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1 TEMA
	A importância da Lei 10.639/03 para o ensino da disciplina de História se dá pelo fato que inclui a cultura africana e afro-brasileira como conteúdo nos livros didáticos não como escravos, mas como parte integrante da construção histórica, comprovando que a história do Brasil foi e é constituída por meio da influencia da história e da cultura africana e afro-brasileira. 
2 JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO
	O tema proposto leva em consideração as mudanças que a Lei 10.639/03 traz para o ensino de história na educação brasileira, considerando-se uma mudança significativa para o ensino de História na educação brasileira, mostrando novos conceitos de cidadania, direitos a igualdade social, cultural, religiosa, educativa, entre outras, na sociedade brasileira, principalmente negros e indígenas, marcada pelo preconceito e exclusão de parcela da população dos direitos regrados na Constituição Federal de 1988 e, que perduraram por muitos séculos.
	Sabe-se que a cultura afro-brasileira instituiu-se no país desde o Período Colonial quando começou o tráfico de negros da África que serviram de escravo para as atividades braçais prestadas aos burgueses e ao proletariado, escravidão estendida também aos índios e menos favorecidos, que além disso, ainda viveram a catequização realizada pelos jesuítas, que também era uma forma de escravização, pois os faziam reféns religiosos, uma vez que não podiam exercer sua religião, seus rituais e costumes naturais. 
	A laicidade do ensino e o rompimento do Estado com a Igreja Católica aconteceu somente na República, em que ocorreu a expulsão dos jesuítas e livre opção pelo ensino religioso, que até então era obrigatória, mais tarde aconteceu a libertação dos escravos e dos indígenas, porém, não refletia em liberdade total, pois não tinham para onde ir, dessa forma, continuavam na dependência dos senhores para sobreviver, disso é que começa a luta dos negros e índios por condições de sobrevivência de forma livre, passaram a viver em pequenas aldeias e comunidades, como os quilombolas, vivendo livres, mas com dificuldades e em situação de extrema pobreza.
	No final do século XX e início do século XXI é que as organizações não governamentais e outras instituições lutaram pela igualdade de direitos, passando a olhar para a sociedade constituída de negros e índios de maneira diferente, ou seja, compreendendo que estes fizeram e fazem parte da constituição da sociedade brasileira.
	O sofrimento com a exclusão, preconceito e racismo pelo negros continuou, uma vez que a própria história do Brasil apontava-os como escravos e não como cidadãos, fato que mudou quando, em 2003, instituiu-se a história da cultura afro-brasileira como parte da constituição histórica do Brasil com a Lei 10.639/03 que foi aprovada com o objetivo de tornar obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana no currículo oficial da educação básica nas escolas públicas e particulares do país.
	Mais tarde, a constituição dos direitos aos Afro-brasileiros instituiu as cotas para que estes pudessem continuar os estudos em universidades, assim como para participarem dos concursos públicos, e com isso passaram a ocupar seu lugar na sociedade com profissionalização, tornando-os cidadãos brasileiros. 
	Salienta-se que a Lei e a escola por si só não transforma o país em democrático e inclusivo, pois depende também da sociedade como um todo, das ações públicas, entre outros, de forma coletiva para que se possa eliminar qualquer tipo de preconceito e se propicie igualdade de condições a todo o povo brasileiro.
	A sociedade brasileira passou com a imposição da hegemonia dos europeus sobre as culturas indígenas e africanas a formar a cultura brasileira, analisando-se a história do Brasil, percebe-se que a exploração dos negros e índios pelos portugueses foram exaustivas, abrangendo uma parcela significativa, de acordo com Albuquerque et al. (2006, p. 30) “Os números não são precisos, mas estima-se que entre o século XVI e meados do século XIX mais de 11 milhões de homens, mulheres e crianças africanos foram transportados para as Américas”, para serem escravizados.
	De acordo com Ribeiro (1995) a sociedade brasileira é caracterizada como uma etnia nacional sincrética e mista, e a origem está diretamente relacionada a mistura da cultura dos povos africanos, europeus e indígenas, predominando o modelo de sociedade e tradição ocidental européia, junto aos elementos culturais dos negros africanos e índios, que é, segundo Abib (2005, p. 47) “campo de significação e terreno de luta, nos quais os processos de identificação se dão de acordo com as necessidades históricas dos sujeitos que compõem os grupos protagonistas desses processos”.
