medida de 0 grau a 180graus, para leste ou para oeste de Greenwich. Por convençãoo, atribui-se também sinais para as longitudes: negativo para oeste e positivo para leste.
Ao termos  os valores da latitude e da longitude de um local desejado, teremos determinado as coordenadas geográficas do mesmo.
FUSOS HORÁRIOS
 
 
Nosso planeta possui uma forma esférica, por essa razão quando realiza o movimento de rotação (movimento que a Terra realiza em torno de si própria), uma parte fica iluminada pelo Sol, enquanto a outra fica escura. Na medida em que este movimento se realiza, as áreas que estavam iluminadas vão gradualmente perdendo sua luminosidade, ou seja, onde é manhã logo passa a ser tarde, e assim por diante. 
A Terra possui 360°, e o dia é composto por 24 horas. Então, se dividirmos 360° por 24, totalizamos 15°, o que corresponde a 60 minutos, ou seja, 1 hora. O movimento de rotação é responsável pelo surgimento dos dias e das noites. O homem instituiu horários distintos no mundo, e a partir daí foi inserindo o sistema de fusos horários. 
O mundo todo possui ao todo 24 fusos e cada um desses corresponde a uma linha imaginária traçada de um pólo ao outro. Dessa maneira, cada fuso se encontra entre dois meridianos. Toda porção terrestre que se estabelece nesse intervalo possui o mesmo horário. 
Antes da implantação dos fusos, existiam diversos contratempos e problemas, por isso em 1884 foi realizada nos Estados Unidos, uma conferência de astrônomos na qual foi discutida a padronização dos horários em todos os pontos do planeta. O Meridiano de Greenwich é o meridiano principal, uma vez que esse é o ponto inicial ou referencial para a implantação dos fusos. A partir então do Meridiano de Greenwich, no sentido leste, a cada fuso adianta-se uma hora, e no sentido oeste, atrasa-se uma hora. Por exemplo: Quando em Los Angeles nos EUA for 14 horas, em Bagdá no Iraque  (cidade localizada a onze fusos de diferença) será 1 hora.
FUSOS NO BRASIL
 
Durante muitos anos o Brasil possuiu quatro fusos diferentes, porém, em 2008, foi aprovada, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma lei para reduzir um fuso horário na região Norte. Nesse sentido, o extremo oeste do território brasileiro (localizado a -75° Oeste do Meridiano de Greenwich) teve seu horário adiantado em uma hora, estabelecendo o mesmo horário do fuso -60°. 
 
A imagem 1 mostra as áreas que foram alteradas.
 
A imagem 2 mostra como ficou o fuso do Brasil a partir de 2008.
 
 
Desta forma, de acordo com o novo fuso os estados brasileiros seguem os seguintes horários:
Fernando de Noronha (PE): - 2 horas em relação ao Meridiano de Greenwich.
Estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Amapá  e Pará: - 3 horas em relação ao Meridiano de Greenwich.
Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, Roraima e Acre: - 4 horas em relação ao Meridiano de Greenwich.
 
Interessa saber...
O Japão, que está no oriente, é a terra onde o sol nasce, daí, obviamente, ser chamada de Terra do Sol Nascente. Ao contrário disso, é sempre no ocidente que o sol “morre”.
O horário de verão é uma alteração do horário de determinada região, utilizado apenas durante uma porção do ano, adiantando-se em geral uma hora no fuso horário oficial local. O processo é adotado como o próprio nome diz durante o verão, quando os dias são mais longos, em função da posição da Terra em relação ao Sol e é utilizado como forma de diminuir o consumo de energia de cada região onde é aplicado.
CLIMAS DO BRASIL
 
A diversidade climática
O Brasil possui uma grande variedade de climas, devido ao seu território extenso (8,5 milhões de km2), à diversidade de formas de relevo, à altitude e dinâmica das correntes e massas de ar. Cerca de 90% do território brasileiro localiza-se entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, motivo pelo qual usamos o termo "país tropical". Atravessado na região norte pela Linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio, a maior parte do Brasil situa-se em zonas de latitudes baixas, nas quais prevalecem os climas quentes e úmidos, com temperaturas médias em torno de 20 ºC.
 
 
Os tipos de clima
A classificação de um clima depende de diversos fatores, como a temperatura, a umidade, as massas de ar, a pressão atmosférica, as correntes marítimas e ventos, entre outros. A classificação mais utilizada para os diferentes tipos de clima do Brasil assemelha-se à criada por Arthur Strahler, se baseando na origem, natureza e movimentação das correntes e massas de ar. 
 
Sabe-se que as massas de ar que interferem mais diretamente são a equatorial (continental e atlântica), a tropical (continental e atlântica) e a polar atlântica. Dessa forma, são verificados no país desde climas superúmidosquentes, provenientes das massas equatoriais, como é o caso de grande parte da região Amazônica, até climas semi-áridos muito fortes, próprios do sertão nordestino. Temos então, como principais tipos climáticos brasileiros:
Subtropical
Semi-árido
Equatorial úmido
Equatorial semi-úmido
Tropical
Tropical de altitude
Clima subtropical
	
	As regiões que possuem clima subtropical apresentam grande variação de temperatura entre verão e inverno, não possuem uma estação seca e as chuvas são bem distribuídas durante o ano. É um clima característico das áreas geográficas a sul do Trópico de Capricórnio e a norte do Trópico de Câncer, com temperaturas médias anuais nunca superiores a 20ºC. A temperatura mínima do mês mais frio nunca é menor que 0ºC.
 
Clima semi-árido
	
	O clima semi-árido, presente nas regiões Nordeste e Sudeste, apresenta longos períodos secos e chuvas ocasionais concentradas em poucos meses do ano. As temperaturas são altas o ano todo, ficando em torno de 26 ºC. A vegetação típica desse tipo de clima é a caatinga.
 
Clima equatorial úmido 
	
	Este tipo de clima apresenta temperaturas altas o ano todo. As médias pluviométricas são altas, sendo as chuvas bem distribuídas nos 12 meses, e a estação seca é curta. Aliando esses fatores ao fenômeno da evapotranspiração, garante-se a umidade constante na região. É o clima predominante no complexo regional Amazônico.
 
Clima equatorial semi-úmido 
	
	Em uma pequena porção setentrional do país, existe o clima equatorial semi-úmido, que também é quente, mas menos chuvoso. Isso ocorre devido ao relevo acidentado (o planalto residual norte-amazônico) e às correntes de ar que levam as massas equatoriais para o sul, entre os meses de setembro a novembro. Este tipo de clima diferencia-se do equatorial úmido por essa média pluviométrica mais baixa e pela presença de duas estações definidas: a chuvosa, com maior duração, e a seca.
 
Clima tropical
	
	Presente na maior parte do território brasileiro, este tipo de clima caracteriza-se pelas temperaturas altas. As temperaturas médias de 18 °C ou superiores são registradas em todos os meses do ano. O clima tropical apresenta uma clara distinção entre a temporada seca (inverno) e a chuvosa (verão). O índice pluviométrico é mais elevado nas áreas litorâneas.
 
Clima tropical de altitude 
	
	Apresenta médias de temperaturas mais baixas que o clima tropical, ficando entre 15º e 22º C. Este clima é predominante nas partes altas do Planalto Atlântico do Sudeste, estendendo-se pelo centro de São Paulo, centro-sul de Minas Gerais e pelas regiões serranas do Rio de Janeiro e Espírito Santo. As chuvas se concentram no verão, sendo o índice de pluviosidade influenciado pela proximidade do oceano.
Região Norte 
	
	A maior parte da região apresenta clima equatorial. Caracteriza-se pelo clima quente, com temperaturas médias anuais variando entre 24º e 26 ºC. Na foz do rio Amazonas, no litoral do Pará e no setor ocidental da região, o total pluviométrico anual geralmente excede os 3.000 mm. De Roraima até o leste do Pará as chuvas ocorrem com menor freqüência, ficando em torno de 1.500 a 1.700 mm anuais. O período chuvoso da região ocorre nos meses de verão/outono, com exceção de Roraima e parte do Amazonas, onde as chuvas ocorrem mais no inverno.
 
Região Nordeste
	
	É uma região de caracterização climática complexa. O clima equatorial úmido está presente em uma pequena parte do estado do Maranhão, na divisa com o Pará; o clima litorâneo úmido ocorre no litoral da Bahia ao do Rio Grande do Norte; o clima tropical está presente nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão e Piauí; e o clima tropical semi-árido ocorre em todo o sertão nordestino. Quanto ao regime térmico, na região nordeste as temperaturas são elevadas, com médias anuais entre 20º e 28 ºC, sendo que já foram registradas máximas em torno de 40 ºC no Piauí e no sul do Maranhão. Os meses de inverno apresentam mínimas entre 12º e 16 ºC no litoral, e inferiores nos planaltos, sendo que já foi registrado 1 ºC na Chapada da Diamantina. As chuvas são fonte de preocupação na região, variando de 2.000 mm até valores inferiores a 500 mm anuais. A precipitação média anual é inferior a 1.000 mm. Além disso, no sertão nordestino o período chuvoso normalmente dura apenas dois meses no ano, podendo eventualmente até não existir, causando as secas.
 
