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Avaliação Diagnóstica Estudo do Esqueleto Axial Doenças Relacionadas Caroline C. Argenton Biomédica espec. em Diagnóstico por Imagem Definição • Esqueleto Axial No esqueleto axial (em azul na imagem) do latim axis = eixo estão todos os ossos que ficam próximos ou no próprio eixo central do corpo. O esqueleto axial adulto tem 80 ossos, incluindo o crânio, a coluna vertebral, as costelas e o esterno. Composição do Esqueleto Axial • Crânio • Coluna Vertebral • Esterno • Costelas Principais Patologias • Coluna Cervical - Cervicalgia - Cervicobraquialgia - Hérnia de Disco - Cifose • Coluna Dorsal ou Torácica - Dorsalgia - Hérnia de Disco - Escoliose • Coluna Lombar - Lombalgia - Lombociatalgia - Lordose - Hérnia de Disco Cervicalgia e Cervicobraquialgia • O que é? É uma dor nas vértebras cervicais. Ela pode ser crônica, quando dura várias semanas ou aguda, quando dura alguns dias. A sua forma mais conhecida é chamada de torcicolo. Esta condição pode até parecer simples, mas afasta muitas pessoas de suas atividades rotineiras, como trabalho, academia e horas de lazer. A doença atinge muito mais as mulheres do que os homens. Geralmente, esta condição é o resultado de traumas no pescoço, como movimentos bruscos, má acomodação na hora do sono ou permanecer por muito tempo em uma posição forçada. A região cervical possui conexão direta e indireta com diversas partes do corpo, entre elas estão: a cabeça, ombro, caixa torácica e a região lombar. Cervicalgia e Cervicobraquialgia • Sinais e Sintomas A cervicalgia pode se manifestar na forma de alguns sintomas: • Dor na nuca que pode irradiar para os ombros ou braços; • Rigidez na nuca; • Desconforto nos movimentos da cabeça; • Dores de cabeça; • Tonturas; • Formigamento no pescoço • Quando a dor se situa de um só lado e se espalha para o ombro ou braço, ela é chamada de nevralgia cervicobraquial. • Mudanças na postura; • Alteração da musculatura na área; • Alteração de força, sensibilidade e dormência no braço ligado ao local da cervicalgia. Se ela vem acompanhado por algum outro sintoma neurológico, como modificações na sensibilidade ou força muscular, o problema pode ser mais sério. Infecções na coluna, tumores, fraturas e compressões da medula espinhal são alguns exemplos. Cervicalgia e Cervicobraquialgia • Causas A cervicalgia pode ter diversas causas, entre elas temos: • Lesões musculares ou articulares: esta é a razão mais comum da doença aguda. Ele pode ser causada pela má postura ou algum movimento brusco; • Traumatismo cervical: um choque violento na região. Isto pode acontecer em algumas situações, como um acidente de carro ou em um mergulho mal feito, por exemplo; • Doenças infecciosas: estes são casos mais raros, como disfunção reumática ou tumoral; • Artrose das vértebras cervicais: um dos motivos da cervicalgia crônica; • Hérnia cervical; • Estresse: causa a rigidez muscular; • Mau condicionamento físico; • Má postura; • Obesidade; • Envelhecimento; • Estenose; • Fraqueza abdominal; • DDD (Doença Degenerativa Discal). Hérnia de Disco Cervical • O que é e causas? Quando, por algum tipo de lesão ou esforço, o núcleo pulposo do disco intervertebral migra do seu lugar (no centro do disco para a periferia) em direção ao canal medular ou também nos espaços onde as raízes nervosas saem, levando à compressão dessas raízes, caracteriza-se a hérnia de disco. A hérnia de disco é uma causa de radiculopatia, traduzida como qualquer doença que afete a raiz dos nervos espinhais. Fatores genéticos têm papel muito forte na degeneração dos discos, atuando como principal causa para a formação da hérnia de disco. Mas outros fatores também estão associados a grandes riscos à coluna: • trabalhos físicos pesados e repetitivos, inclusive no esporte; • inclinar e girar o tronco frequentemente; • levantar, empurrar e puxar bruscamente; • envelhecimento (que torna os discos menos elásticos, fazendo com que o envelope que envolve o núcleo se rompa com maior facilidade); • Tabagismo e obesidade Cifose • O que é e causas? Aumento anormal da convexidade posterior da coluna cervical. Possíveis causas: • Genética • Postural • Tuberculose óssea • Tumoral • Osteoporose • Doenças degenerativas • Comum em pacientes idosos Dorsalgia • O que é? A região torácica está localizada entre duas outras regiões da coluna vertebral (cervical e lombar) e compreende 12 vértebras. Qualquer dor nessa região pode ser considerada uma dorsalgia. • Principais causas para a Dorsalgia Normalmente, a dor é proveniente de músculos, articulações, nervos, ossos ou outras estruturas próximas à coluna torácica. Dentre as causas, podemos citar as de natureza traumática: é o caso de distensões musculares, fraturas ou contusões na região dorsal, atividades em posições inadequadas, esforço físico exagerado ou quedas; degenerativas: quando ocorre a degeneração dos corpos vertebrais, discos