	As lutas históricas da população afro-brasileira em que reivindicam direito a cidadania, organizando-se para utilizar os espaços, para serem reconhecidos e valorizados como integrantes da constituição histórica do país, e serem reconhecidos em seu papel social, cultural, etc. como também, do trabalho e da educação.
	Segundo consta em pesquisas e estudos, como aponta o Caderno Temático “Educando para as Relações Étnico-raciais II, é de longa data,
[...] a tradição de luta das populações de origem africana em nosso país. A historiografia contemporânea tem investigado múltiplas experiências de organização, seja buscando o enfrentamento das condições adversas de vida até a defesa da livre expressão das manifestações culturais herdadas ou compartilhadas (PARANÁ, 2008, p. 14).
	Sabe-se que o papel dos escravizados pelos colonizadores, além da força física para os trabalhos, significa também, a diversificação da cultura e da população brasileira, pois os africanos trazidos ao país tinham como função trabalhar nas plantações e construções das cidades, segundo Albuquerque e Fraga Filho (2006, p. 43): 
[...] mas eles e seus descendentes fizeram muito mais do que plantar, explorar as minas e produzir riquezas materiais. Os africanos para aqui trazidos como escravos tiveram um papel civilizador, foram elementos ativos, criadores, visto que transmitiram à sociedade, em formação, elementos valiosos da sua cultura. 
Ainda, segundo os autores, muito se aprendeu com os escravos africanos, e afirmam que, 
[...] Muitas das praticas da criação de gado eram de origem africana. A mineração do ferro no Brasil foi aprendida dos africanos. Com eles a língua portuguesa não apenas incorporou novas palavras, como ganhou maior espontaneidade e leveza. Enfim, podemos afirmar que o tráfico fora feito para escravizar os africanos, mas terminou também africanizando o Brasil. (ALBUQUERQUE; FRAGA FILHO, 2006, p. 43)
	
	É importante ressaltar que o trabalho dos escravos predominantemente ignorada na formação da sociedade brasileira, assim como a forma como é estudada a nossa formação histórica quanto à descrição da complexidade dos trabalhos realizados pelos africanos nas produções agrícolas, mineração, e demais atividades urbana, assim como na construção religiosa, civil e militar, segundo Cunha Jr. (2007, p. 3) a mão de obra africana destaca-se em todos os campos da produção, pois
[...] O conhecimento africano foi fundamental e indispensável para as diversas áreas da formação histórica brasileira. Nos campos da produção têxtil, da produção artística das igrejas, da construção civil e das minas, como na medicina e farmacologia foram terrenos de grande expressão do conhecimento africano. Para a sociedade brasileira, devido à superficialidade e deficiência do ensino de história, ficamos com a sensação que os escravizados africanos não pensavam, não possuíam amplo leque de especializações e não criavam novidades ou trouxeram contribuições importantes para a vida agrária e urbana brasileira (CUNHA JR., 2007, p. 3).
	
	É disso que se afirma que os povos negros criaram tradições, histórias e memórias, que segundo Abib (2005) são revividas através da oralidade, rituais e tradições, música, dança, crenças religiosas, ritos,e tudo que envolve o povo africano são elementos de transmissão da sabedoria popular reconstruindo o passado que permanece e contribui na formação da identidade coletiva do povo brasileiro.
	Considerando-se que os elementos culturais dos povos negros são recriados e reinventados como uma forma de construir a cultura e a sociedade, foram por muito tempo, negligenciados e inferiorizados pela ideologia dominante dos europeus. 
	Nesse sentido, faz-se necessário eliminar toda e qualquer atitude racista, discriminatória e preconceituosa, segundo Gomes (2003) isso é possível com a adoção de práticas que transformam o conhecimento da cultura negra como parte do cotidiano e elemento da construção da nação brasileira.
	Quanto à luta contra o racismo e a desvalorização, conta com diferentes tipos de organizações políticas e culturais em vários setores da população negra brasileira, atuantes desde o final do século XIX, que segundo Chaves et al.(2013, p. 3):
A questão do negro na sociedade não só brasileira, mas mundial é delicadamente tratada e fortemente lutada. E essa luta não só foi durante os 350 anos de escravidão, ela permanece até hoje ainda que mascarada por demagogias puramente racistas e preconceituosas.