Região Centro-Oeste 
	
	O clima da região é tropical semi-umido, com frequentes chuvas de verão. Nos extremos norte e sul da região, a temperatura média anual é de 22 ºC e nas chapadas varia de 20º a 22 ºC. Na primavera/verão, são comuns temperaturas elevadas, sendo que a média do mês mais quente varia de 24º a 26 ºC. A média das máximas do mês mais quente oscila entre 30º e 36 ºC. No inverno, em virtude da invasão polar, é comum a ocorrência de temperaturas mais baixas. No mês mais frio, a temperatura média oscila entre 15º e 24ºC, enquanto a média das mínimas fica entre 8º a 18ºC. A pluviosidade média é de 2.000 a 3.000 mm anuais ao norte de Mato Grosso, enquanto no Pantanal mato-grossense é de 1.250 mm. Apesar disso, a região centro-oeste é bem provida de chuvas, sendo que mais de 70% do total de chuvas ocorrem de novembro a março, o que torna o inverno bastante seco.
Região Sudeste 
	
	Nesta região, as características climáticas mais fortes são de clima tropical. No litoral, predomina o clima tropical atlântico e, nos planaltos, o tropical de altitude, com geadas ocasionais. Existe ainda uma grande diversificação no que diz respeito à temperatura. No limite de São Paulo e Paraná, a temperatura média anual situa-se entre 20 ºC, enquanto ao norte de Minas Gerais a média é 24 ºC, e nas áreas mais elevadas das serras do Espinhaço, Mantiqueira e do Mar, a média pode ser inferior a 18 ºC, devido ao efeito conjugado da latitude com a freqüência das correntes polares. No verão, são comuns médias das máximas de 30 a 32 ºC. No inverno, a média das temperaturas mínimas varia de 6º a 20 ºC, com mínimas absolutas de -4 a 8 ºC. Em relação à pluviosidade, a altura anual da precipitação nessas áreas é superior a 1.500 mm, chegando a 2.340 mm no alto do Itatiaia e 3.600 mm na serra do Mar, em São Paulo. Os menores índices pluviométricos anuais são registrados nos vales dos rios Jequitinhonha e Doce, em torno de 900 mm.
 
Região Sul 
	
	Com exceção do norte do Paraná, onde predomina o clima tropical, nesta região o clima predominante é o subtropical, responsável pelas temperaturas mais baixas do Brasil. Na região central do Paraná e no planalto serrano de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, o inverno costuma registrar temperaturas abaixo de zero, com o surgimento de geada e até de neve em alguns municípios. A temperatura média anual situa-se entre 14 e 22 ºC, sendo que nos locais com altitudes acima de 1.100 m, cai para aproximadamente 10 ºC. A média das máximas mantém-se em torno de 24 a 27 ºC nas superfícies mais elevadas do planalto e, nas áreas mais baixas, entre 30 e 32 ºC. No inverno, a temperatura média oscila entre 10 e 15 ºC na maior parte da região. A média das máximas também é baixa, em torno de 20 a 24 ºC nos grandes vales e no litoral, e 16 a 20 ºC no planalto. A média das mínimas varia de 6 a 12 ºC, sendo comum o termômetro atingir temperaturas próximas de 0 ºC até índices negativos, devido à invasão das massas polares. Em relação à pluviosidade, a média anual oscila entre 1.250 e 2.000 mm, exceto no litoral do Paraná e oeste de Santa Catarina, onde os valores são superiores a 2.000 mm, e no norte do Paraná, com valores inferiores a 1.250 mm.
RELEVO
 
	O que é relevo?
O relevo consiste nas formas da superfície do planeta, podendo ser influenciado por agentes internos e externos. Ou seja, é o conjunto das formas da crosta terrestre, manifestando-se desde o fundo dos oceanos até as terras emersas. Entre as principais formas apresentadas pelo relevo terrestre, os quatro tipos principaissão:
Montanhas
Planaltos
Planícies
Depressões
	
 
	Os agentes modeladores 
Os agentes, também conhecidos como "escultores" do relevo, são forças que agiram no decorrer de milhões de anos, formando o relevo terrestre. Clique nos links a seguir para saber mais sobre cada um dos agentes. 
 
 
Tectonismo
Vulcanismo
Abalos sísmicos ou terremotos 
Intemperismo 
Enxurradas 
Geleiras 
Abrasão marinha
	
	
O Relevo Brasileiro
 
Classificações
O relevo do Brasil tem formação antiga e atualmente existem várias classificações para o mesmo. Entre elas, destacam-se as dos seguintes professores:
 
Aroldo de Azevedo - esta classificação data de 1940, sendo a mais tradicional. Ela considera principalmente o nível altimétrico para determinar o que é um planalto ou uma planície.
  
Aziz Nacib Ab'Saber - criada em 1958, esta classificação despreza o nível altimétrico, priorizando os processos geomorfológicos, ou seja, a erosão e a sedimentação. Assim, o professor considera planalto como uma superfície na qual predomina o processo de desgaste, enquanto planície é considerada uma área de sedimentação.
  
Jurandyr Ross - é a classificação mais recente, criada em 1995. Baseia-se no projeto Radambrasil, um levantamento feito entre 1970 e 1985, onde foram tiradas fotos aéreas da superfície do território brasileiro, por meio de um sofisticado radar. Jurandyr também utiliza os processos geomorfológicos para elaborar sua classificação, destacando três formas principais de relevo:
  1) Planaltos
  2) Planícies
  3) Depressões
Segundo essa classificação, planalto é uma superfície irregular, com altitude acima de 300 metros e produto de erosão. Planície é uma área plana, formada pelo acúmulo recente de sedimentos. Por fim, depressão é uma superfície entre 100 e 500 metros de altitude, com inclinação suave, mais plana que o planalto e formada por processo de erosão. A figura a seguir mostra essa representação do relevo brasileiro. 
 
Veja a seguir outro mapa que representa o relevo brasileiro, mostrando algumas das regiões mais conhecidas do mesmo.
  
 
Pontos mais altos 
 
Os relevos brasileiros caracterizam-se por baixas altitudes. Isso acontece devido ao Brasil estar situado sobre uma grande placa tectônica que não se choca com outras placas, dando origem aos chamados dobramentos modernos, resultantes do movimento de colisão entre placas, onde uma empurra a outra. Os pontos mais altos do relevo brasileiro são o Pico da Neblina e o de Pico 31 de Março. Confira a seguir a lista dos maiores picos brasileiros, assim como sua localização e altitude.
 
	Pico
	Serra
	Altitude (m) 
	Neblina
	Imeri (AM)
	3.014
	31 de Março 
	Imeri (AM) 
	2.992
	Bandeira
	Caparaó (ES/MG) 
	2.890
	Roraima
	Pacaraima (RR) 
	2.875
	Cruzeiro
	Caparaó (ES) 
	2.861
 
VEGETAÇÃO
 
Introdução
Nosso planeta apresenta diversos tipos de vegetações, que variam de acordo com a região onde se localizam. A espécie de vegetação referente a cada uma dessas regiões é definida por fatores como altitude, latitude, pressão atmosférica, iluminação e forma de atuação das massas de ar. No caso de regiões de baixa latitude, encontram-se as florestas equatoriais, como por exemplo a floresta Amazônica, no Brasil.
 
 
É comum encontrarmos esse tipo de vegetação em lugares quentes e úmidos. Suas principais características são a grande variedade de espécies e as folhas grandes, com um tom de verde bem definido. Existem também as florestas tropicais, localizadas na faixa intertropical litorânea, que possuem menor de variedades de espécies vegetais, além de tipos de vidas que não existem em outros locais. Outro tipo de vegetação é o cerrado (ou savana), encontrado no centro-oeste brasileiro, em parte da Austrália e do centro da África, e no litoral da Índia. Esse tipo caracteriza-se por plantas rasteiras e pequenas árvores que perdem suas folhas no período da seca.
 
Temos também os campos ou pradarias, tipo encontrado em regiões de clima temperado continental, como ocorre no norte dos Estados Unidos, sul do Canadá, norte da China, norte da Argentina etc. Essa vegetação nasce onde há pouca umidade para o crescimento de árvores, havendo somente um tapete herbáceo conhecido como gramíneas. Existem ainda as florestas temperadas, localizadas no Canadá, Estados Unidos e norte da Europa, além das florestas de coníferas, presentes em regiões subpolares, e a tundra, vegetação que surge em solos gelados. Veremos a seguir características da vegetação brasileira. 
 
A vegetação brasileira
O Brasil apresenta uma vegetação bastante rica e diversificada. Podemos dividir as paisagens vegetais brasileiras nas seguintes formações:
Florestais - podem ser do tipo latifoliada (ex: Amazônica, Mata dos Cocais) e aciculifoliada (ex: Mata de Araucária).
Arbustivas e herbáceas - predomínio de gramíneas (ex: cerrado, caatinga e campos).
Complexas - apresentam características variadas. Abrangem o Pantanal e a vegetação litorânea.
  
Mapa da vegetação 
A seguir você encontra o mapa da vegetação brasileira, assim como as catacterísticas de cada um dos tipos citados. Clique sobre o tipo desejado para visualizar informações detalhadas sobre o mesmo. 
 
 
	
	Floresta Amazônica
É úmida e possui cobertura vegetal densa e heterogênea. 
 
	
	Mata Atlântica
Apresenta vegetação rica e variada, original do litoral úmido e do interior do sudeste. 
 
	
	Cerrado
Possui formações arbustivas e herbáceas. É uma formação típica do Brasil central, onde o clima é alternadamente seco e úmido. 
 
	
	Mata dos Cocais
Concentrada no meio-norte, é uma formação de transição entre a floresta amazônica e a caatinga. 
 
	
	Caatinga
Vegetaçao adaptada à escassez de água típica do sertão nordestino. 
	
	Mata das Araucárias
Predominam as araucárias ou pinheiros. 
	
	Pantanal
Vegetaçao complexa da planície alagada do pantanal mato-grossense. 
 