intervertebrais e facetas-articulares, normalmente, em virtude do envelhecimento natural; tumores: alguns tumores (malignos ou benignos) podem contribuir para o surgimento de dorsalgia. Além da dor, a dorsalgia pode ser acompanhada por outros sintomas, como a dificuldade para respirar, sensação de “pontadas” no tórax e queimação nas costas. Hérnia de Disco Dorsal Escoliose •O que é? A coluna vertebral apresenta um padrão linear quando vista no plano frontal. Normalmente, quando avaliada no plano lateral, é possível observar duas curvas naturais: para trás na área do tórax é chamada cifose, e para frente na área da lombar é denominada lordose. Quando visto de cima para baixo, todas as vértebras devem estar alinhadas umas com as outras. No entanto, a alteração deste alinhamento no plano frontal com curvatura maior do que 10° é chamada Escoliose. Na verdade, a escoliose não é apenas uma curva no plano frontal, mas sim uma rotação das vértebras que acaba culminando em alterações de todos os planos da coluna. Quando vista de cima para baixo, a escoliose apresenta as vértebras envolvidas na curva rodadas em relação umas as outras, o que pode determinar, além de rotação da coluna, deformidades das costelas, tórax, cintura escapular e pelve. A escoliose é uma condição com influencia genética comprovada, que pode aparecer em mais de um membro da mesma família, na mesma ou em diferentes gerações. Tratamento Cirúrgico Lombalgia/Lombociatalgia • O que é? A lombalgia é a dor que ocorre na região lombar inferior. A lombociatalgia é a dor lombar que se irradia para uma ou ambas as nádegas e/ou para as pernas na distribuição do nervo ciático. Pode ser aguda (duração menor que 3 semanas), subaguda ou crônica (duração maior que 3 meses). A lombalgia é um problema extremamente comum, que afeta mais pessoas do que qualquer outra afecção, sendo a segunda causa mais comum de consultas médicas gerais, só perdendo para o resfriado comum. Entre 65% e 80% da população mundial desenvolve dor na coluna em alguma etapa de suas vidas, mas na maioria dos casos há resolução espontânea. Mais de 50% dos pacientes melhora após 1 semana; 90% após 8 semanas; e apenas 5% continuam apresentando os sintomas por mais de 6 meses ou apresentam alguma incapacidade. • Principais causas - Má postura - Trauma - Fratura - Hérnia de disco - Etc Hérnia de Disco Lombar Hérnia de Disco Lombar Lordose/Hiperlordose • O que é ? Lordose é um transtorno devido a curvatura excessiva da coluna para dentro Todos possuímos uma curvatura fisiológica da coluna lombar, a patologia se encontra na acentuação desta curvatura. Caso exista dor, é necessário investigar uma possível espondilolistese. Espondilolistese • O que é ? Espondilolistese é o deslocamento anterior de uma vértebra em relação a vértebra inferior. Espondilolistese Trauma de Coluna Vertebral • Corresponde de 6 a 8% de todas as fraturas. • 80% ocorrem em homens de 20 a 50 anos. • Lesões torácicas altas são raras • Mais comum no nível toraco-lombar e cervical. • Existem 4 tipos de fraturas de coluna vertebral: compressão, explosivas, flexão- distração e fraturas-luxações. “ A movimentação de pacientes com lesões de coluna vertebral feita de maneira incorreta pode ocasionar lesão medular grave” Fratura de Compressão • Este tipo de fratura é muito comum em pacientes com deficiência de massa óssea (osteoporose), ou em pacientes onde a região foi enfraquecida por outras doenças. • Geralmente o paciente não sofreu nenhum trauma grave e este tipo de fratura acomete a coluna anterior (achatamento). Não existe comprometimento da estabilidade do paciente. Fratura de Explosão • Este tipo de fratura geralmente causado por traumatismos significativos (exemplo, acidente automobilístico). Em uma fratura de explosão, a vértebra é fraturada em pelo menos 2 das 3 colunas). Alguns casos ainda pode ocorrer o deslocamento de fragmentos ósseos causando uma compressão medular e raízes nervosas. • Gera maior grau de instabilidade. Fratura de Flexão-Distração • Fratura típica de acidentes automobilísticos, quando o corpo é projetado bruscamente para frente. A coluna é flexionada para frente e em seguida faz um movimento de desaceleração gerando o movimento de flexão/distração. • Este tipo de lesão geralmente lesa ligamentos, além da parte óssea. Normalmente são instáveis. Fratura de Fratura-Luxação • O termo luxação significa que houve um desalinhamento significativo da coluna. São lesões muito instáveis e geralmente as mais graves e traumáticas da coluna vertebral. • Acomete as 3 colunas e estão associadas a lesões neurológicas graves. Tumores de Coluna Vertebral Os tumores da coluna vertebral são doenças que crescem e se desenvolvem dentro ou em torno da coluna, produzindo compressão de tecidos nervosas e destruição óssea. Quando estas lesões surgem, elas podem ser benignas (tecido com crescimento aumentado, formando uma lesão) ou maligna (tecido