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Apostila CRC ITG 1.000

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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E NOTAS EXPLICATIVAS 
DE ACORDO COM ITG 1.000.
Fonte: Cenofisco- Centro de Orientação Fiscal
OBJETIVO
Capacitar os participantes sobre as alterações promovidas pelas NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC TG-1000 especialmente as Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas em conformidade com a RESOLUÇÃO CFC N.º 1.418/12 e a ITG 1000 - MODELO CONTÁBIL PARA MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE, quanto ao uso teórico e pratico. 
2 - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 						PAG.
CONCEITOS
Microempresa e Empresa de Pequeno Porte					02
ESTRUTURAS DAS DEMONSTRACOES CONTÁBEIS
1. Apresentação das demonstrações contábeis. 				06
2. Balanço Patrimonial 								07
3. Demonstração do resultado do exercício 					08
ATIVOS
1. Instrumentos financeiros 							10
2. Estoques									20
3. Propriedade de investimentos						24
5. Ativo imobilizado								27
7. Arrendamento mercantil – leasing						32
8. Ativos Intangíveis 								40
10. Combinações de negócios e ágio 					44
PASSSIVOS E PATRIMONIO LIQUIDO 
1. Passivo e patrimônio líquido						49
2. Provisões e contingências							54
4. Benefícios a empregados
5. Atividades Especializadas							57
5. Subvenções governamentais						72				
MEDIDA PROVISÓRIA nº 627, de 11 de novembro de 2013
3-CARGA HORÁRIA
O conteúdo será ministrado com uma carga horário de 8 (oito) horas
4- MATERIAL DE APOIO
Será fornecido aos participantes material on line 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E NOTAS EXPLICATIVAS 
DE ACORDO COM ITG 1.000.
1. Considerações Iniciais
O Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Resolução CFC nº 1.255, de 10/12/2009, publicada no Diário Oficial da União de 17/12/2009, aprovou a NBC T 19.41, que tratava da Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas. A Resolução CFC nº 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Norma de NBC T 19.41 para NBC TG 1.000 em relação aos exercícios sociais iniciados a partir de 01/01/2010.
As disposições constantes na NBC TG 1.000 aplicam-se às pequenas e médias empresas. A RESOLUÇÃO CFC N.º 1.418/12. que aprova a ITG 1000 – Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte.
2- Descrição de Microempresa e Pequenas Empresas
A ITG 1000, interpreta e estabelece critérios e procedimentos simplificados a serem observados pelas entidades definidas e abrangidas pela NBC TG 1000 - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, que optarem pela adoção desta Interpretação.
	Para fins desta Interpretação, entende-se como “Microempresa e Empresa de Pequeno Porte” a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada ou o empresário a que se refere o Art. 966 da Lei n.º 10.406/02, que tenha auferido, no ano calendário anterior, receita bruta anual até os limites previstos nos incisos I e II do Art. 3º da Lei Complementar n.º 123/06.
2.1 Microempresa e Empresa de Pequeno Porte
Microempresa, ou ME, é a pessoa jurídica que obtenha um faturamento bruto anual igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais). Esse conceito é exposto pela Lei complementar nº 123/06., que define os critérios para o enquadramento das empresas no SIMPLES.
Da mesma maneira, empresa de pequeno porte, ou EPP, é a pessoa jurídica que obtém o faturamento bruto anual superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) (Lei Complementar 123 de 2006).
Dessa maneira, se a empresa ME conseguir faturar mais de 360.000,00 de receita bruta passa automaticamente para a classificação de EPP. Do mesmo modo, se a empresa EPP não faturar o total bruto anual superior a R$ 360.000,00 passa a condição de ME automaticamente.
Por outro lado, o Empreendedor Individual é aquele empresário que obtém faturamento bruto anual de até R$ 60.000,00 e que não possua sócios, podendo ter até um funcionário fixo registrado em carteira e que receba como remuneração o salário mínimo. 
As pequenas e médias empresas são empresas que:
a) não se sujeitam à obrigatoriedade pública de prestar contas; e
b) elaboram suas demonstrações contábeis com fins gerais para usuários externos, tais como: proprietários não envolvidos na administração do negócio, credores existentes e potenciais e agências de avaliação de crédito.
A obrigatoriedade pública de prestação de contas aplica-se à empresa quando:
a) seus instrumentos de dívida ou patrimoniais são negociados em mercado de ações ou estão em processo de emissão de tais instrumentos para negociação em mercado aberto (em bolsa de valores nacional ou estrangeira) ou em mercado de balcão, incluindo mercados locais ou regionais); ou
b) possui ativos em condição fiduciária perante um grupo amplo de terceiros como um de seus principais negócios, tais como: bancos, cooperativas de crédito, companhias de seguro, corretoras de seguro, fundos mútuos e bancos de investimento.
Para os fins da NBC TG 1.000, as pequenas e médias empresas estabelecidas em território nacional assim serão consideradas, ainda que constituídas sob a forma de sociedade anônima de capital fechado e sujeitas à publicação obrigatória de suas demonstrações contábeis, salvo quando classificadas como de grande porte nos termos da Lei nº 11.638/07.
A assertiva supramencionada também se aplica às sociedades limitadas e comerciais não enquadradas como de grande porte conforme definição trazida pelo parágrafo único do art. 3º da Lei nº 11.638/07, transcrito a seguir:
“Art. 3º - Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por ações, as disposições da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários.
Parágrafo único - Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais)”.
Algumas empresas detêm ativos em condição fiduciária decorrente da solicitação de gerenciamento de recursos financeiros de propriedade de clientes, consumidores ou membros não envolvidos em suas administrações.
Todavia, a obrigatoriedade de prestação pública de contas não se aplicará às empresas que gerenciam os recursos financeiros de terceiros por razões que não estejam relacionadas ao cumprimento da obrigação principal. Para essa situação, podemos considerar como exemplo o recebimento antecipado por vendedores para entrega futura dos produtos alienados.
As entidades obrigadas à prestação pública de suas contas não poderão descrever suas demonstrações contábeis como se estivessem em conformidade com a NBC TG 1.000, ainda que outra normativa permita ou determine que essa seja usada por empresas obrigadas à referida prestação de contas.
No caso de empresas controladas não obrigadas à prestação pública de suas contas, a adoção das disposições constantes na NBC TG 1.000 não é vedada à empresa controladora ou ao grupo econômico que utiliza as normas do CFC de forma integral quanto à elaboração de suas próprias demonstrações contábeis, que se descritas em conformidade com a NBC TG 1.000, deverão atender às demais disposições dessa norma.
2.2. Alcance dos conceitos e princípios gerais aplicáveis às pequenas e médias empresas
A seguir, abordaremos os objetivos das demonstrações contábeis, a utilidade conferida pela qualidade de suas informações e os conceitos e princípios básicos norteadores das demonstrações contábeis elaboradas pelas pequenas e médias empresas.