	
	Campos
Formados por gramíneas e arbustos. Predominam no sul do país. 
 
	
	Vegetação Litorânea (mangues)
Comum nas áreas alagadiças do litoral. [+]
 
HIDROGRAFIA	
 
Definição
A hidrografia é o ramo da geografia física que estuda as águas do planeta, abrangendo portanto rios, mares, oceanos, lagos, geleiras, água do subsolo e da atmosfera. A grande parte da reserva hídrica mundial (mais de 97%) concentra-se em oceanos e mares, com um volume de 1.380.000.000 km³. Já as águas continentais representam pouco mais de 2% da água do planeta, ficando com um volume em torno de 38.000.000 km³.
 
 
 
Hidrografia do Brasil 
O Brasil tem um dos maiores complexos hidrográficos do mundo, apresentando rios com grandes extensões, larguras e profundidades. A maioria dos rios brasileiros nasce em regiões pouco elevadas, com exceção do rio Amazonas e de alguns afluentes que nascem na cordilheira dos Andes. O Brasil possui 8% de toda a água doce que está na superfície da Terra. Além disso, a maior bacia fluvial do mundo, a Amazônica, também fica no Brasil. Somente o rio Amazonas deságua no mar um quinto de toda a água doce que é despejada nos oceanos.
 
Rios de planalto e de planície
	Devido à natureza do relevo, no Brasil predominam os rios de planalto, que apresentam rupturas de declive, vales encaixados, entre outras características, que lhes conferem um alto potencial para a geração de energia elétrica. Encachoeirados e com muitos desníveis entre a nascente e a foz, os rios de planalto apresentam grandes quedas-d’água. Assim, em decorrência de seu perfil não regularizado, ficam prejudicados no que diz respeito à navegabilidade. Os rios São Francisco e Paraná são os principais rios de planalto.
 
Em menor quantidade, temos no Brasil os rios que correm nas planícies, sendo usados basicamente para a navegação fluvial, por não apresentarem cachoeiras e saltos em seu percurso. Como exemplo, podemser citados alguns rios da bacia Amazônica (região Norte) e da bacia Paraguaia (região Centro-Oeste, ocupando áreas do Pantanal Mato-Grossense). Entre os grandes rios nacionais, apenas o Amazonas e o Paraguai são predominantemente de planície e largamente utilizados para a navegação.
 
Apesar da maioria dos rios brasileiros nunca secar, alguns apresentam características curiosas, como por exemplo o Jagauribe (Ceará), que desaparece nas secas, e o Paraguaçu (Bahia), que se torna subterrâneo e depois volta a ficar visível. 
	
Rio de planalto 
Rio de planície
 
 
Bacias hidrográficas 
Uma bacia hidrográfica é um conjunto de terras drenadas por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) classifica os rios em nove bacias. São elas: 
 
	
	Bacia do Amazonas - É a maior bacia hidrográfica do mundo, com 7.050.000 km², sendo mais da metade localizado em terras brasileiras. Abrange também terras da Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname. Seu rio principal, o Amazonas, nasce no Peru com o nome de Vilcanota e recebe posteriormente os nomes de Ucaiali, Urubamba e Marañon. Quando entra no Brasil, passa a se chamar Solimões e, após o encontro com o Rio Negro, perto de Manaus, recebe o nome de Rio Amazonas.
 
	
	Bacia do Nordeste - Abrange diversos rios de grande porte e de significado regional, como: Acaraú, Jaguaribe, Piranhas, Potengi, Capibaribe, Una, Pajeú, Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru, Mearim e Parnaíba. O rio Parnaíba forma a fronteira dos estados do Piauí e Maranhão, desde suas nascentes na serra da Tabatinga até o oceano Atlântico, além de representar uma importante hidrovia para o transporte dos produtos agrícolas da região.
 
	
	Bacia do Tocantins-Araguaia - Com uma área superior a 800.000 km2, a bacia do rio Tocantins-Araguaia é a maior bacia hidrográfica inteiramente situada em território brasileiro. O rio Tocantins nasce na confluência dos rios Maranhão e Paraná (GO), enquanto o Araguaia nasce no Mato Grosso. Localiza-se nessa bacia a usina de Tucuruí (PA), que abastece projetos para a extração de ferro e alumínio.
Rios de planalto e de planície
	Devido à natureza do relevo, no Brasil predominam os rios de planalto, que apresentam rupturas de declive, vales encaixados, entre outras características, que lhes conferem um alto potencial para a geração de energia elétrica. Encachoeirados e com muitos desníveis entre a nascente e a foz, os rios de planalto apresentam grandes quedas-d’água. Assim, em decorrência de seu perfil não regularizado, ficam prejudicados no que diz respeito à navegabilidade. Os rios São Francisco e Paraná são os principais rios de planalto.
 
Em menor quantidade, temos no Brasil os rios que correm nas planícies, sendo usados basicamente para a navegação fluvial, por não apresentarem cachoeiras e saltos em seu percurso. Como exemplo, podem ser citados alguns rios da bacia Amazônica (região Norte) e da bacia Paraguaia (região Centro-Oeste, ocupando áreas do Pantanal Mato-Grossense). Entre os grandes rios nacionais, apenas o Amazonas e o Paraguai são predominantemente de planície e largamente utilizados para a navegação.
 
Apesar da maioria dos rios brasileiros nunca secar, alguns apresentam características curiosas, como por exemplo o Jagauribe (Ceará), que desaparece nas secas, e o Paraguaçu (Bahia), que se torna subterrâneo e depois volta a ficar visível. 
	
Rio de planalto 
Rio de planície
 
 
Bacias hidrográficas 
Uma bacia hidrográfica é um conjunto de terras drenadas por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) classifica os rios em nove bacias. São elas: 
 
	
	Bacia do Amazonas - É a maior bacia hidrográfica do mundo, com 7.050.000 km², sendo mais da metade localizado em terras brasileiras. Abrange também terras da Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname. Seu rio principal, o Amazonas, nasce no Peru com o nome de Vilcanota e recebe posteriormente os nomes de Ucaiali, Urubamba e Marañon. Quando entra no Brasil, passa a se chamar Solimões e, após o encontro com o Rio Negro, perto de Manaus, recebe o nome de Rio Amazonas.
 
	
	Bacia do Nordeste- Abrange diversos rios de grande porte e de significado regional, como: Acaraú, Jaguaribe, Piranhas, Potengi, Capibaribe, Una, Pajeú, Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru, Mearim e Parnaíba. O rio Parnaíba forma a fronteira dos estados do Piauí e Maranhão, desde suas nascentes na serra da Tabatinga até o oceano Atlântico, além de representar uma importante hidrovia para o transporte dos produtos agrícolas da região.
 
	
	Bacia do Tocantins-Araguaia - Com uma área superior a 800.000 km2, a bacia do rio Tocantins-Araguaia é a maior bacia hidrográfica inteiramente situada em território brasileiro. O rio Tocantins nasce na confluência dos rios Maranhão e Paraná (GO), enquanto o Araguaia nasce no Mato Grosso. Localiza-se nessa bacia a usina de Tucuruí (PA), que abastece projetos para a extração de ferro e alumínio.
Hidrografia no Mundo
Confira a seguir a lista dos maiores rios, oceanos, mares e bacias hidrográficas do mundo.
 
Os maiores rios
	Nome e local 
	Extensão (km)
	Foz
	Amazonas, Brasil
	6.868
	Oceano Atlântico
	Nilo, Egito
	6.671
	Mar Mediterrâneo
	Xi-Jiang, China
	5.800
	Mar da China
	Mississippi-Missouri, EUA
	5.620
	Golfo do México
	Obi, Federação Russa
	5.410
	Golfo de Obi
 
Os maiores oceanos e mares
	Nome
	Área (km²)
	Profundidade máxima (m)
	Oceano Pacífico
	179.700.000
	11.020
	Oceano Atlântico
	106.100.000
	7.758
	Mar Glacial Ártico
	14.090.000
	5.450
	Mar do Caribe
	2.754.000
	7.680
	Mar Mediterrâneo
	2.505.000
	5.020
 
As maiores bacias hidrográficas
	Nome
	Local
	Área (km²)
	Bacia Amazônica
	Brasil
	7.050.000
	Bacia do Congo
	Zaire
	3.690.000
	Bacia do Mississippi
	EUA
	3.328.000
	Bacia do Rio da Prata
	Brasil
	3.140.000
	Bacia do Obi
	Federação Russa
	2.975.000
As camadas da Terra
 
A Terra possui a sua estrutura interna dividida  em  três camadas:
 
- Litosfera ou Crosta Terrestre: Camada externa e sólida que circunda a Terra. É constituída por rochas e solo de níveis variados e composta por grande quantidade de minerais. 
A litosfera possui espessura de aproximadamente 72 km abaixo dos continentes,  que recebe o nome de crosta continental, e espessura de aproximadamente 8 km abaixo dos oceanos,  que recebe o nome de crosta oceânica.
As rochas que constituem a litosfera podem ser: 
Rochas magmáticas ou rochas ígneas: São formadas pelo magma localizado abaixo das rochas que se solidificam. 
Rochas sedimentares: Formadas pela falta de detritos provocados por ações erosivas. 
Rochas metamórficas: Formadas por rochas magmáticas e sedimentares que sofreram alterações. 
- Manto: camada localizada logo abaixo da Crosta Terrestre e estende-se até quase a metade do raio da Terra É formada por vários tipos de rochas que, devido às altas temperaturas, encontram-se no estado pastoso e recebem o nome de magma.
 