O mesmo para as questões da educação, que para os movimentos negros é prioritária em meados do século XX, precisamente em 2003 quando foi sancionada a Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da História e Cultura Africana e Afro-brasileira nas escolas públicas e privadas do País. Entretanto, tal lei foi recentemente alterada para a Lei 11.645/2008 que agrega a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana em todo o ensino brasileiro, o estudo da História e Cultura Indígena:
[...] Também fora sancionada a Lei 3627/2008 de cotas, que reserva um número de vagas para negros e índios nas universidades públicas federais brasileiras. Essas conquistas representam um avanço para os Afros brasileiros, porque reconhece o negro como construtor do País e reafirma a sua condição de cidadão brasileiro, que merece o acesso a uma educação pública e de qualidade (OLIVEIRA ET AL, 2012, p. 4).
A Lei 10.639/03 foi sancionada em 09 de janeiro de 2003 alterando a Lei 9.392 de 20 de dezembro de 1996, que estabelecia que as Diretrizes e Bases da Educação Nacional são obrigados a incluir no currículo oficial das redes de ensino o tema “História e Cultura Afro Brasileira”, implementando o estabelecido anteriormente pela LDB de 1996, no Art. 1º da Lei n.º 9.394/96, que passa a vigorar acrescida dos artigos 26-A, e 79-B, como segue:
Art. 26-A. Nos estabelecimento de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro Brasileira.
§ 1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e políticas pertinentes à História do Brasil.
§ 2º Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e Historias Brasileiras. 
Art. 79-B O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’. 
	
Com a Lei 10.639/03, o Conselho Nacional de Educação, pela ordem CNE/CP 003/2004, aprovada em 10/03/2004, objetivando atender os propósitos do CNE/CP 06/2002 em regulamentar as alterações à LDB 9394/96 pela Lei 10.639/03 que estabelece as Diretrizes curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
	De acordo com Paraná (2005) a importância em destacar que não se trata apenas em mudar um foco etnocêntrico marcada pela raiz européia por um africano, mas sim, em ampliar o foco dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e econômica do país, sendo de competência das escolas a “inclusão no contexto dos estudos e atividades, proporcionar diariamente, também as contribuições histórico-culturais dos povos indígenas e dos descendentes asiáticos, além das de raiz africana e européia” (PARANÁ, 2005, p. 13). 
O Art. 26 A exige a inclusão destes temas e que a escola repense as formas como essas relações são estudadas, em que o parecer oferece uma resposta, entre outras, na área da educação para a demanda da população afro-descendente, com políticas de ações afirmativas, ou seja, de políticas de reparações que reconheçam e valorizem a história, cultura e identidade “Trata, ele, de política curricular, fundada em dimensões históricas, sociais, antropológicas oriundas da realidade brasileira, e busca combater o racismo e as discriminações que atingem particularmente os negros” (BRASIL, 2004, p. 06).
	A cultura indígena também recebeu respaldo legal, com a ampliação da Lei 10.639/03, em 10 de marco de 2008, e com a aprovação da Lei 11.645/08 que acrescenta o ensino da cultura indígena no currículo escolar obrigatório, também como forma de resgatar a omissão histórica em relação à contribuição cultural destes ao território brasileiro.
	A Lei 10.639/03 é um instrumento importante para que aconteça o enfrentamento das questões das relações sociais no Brasil, assim
[...] a todo e qualquer grupo social com histórico de exclusão e qualquer tipo de discriminação diante de grupos sociais hegemônicos. Populações negras e indígenas, mulheres, homossexuais, deficientes físicos, idosos, jovens das periferias urbanas, trabalhadores do campo, dentre outros grupos em situação de vulnerabilidade social, podem ser alvo de tais políticas. A curto e médio prazos essas políticas visam diminuir as desigualdades sociais entre esses grupos sociais e os grupos dominantes: em longo prazo, o que se pretende é estabelecer uma substantiva justiça e equidade social, ou seja, a construção de uma solida democracia (SILVA ET AL. 2010, p. 79).
	
Para que a construção histórica aconteça como propõe a Lei 10.639/03, precisa-se de políticas públicas e a adesão de toda a população. Haja vista que a forma como os conteúdos dos livros didáticos abordavam sobre o negro e a África impediam a valorização da identidade e contribuíram para a propagação da desigualdade social, racismo e exclusão que permeiam a sociedade brasileira. 