2.3. Objetivo das demonstrações contábeis de pequenas e médias empresas
A finalidade das demonstrações contábeis de pequenas e médias empresas é a de prestar informação sobre o balançopatrimonial, o resultado, resultado abrangente e os fluxos de caixa da entidade necessários a tomada de decisões por usuários que não podem exigir relatórios feitos para que suas necessidades particulares de informação sejam atendidas.
As demonstrações contábeis também apresentam os resultados decorrentes dos recursos confiados à diligência da administração.
2.4. Características qualitativas de informação em demonstrações contábeis
A seguir, abordaremos as características qualitativas de informação em demonstrações contábeis.
2.4.1. Compreensibilidade
As informações nas demonstradas contábeis, quando apresentadas compreensivelmente, permitem aos usuários que detém um conhecimento razoável de negócios, de atividades econômicas e de contabilidade estudá-las com razoável diligência. Todavia, a necessidade por compreensibilidade não permite que informações relevantes sejam omitidas com a justificativa que possam ser de difícil entendimento para alguns usuários.
2.4.2.Relevância
A relevância das informações fornecidas nas demonstrações contábeis está relacionada à necessidade de decisão dos seus usuários. Considera-se relevante a informação quando essa for capaz de influenciar as decisões econômicas dos usuários, auxiliando-os na avaliação de eventos passados, presentes ou futuros, ou na confirmação ou correção de avaliações passadas.
2.4.3. Materialidade
A informação é material, ocasião em que também será relevante, quando a sua omissão ou erro influenciar nas decisões econômicas dos usuários. A materialidade depende do tamanho do item ou imprecisão julgada nas circunstâncias de sua omissão ou erro. Dessa forma, considera-se inapropriada a conduta de fazer ou deixar de se corrigir desvios irrelevantes nas práticas contábeis a fim de se atingir determinada apresentação do balanço patrimonial, do resultado e resultado abrangente ou dos fluxos de caixa.
2.4.4. Confiabilidade
A confiabilidade da informação prestada nas demonstrações contábeis será assim considerada quando não apresentar desvio substancial e viés, ocasião em que representará de maneira adequada o que se pretende apresentar ou que seria razoável que fosse apresentado. As demonstrações contábeis não são neutras quando a seleção de algumas informações destina-se a influenciar uma decisão ou um julgamento a fim de que seja alcançado um resultado determinado.
2.4.5. Primazia da essência sobre a forma
A contabilização e apresentação de transações e eventos com base em sua essência, e não exclusivamente de acordo com exigência disposta em ato normativo, aumenta a confiabilidade das demonstrações contábeis.
2.4.6. Prudência
Entende-se por prudência a inclusão de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas exigidas, de modo que ativos ou receitas não sejam superestimados e que passivos ou despesas não sejam subestimados. O exercício da prudência na elaboração das demonstrações contábeis decorre das incertezas a que estão sujeitos muitos eventos e que afetam a divulgação de suas naturezas. O exercício da prudência não admite viés, o que afasta que ativos ou receitas, passivos ou despesas, respectivamente, sejam deliberadamente subvalorizados ou superavaliados.
2.4.7. Integralidade
A confiança nas informações está condicionada à integralidade, dentro dos limites de materialidade e custo, com que são apresentadas nas demonstrações contábeis.
Uma omissão pode tornar a informação falsa ou torná-la enganosa e, portanto, não confiável e deficiente em termos de sua relevância.
2.4.8. Comparabilidade
As demonstrações contábeis devem ser capazes de serem comparadas pelos usuários no decurso do tempo a fim de que 
sejam identificadas tendências em sua posição patrimonial e financeira e no seu desempenho. Os usuários devem também ser capazes de comparar as demonstrações contábeis apresentadas por diversas entidades a fim de que sejam avaliadas as tendências patrimoniais supramencionadas. Dessa forma, a mensuração e a apresentação dos efeitos financeiros de transações semelhantes e outros eventos e condições devem ser feitas de modo consistente pela entidade, ao longo dos diversos períodos, e também por entidades diferentes. Adicionalmente, os usuários devem ser informados das políticas contábeis empregadas na elaboração das demonstrações contábeis, e de quaisquer mudanças nessas políticas e dos efeitos dessas mudanças.
2.4.9.Tempestividade
A tempestividade está relacionada à prestação de informação dentro do período de execução da decisão. A relevância permite que a informação contábil influencie as decisões econômicas dos usuários. Contudo, se a divulgação dessa informação atrasar, pode-se admitir a perda dessa relevância. A elaboração de relatórios em época oportuna é quesito a ser ponderado pela administração a fim de que sejam prestadas informações confiáveis.
2.4.10. Equilíbrio entre custo e benefício
Os custos incorridos na produção da informação não podem exceder aos benefícios gerados por ela. A avaliação dos custos e benefícios é um processo de julgamento. Enquanto os custos não recaem sobre os usuários que usufruem dos benefícios, esses últimos, em contrapartida, são usufruídos por uma grande parcela de usuários externos. A informação prestada nas demonstrações contábeis auxilia na tomada de melhores decisões pelos fornecedores de capital, resultando em um funcionamento mais eficaz dos mercados de capital e menor custo do capital para a economia como um todo. Os benefícios gerados pelas informações apresentadas nas demonstrações contábeis também incluem melhor acesso das entidades aos mercados de capital e melhoria na tomada de decisões, uma vez que as informações financeiras geradas internamente baseiam-se geralmente naquelas elaboradas para fins gerais.
3 ESTRUTURAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As Demonstrações Contábeis são obrigatórias, ressaltamos que tratamento diferenciado pode ser observado pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, isso considerando a resolução do CFC 1.418/12 que aprovou a ITG 1000.
A ITG 1000 define como obrigatória a elaboração do Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado e as Notas Explicativas ao final de cada exercício social. Apesar de não serem obrigatórias, para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, a elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa, a Demonstração do Resultado Abrangente e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é estimulada pelo Conselho Federal de Contabilidade.
De modo geral podemos sintetizar no quadro a seguir o conjunto completo das demonstrações contábeis por situação e natureza empresarial:
3.1 Balanço Patrimonial
O balanço patrimonial da entidade traduz a relação entre seus ativos, passivos e patrimônio líquido em uma data específica.
De um modo geral, podem ser definidos da seguinte maneira:
a) Ativo: é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade;
b) Passivo: é uma obrigação atual da entidade como resultado de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera resulte na saída de recursos econômicos; e
c) Patrimônio Líquido: é o valor residual dos ativos da entidade após a dedução de todos os seus passivos.