- Núcleo: é a camada mais interna do planeta e representa cerca de 1/3 de toda a massa da Terra. Possui temperaturas altíssimas e acredita-se que seja formado por metais como ferro e níquel entre outros elementos. 
Abalos Sísmicos
 
 
Abalo sísmico ou terremoto é um tremor da superfície terrestre produzido por forças naturais situadas no interior da crosta terrestre e a profundidades variáveis. Os abalos são causados pelo choque de placas rochosas situadas a profundidades que vão desde 50 até 900 km abaixo do solo. Outros fatores considerados são deslocamentos de gases como o metano e as atividades vulcânicas. Existem dois tipos de sismos: Os de origem natural e os induzidos. 
A maioria dos abalos sísmicos é de origem naturalda Terra, são chamados de sismos tectônicos. A força das placas tectônicas desliza sobre a astenosfera podendo colidir, afastar-se ou deslizar-se uma pela outra. Através dessas forças as rochas vão se alterando até seu ponto de tensão, posteriormente as rochas começam a se romper e liberam uma energia acumulada durante o processo de deslocamento. A energia então é liberada através de ondas sísmicas pela superfície e interior da Terra.
 
 
Os sismos induzidos são basicamente resultado da ação do homem.  Originam-se de explosões, extração de minérios, de água ou fósseis, ou até mesmo por queda de edifícios; entretanto a intensidade apresentada é bastante inferior a dos terremotos tectônicos. 
Entre as consequências de um abalo sísmico citamos:
• Vibração do solo com intensidades variada,
• Abertura de falhas, 
• Deslizamento de terra, 
• Tsunamis, 
• Mudanças na rotação da Terra. 
As conseqüências de um abalo sísmico normalmente acarretam em  efeitos nocivos ao homem como ferimentos, mortes, prejuízos financeiros e sociais, desabamento de construções, destruição entre outros. 
 
As regiões mais suscetíveis a abalos sísmicos são as regiões próximas às placas tectônicas como o oeste da América do Sul onde está localizada a placa de Nazca e a placa Sul-Americana; e nas regiões em que se formam novas placas como no oceano Pacífico onde se localiza o Cinturão de Fogo. O comprimento de uma falha causada por um terremoto pode variar de centímetros a quilômetros.
 
Para medir a dimensão dos abalos sísmicos é utilizada uma escala. A mais usada é a do sismólogo Charles Francis Richter. Sua escala varia de 0 a 9 graus e calcula a energia liberada pelos tremores. Outra escala bastante utilizada é a Mercalli, que mede os terremotos pela extensão dos danos. Essa escala se divide em 12 categorias de acordo com sua intensidade.
Descrição dos 12 graus da escala de Mercalli:
1) Não sentido; 
2) Sentido por pessoas em repouso ou em andares superiores de prédios altos; 
3) Há vibração leve, e objetos pendurados balançam; 
4) Há vibração moderada, como a causada por máquinas fazendo terraplanagem, as janelas e louças chacoalham, e os carros balançam; 
5) Sentido fora de casa, capaz de acordar pessoas. Pequenos objetos e quadros caem; 
6) Sentido por todos, provoca deslocamento de mobílias e danos como quebra de louças e vidraças e rachaduras em rebocos; 
7) Percebido por pessoas que estão dirigindo, quem sente tem dificuldade em permanecer de pé. Chaminés, ornamentos arquitetônicos e mobílias se quebram. Sinos de igrejas tocam. Há grandes rachaduras em rebocos e alvenarias, algumas casas desabam; 
8) Galhos e troncos se quebram. Solos úmidos sofrem rachaduras. Torres de água elevadas e monumentos, por exemplo, são destruídos. Estruturas de tijolo, casas de madeira frágeis, obras de irrigação e diques sofrem graves danos; 
9) Há rachaduras em solos, causando crateras de areia. Construções de alvenaria não armada desabam e estruturas de concreto frágeis e tubulações subterrâneas sofrem danos; 
10) Desabamentos e rachaduras aparecem muito espalhadas no solo. Há destruição de pontes, túneis e algumas estruturas de concreto armado. Há danos na maioria das alvenarias, barragens e estradas de ferro; 
11) Solos sofrem distúrbios permanentes; 
12) Dano quase total. 
 
 
Camadas da Atmosfera
O planeta Terra é envolvido pelo ar. Esse ar é disposto de acordo com a pressão que recebe, ficando de mais denso ou menos denso à medida que se distancia da Terra.
A atmosfera é constituída por cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera; que servem como proteção, uma vez que se elas não existissem não suportaríamos o calor emitido pelos raios solares. Da mesma forma aconteceria o resfriamento da Terra durante a noite, onde perderíamos todo o calor adquirido pelo sol, sofrendo uma variação muito rápida de temperatura.
 
 
A camada de ar mais próxima da Terra recebe o nome de Troposfera, essa camada se estende até 20 km do solo, no equador, e a aproximadamente 10 km nos pólos. É o ar em que vivemos, respiramos e onde ocorrem fenômenos naturais como chuvas, neves, ventos e relâmpagos. É também na troposfera que ocorre a poluição do ar. Os aviões de transporte de cargas e passageiros voam nesta camada.
As temperaturas nesta camada podem variar de 40°C até –60°C. Quanto maior a altitude menor a temperatura. 
Acima da troposfera está a Estratosfera. Esta camada ocupa uma faixa que vai até 50 km acima do solo. As temperaturas nesta camada variam de –5°C a –70°C.
Na Estratosfera localiza-se a camada de ozônio, que faz a proteção da Terra absorvendo os raios ultravioletas do Sol. É nessa camada que os aviões fazem seus vôos e onde acontece o efeito estufa. Efeito estufa é causado pela emissão de gases na atmosfera, gases como o CO2, que liberado em grandes quantidades, contribui seriamente para o aquecimento global. Este fenômeno acontece devido á forte poluição que o planeta sofre diariamente, e isto está ocasionando buracos na camada de ozônio, o que por sua vez, está causando o aquecimento da atmosfera. Além do aquecimento da terra, essa "falha" na camada de ozônio permite a entrada em demazia de ondas eletromagneticas na Terra, os conhecidos raios UVa e UVb, o que pode causar diversos tipos de câncer.
Entre 50 e 80 quilômetros de distância da Terra temos a Mesosfera, camada de ar extremamente fria com temperaturas que variam entre –10°C até –100°C  onde existem os íons – pequenas partículas elétricas – utilizados para fazer a transmissão de rádio e TVs. A parte inferior é mais quente porque absorve calor da estratosfera. Nesta camada ocorre o fenômeno da aeroluminescência. 
A camada seguinte é a Termosfera.Encontra-se entre 80 quilômetros e 500 quilômetros de distância da Terra. É a camada atmosférica mais extensa. O ar é muito escasso e raro, recebendo o nome de ar rarefeito. É a camada mais quente, uma vez que as raras moléculas de ar absorvem a radiação do Sol. As temperaturas no topo chegam a 1.000ºC. 
A última camada, ou seja, a que está mais distante da Terra, é a Exosfera. É a camada que antecede o espaço sideral. Vai do final da termosfera até 800 km do solo. Nesta camada as partículas se desprendem da gravidade do planeta Terra. As temperaturas podem atingir 1.000°C. É formada basicamente por metade de gás hélio e metade de hidrogênio.
Na exosfera acontece o fenômeno da aurora boreal e também permanecem os satélites de transmissão de dados e também telescópios espaciais.
Estações do ano  
 
As datas que marcam o início das estações do ano determinam também a maneira e a intensidade com que os raios solares atingem o nosso planeta em seu movimento de translação. Essas datas recebem a denominação de equinócio e solstício.
As estações do ano estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento das atividades humanas, como a agricultura e a pecuária. Além disso, determinam os tipos de vegetação e clima de todas as regiões da Terra. E são opostas em relação aos dois hemisférios do planeta (Norte e Sul).
Quando no hemisfério Norte é inverno, no hemisfério Sul é verão. Do mesmo modo, quando for primavera em um dos hemisférios, será outono no outro. Isso ocorre justamente em razão da posição que cada hemisfério ocupa em relação ao Sol naquele período, o que determina a quantidade de irradiação solar que está recebendo.
Durante o inverno, as noites são mais longas, pois o Sol se afasta da linha do Equador. É esse afastamento que faz as temperaturas diminuírem. Já durante o verão, os dias são mais longos, pois o Sol se aproxima da linha do Equador e dos trópicos. Em razão disso, as temperaturas se elevam. No outono e na primavera, os dias e as noites têm a mesma duração.
Vale ressaltar que as datas utilizadas na determinação do começo e do final de cada estação do ano (21/3; 21/6; 23/9; 21/12) são convenções. Foram determinadas para facilitar a nossa vida, pois, na verdade, a interferênciade diversos fatores tende a alterar esses dias, para mais ou para menos, a cada determinado período de tempo. 
A estação se inicia, de fato, quando o planeta Terra e o Sol estão numa posição em que os raios solares incidem perpendicularmente a linha do Equador (primavera e outono) ou a um dos trópicos (verão e inverno).
 
