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Amostragem e preparo de amostra Biomedicina_2015.2 Denise Sande 24/08/2015 1 Conceitos • Amostragem: • A obtenção da porção, amostra, que é representativa do todo. • Deve ser uma estimativa exata e precisa do todo; • Obtidos com métodos corretos de amostragem. 24/08/2015 2 Porque não trabalhar com o todo? • Impossível: população infinita ou muito grande: • Ex. areia da praia, população mundial. • Para reduzir custos e número de pessoal; • Para aumentar a velocidade dos resultados; • Minimizar perdas por medidas destrutivas: • Ex. dosagem de proteínas totais do chocolate requer digestão com ácido. 24/08/2015 3 Conceitos • Amostragem são sucessivas etapas operacionais especificadas para assegurar que a amostra seja obtida com a condição de representatividade. 24/08/2015 4 Plano de amostragem (P.A.) • Procedimento predeterminado para seleção, retirada, preservação, transporte e preparação de porções a serem removidas de um lote como amostras representativas • Plano de amostragem variam entre diferentes empresas e orgãos. • Considera os critérios de aprovação aplicados a um lote. 24/08/2015 5 Plano de Amostragem • Categorias microbianos: • 3 CLASSES: • A = apenas deterioram o produto; • B = indicadores da possível presença de patógenos; • C = patógenos-doenças leves e são de difusão restrita. • 2 CLASSES: • A = patógenos-doenças leves, e difusão extensa; • B = patógenos-doenças graves. 24/08/2015 6 Plano de Amostragem • 2 classes (2 cl): • Aceitável ou Inaceitável; • n, c, m; • 3 classes (3 cl ): • Aceitáveis, marginalmente aceitáveis e inaceitáveis; • n, c, m, M 24/08/2015 7 Plano de Amostragem • Onde: • n= número de amostras/análises; • c= número máximo aceitável. Número de amostras que podem exceder o critério m • m=número máximo ou nível de relevância de bactérias por g. valores acima de m podem estar inaceitáveis (2 cl) ou marginalmente aceitáveis (3 cl); • M = separa alimentos de qualidade aceitável e inaceitável 24/08/2015 8 Plano de Amostragem • Exemplo_ 2 classes: • Plano 1 – para pesquisa de Salmonella visando aceitação ou rejeição de lotes de alimentos: n=5; c=0; m= 0 ufc/25g • Caso 1 – em 5 análises – todas são negativas = • Caso 2 - em 5 análises – pelo menos uma têm acima de “m” (0 ufc/25g) = 24/08/2015 9 Plano de Amostragem • Exemplo_ 2 classes: • Plano 2 – para pesquisa de coliformes visando aceitação ou rejeição de lotes de alimentos: n=5; c=2; m= 102ufc/g • Caso 1 – em 5 análises – 1 ou 2 têm até 102ufc/g = • Caso 2 - em 5 análises – acima de 3 têm acima de “m” (102ufc/g) = • Caso 3 - em 5 análises – pelo menos uma têm acima de “m” (102ufc/g) = 24/08/2015 10 Plano de Amostragem • Exemplo_ 3 classes: • Plano 1 – para pesquisa de contagem total em placas, visando classificação da qualidade dos lotes em aceitável, marginalmente aceitável e inaceitável: n=5; c=2; m= 105/g M= 106/g • Caso 1 – em 5 análises – até 2 amostras têm no máximo “m” (105/g) = • Caso 2 - em 5 análises – pelo menos uma têm acima de “M” (106/g) = • Caso 3 - em 5 análises – 1 ou 2 têm valor entre “m” e “M” = 24/08/2015 11 Marginalmente aceitável Critérios para amostragem/ P.A. • Depende da finalidade da inspeção: • Aceitação/ rejeição; • Avaliação da qualidade; • Determinação de uniformidade. • Natureza do lote: • Tamanho; Sublotes; A granel; Embalado. • Natureza do material em teste: • Homogeneidade; • Tamanho unitário; • História prévia e custos. 24/08/2015 12 Critérios para amostragem • Natureza do procedimento do teste: • Significância; • Procedimento destrutivo/ não destrutivo; • Tempo e custo de análises. 24/08/2015 13 Características gerais da amostragem • A amostragem possui grande variância, aumentando o desvio padrão da análise; • Para melhorar a reprodutibilidade da análise, aumentar a precisão, deve-se melhorar a reprodutibilidade dos passos com maior variância AMOSTRAGEM. • A variância da amostragem relaciona-se com o tamanho da amostra: • Qt>a amostra; >a reprodutibilidade< a variância. 24/08/2015 14 Características gerais da amostragem • Entretanto, o tamanho da amostra é limitado por: • Tempo; • Custo; • Método de amostragem; • Logística da manipulação; • Análise; • Processamento de dados. 24/08/2015 15 Etapas de amostragem 24/08/2015 16 Lote recipientes Amostra Bruta (AB) Amostra de laboratório Amostra de laboratório p/ análise Etapas de amostragem • Coleta da amostra bruta: • Coleta no lote ou nos lotes do material. • Preparação da amostra de laboratório: • Redução da amostra bruta a um tamanho adequado ao trabalho do laboratório. • Preparação da amostra para análise: • Homogeneização, tomada de alíquotas e tratamento. 