Alguns itens definidos como ativo ou passivo poderão não ser assim considerados na estrutura do balanço patrimonial quando não satisfeitos os critérios para reconhecimento especificados nos itens 2.27 a 2.32 da NBC TG 1.000. Antes do reconhecimento de um ativo ou passivo, os critérios de probabilidade para que assim o sejam serão suficientemente preenchidos com as expectativas de que sejam gerados benefícios econômicos futuros e que esses fluam de ou para a entidade.
3.1.1 Ativo
O benefício econômico futuro do ativo traduz a sua capacidade em contribuir com o fluxo de caixa e equivalentes de caixa para a entidade. Os fluxos de caixa podem resultar do uso ou da alienação do ativo. A forma física (material) não é requisitopreponderante para a existência de um ativo. Daí pela qual temos o subgrupo do Ativo Intangível no Ativo não Circulante.
Assim como a falta de materialidade, o direito de propriedade não determina a existência de um ativo. Um exemplo dessa situação é o caso de bens móveis mantidos sob regime de arrendamento mercantil, onde esses bens serão considerados ativos se a entidade puder controlar os benefícios que espera que sejam gerados por esses bens.
3.1. 2.Passivo
O passivo é caracterizado essencialmente pela obrigação frequente da entidade de agir ou de desempenhar da maneira certa. Referida obrigação poderá ser definida como legal ou construtiva (quando não é formalizada).
A obrigação legal decorre de estipulação em contrato ou de exigência estatutária. A obrigação construtiva decorre das ações da entidade quando:
a) indica a outras partes a aceitação de certas responsabilidades; e
b) dispõe-se a cumprir com essas responsabilidades em função de expectativa válida criada nessas outras partes.
A obrigação assumida geralmente é liquidada com o pagamento em caixa, transferência de outros ativos, prestação de serviços, substituição de uma obrigação por outra ou conversão dessa obrigação em patrimônio líquido. A extinção da obrigação também decorre da renúncia ou perda dos direitos do credor.
3.1. 3 Patrimônio líquido
O patrimônio líquido é o valor residual dos ativos após a dedução de todos os passivos reconhecidos pela entidade. O patrimônio líquido pode apresentar subclassificações no balanço patrimonial. Exemplo: Essas subclassificações são formadas pelo capital integralizado por sócios ou acionistas, lucros retidos e ganhos ou perdas reconhecidos diretamente no patrimônio líquido.
3.2 Demonstração do Resultado do Exercício 
Desempenho/Resultado
O desempenho é definido como a relação entre receitas e despesas da entidade durante um exercício ou período. A NBC TG 1.000 determina que esse desempenho seja apresentado em duas demonstrações, a saber:
a) demonstração do resultado; e
b) demonstração do resultado abrangente.
As duas modalidades de demonstração são utilizadas como medidas de desempenho ou de avaliações, como o retorno do investimento ou o resultado por ação. Receitas e despesas são definidas como segue:
a) As receitas correspondem a acréscimos de benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de entradas ou aumentos de ativos ou diminuições de passivos, que resultam em aumento do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aportes dos proprietários da entidade;
b) As despesas correspondem a decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incrementos em passivos, que resultam em diminuição no patrimônio líquido e que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários da entidade.
O reconhecimento e a mensuração de ativos e passivos é resultado direto do reconhecimento das receitas e despesas.
4.1. Receita
A definição de receita abrange tanto as receitas propriamente ditas quanto os ganhos. Entende-se por receita propriamente dita o aumento de patrimônio líquido decorrente da prática usual das atividades da entidade e designada por uma diversidade de nomes, tais como: vendas, honorários, juros, dividendos, lucros distribuídos, royalties e aluguéis. O ganho, mesmo atribuindo aumento de patrimônio líquido, não é tido como receita propriamente dita. O seu reconhecimento na demonstração do resultado ou do resultado abrangente é feito separadamente, uma vez que colabora para a tomada de decisões econômicas.
4.2. Despesa
A definição de despesa compreende as perdas e aquelas despesas decorrentes do curso normal das atividades da entidade. A despesa resulta em redução do patrimônio líquido no decurso da prática das atividades usuais da entidade. Nela pode ser incluído o custo das vendas, salários e depreciação. Ela geralmente toma a forma de desembolso ou redução de ativos como caixa e equivalentes de caixa, estoques, ou bens do ativo imobilizado. A perda também é conferido o tratamento como redutor do patrimônio líquido e como originário da prática das atividades usuais da entidade. Todavia, quando forem reconhecidas na demonstração do resultado ou do resultado abrangente, geralmente são demonstradas separadamente.
5. Reconhecimento de Ativo, Passivo, Receita e Despesa
O reconhecimento consiste no processo de incorporação de ativo, passivo, receita ou despesa na demonstração contábil. Para o reconhecimento supramencionado, o item objeto de incorporação deverá atender à definição de um dos quatro grupos contábeis citados, além de atender aos seguintes critérios:
a) prova de que algum benefício econômico futuro relacionado a ele possa ser revertido em benefício da entidade; e
b) medição do custo ou valor por meio de bases confiáveis.
A divulgação das políticas contábeis ou de material explicativo não supre a falha no reconhecimento desse item.
5.1. Probabilidade de benefícios econômicos futuros
O conceito de probabilidade está relacionado ao grau de incerteza da destinação dos benefícios econômicos futuros de ou para a entidade. Referido grau de incerteza é avaliado por meio da evidência disponibilizada na elaboração das demonstrações contábeis. A avaliação é feita individualmente para itens considerados significativos e para grupo ou população de itens individualmente insignificantes.
5.2.Confiabilidade da mensuração
O segundo critério de reconhecimento de um item consiste na mensuração do custo ou valor do item por meio de bases confiáveis.
Quando o custo ou valor de um item não puder ser conhecido ele deverá ser estimado.
A adoção de estimativas razoáveis contribui para a elaboração das demonstrações contábeis e não prejudica a sua confiabilidade. Todavia, quando não puder ser feita, o item não deverá ser reconhecido na demonstração contábil.
Quando não atendidos os critérios de reconhecimento, determinado item poderá ser qualificado para reconhecimento posterior como consequência de circunstâncias ou eventos subsequentes.
O não preenchimento dos critérios de reconhecimento não afasta a possibilidade de determinado item ser objeto de divulgação em notas explicativas ou demonstrações suplementares. Esse procedimento é útil quando a divulgação do item for relevante para a avaliação da posição patrimonial e financeira, do desempenho e das mutações na posição financeira da entidade por parte dos usuários das demonstrações contábeis.