 
Estações do Ano - 2010
	 
	Hemisfério Norte
	Hemisfério Sul
	Data
	Hora
	Equinócio
	Primavera
	Outono
	20/03
	14:32:12
	Solstício
	Verão
	Inverno
	21/06
	08:28:25
	Equinócio
	Outono
	Primavera
	23/09
	00:09:01
	Solstício
	Inverno
	Verão
	21/12
	20:38:27
 
Estações do Ano - 2011
	 
	Hemisfério Norte
	Hemisfério Sul
	Data
	Hora
	Equinócio
	Primavera
	Outono
	20/03
	20:20:43
	Solstício
	Verão
	Inverno
	21/06
	14:16:29
	Equinócio
	Outono
	Primavera
	23/09
	06:04:37
	Solstício
	Inverno
	Verão
	21/12
	02:30:02
Equinócio
A palavra equinócio tem origem no Latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte e o pôr do Sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar encontra-se metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração.
Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro e definem as mudanças de estação. 
Solstício
Na área da astronomia, solstício é o momento em que o Sol, durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador. Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em dezembro e em junho. O dia e hora exatos variam de um ano para outro. Quando ocorre no verão significa que a duração do dia é a mais longa do ano e, consequentemente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da noite é a mais longa do ano.
Sol iluminando o planeta Terra durante o solstício do hemisfério sul.
Movimentos da Terra
 
A Terra faz movimentos constantes no espaço. Esses movimentos são chamados de movimento de rotação e movimento de translação. 
Rotação
 Rotação é movimento onde a Terra gira em torno de seu próprio eixo. Esse movimento acontece no sentido anti-horário e dura exatamente 23 horas 56 minutos 4 segundos e 9 centésimos para ser concluído, sendo o responsável por termos o dia e a noite.
Quando um lado do planeta está para o lado do sol, é dia, e, consequentemente, do lado oposto é noite. Sem o movimento da Rotação não haveria vida na Terra, já que este movimento desempenha um papel fundamental no equilíbrio de temperatura e composição química da atmosfera. 
O movimento de rotação da Terra ocorre de oeste para leste, ou seja, a porção Leste vê o nascer do sol primeiro que o Oeste. Como exemplo podemos citar o Brasil e o Japão, onde a diferença de fusos horários é exatamente 12 horas, deste modo, quando no Japão são 6h da manhã, no Brasil são 6h da tarde.
Translação
 
O movimento de translação é aquele que o planeta Terra realiza ao redor do Sol junto com os outros planetas. 
O tempo necessário para completar uma volta ao redor do Sol é de 365 dias, 5 horas e cerca de 48 minutos e ocorre numa velocidade média de 107.000 km por hora. 
O tempo que a planeta leva para dar uma volta completa ao redor do Sol é chamado "ano". O ano civil, aceito por convenção, tem 365 dias. Como o ano sideral, ou o tempo concreto do movimento de translação, é de 365 dias e 6 horas, a cada quatro anos temos um ano de 366 dias, dia este que é acrescido ao nosso calendário no mês de fevereiro e que recebe o nome de ano bissexto.
O movimento de translação é o responsável pelas quatro estações do ano: verão, outono, inverno e primavera, que ocorrem em razão das diferentes localizações da Terra no espaço.
Aquecimento Global
 
 
O aquecimento global é um fenômeno climático de grande extensão — um aumento significativo da temperatura da superfície terrestre  -  que vem atingindo o planeta nos últimos 150 anos. Este fenômeno ocorre em consequência das alterações ocorridas no planeta, sejam elas de causas naturais ou antropogênicas (causadas pelo homem).
De acordo com os cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos cinco séculos com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse aumento parece insignificante, mas é suficiente para alterar todo clima de uma região e atingir  profundamente a biodiversidade, desencadeando desta forma vários desastres ambientais. 
 
Uma parcela da comunidade científica que estuda o aquecimento global  atribui esse fenômeno como um processo natural, afirmando que o planeta Terra está atravessando uma fase de transição natural, um processo dinâmico e longo, saindo da era glacial para a interglacial, sendo o aumento da temperatura consequência desse fenômeno. 
Entretanto, as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas às atividades humanas, que através do aumento na queima de gases de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural intensificam o efeito de estufa. Ao queimar essas substâncias são produzidos gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CO4) e óxido nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das radiações solares, como se o planeta estivesse dentro de uma estufa de plantas, como consequência desse processo temos o aumento da temperatura. 
 
 
Os desmatamentos das florestas e as constantes impermeabilizações do solo são fatores que também contribuem de forma significativa para as alterações climáticas. 
Outra consequência do aquecimento global é o degelo das calotas polares. De acordo com especialistas, a região mais afetada é a do oceano Ártico. Nos últimos anos, a camada de gelo que cobre este oceano se tornou 40% mais fina e sua área sofreu uma redução de aproximadamente 15%. As principais cordilheiras do planeta também estão perdendo sua massa de gelo e neve. As geleiras dos Alpes reduziram aproximadamente  40%, e, de acordo com artigo publicado na revista britânica Science, a capa de neve que cobre o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, poderá desaparecer nas próximas décadas.
 
 
Como forma de minimizar o aquecimento global, no ano de 1997, cento e sessenta e dois  países assinaram o Protocolo de Kyoto. De acordo com o documento, as nações desenvolvidas se comprometem a reduzir sua parcela na emissão de gases que provocam o efeito de estufa, em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta tem que ser cumprida entre os anos de 2008 e 2012. Entretanto, vários países não fizeram nenhum esforço para que esse objetivo fosse atingido, nao aderindo ao Tratado, sendo o principal deles os  EUA.
Atualmente os principais países emissores dos gases causadores do efeito de estufa são respectivamente: China, Estados Unidos, Rússia, Índia, Brasil, Japão, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Coreia do Sul. 
No ano de 2007, a ONU através do IPCC redigiu e divulgou três textos. No primeiro, de fevereiro, o IPCC responsabilizou a atividade humana pelo aquecimento global.  Advertiu também que, se mantido o crescimento atual dos níveis de poluição da atmosfera, a temperatura média do planeta subirá 4 graus até o fim do século. O relatório seguinte, apresentado em abril, tratou do potencial catastrófico do fenômeno e concluiu que ele poderá provocar extinções em massa, elevação dos oceanos e a devastação em áreas costeiras.
Entretanto a surpresa veio no terceiro documento, divulgado no mês de maio. Em linhas gerais, o texto diz: sendo o homem o causador do problema, pode também resolvê-lo. E por um preço relativamente modesto se comparado a dimensão do problema. Teria que ser  investindo pouco mais de 0,12% do produto interno bruto mundial por ano até2030. 
O valor destinado do PIB mundial seria gasto tanto pelos governos, financiando o desenvolvimento de tecnologias limpas, como pelos consumidores, que precisariam mudar alguns de seus hábitos, como objetivo final teríamos a  redução das emissões de gases do efeito estufa, que impedem a dissipação do calor que esquenta a atmosfera.
Apenas a publicação dos relatórios do IPCC não servirá para conter o aquecimento global. Para a obtenção de resultados significativos, o esforço de redução da poluição precisa ser mundial. 
 
BIOMAS TERRESTRES
A grande diversidade de ecossistemas
Ecossistemas naturais - bosques, florestas, desertos, prados, rios, oceanos, etc. 
Ecossistemas artificiais - construídos pelo Homem: açudes, aquários, plantações, etc. 
Atendendo ao meio físico, há a considerar: 
Ecossistemas terrestres 
Ecossistemas aquáticos 
Quando, de qualquer ponto, observamos uma paisagem, percebemos a existência de descontinuidades - margens do rio, limites do bosque, bordos dos campos, etc. que utilizamos frequentemente para delimitar vários ecossistemas mais ou menos definidos pelos aspectos particulares da flora que aí se desenvolve. No entanto, na passagem, por exemplo, de uma floresta para uma pradaria, as árvores não desaparecem bruscamente; há quase sempre uma zona de transição, onde as árvores vão sendo cada vez menos abundantes. Sendo assim, é possível, por falta de limites bem definidos e fronteiras intransponíveis, considerar todos os ecossistemas do nosso planeta fazendo parte de um enorme ecossistema chamado ecosfera. Deste gigantesco ecossistema fazem parte todos os seres vivos que, no seu conjunto, constituem a biosfera e a zona superficial da Terra que eles habitam e que representa o seu biótopo. Ou seja: 
BIOSFERA + ZONA SUPERFICIAL DA TERRA = ECOSFERA 
Mas assim como é possível associar todos os ecossistemas num só de enormes dimensões - a ecosfera - também é possível delimitar, nas várias zonas climáticas, ecossistemas característicos conhecidos por biomas, caracterizados por meio do fator Latitude. Por sua vez, em cada bioma, é possível delimitar outros ecossistemas menores. 
Bioma é conceituado no mapa como um conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria. 
 
Os principais biomas do ambiente terrestre 
 
 
Tundra
Localiza-se no Círculo Polar Ártico. Compreende Norte do Alasca e do Canadá, Groelândia, Noruega, Suécia, Finlândia, Sibéria. 
Recebe pouca energia solar e pouca precipitação, esta ocorre geralmente sob forma de neve e o solo permanece a maior parte do ano gelado. Durante a curta estação quente (2 meses) ocorre o degelo da parte superior, rica em matéria orgânica, permitindo o crescimento dos vegetais. O subsolo fica permanentemente congelado (permafrost).
A Tundra caracteriza-se por apresentar poucas espécies capazes de suportar as condições desfavoráveis. Os produtores são responsáveis por capim rasteiro e com extensas áreas cobertas por camadas baixas de liquens e musgos. Existem raras plantas lenhosas como os salgueiros, mas são excessivamente baixas (rasteiras).
As plantas completam o ciclo de vida num espaço de tempo muito curto: germinam as sementes, crescem, produzem grandes flores (comparadas com o tamanho das plantas), são fecundadas e frutificam, dispersando rapidamente as suas sementes.
No verão a Tundra fica mais cheia de animais: aves marinhas, roedores, lobos, raposas, doninhas, renas, caribus, além de enxames de moscas e mosquitos.
 