com crescimento desordenado formando uma lesão maligna com caráter infiltrativo e destruição de tecidos próximos). Estima-se que os tumores originados na própria coluna representem somente 10% de todos os tumores espinais. Entretanto, as metástases (migração de outro câncer) na coluna não são tão raras e são potencialmente graves, visto que a coluna vertebral tem um rico suprimento sanguíneo e as células cancerosas podem se espalhar para esta parte do corpo. Em relação aos sintomas mais importantes, tidos como “sinais de alerta”, estão: dor noturna (que não alivia com a medicação e evolui com piora progressiva não relacionada à atividade física), fadiga, perda de peso, alterações da força muscular, atrofia do membro e dificuldade de andar. Tumores de Coluna Vertebral Quando há suspeita de incidência, o diagnóstico acontece a partir de exames de imagem, como a radiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, que facilitam a identificação precoce. A cintilografia óssea e a biopsia da lesão também podem ser indicadas para ajudar o oncologista a avaliar o estadiamento da doença, o estágio evolutivo do tumor e as indicações de tratamentos, que devem envolver sempre uma equipe multidisciplinar com cirurgião de coluna, oncologista, fisioterapia, enfermagem e psicologia. O tratamento adotado dependerá das condições clínica e neurológica do paciente e do grau de invasão do tumor. Para o tratamento dos tumores da coluna vertebral, é fundamental o conhecimento do tipo da lesão, sua localização, tamanho, estadiamento oncológico e as condições do paciente. Infecções da Coluna Vertebral A forma mais comum de infecção vertebral é a osteomielite vertebral, que se desenvolve a partir de trauma aberto direto da medula espinhal, infecções em áreas adjacentes ou bactérias de outro local do corpo que se disseminam para uma vértebra. Também existem as infecções dos espaços dos discos intervertebrais que desenvolvem entre o espaço e as vértebras adjacentes. As infecções do espaço do disco podem ser divididas em três categorias: hematogênica do adulto (espontânea), hematogênica da infância (discite) e pós-operatória. Já as infecções do canal espinhal incluem abscesso epidural espinhal, que é uma infecção que se desenvolve no espaço ao redor da dura-máter (tecido que envolve a medula espinhal e as raízes nervosas). O abscesso subdural é bem mais raro e afeta o espaço potencial entre a dura-máter e a aracnoide (membrana fina da medula espinhal, entre a dura-máter e a pia-máter). Infecções por dentro do parênquima medular (tecidual) são chamadas de abscessos intramedulares. Por último, as infecções dos tecidos moles adjacentes incluem lesões cervicais ou torácicas e abscessos lombares paravertebrais do músculo psoas. Infecções de tecidos moles geralmente afetam pacientes mais jovens e não são vistas frequentemente em pessoas idosas. Os fatores de risco para o desenvolvimento de infecção na coluna incluem as seguintes condições: • Idade avançada • Uso de drogas endovenosas • Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) • Longo prazo de uso sistêmico de esteroides • Diabetes mellitus • Transplante de órgãos • Desnutrição • Câncer Infecções da Coluna Vertebral Infecções da coluna vertebral podem ser causadas por qualquer infecção bacteriana ou fúngica em outra parte do corpo que foi levada para a coluna através da corrente sanguínea. A fonte mais comum de infecções da coluna vertebral é uma bactéria chamada Staphylococcus aureus, seguida por Escherichia coli. Infecções da coluna vertebral podem ocorrer após procedimento urológico, porque as veias na parte inferior da coluna surgem através da pelve. A região mais comumente afetada da coluna é a lombar. Usuários de drogas endovenosas são mais propensos a infecções que afetam a região cervical. Os sintomas variam dependendo do tipo de infecção na coluna, mas geralmente a dor é localizada inicialmente no local da infecção. Os pacientes pós- operatórios podem inicialmente ter poucos sintomas, mas, eventualmente, desenvolver dores nas costas. Geralmente, jovens e crianças pré-verbais não têm febre nem parecem estar com dor, mas se recusam a flexionar ou dobrar a espinha. Crianças acima de três a nove anos apresentam dor nas costas como o sintoma predominante. Infecção pós-operatória do espaço do disco ocorre, em média, um mês após a cirurgia. A dor geralmente é aliviada pelo repouso e imobilização, mas aumenta com o movimento – se não for tratada, piora progressivamente a ponto de ser refratária, não respondendo aos analgésicos. O maior desafio dessa doença é chegar a um diagnóstico precoce antes que a morbidade grave ocorra. O diagnóstico geralmente leva em média um mês, mas pode demorar até seis meses, o que dificulta o tratamento eficaz. Muitos pacientes não procuram ajuda médica até que os sintomas se tornem graves ou debilitantes.
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