6.Mensuração de Ativo, Passivo, Receita e Despesa
A mensuração é o processo de determinação das quantias monetárias com os quais ativos, passivos, receitas e despesas são mensurados em suas demonstrações contábeis. O processo de mensuração compreende a seleção de uma base de avaliação. Duas bases comuns para mensuração são o custo histórico e o valor justo:
a) Para ativos, o custo histórico representa a quantidade de caixa ou equivalentes de caixa pagos ou o valor justo do ativo dado para adquirir o ativo quando de sua aquisição. Para passivos, o custo histórico representa a quantidade de recursos obtidos em caixa ou equivalentes de caixa recebidos ou o valor justo dos ativos não monetários recebidos em troca da obrigação na ocasião em que a obrigação foi incorrida, ou em algumas circunstâncias (por exemplo, imposto de renda) a quantidade de caixa ou equivalentes de caixa que se espera sejam pagos para liquidar um passivo no curso normal dos negócios. O custo histórico amortizado é o custo do ativo ou do passivo mais ou menos a parcela de seu custo histórico previamente reconhecido como despesa ou receita;
b) Valor justo é o montante pelo qual um ativo poderia ser trocado ou um passivo liquidado, entre partes independentes com conhecimento do negócio e interesse em realizá-lo, em uma transação em que não há favorecidos.
6.1. Reconhecimento e princípios gerais de mensuração
As regras para o reconhecimento e a mensuração de ativos, passivos, receitas e despesasapurados pelas pequenas e médias empresas decorrem da Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação de Demonstrações Contábeis.
Na falta de disposição específica na NBC TG 1.000 para uma transação ou outro evento ou condição, deverão ser adotadas as orientações previstas no item 10.4 dessa mesma norma.
O item 10.5 da NBC TG 1.000 estabelece uma hierarquia para a entidade seguir quando estiver decidindo sobre a prática contábil apropriada nas circunstâncias. O segundo nível dessa hierarquia exige que a entidade veja as definições, critérios de reconhecimento e conceitos de mensuração para ativos, passivos, receitas e despesas e os princípios gerais ali definidos.
6.2. Regime de competência
A entidade deve elaborar suas demonstrações contábeis, exceto informações de fluxo de caixa, usando o regime contábil de competência. No regime de competência, os itens são reconhecidos como ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas ou despesas quando satisfaçam as definições e os critérios de reconhecimento para esses itens.
7. Reconhecimento das Demonstrações Contábeis
A seguir, abordaremos o reconhecimento de ativo, passivo, receita e despesa nas demonstrações contábeis.
7.1 ATIVOS
7.1.1 . Instrumentos financeiros 
Os seguintes instrumentos financeiros básicos serão contabilizados pela entidade em conformidade com a Seção 11 da NBC TG 1.000:
a) caixa;
b) instrumento de dívida (tal como uma conta, título ou empréstimo a receber ou a pagar);
c) compromisso de receber um empréstimo que:
c.1) não pode ser liquidado em dinheiro; e
c.2) quando o compromisso é executado, espera-se que o empréstimo atenda as condições tratadas no parágrafo seguinte;
d) investimento em ações preferenciais não conversíveis e ações ordinárias ou preferenciais não resgatáveis por ordem do portador.
O instrumento de dívida que preencha todas as condições descritas nas letras “a” a “d” anteriormente citadas é contabilizado de acordo com a Seção 11 da NBC TG 1.000. Nesse sentido, temos que:
a) retornos ao detentor são:
a.1) uma quantia fixa;
a.2) uma taxa de retorno fixa ao longo da vida do instrumento;
a.3) um retorno variável que, por toda a vida do instrumento, é igual a uma taxa de juros observável ou cotada (tal como a LIBOR); ou
a.4) uma combinação de tal taxa fixa e da taxa variável (tal como a LIBOR, acrescida de 200 pontos-base), desde que ambas as taxas, fixa e variável, sejam positivas (por exemplo, swap de taxa de juros com taxa fixa positiva e taxa variável negativa não atenderia a este critério). Para retornos de juros de taxa fixa e variável, o juro é calculado multiplicando-se a taxa aplicável pela quantia principal em aberto durante o período;
b) nenhuma disposição contratual poderá acarretar a perda pelo titular da quantia principal ou de juros atribuíveis ao período vigente ou anteriores;
c) as disposições contratuais que permitem ao devedor pagar antecipadamente um instrumento de dívida ou ao credor o resgate antecipado dessa não estão vinculadas a eventos futuros;
d) não existem retornos condicionais ou disposições de reembolso, salvo para o retorno da taxa variável mencionada na letra “a” anteriormente citada e pelas disposições de pagamento antecipado mencionadas na letra “b”.
A seguir, listamos alguns exemplos de instrumentos financeiros que atendem as condições anteriormente descritas:
a) contas e títulos a receber e a pagar, e empréstimos bancários ou de terceiros;
b) contas a pagar em moeda estrangeira. Entretanto, qualquer mudança na conta a pagar por causa de uma mudança na taxa de câmbio é reconhecida no resultado;
c) empréstimos para ou de controladas ou coligadas que vençam à vista;
d) instrumento de dívida que se tornaria imediatamente recebível se o emissor não fizer o pagamento de juros ou do principal.
Em contrapartida, os instrumentos de dívida que deverão ser classificados de acordo com a Seção 12 da NBC TG 1.000 são:
a) investimento em instrumentos patrimoniais de outra entidade, que não sejam ações preferenciais não conversíveis ou ações ordinárias ou preferenciais não resgatáveis;
b) swap de taxa de juros que paga um fluxo de caixa positivo ou negativo, ou um compromisso futuro de compra de commodity ou instrumento financeiro que pode ser liquidado em dinheiro e que, na liquidação, possa ter um fluxo de caixa positivo ou negativo;
c) opções e contratos futuros, porque os retornos ao titular não são fixos;
d) investimentos em dívida conversível, porque o retorno ao titular pode variar com o preço das ações dos emissores, em vez de apenas variar com as taxas de juros do mercado;
e) empréstimo a receber de terceiros, que dá aos mesmos o direito ou a obrigação de pagar antecipadamente, caso a tributação ou exigências contábeis aplicáveis mudem.
7.1.2 Ativos e Passivos financeiros
Um ativo ou passivo financeiro apenas será reconhecido pela entidade quando tornar-se parte das disposições contratuais do instrumento.
  Mensuração inicial
O ativo ou passivo financeiro reconhecido pela entidade deverá ser avaliado pelo custo da operação, salvo se o acordo caracterizar uma transação financeira. O custo da operação inclui todos os custos inerentes a transação, com exceção daqueles incorridos na mensuração inicial de ativos e passivos financeiros.
Referida transação financeira poderá ocorrer simultaneamente com a venda de bens e serviços.
Os ativos e passivos financeiros do acordo caracterizado como transação financeira são avaliados com base no valor presente dos pagamentos futuros diminuídos da taxa de juros de mercado aplicável a instrumento de dívida semelhante.
Exemplo - ativos financeiros
1 - O recebível decorrente de empréstimo a longo prazo é reconhecido com base no seu valor presente à vista, incluindo-se os pagamentos de juros e amortizações do principal.
2 - O recebível decorrente da venda de bens a crédito de curto prazo é reconhecido normalmente com base no preço constante na nota fiscal.