Taiga
Também chamada de floresta de coníferas ou floresta boreal. Localiza-se no norte do Alasca, Canadá, sul da Groelândia, parte da Noruega, Suécia, Finlândia e Sibéria.
Partindo-se da Tundra, à medida que se desloca para o sul a estação favorável orna-se mais longa e o clima mais ameno.Em conseqüência disso a vegetação é mais rica, surgindo a Taiga.
Na Taiga os abetos e os pinheiros formam uma densa cobertura, impedindo o solo de receber luz intensa. A vegetação rasteira é pouco representada. O período de crescimento dura 3 meses e as chuvas são poucas.
Os animais são representados por aves, alces, lobos, martas, linces, roedores etc.
 
Floresta Caducifólia ou Floresta Decídua Temperada
Predomina no hemisfério norte, leste dos Estados Unidos, oeste da Europa, leste da àsia, Coréia, Japão e partes da China.
A quantidade de energia radiante é maior e a pluviosidade atinge de 750 a 1.000 mm, distribuída durante todo o ano. Nítidas estações do ano. Neste Bioma, a maioria dos arbustos e árvores perde as suas folhas no outono e os animais migram, hibernam ou apresentam adaptações especiais para suportar o frio intenso.
As plantas são representadas por árvores ditotiledôneas como nogueiras, carvalhos, faias. Os animais são representados por esquilos, veados, muitos insetos, aves insetívoras, ursos, lobos etc.
Floresta Tropical ou Floresta Pluvial ou Floresta Latifoliada
A floresta tropical situa-se na região intertropical. A maior área é a Amazônia, a segunda nas Índias Orientais e a menor na Bacia do Congo (África).
O suprimento de energia é abundante e as chuvas são regulares e abundantes, podendo ultrapassar 3.000 mm anuais. A principal característica da floresta tropical é a sua estratificação. A parte superior é formada por árvores que atingem 40 m de altura, formando um dossel espesso de ramos e folhas. No topo a temperatura é alta e seca.
Debaixo desta cobertura ocorre outra camada de árvores, que chegam a 20 m de altura, outras a 10 m e 5 m de altura.
Este estrato médio é quente, mais escuro e mais úmido, apresentando pequena vegetação. O estrato médio caracteriza-se pela presença de cipós e epífitas. A diversificação de espécies vegetais e animais é muito grande.
 
Campos
É um Bioma que se caracteriza por apresentar um único estrato de vegetação. O número de espécies é muito grande, mas representado por pequeno número de indivíduos de cada espécie.
A localização dos campos é muito variada: centro-oeste dos Estados Unidos, centro-leste da Eurásia, parte da América do Sul (Brasil, Argentina) e Austrália.
Durante o dia a temperatura é alta, porém a noite a temperatura é muito baixa. Muita luz e vento, pouca umidade. Predominam as gramíneas. Os animais, dependendo da região, podem ser: antílopes americanos e bisões, roedores, muitos insetos, gaviões, corujas etc.
Deserto
Os desertos apresentam localização muito variada e se caracterizam por apresentar vegetação muito esparsa.
O solo é muito árido e a pluviosidade baixa e irregular, abaixo de 250 mm de água anuais. Durante o dia a temperatura é alta, mas à noite ocorre perda rápida de calor, que se irradia para a atmosfera e a temperatura torna-se excessivamente baixa. As plantas que se adaptam ao deserto geralmente apresentam um ciclo de vida curto. Durante o período favorável (chuvoso) germinam as sementes, crescem, florescem, frutificam, dispersam as sementes e morrem.
As plantas perenes como os cactos apresentam sistemas radiculares superficiais que cobrem grandes áreas. Estas raízes estão adaptadas para absorver as águas das chuvas passageiras.
O armazenamento de água é muito grande (parênquimas aqüíferos). As folhas são transformadas em espinhos e o caule passa a realizar fotossíntese.
Os consumidores são predominantemente roedores, obtendo água do próprio alimento que ingerem ou do orvalho. No hemisfério norte é muito comum encontrar-se, nos desertos, arbustos distribuídos uniformemente, como se tivessem sido plantados em espaços regulares. Este fato explica-se como um caso de amensalismo, isto é, os vegetais produzem substâncias que eliminam outros indivíduos que crescem ao seu redor.
 
Savanas
Savana é nome dado a um tipo de cobertura vegetal constituída, em geral, por gramínease árvores esparsas. A topografia geralmente é plana com clima tropical, apresentando duas estações bem definidas, sendo uma chuvosa e uma seca. As Savanas ocorrem, principalmente, na zona intertropical do planeta, por esse motivo recebe uma enorme quantidade de luz solar. 
A espécie de savana mais conhecida é a africana, no entanto, há outras: savanas tropicais (africana), savanas subtropicais, savanas temperadas, savanas mediterrâneas, savanas pantanosas e savanas montanhosas. 
As savanas do tipo tropical e subtropical são encontras em todos os continentes, apresentando duas estações bem definidas (uma quente e outra chuvosa). Os solos dessas áreas são relativamente férteis, neles se fixam gramíneas, geralmente desprovidas de árvores. A África possui savanas com esses aspectos, com destaque para as do Serengueti.
Savanas temperadas são identificadas em médias latitudes e em todos os continentes, são influenciadas pelo clima temperado, cujo verão é relativamente úmido e o inverno seco. A vegetação é constituída por gramíneas. 
Savanas mediterrâneas são vegetações que ocorrem em regiões de clima mediterrâneo. Nessas áreas o solo é pobre, germinando sobre a superfície arbustos e árvores de pequeno porte, essa composição corre sério risco de extinguir diante da constante intervenção humana, principalmente pela extração de lenha, criação de animais, agricultura, urbanização e etc. 
Savanas pantanosas são composições vegetativas que ocorrem tanto em regiões de clima tropical como subtropical dos cinco continentes. Esse tipo de savana sofre inundações periódicas. 
Savanas montanhosas é um tipo de vegetação que ocorre fundamentalmente em zonas alpinas e subalpinas em distintos lugares do globo, em razão do isolamento geográfico, abriga espécies endêmicas.
 
Os Biomas Brasileiros 
Em outras palavras, um bioma é formado por todos os seres vivos de uma determinada região, cuja vegetação tem bastante similaridade e continuidade, com um clima mais ou menos uniforme, tendo uma história comum em sua formação. Por isso tudo sua diversidade biológica também é muito parecida. 
O  Brasil possui enorme extensão territorial e apresenta climas e solos muito variados. Em função dessas características, há uma evidente diversidade de biomas, definidos sobretudo pelo tipo de cobertura vegetal.
	Biomas Continentais Brasileiros
	Área Aproximada (km²)
	Área / Total Brasil
	Bioma AMAZÔNIA
	4.196.943
	49,29%
	Bioma CERRADO
	2.036.448
	23,92%
	Bioma MATA ATLÂNTICA
	1.110.182
	13,04%
	Bioma CAATINGA
	844.453
	9,92%
	Bioma PAMPA
	176.496
	2,07%
	Bioma PANTANAL
	150.355
	1,76%
	Área Total Brasil
	8.514.877
	100%
Fonte: http://www.ibge.com.br/home/presidencia
 
 
Caatinga
Há aproximadamente 260 milhões de anos, toda região onde hoje está o semi-árido foi fundo de mar, mas o bioma caatinga é muito recente. Há apenas dez mil anos atrás era uma imensa floresta tropical, como a Amazônia. Para conhecer bem esse bioma do semi-árido brasileiro, basta fazer uma visita ao Sítio Arqueológico da Serra da Capivara, no sul do Piauí. Ali estão os painéis rupestres, com desenhos de preguiças enormes, aves gigantescas, tigres-dente-de-sabre, cavalos selvagens e tantos outros. No Museu do Homem Americano estão muitos de seus fósseis. Com o fim da era glacial, há dez mil anos atrás, também acabou a floresta tropical. Ficou o que é hoje a nossa Caatinga.
	
	 
	A Caatinga ocupa oficialmente 844.453 Km² do território brasileiro. Hoje fala-se em mais de um milhão de Km² . Estende-se pela totalidade do estado do Ceará (100%) e mais de metade da Bahia (54%), da Paraíba (92%), de Pernambuco (83%), do Piauí (63%) e do Rio Grande do Norte (95%), quase metade de Alagoas (48%) e Sergipe (49%), além de pequenas porções de Minas Gerais (2%) e do Maranhão (1%). 
A Caatinga é muito rica em biodiversidade, tanto vegetal quanto animal, sobretudo de insetos. É por isso que o sul do Piauí, por exemplo, é muito favorável à criação de abelhas. 
Nos períodos sem chuva, cerca de 8 meses por ano, ela “adormece” e suas folhas caem. Depois, com a primeira chuva, ela como que ressuscita. É a essa lógica que seus habitantes têm que se adaptar. Portanto, aqueles que ainda acham essa região inviável, ou a têm como um deserto, demonstram um profundo desconhecimento da realidade brasileira.
Cerca de 28 milhões de brasileiros habitam esse bioma, sendo que aproximadamente 38% vivem no meio rural. Essa população tem um dos piores IDHs de todo o planeta.
 
 
Amazônia
“Pulmão do Mundo”, “Planeta Água”, “Inferno Verde”, são alguns dos chavões mundialmente conhecidos a respeito da Amazônia. Está sempre em evidência em qualquer ponto da aldeia globalizada.
	Interessa a todos. Uma das últimas regiões do planeta que ainda seduzem pela exuberância de uma natureza primitiva, hoje absolutamente ameaçada por sua devastação. 
A Amazônia guarda a maior diversidade biológica do planeta – região mega-diversa - e escoa 20% de toda água doce da face da Terra. Seu início se deu há 12 milhões de anos atrás, quando os Andes se elevaram e fecharam a saída das águas para o Pacífico. Formou-se um fantástico Pantanal, quase um mar de água doce, coberto só por águas. Depois, com tantos sedimentos, a crosta terrestre tornou emergir e, aos poucos, formou-se o que é hoje a Amazônia. 
	 