24/08/2015 17 Coleta da amostra bruta Réplica reduzida do universo considerado • Para amostras fluidas (homogêneas): • Coleta do alto, meio e fundo, após homogeneização. Agitar/ homogenizar 24/08/2015 18 Amostra Bruta Coleta da amostra bruta • Para amostras sólidas (heterogêneas): • ≠ textura entre ingredientes/componentes; • ≠ densidade • ≠ Tamanho de partículas • Amostrados de vários pontos, devem ser moídos e misturados. 24/08/2015 19 Quanto amostrar? • Quantidade suficiente para a realização de todas as determinações desejadas, após homogeneização e redução. • Depende de: • Precisão requerida no trabalho, • Tempo disponível; • Custo da amostragem. 24/08/2015 20 tamanho da amostra bruta •A granel, caixa, lata ou outro recipiente: • Embalagens únicas ou pequenos lotes = todo o material deve ser tomado como amostra bruta. • Embalagens maiores (ex. saca de farinha): • 10 a 20% no nº de embalagens ou 5 a10% do peso total do alimento. • Lotes muito grandes: • N = c. √ n onde: 24/08/2015 21 N= nº de unidades a serem coletadas; C= fator de homogeneidade (c<1 homo/ c>1 heterogêneo) n=população total Coleta da amostra bruta - fiscal • Amostras para análises fiscais são coletadas em triplicata por FISCAIS; • Uma réplica fica em posse do detentor do produto para eventual contraprova.(CONTRAPROVA) • Duas vão para o laboratório para análise e perícia.(PROVA E TESTEMUNHA) 24/08/2015 22 Legislação para coleta da amostra bruta • Recomendada pelo Codex alimentarius: • ISO 2859 • ISO 3951 • Brasileiras: • NBR 5426: 1985 • NBR 5427: 1985 24/08/2015 23 Amostra de laboratório • Redução da amostra bruta: • Alimentos secos : homogeneizar e retirar porção: • Processo manual (quarteamento) ou automatizado. • Alimentos líquidos: homogeneizados por agitação, inversão ou trocas repetidas de recipientes. Porções retirados do alto, meio e fundo. • Alimentos líquidos com gás são agitados para a retirada do mesmo 24/08/2015 24 Amostra de laboratório • Alimentos semi-sólidos (chocolate e queijos duros): • Ralados, misturados ou quarteados. • Alimentos úmidos (carne e vegetais): • Picados ou moídos e misturados ou quarteados. • Alimentos pastosos (pudim, molhos) ou líquidos contendo sólidos (compotas, enlatados):• são picados em liquidificador. (cuidado com separação de fases – molhos). 24/08/2015 25 Amostra de laboratório •Alimentos como emulsão (Manteiga e margarina): • Aquecidos à 35 C para posterior homogeneização. •Frutas: • Grandes: cortadas longitudinal e transversalmente (4 partes iguais – para “quarteamento”), em seguida as partes são homogeneizadas em liquidificador. • Pequenas: são homogeneizadas inteiras em liquidificador. 24/08/2015 26 Amostra para análise •Desintegração: • Mecânica: moinhos (alimentos secos); processadores/liquidificadores (alimentos úmidos). • Química: dispersão e solubilização de componentes do alimento. • Enzimática: celulases (vegetais); proteases (solubilizar proteínas em alimentos). 24/08/2015 27 Amostra para análise •Preservação: • Inativação enzimática – secagem, refrigeração / congelamento. • Controle do ataque microbiológico: congelamento, secagem, uso de conservantes químicos. • Controle contra oxidação lipídicas: adição de agentes antioxidantes, estocagem em baixa temperatura. 24/08/2015 28 Problemas em amostragem • Obtenção de alíquotas representativas; • Perda de material; • Remoção de contaminantes da amostra sem remoção dos constituintes da amostra; • Modificações enzimáticas (antes e durante a amostragem); • Mudança na composição durante a moagem (componentes instáveis) • Contaminação. 24/08/2015 29 Cuidados gerais • Acondicionamento imediato e adequado; • Lacres para evitar alterações deliberadas; • Rotulagem com identificação clara. • Transporte, armazenamento e manuseio em condições que evitem a adulteração. 24/08/2015 30 Cuidados gerais •Uso do correto recipiente de amostragem: • Análise de metais – não pode ser de vidro; • Análise de pesticidas – não são usados frascos de plástico; • Alimentos higroscópicos, frituras, óleos – recipiente de vidro. • Frascos opacos – amostras sensíveis à luz; • Frascos hermeticamente fechados – amostras sensíveis à o2. 24/08/2015 31 Obrigada! 24/08/2015 32
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