3 - O recebível decorrente da venda a crédito, em 24 meses, sem acréscimo de juros, é reconhecido com base no preço de venda aplicável aquelas negociadas com pagamento à vista.
Quando o preço de venda à vista não é conhecido, sua mensuração é feita com base no valor presente do recebível diminuído da taxa de juros do mercado para transação semelhante.
4 - O investimento feito para aquisição à vista de ações ordinárias de outra entidade é reconhecido com base no montante pago para validação dessa compra.
Exemplo - Passivos Financeiros
1 - A conta a pagar decorrente de empréstimo recebido de instituição financeira é reconhecida com base no valor presente da conta devida ao banco, incluindo pagamento de juros e amortização do principal.
2 - A conta a pagar decorrente da compra de bens a crédito de curto prazo é reconhecida geralmente com base no preço constante na nota fiscal.
Mensuração subsequente
Os instrumentos financeiros, ao término de cada exercício de divulgação, são avaliados sem qualquer dedução dos custos da transação assumidos pela entidade por ocasião da venda de acordo com os seguintes procedimentos.
Os instrumentos de dívidas que atendem as condições previstas no item 11.8 (b) da NBC TG 1.000 são avaliados com base no custo amortizado mediante adoção do método da taxa efetiva de juros.
A avaliação dos instrumentos de dívida classificados como ativos ou passivos circulantes é líquida de reduções ao valor recuperável, salvo quando o acordo configurar uma transação financeira, ocasião em que o instrumento de dívida será avaliado com base no valor presente dos pagamentos futuros diminuído da taxa de juros de mercado;
b) Compromissos de receber empréstimo que atenda às condições do item 11.8 (c) da NBC TG 1.000 são avaliados com base no custo (que às vezes é nulo) menos reduções ao valor recuperável;
c) A avaliação dos investimentos em ações preferenciais não conversíveis e ações ordinárias e preferenciais não resgatáveis é feitada seguinte forma:
c.1) com base no valor justo, com as mudanças reconhecidas no resultado, quando as ações são negociadas publicamente ou seu valor justo é mensurado confiavelmente;
c.2) com base no custo menos reduções ao valor recupe-rável para os demais investimentos.
As reduções ao valor recuperável ou a impossibilidade de recebimento deverão ser consideradas na avaliação dos instrumentos financeiros descritos nos itens “a”, “b” e “c.2” anteriormente citados.
Custo amortizado e o método da taxa efetiva de juros
Na data de cada divulgação, o custo amortizado de ativo ou passivo financeiro corresponde ao valor líquido das seguintes quantias:
a) a quantia objeto de avaliação no reconhecimento inicial de ativo ou passivo financeiro;
b) diminuída de qualquer amortização do principal;
c) mais ou menos a amortização cumulativa, usando o método da taxa efetiva de juros, de qualquer diferença entre o valor no reconhecimento inicial e o valor no vencimento;
d) diminuída de qualquer redução ao valor recuperável ou do reconhecimento de perda por provável não recebimento.
Os ativos e passivos financeiros classificados como ativos e passivos circulantes e que não possuem taxa de juros declarada são avaliados inicialmente com base no valor não descontado.
O método da taxa efetiva de juros consiste no cálculo do custo amortizado de ativo ou passivo financeiro e na alocação dos rendimentos de juros ou despesas com juros durante o período correspondente.
A taxa efetiva de juros desconta os pagamentos ou recebimentos futuros de caixa estimados do valor contábil do ativo ou passivo financeiro. Sua determinação é feita com base no valor contábil do ativo ou passivo financeiro no reconhecimento inicial.
De acordo com o método da taxa efetiva de juros:
a) o custo amortizado do ativo ou passivo financeiro correspondente ao valor presente dos recebimentos ou pagamentos futuros de caixa, descontados pela taxa efetiva de juros;
b) a despesa ou receita com juros no período corresponde ao valor contábil do passivo ou ativo financeiro multiplicado pela taxa efetiva de juros para o período.
Por ocasião do cálculo da taxa efetiva de juros, são estimados pela entidade os fluxos de caixa, considerando-se ainda os termos contratuais do instrumento financeiro e as perdas de crédito já incorridas.
No cálculo da taxa efetiva de juros, a entidade amortiza quaisquer taxas, encargos financeiros, custos de transações e outros prêmios ou descontos durante a vida estimada do instrumento. O período de amortização mais apropriado corresponde ao da data mais próxima de atualização.
A nova estimativa periódica dos fluxos de caixa de ativos ou passivos financeiros de taxa variável altera a data efetiva de juros. Nesse sentido, por ocasião do reconhecimento inicial de ativo ou passivo financeiro com base no valor do principal a receber ou a pagar no vencimento, a elaboração de nova estimativa dos pagamentos de juros futuros não afeta o valor contábil do ativo ou do passivo.
A revisão pela entidade das estimativas de pagamentos ou recebimentos determina o ajuste do valor contábil do ativo ou passivo financeiro a fim de que sejam refletidos os fluxos de caixa estimados. Esse ajuste será reconhecido pela entidade como rendimento ou despesa no resultado na data da revisão.
Exemplo de Determinação do Custo Amortizado para Empréstimo de Cinco Anos, Usando o Método da Taxa Efetiva de Juros
No dia 01/01/20X1 a entidade adquire um título por R$ 800,00 e incorre em R$ 100,00 de custos de transação. Os juros no importe de R$ 60,00 são recebidos anualmente, ao final do período, no decurso dos próximos cinco anos (de 31/12/2X01 a 31/12/2X15).
Esse título possui resgate obrigatório de R$ 915,07 em 31/12/2X14.
	Ano
	Valor Contábil no Início do Exercício R$
	Rendimentos de Juros a 6,9583% R$
	Fluxo de Entrada de Caixa R$
	Valor Contábil do Fim do Exercício R$
	20X0
	900,00
	62,62
	(60,00)
	902,62
	20X1
	902,62
	62,81
	(60,00)
	905,43
	20X2
	905,43
	63,00
	(60,00)
	908,43
	20X3
	908,43
	63,21
	(60,00)
	911,64
	20X4
	911,64
	63,43
	(60,00)
	915,07
 
Nota : 
A taxa efetiva de juros de 6,9583% é a taxa que desconta os fluxos de caixa esperados em relação ao título, sobre o valor contábil inicial.
Valor recuperável de instrumentos financeiros, mensurado com base no custo ou no custo amortizado
A seguir, trataremos dos procedimentos aplicáveis ao valor recuperável de instrumentos financeiros.
 Reconhecimento
Reconhecida a existência de redução no valor recuperável ao término de cada período de divulgação, referida redução deverá ser registrada contabilmente em conta de resultado.
A avaliação da existência de evidências objetivas quanto ao valor recuperável de ativos financeiros é feita com base no custo ou no custo amortizado.