	
A Amazônia ocupa 4.196.943 km², cerca de 49,29% do território brasileiro. Ocupa a totalidade de cinco unidades da federação (Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima), grande parte de Rondônia (98,8%), mais da metade de Mato Grosso (54%), além de parte de Maranhão (34%) e Tocantins (9%). A área desmatada da Amazônia já atinge 16,3% de sua totalidade.
Hoje cerca de 17 milhões de brasileiros vivem no bioma Amazônia, sendo que cerca de 70% no meio urbano.
 
Mata Atlântica
Já foi a grande floresta costeira brasileira. Ia do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Em alguns lugares adentrava o continente, como no Paraná, onde ocupava 98% do território Paranaense. 
Era também o mais rico bioma brasileiro em biodiversidade. Ainda é em termos de Km². Hoje é o mais devastado de nossos biomas. Restam aproximadamente 7% de sua cobertura vegetal. São manchas isoladas, muitas vezes sem comunicação entre si. Há quem fale em apenas 5%. 
A Mata Atlântica é o exemplo mais contundente do modelo desenvolvimento predatório desse país. Foi ao longo dele que se saqueou o pau Brasil e depois se instalaram os canaviais, tantas outras monoculturas, além do complexo industrial. Quem vive onde já foi esse bioma muitas vezes nem conhece seus vestígios, tamanha sua devastação.
O Bioma Mata Atlântica ocupa 1.110.182 km², ou seja, 13,04% do território nacional. Cobre inteiramente três estados - Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina - e 98% do Paraná, além de porções de outras 11 unidades da federação.
Aproximadamente 70% da população brasileira vivem na área desse bioma, perto de 120 milhões de pessoas. Por mais precarizado que esteja, é desse bioma que essa população depende para beber água e ter um clima ainda ameno. 
Cerrado
O Cerrado é o mais antigo bioma brasileiro. Fala-se que sua idade é de aproximadamente 65 milhões de anos. É tão velho que 70% de sua biomassa está dentro da terra. Por isso, se diz que é uma “floresta de cabeça prá baixo”. Por isso, para alguns especialistas, o Cerrado não permite qualquer revitalização. Uma vez devastado, devastado para sempre. Por isso, se diz que é uma “floresta de cabeça prá baixo”. Por isso, para alguns especialistas, o Cerrado não permite qualquer revitalização.
	
	 
	Uma vez devastado, devastado para sempre. 
O Cerrado é ainda a grande caixa d’água brasileira. É do Planalto Central que se alimentam bacias hidrográficas que correm para o sul, para o norte, para o oeste e para o leste. 
O Cerrado guarda ainda uma fantástica biodiversidade, porém, 57% do Cerrado já foram totalmente devastados e a metade do que resta já está muitodanificada. Sua devastação é muito veloz, chegando a três milhões de hectares por ano. Nesse ritmo, estima-se que em 30 anos já não existirá. 
A partir da década de 70, sob o embalo do regime militar, essa foi a grande fronteira agrícola para criação de gado e depois para o plantio de soja. A devastação de sua cobertura vegetal está comprometendo suas nascentes, rios e riachos. Ao se eliminar a vegetação, também se está eliminando os mananciais. Um rio como o São Francisco tem 80% de suas águas com origem no Cerrado. Hoje se fala que é necessário uma moratória para se preservar o que resta do Cerrado. 
O Bioma Cerrado ocupa 2.036.448 Km², ou seja, 23,92% do território brasileiro. Ocupa a totalidade do Distrito Federal, mais da metade dos estados de Goiás (97%), Maranhão (65%), Mato Grosso do Sul (61%), Minas Gerais (57%) e Tocantins (91%), além de porções de outros seis estados.
Sua população em 1991 era estimada em 12,1 milhão de habitantes.
 
Pantanal
O Pantanal sugere animais, rios, peixes, matas e qualquer coisa ainda parecida com o Paraíso.É um bioma geologicamente novo. O leito do rio Paraguai ainda está em formação.  “O Pantanal é a maior planície inundável do mundo e apresenta uma das maiores concentrações de vida silvestre da Terra. Situado no coração da América do Sul, o Pantanal se estende pelo Brasil, Bolívia e Paraguai com uma área total de 210,000 km2. Aproximadamente 70% de sua extensão encontra-se em território brasileiro, nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”. (www.conservation.org.br/onde/pantanal/)
	No Brasil o Pantanal ocupa 150.355 Km², ou seja, 1,76% do nosso território. Há opinião que 80% do Pantanal encontra-se bem conservado. Entretanto, as queimadas, a derrubada das árvores, o assoreamento dos rios ameaçam sua existência. As últimas reportagens de TVs falam da intensa evaporação de suas águas e o risco de tornar-se um deserto. O que mais ameaça e agride esse bioma são as pastagens, queimadas e as entradas do agronegócio. Foi para impedir projeto de cana no Pantanal que Anselmo deu sua vida. A forma como a criação de gado teria se adaptado ao ambiente seria uma das responsáveis. Entretanto, para outros, os problemas ambientais do Pantanal passa também pela criação de gado.
	 
	
O desafio é manter suas características e também manter sua população em condições dignas de vida. O caminho do turismo é uma possibilidade real e também um perigo. A pesca esportiva predatória é um exemplo. “Pelo seu estado de conservação, sua rica biodiversidade e as particularidades de seu ecossistema, o Pantanal é considerado uma das 37 últimas Grandes Regiões Naturais da Terra”. (Idem)
O Baixo Pantanal tem uma população de 130 mil pessoas.
 
Pampa
O Pampa gaúcho é bastante diferente dos demais biomas brasileiros. Dominado por gramíneas, com poucas árvores, sempre foi considerado mais apropriado para a criação do gado. Entretanto, em 2004 foi reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente como um bioma. Na verdade, sua biodiversidade havia sido ignorada por quase trezentos anos.  Foi a porta de entrada para o gado através da região sul. A outra foi pelo vale do São Francisco, através dos currais de gado. 
O único estado brasileiro com esse bioma é o Rio Grande do Sul. Ocupa 63% do território do Rio Grande. Ele também se estende pelo Uruguai e Argentina. 
Agora o Pampa sofre uma ameaça muito mais grave: a introdução do monocultivo e Pinus e Eucaliptos. Mais uma vez portanto, se propõe um tipo de desenvolvimento econômico inadequado às características de um bioma. 
 
A PREVISÃO DO TEMPO
A rádio, a televisão, os jornais e os sites diariamente anunciam a previsão do tempo. Dentro de certa margem de segurança, ficamos sabendo se vai chover, se vai fazer frio ou calor. 
Para facilitar o estudo da atmosfera, os cientistas a dividem em várias camadas:
 
	Troposfera 
A troposfera é a camada mais próxima da superfície terrestre. Nela se formam as nuvens e ocorrem as chuvas, os ventos e os relâmpagos.
Na troposfera concentra-se a maior quantidade do gás oxigênio que os seres vivos utilizam na respiração.
Estratosfera
Nessa camada, a umidade (presença de vapor de água) é quase inexistente. Há baixa concentração de gás oxigênio, e o ar, em geral, apresenta-se rarefeito. Na estratosfera encontra-se o gás ozônio (gás cuja, molécula é formada por 3 átomos de oxigênio, O3). Essa camada filtra os raios ultravioletas do Sol, evitando assim danos aos seres vivos. Na troposfera, porém, o ozônio, quando presente, é considerado um poluente.
Nessa região atmosférica não ocorrem as turbulências provocadas pelos fenômenos meteorológicos, comuns na troposfera; por isso os vôos mais longos e feitos por grandes aviões ocorrem nessa camada. 
Mesosfera
É uma camada também rica em gás ozônio. Apresenta baixas temperaturas.
 
	 
	
Ionosfera ou termosfera 
Nessa camada o ar é muito rarefeito e existem partículas carregadas de eletricidade. Essas partículas possibilitam a transmissão de ondas de rádio e similares a grandes distâncias.
 
Exosfera
É a ultima camada da atmosfera, isto é, o limite entre nosso planeta e o espaço cósmico. Nessa camada predomina gás hidrogênio. O ar é muito rarefeito e as moléculas de gás "escapam" constantemente para o espaço. É onde costumam ficar os satélites artificiais. 
 
Toda os fatores que influenciam no clima da Terra estão contidos na Troposfera, vamos estudar cada um deles agora. 
 
importância da previsão do tempo
Se sabemos que vai chover, levamos o guarda-chuva quando saímos de casa. Mas uma dica importante sobre o tempo nos ajuda em muitas outras coisas. Entre elas, para avaliar as condições da estrada, quando viajamos, e também para a agricultura.
Os agricultores precisam, muitas vezes, fazer o plantio no início de um período de chuvas, porque as sementes precisam de água para germinar. Por outro lado, a previsão de enchentes, de geadas ou de falta de chuvas pode evitar prejuízos.
A meteorologia é a ciência que estuda as condições atmosféricas e, com isso, auxilia na previsão do tempo.
Os técnicos fazem a previsão do tempo estudando vários aspectos da atmosfera: massas de ar, frentes fria ou quentes, umidade do ar, temperatura do lugar, pressão atmosférica, etc.
 