	Segundo Chaves et al. (2013) a importância da Lei 10.639/03, está em reparar, resgatar e ensinar às crianças desde os primeiros anos de escolaridade a visão do povo negro e de sua participação a formação da sociedade brasileira, visando reverter a injustiça histórica estabelecida na escola e a perda do respeito às tradições, expressões culturais, sociais e aos costumes destes povos que auxiliaram na construção da identidade brasileira. 
Disso, Gomes (2009, p.40) expõe a importância de entender que “com avanços e limites a Lei 10.639/03 e suas diretrizes curriculares possibilitaram uma inflexão na educação brasileira. [...] São políticas de ação afirmativa voltada para a valorização da identidade, da memória e da cultura negra”.
	A instituição da Lei 10.639/03 e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, e indígena mostram-se como um caminho institucionalizado que busca reparar a exclusão destes povos da importância que exerceram e continuam a exercer à população brasileira.
	Diante do exposto, faz-se necessário destacar que negros, índios e brancos construíram a história do Brasil e, portanto, devem ser respeitados, valorizados e reconhecidos como cidadãos brasileiros e, considerando que a educação é a base para a transformação da sociedade, assim como para consolidar práticas educacionais de eliminação de qualquer atitude racista e/ou preconceituosa existente.
3 – SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETOSE DESTINA
	1º ano do Ensino Médio.
4 – OBJETIVOS
	- Apresentar a importância da Lei 10.639/03 para a cultura afro-brasileira na educação;
	- Relatar a inclusão nos currículos oficiais escolares o ensino da cultura afro-brasileira e africana;
	Realizar uma breve contextualização histórica da luta dos negros após a libertação.
	- Destacar a importância da inclusão da História da Cultura Africana e Afro-brasileira, assim como indígena nos livros didáticos da disciplina de História e no currículo nacional. 
5 – PROBLEMATIZAÇÃO
	Sabe-se que a educação é o melhor meio de melhorar a sociedade, e de construir cidadãos conscientes dos direitos e deveres, bem como a propagação do respeito à diversidade. E considerando-se a importância da referida lei para a cultura afro-brasileira na educação para que se possa compreender que todo e qualquer cidadão brasileiro, indiferente de raça, cor ou gênero faz parte da constituição histórica, com seus valores, usos e costumes, disso é que o país é diverso nesses aspectos, e que a maior parte dessa diversidade está nas raízes históricas, ou seja, na cultura afro-brasileira instituída desde o período colonial com a escravização dos negros e índios.
Pode-se perceber o quanto é importante a Lei 10.639/03 para a sociedade brasileira, no sentido de que possa acolher com respeito aqueles que fazem parte da história do país, assim como os negros, também os índios e os brancos de diversas etnias é que compõem o Brasil.
	O trabalho pela dignidade humana e pela erradicação total do preconceito e racismo não é tarefa fácil, uma vez que está enraizada em muitas culturas, mas o fato de que a educação passa a conter no currículo oficial o estudo da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na educação básica já sinaliza para uma sociedade justa, cidadã e consciente da importância do respeito à diversidade cultural existente, pois todo e qualquer tipo de preconceito deve ser erradicado, seja étnico-racial, de gênero, de cor ou outra forma.
	Dada a importância da Lei 10.639/03 para o ensino da disciplina de História por incluir a cultura africana e afro-brasileira como conteúdo nos livros didáticos não como escravos, mas como parte integrante da construção histórica, comprovando que a história do Brasil foi e é constituída por meio da influencia da história e da cultura africana e afro-brasileira. 
6 – CONTEÚDOS CURRICULARES
	- A Lei 10.639/03 para a Cultura Afro-brasileira na educação;
	- Aspectos históricos da cultura e educação dos negros e a luta pela igualdade.
	
7 – O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO
	Leitura do texto “África, berço da humanidade”;
	Debate sobre: - O conhecimento sobre o passado pode ajudar a transformar a realidade em que vivemos? Por quê?
	Pesquisar as etnias dos alunos da sala.
	Tabular em gráficos as etnias, englobando dados sobre educação, cultura, política, religião, sociedade, etc.
	Sites para a pesquisa: http:www.portalafro.com.br
				 http:www.mundonegro.com.br
				 http:www.casadaculturadamulhernegra.org.br
				 http:www.geledes.org.br
			 	 http:www.nen.org.br
				 http:www.app.com.br
				 http:www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
	Vídeo: “Vista a minha pele”.