As evidências objetivas supramencionadas fornecem dados importantes relacionados aos seguintes eventos de perda:
a) dificuldade financeira significativa do emissor ou devedor;
b) quebra de contrato decorrente do não pagamento ou inadimplência em relação ao pagamento dos juros ou do principal;
c) concessão de algum favorecimento pelo credor ao devedor diante da dificuldade financeira apresentada por esse;
d) possibilidade de declaração de falência pelo devedor;
e) dados observáveis indicando que houve redução mensurável nos fluxos de caixa futuros estimados de grupo de ativos financeiros desde seu reconhecimento inicial, mesmo que essa redução ainda não possa ser identificada em relação aos ativos financeiros do grupo, individualmente, tais como: condições econômicas negativas, locais ou nacionais, ou mudanças negativas nas condições do setor.
Os seguintes ativos financeiros são avaliados individualmente quanto ao seu valor recuperável:
a) todos os instrumentos patrimoniais, independentemente de sua importância; e
b) outros ativos financeiros que são, individualmente, significativos.
A entidade avalia outros ativos financeiros quanto ao seu valor recuperável, individualmente ou em grupo, com base em características de risco de crédito semelhantes.
Mensuração
A perda no valor recuperável é medida pela entidade com base nos seguintes instrumentos, avaliados ao custo ou ao custo amortizado:
a) para instrumento avaliado pelo custo amortizado, a perda no valor recuperável corresponde à diferença entre o valor contábil do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa estimados, diminuídos da taxa efetiva de juros.
Na hipótese da taxa de juros de referido instrumento for variável, a taxa de desconto para avaliação de qualquer perda corresponderá à taxa de juros vigente e estipulada em contrato;
b) para instrumento avaliado com base no custo menos redução no valor recuperável, a perda no valor recuperável corresponderá à diferença entre o valor contábil do ativo e a melhor estimativa do valor que a entidade receberia pelo ativo caso o vendesse na data de divulgação.
Reversão
A perda no valor recuperável que sofre redução no exercício subsequente imputa à entidade a reversão, diretamente ou por meio de ajuste em conta de provisão, da perda anteriormente reconhecida.
A reversão não resulta em valor contábil do ativo financeiro que excede esse valor. A reversão é reconhecida imediatamente pela entidade em conta de resultado.
Valor justo
O valor justo do investimento em ações ordinárias ou preferenciais é estimado pela entidade de acordo com a seguinte hierarquia de regras:
a) a melhor estimativa do valor justo corresponde ao preço cotado para ativo idêntico em mercado ativo, geralmente correspondente ao preço de compra;
b) na indisponibilidade da cotação dos preços, o valor justo do investimento é evidenciado com base no preço de transação recente para ativo idêntico.
Caso seja demonstrado que o preço dessa transação não evidencia boa estimativa de valor justo, então o preço deverá ser ajustado.
a estimativa do valor justo será feita por meio de técnicade avaliação quando o mercado para o ativo não estiver disponível, ou quando as transações recentes não evidenciarem boa estimativa de valor justo.
A finalidade da técnica de avaliação é a de estimar o preço da transação na data da avaliação em uma troca entre partes não relacionadas, motivadas por considerações normais de negócios.
Técnica de avaliação
As técnicas de avaliação do valor justo de investimento em ações ordinárias e preferenciais incluem:
a) transações de mercado recentes entre partes não relacionadas para ativo idêntico;
b) análise de fluxo de caixa descontado; e
c) modelos de opções de preços.
A finalidade do uso da técnica de avaliação é a de estabelecer o preço de transação na data de mensuração na troca entre partes não relacionadas.
A técnica de avaliação faz uso das informações fornecidas pelo mercado e daquelas determinadas pela entidade.
A técnica de avaliação viabiliza a estimativa confiável do valor justo quando:
a) reflete a forma esperada pelo mercado quanto a avaliação do ativo; e
b) as informações por ela utilizadas representam as expectativas do mercado e as medidas dos fatores de risco inerentes ao retorno ao ativo.
Mercado não ativo - Instrumentos patrimoniais
A mensuração confiável do valor justo dos investimentos em ativos carentes de preço de mercado cotado em mercado ativo é feita se:
a) a variação no intervalo de estimativas razoáveis do valor justo não for relevante para o ativo; ou
b) as probabilidades das estimativas podem ser avaliadas e empregadas ao se estimar o valor justo.
Muitas das variações no intervalo de estimativas razoáveis dos valores justos de ativos sem preço de mercado cotado não são significativas.
A estimativa de valor justo de ativo adquirido por entidade de parte não relacionada estará vedada quando a amplitude das estimativas for significante e as probabilidades das várias estimativas não puderem ser razoavelmente avaliadas.
O valor contábil decorrente da última avaliação confiável será considerado o novo custo de ativo cujo valor não puder ser mais mensurado confiavelmente.
A entidade avalia o ativo com base nesse valor de custo menos a redução no valor recuperável, até que uma mensuração confiável do valor justo se torne disponível.
Desreconhecimento (baixa) de ativo financeiro
A baixa de um ativo financeiro ocorre apenas quando:
a) do vencimento ou liquidação dos direitos contratuais para os fluxos de caixa do ativo financeiro;
b) da transferência de uma entidade a outra de todos os riscos e benefícios da propriedade do ativo financeiro; ou
c) da transferência do controle do ativo pela entidade que assumiu todos os riscos e benefícios supramencionados à outra parte capaz de vender o ativo para terceiros não relacionados. Nessa situação, a entidade deverá:
c.1) baixar o ativo; e
c.2) reconhecer separadamente quaisquer direitos e obrigações retidos ou criados na transferência.
A alocação do valor contábil do ativo transferido é feita entre os direitos ou as obrigações assumidas com base no seu valor justo determinado na data de sua transferência.
Eventual diferença apontada entre a contraprestação recebida e o valor reconhecido e baixado é reconhecida como resultado no período daquela transferência.
O ativo transferido e não baixado continuará sendo reconhecido na contabilidade da entidade que o transferiu. Paralelamente deverá ser reconhecido um passivo para a contraprestação recebida. Ativo e passivo não são objeto de compensação.
A falta de baixa do referido ativo ocorre quando a entidade que o transfere retém os riscos e benefícios significativos de sua propriedade.
Nos períodos subsequentes, a entidade reconhece qualquer rendimento no ativo transferido e qualquer despesa incorrida no passivo financeiro.
As garantias que não são caixa fornecidas pelo cedente ao cessionário será contabilizada por eles da seguinte forma:
Pelo direito de venda ou recaução da garantia pelo cessionário
O ativo será classificado contabilmente pelo cedente em seu balanço patrimonial (ex: ativo alugado, instrumentos patrimoniais cauçados ou recompra de recebíveis) separadamente dos outros ativos.