Tempo e clima
É comum as pessoas confundirem os termos tempo e clima. Afinal, o que significa cada um deles?
O termo tempo corresponde a uma situação de momento. Indica o estado atmosférico em determinado tempo e lugar. Hoje, onde você mora, pode estar chovendo, mas amanhã poderá estar ensolarado. Pela manhã, pode estar muito calor e à tarde todos serem surpreendidos pela chegada de uma frente fria.
O termo clima corresponde ao conjunto de condições atmosféricas que ocorrem com mais freqüência em uma determinada região. Por exemplo, na caatinga, no Nordeste brasileiro, o clima é quente e seco, podendo ocorrer chuvas. Mesmo quando o tempo está chuvoso, o clima permanece o mesmo (quente e seco).
 
Fatores relacionados à previsão do tempo
 
As nuvens
O tipo de nuvem presente na atmosfera é uma pista para a previsão do tempo. Quando olhamos para o céu e vemos nuvens escuras, geralmente cinzentas, logo achamos que vai chover. A nuvem escura possui gotículas de água tão próximas umas das outras que a luz do Sol quase não consegue atravessá-las. E a chuva pode se formar justamente quando as gotículas se juntam e formam gotas maiores, que não ficam mais suspensas na atmosfera, e caem.
As nuvens podem ficar em diferentes altitudes e variar nas suas formas, que dependem de como a nuvem sobe e da temperatura do ar.
São utilizadas palavras que vieram do latim para descrever os vários tipos de nuvens.
Cirros - Nuvens altas e de cor branca. Cirru significa 'caracol' em latim. Muitas vezes essas nuvens se parecem com cabelos brancos. Podem ser formadas por cristais de gelo.
Cúmulos - Nuvens brancas formando grandes grupos,com aspecto de flocos de algodão. Cumulu, em latim significa 'pilha', 'montão' 
Estratos - Formam grandes camadas que cobrem o céu, como se fossem um nevoeiro, e torna o dia nublado. Estratu significa 'camada'. 
Para descrever as nuvens usamos ainda os termos nimbos e altos. Nimbos são nuvens de cor cinza-escuro. A presença de nimbos no seu é sinal de chuva. Nimbos significa 'portador de chuva'. E altos são nuvens elevadas. 
Esses dois termos podem ser combinados para descrever os vários tipos de nuvens. Cúmulos-nimbos, por exemplo, são nuvens altas que costuma indicar tempestade. 
 
As Massas de Ar 
A massa de ar é um aglomerado de ar em determinadas condições de temperatura umidade e pressão. As massas de ar podem ser quentes ou frias. As quente, em geral, deslocam-se de regiões tropicais e as frias se originam nas regiões polares.
As massas de ar podem ficar estacionadas, em determinado local, por dias e até semanas. Mas quando se movem, provocam alteração no tempo havendo choques entre massas de ar quente e frio: enquanto uma avança, a outra recua.
O encontro entre duas massas de ar de temperaturas diferentes dá origem a uma frente, ou seja, a uma área de transição entre duas massas de ar. A frente pode ser fria ou quente. Uma frente fria ocorre quando uma massa de ar frio encontra e empurra uma massa de ar quente, ocasionando nevoeiro, chuva e queda de temperatura. 
 
E uma frente quente ocorre quando uma massa de ar quente encontra uma massa de ar frio que estava estacionada sobre uma região, provocando aumento da temperatura.
 
 
Os Ventos 
	
	 
	O ar em movimento se chama vento. Sua direção e velocidade afetam as condições do tempo. Para se prever quando uma massa de ar chegará a uma determinada localidade, é fundamental conhecer a velocidade dos ventos.
O movimento do ar, em relação à superfície da Terra, pode variar desde a calmaria e falta de vento até a formação de furacões que provocam a destruição em razão de ventos a mais de 120 quilômetros por hora.
A velocidade dos ventos é medida com um aparelho denominado anemômetro, que é, basicamente, um tipo de cata-vento, como se pode ver ao lado.
No anemômetro, as pequenas conchas giram quando o vento bate nelas, fazendo toda a peça rodar. Um ponteiro se movimenta em uma escala graduada, em que é registrada a velocidade do vento.
 
Nos aeroportos, é comum ver instrumentos, como, por exemplo, a biruta, que é muito simples, usada para verificar a direção do vento. Também podemos encontrar birutas na beira de praias, para orientar pescadores, surfistas etc.
Os aeroportos, atualmente têm torres de controle, nas quais as informações sobre velocidade e direção dos ventos obtidas por instrumentos são processadas por computadores, que fornecem dados necessários para o pouso e decolagem.
Agora vamos pensar: Em dias quentes, à beira-mar, algumas horas depois do amanhecer, pode-se sentir uma brisa agradável vinda do mar. Como podemos explicar isso?
O Sol aquece a água do mar e a terra. Mas a terra esquenta mais rápido que o mar. O calor da terra aquece o ar logo acima dela. Esse ar fica mais quente, menos denso e sobe. A pressão atmosférica nessa região se torna menor do que sobre o mar. Por isso, a massa de ar sobre o mar, mais fria, mais densa e com maior pressão, se desloca, ocupando o lugar do ar que subiu. Então esse ar aquece, e o processo se repete.
O movimento horizontal de ar do mar para a terra é chamado brisa marítima e acontece de dia.
 
De noite ocorre o contrário: a terra esfria mais rápido que o mar, já que a água ganha e perde calor mais lentamente que a terra. O ar sobre o mar está mais aquecido (o mar está liberando o calor acumulado durante o dia) e sobe. Então, o ar frio da terra se desloca para o mar. É a brisa terrestre.
 
 
Temperatura do Ar 
A temperatura do ar é medida por meio de termômetros. Os boletins meteorológicos costumam indicar as temperaturas máxima e mínima previstas para um determinado período.
O vapor de água presente no ar ajuda a reter calor. Assim verificamos que, em lugares mais secos, há menor retenção de calor na atmosfera e a diferença entre temperatura máxima e mínima é maior. Simplificando, podemos dizer que nesses locais pode fazer muito calor durante o dia, graças ao Sol, mas frio à noite como, por exemplo, nos desertos e na caatinga. 
 
Roupas típicas de habitantes do deserto costumam ser de lã, um ótimo isolante térmico, que protege tanto do frio quanto do calor excessivo. Além disso, as roupas são bem folgadas no corpo, com espaço suficiente para criar o isolamento térmico.
 
Umidade do Ar
A umidade do ar diz respeito à quantidade de vapor de água presente na atmosfera - o que caracteriza se o ar é seco ou úmido - e varia de um dia para o outro. A alta quantidade de vapor de água na atmosfera favorece a ocorrência de chuvas. Já com a umidade do ar baixa, é difícil chover. 
Quando falamos de umidade relativa, comparamos a umidade real, que é verificada por aparelhos como o higrômetro, e o valor teórico, estimado para aquelas condições. A umidade relativa pode variar de 0% (ausência de vapor de água no ar) a 100% (quantidade máxima de vapor de água que o ar pode dissolver, indicando que o ar está saturado).
Em regiões onde a umidade relativa do ar se mantém muito baixa por longos períodos, as chuvas são escassas. Isso caracteriza uma região de clima seco.
A atmosfera com umidade do ar muito alta é um fator que favorece a ocorrência de chuva. Quem mora, por exemplo em Manaus sabe bem disso. Com clima úmido, na capital amazonense o tempo é freqüentemente chuvoso.
Como já vimos, a umidade do ar muito baixa causa clima seco e escassez de chuvas.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), valores de umidade abaixo de 20% oferecem risco à saúde, sendo recomendável a suspensão de atividades físicas, principalmente das 10 às 15horas. A baixa umidade do ar, entre outros efeitos no nosso organismo pode provocar sangramento nasal, em função do ressecamento das mucosas.
No entanto, também é comum as pessoas não se sentirem bem em dias quentes e em lugares com umidade do ar elevada. Isso acontece porque, com o ar saturado de vapor de água, a evaporação do suor do corpo se torna difícil, inibindo a perda de calor. E nosso corpo se refresca quando o suor que eliminamos evapora, retirando calor da pele.
 
Nível pluviométrico/ quantidade de chuva 
	A quantidade de chuva é medida pelo pluviômetro. Nesse aparelho, a chuva é recolhida por um funil no alto de um tambor e medida em um cilindro graduado.
A quantidade de chuva é medida no pluviômetro em milímetros: um milímetro de chuva corresponde a 1 litro de água por metro quadrado. Quando se diz, por exemplo, que ontem o índice pluviométrico, ou da chuva, foi de 5 milímetros na cidade de Porto Alegre, significa que se a água dessa chuva tivesse sido recolhida numa piscina ou em qualquer recipiente fechado, teria se formado uma camada de água com 5 milímetros de altura. 
Os meteorologistas dizem que a chuva é leve quando há precipitação de menos de 0,5mm em uma hora; ela é forte quando excede os 4mm. 
	 
	
 
Pressão atmosférica
A pressão atmosférica está relacionada à umidade do ar. Quanto mais seco estiver o ar, maior será o valor desta pressão.
A diminuição da pressão atmosférica indica aumento da umidade do ar, que, por sua vez, indica a possibilidade de chuva. A pressão atmosférica é medida pelo barômetro. 
 
Estações Meteorológicas 
Nas estações meteorológicas são registradas e analisadas as variações das condições atmosféricas por meio de equipamentos dos quais fazem uso, como termômetros, higrômetros, anemômetros, pluviômetros, etc.
Nessas estações trabalham os meteorologistas, profissionais que estudam, entre outras coisas, as condições atmosféricas. Os meteorologistas contam com as informações captadas por satélites meteorológicos e radiossondas.
Os satélites meteorológicos

Outros materiais