	
	As aulas expositivas com leitura e debate. Após a leitura, os alunos em círculo na sala iniciam o debate com as questões propostas.
	Após realizado o debate e as conclusões anotadas, levar os alunos ao laboratório de informática pesquisar sobre etnias, e anotar as origens de cada um, ou seja, a etnia de cada aluno, como se fosse a árvore genealógica, considerando-se apenas uma ou duas etnia por aluno, caso haja.
	Com os dados fazer em sala de aula, no quadro um levantamento das etnias existentes na sala, e com tais dados dividir em grupos para que cada grupo pesquise uma etnia, confeccionando cartazes com dados sobre educação, cultura, política, religião, sociedade, etc. Dividir os grupos conforme o número de etnias e de alunos na sala.
	Finalizar o estudo com o vídeo proposto e comentários sobre o mesmo e o que aprenderam com a temática estudada.
	 
8 – TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO
	Atividade
	Duração
	Leitura e interpretação
	1h/a
	Debate
	15min.
	Pesquisa e tabulação dos dados
	1h/a
	Pesquisa e Leitura da Lei 10.639/03 (principais apontamentos) 
	20min.
	Vídeo
	15min.
	Discussão sobre o filme e a realidade dos negros e a Lei 10.639/03
	20min
9 – RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
Laboratório de Informática; papel; tinta; impressão.
10 – AVALIAÇÃO
	Contínua, diagnóstica e processual verificando os aspectos leitura, interpretação, participação, pesquisa, estudos, desenvolvimento das atividades, cooperação, enfim, todo o processo ensino-aprendizagem. 
Será avaliado: se foram capazes de se identificar como sujeitos que viveram no passado e cujas opiniões, atitudes, culturas e perspectivas temporais são diferentes das suas; Demonstram respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica, por meio do conhecimento dos processos históricos e, se compreendem a História como experiência social de sujeitos que constroem e participam do processo histórico. 
11 – REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ABIB, Pedro Rodolpho Jungers. Capoeira Angola: cultura popular e o jogo dos saberes na roda. Campinas, SP. UNICAMP/CMU; Salvador: EDUFBA, 2005. 244 p.
ALBUQUERQUE, W. R. de; FRAGA FILHO, W. Uma história do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais; Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006. 320p.
BRASIL, Lei n.º 10.639 de 9 de janeiro de 2003. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicos Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. MEC/SECAD, 2005.
CHAVES, Amanda; SHAUN, Angela. A cultura afro-brasileira em foco: 10 anos da aprovação da Lei 10.639/03 e o papel da mídia – um olhar sobre o Jornal Folha de São Paulo – Janeiro de 2003 e 2013. In: 9º Encontro Nacional de História da Mídia. UFOP – Ouro Preto – Minas Gerais. 30 de maio a 1º de janeiro de 2013. São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie. 2013. Apostila Mimeo.
GOMES, Nilma Lino. Cultura negra e educação. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141324782003000200006&lng=pt&nrm=iso>. 2003. Acesso em 01/04/2014.
OLIVEIRA, Lorena Silva; MILITÃO, Maria Socorro Ramos. A Lei 10.639/2003 e a formação política em sentido Gramsciano. In: FILHO, Guimes Rodrigues; OLIVEIRA, Cristiane Coppe de; NASCIMENTO, João Gabriel do. (Organizadores). Formação inicial, história e cultura africana e afro-brasileira: desafios e perspectivas na implementação da Lei federal 10.639/2003. 1 ed. Uberlândia, MG: Editora Gráfica Lops, 2012. Disponível em: http://www.neab.ufu.br/sites/neab.ufu.br/files/Livro_Especializa%C3%A7%C3%A3o_NEAB_0.pdf. Acesso em 01/04/2014.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneo. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Curitiba: SEED-PR, 2008.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 1995.
SILVA, G. O uso da literatura de base africana e afro descendente junto a crianças das escolas públicas de fortaleza: construindo novos caminhos para repensar o ser negro. Universidade Federal do Ceará, 2009. In: 9º Encontro Nacional de História da Mídia. UFOP – Ouro Preto – Minas Gerais. 30 de maio a 1º de janeiro de 2013. São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie. 2013. Apostila Mimeo.

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