Pela venda da garantia caucionada pelo cessionário
Os rendimentos da venda e do passivo serão reconhecidos com base no valor justo da obrigação assumida de devolver a garantia.
Descumprimento do contrato e perda do direito de resgate da garantia pelo cedente
O cedente baixa a garantia e o cessionário a reconhece como ativo com base no seu valor justo, ou, no caso de garantia já vendida, a baixa da obrigação de devolvê-la.
Exceção à situação de descumprimento do contrato e perda do direito de resgate da garantia
A garantia será mantida como ativo do cedente, que não será assim reconhecida pelo cessionário.
Exemplo - transferência que se qualifica para baixa
Uma determinada entidade vende para uma instituição financeira um conjunto de suas contas a receber por valor inferior ao nominal.
A entidade mantém a movimentação das cobranças em nome de referida instituição financeira e recebe para tanto honorários de mercado.
É de responsabilidade da entidade a remessa ao banco de toda e qualquer quantia recebida. Foge, todavia, da sua responsabilidade, eventual demora pelo pagamento ou inadimplência dos devedores.
Nessa situação onde se evidencia a transferência pela entidade ao banco de todos os riscos e benefícios da propriedade dos recebíveis, temos que a entidade:
a) procede à baixa dos recebíveis de seu balanço patrimonial;
b) identifica o prejuízo, sendo esse calculado pela diferença entre o valor contábil dos recebíveis no momento da venda e os recursos recebidos do banco; e
c) reconhece um passivo quando do recebimento de fundos dos devedores, porém ainda não remetidos ao banco.
Exemplo - transferência que não se qualifica para baixa
Para o exemplo aqui abordado, serão considerados os mesmos dados da situação ilustrada anteriormente, com o diferencial de que a entidade concorda em recomprar do banco qualquer recebível cujo valor principal ou os juros estejam em atraso de pagamento pelo devedor por mais de 120 dias.
Nessa situação, onde se verifica que a entidade não transferiu ao banco o risco de atraso no pagamento ou inadimplência dos devedores, os recebíveis não serão tratados como vendidos, e, portanto, também não serão baixados.
Em contrapartida, os recursos do banco serão tratados pela entidade como empréstimos garantidos pelos recebíveis, sendo esses reconhecidos como ativos até que sejam recebidos ou baixados como incobráveis.
Desreconhecimento de passivo financeiro
A baixa do passivo financeiro, ou de parte dele, ocorre apenas quando do cumprimento, extinção ou término da obrigação especificada no contrato.
A transação de troca de instrumentos financeiros em termos substancialmente diferentes é contabilizada pelo devedor e credor como extinção do passivo financeiro original e reconhecimento de novo passivo financeiro.
Referida contabilização também se aplica às transações onde ocorre uma modificação substancial dos termos do passivo financeiro existente ou de parte dele.
Eventual diferença entre o valor contábil do passivo financeiro extinto ou transferido para outra parte e a contraprestação paga é reconhecida contabilmente em conta de resultado.
Divulgação
Nos subtópicos seguintes, abordaremos as regras de divulgação de passivos financeiros avaliados com base no valor justo e ajustados ao resultado.
Essas divulgações não se aplicam às entidades detentoras de apenas instrumentos financeiros básicos.
Divulgação das práticas contábeis para instrumentos financeiros
A base de mensuração usada para os instrumentos financeiros e as práticas contábeis usadas para os instrumentos financeiros e relevantes para a compreensão das demonstrações contábeis são divulgadas no resumo das práticas contábeis significativas.
7.2. Balanço patrimonial - 
7.2.1 Categorias de ativos financeiros e passivosfinanceiros
Serão objeto de divulgação os valores contabilizados de cada uma das seguintes categorias de ativos e passivos financeiros, na data de referência, pelo total, tanto no balanço patrimonial quanto nas notas explicativas:
a) ativos financeiros avaliados pelo valor justo com ajustes ao resultado;
b) ativos financeiros avaliados pelo custo amortizado;
c) ativos financeiros que são instrumentos patrimoniais avaliados pelo custo menos redução ao valor recuperável;
d) passivos financeiros avaliados pelo valor justo com ajustes ao resultado;
e) passivos financeiros avaliados pelo custo amortizado;
f) empréstimos recebíveis avaliados pelo custo menos redução ao valor recuperável.
A informação divulgada pela entidade deverá permitir aos usuários das demonstrações contábeis da entidade a avaliação do significado dos instrumentos financeiros para sua posição financeira e desempenho.
Um exemplo da divulgação supramencionada é a inclusão de termos e condições do instrumento de dívida para registro contábil do débito a longo prazo.
A entidade deverá divulgar as bases de determinação do valor justo - preço de mercado cotado em mercado ativo ou técnica de avaliação, para todos os ativos e passivos financeiros avaliados pelo valor justo.
Na adoção da técnica de avaliação, a entidade divulga as premissas aplicadas na determinação do valor justo, premissas essas relativas a índices para pagamento antecipado, de perdas de crédito estimadas e taxas de juros ou taxas de desconto.
A indisponibilidade de mensuração confiável do valor justo com ajuste no resultado de um instrumento patrimonial também deverá ser objeto de divulgação.
 
Desreconhecimento
A transferência de ativos financeiros para outra parte em transação não qualificada para baixa, imputa à entidade a divulgação das seguintes informações para cada classe desses ativos:
a) a natureza dos ativos;
b) a natureza dos riscos e benefícios de propriedade aos quais a entidade permanece exposta;
c) os valores contábeis dos ativos e de quaisquer passivos associados que a entidade continue a reconhecer.
Garantia
A penhora de ativos financeiros como garantia para passivos ou passivos contingentes determina a divulgação pela entidade:
a) do valor contábil dos ativos financeiros penhorados como garantia;
b) dos termos e condições relativos a esse penhor.
 Inadimplência e quebra de contrato de empréstimo a pagar
Para empréstimo a pagar reconhecido na data do balanço, para o qual existe quebra de contrato ou inadimplência do principal, juros, fundo de amortização ou termos de resgate, que não foram sanados até aquela data, a entidade deve divulgar:
a) detalhes sobre aquela quebra ou inadimplência;
b) o valor contábil dos empréstimos a pagar correspondentes na data do balanço;
se a quebra de cláusulas ou inadimplência foi sanada, ou as cláusulas dos empréstimos a pagar foram renegociadas, antes das demonstrações contábeis terem sido autorizadas para emissão.
7.2.2. Estoques
A seguir, abordaremos os procedimentos para reconhecimento e mensuração de estoques.
Alcance
A Seção 13 da NBC TG 1.000 determina as práticas para o reconhecimento e mensuração de estoques.
Estoques são ativos:
a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;
b) no processo de produção para venda; ou
c)na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos no processo de produção ou na prestação de serviços.
Mensuração de estoques
A entidade avalia estoques pelo menor valor entre o custo e o preço de venda estimado diminuído dos custos para completar a produção e despesas de venda.
Custo de estoques
A entidade inclui no custo de estoques todos os custos de compra, custos de transformação e outros custos incorridos para trazer os estoques para sua localização e condição atuais.
Custos de aquisição
Os custos de aquisição de estoques abrangem o preço de compra, tributos de importação e outros tributos (com exceção daqueles posteriormente recuperáveis pela entidade), transporte, manuseio e outros custos diretamente atribuíveis à aquisição de bens acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens similares são deduzidos na determinação dos custos de compra.
A entidade pode adquirir estoques em condições de pagamento em data futura. Em alguns casos o acordo contem, efetivamente, elemento financeiro não declarado, por exemplo, uma diferença entre o preço de compra para termos normais de crédito e o valor para pagamento em data futura. Nesses casos, a diferença é reconhecida como despesa com juros durante o período do financiamento e não somada ao custo dos estoques.
Dessa forma, sugerimos os seguintes lançamentos contábeis:
a)Pela aquisição a prazo de estoques:
	Contas Contábeis
	Débito
	Crédito
	Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante)
	Valor
	 
	Fornecedores (Passivo Circulante)
	 
	Valor
 
b)Pela baixa do estoque:
	Contas Contábeis
	Débito
	Crédito
	Despesa com Juros (Conta de Despesa)
	Valor
	 
	Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante)
	 
	Valor
 
Custos de transformação
Os custos de transformação de estoques incluem custos diretamente relacionados às unidades de produção, tal como mão de obra direta. Eles também incluem a alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que são incorridos na conversão de materiais em bens acabados.
Custos indiretos fixos de produção são aqueles custos indiretos de produção que permanecem relativamente constantes apesar do volume de produção, tal como depreciação e manutenção de instalações e equipamentos de fábrica, e o custo de gerenciamento e administração de fábrica.
Custos indiretos variáveis de produção são aqueles custos indiretos de produção que variam diretamente, ou quase diretamente, com o volume de produção, tais como: materiais indiretos, algumas vezes energia, etc.
Alocação dos custos indiretos de produção
A entidade deve alocar os custos indiretos fixos de produção para os custos de transformação com base na capacidade normal das instalações de produção. A capacidade normal é a produção que se pretende atingir durante uma quantidade de períodos ou épocas, sob circunstâncias normais, levando em consideração a perda de capacidade resultante de manutenção planejada. O nível real de produção pode ser usado se ele se aproxima da capacidade normal. A quantidade de custos indiretos fixos alocados a cada unidade de produção não é aumentada como consequên-cia de baixa produção ou fábrica ociosa. Custos indiretos não alocados são reconhecidos como despesas no período em que são incorridas. Em períodos de produção anormalmente alta, a quantidade de custos indiretos fixos alocados a cada unidade de produção é diminuída de tal forma que os estoques não sejam avaliados acima do custo. Custos indiretos de produção variável são alocados a cada unidade de produção com base no uso real das instalações de produção.
Produtos conjuntos e subprodutos
Um processo de produção pode resultar em mais do que um produto sendo produzido simultaneamente. Esse é o caso, por exemplo, quando produtos conjuntos são produzidos ou quando existe um produto principal e um subproduto.
Quando os custos das matérias-primas ou transformação de cada produto não são identificáveis separadamente, a entidade deve alocá-los entre os produtos em base racional e consistente. A alocação pode ser baseada, por exemplo, no valor relativo de venda de cada produto, tanto no estágio do processo de produção, quando os produtos se tornam identificáveis separadamente, ou ao final da produção. A maior parte dos subprodutos, por sua natureza, é imaterial, não relevante. Quando esse é o caso, a entidade os deve avaliar pelo preço de venda menos custos para completar a produção e despesas de vender, e deduzir esse valor do custo do produto principal. Como resultado, o valor contábil do produto principal não é materialmente diferente de seu custo.
Outros custosincluídos em estoques
A entidade deve incluir outros custos no custo de estoques apenas até o ponto em que eles são incorridos para colocar os estoques no seu local e condição atuais.
O item 12.19 (b) da NBC TG 1.000 prevê que, em algumas circunstâncias, a mudança no valor justo do instrumento objeto de hedge no hedge de risco de taxa de juros fixa ou risco de preço de uma commodity mantida, ajusta o valor contábil da commodity.
Custos excluídos dos estoques
Exemplos de custos excluídos do custo de estoques e reconhecidos como despesas no período em que são incorridos são:
a) quantidade anormal de material, mão de obra ou outros custos de produção desperdiçados;
b) custos de estocagem, a menos que aqueles custos sejam necessários durante o processo de produção, antes de estágio de produção mais avançado;
c) despesas indiretas administrativas que não contribuem para colocar os estoques até sua localização e condição atuais;
d) despesas de venda.
Custos de estoques de prestador de serviços
Na medida em que os prestadores de serviço tenham estoques de serviços sendo executados, eles os avaliam pelos custos de sua produção. Esses custos consistem, primariamente, de mão de obra e outros custos de pessoal diretamente envolvidos na prestação do serviço, incluindo pessoal de supervisão e custos indiretos atribuíveis. Mão de obra e outras despesas relativas a vendas e pessoal administrativo geral não são incluídos, sendo reconhecidos como despesas no período no qual ocorrem.
O custo de estoques de prestador de serviço não inclui margens de lucro ou gastos indiretos não atribuíveis, que muitas vezes são consignados nos preços cobrados pelos prestadores de serviço.
Custo de produção agrícola colhida proveniente de ativos biológicos
A Seção 34 da NBC TG 1.000 requer que os estoques abrangendo produção agrícola que a entidade colhe de seus ativos biológicos devem ser avaliados no reconhecimento inicial pelo valor justo menos despesas estimadas para vender no ponto de colheita. Isso se torna o custo dos estoques naquela data para aplicação desta seção.
Técnicas para avaliar custo, tal como custo-padrão, método de varejo e preço de compra mais recente
A entidade pode usar técnicas tais como: método de custo-padrão, método de varejo ou preço de compra mais recente para a mensuração do custo de estoques se o resultado se aproxima do custo.
Custos-padrão levam em consideração níveis normais de consumo de materiais e suprimentos, mão de obra, eficiência e capacidade de utilização. Eles são revisados regularmente e, se necessário, corrigidos à luz das condições atuais.
O método de varejo mensura custo por meio da redução do valor de venda do inventário pela percentagem apropriada da margem bruta.
 Métodos de avaliação do custo
A entidade deve avaliar o custo de estoques de itens que não são comumente intercambiáveis, e bens ou serviços produzidos e segregados por projetos específicos pelo uso de identificação específica de seus custos individuais.
A entidade deve avaliar o custo de estoques, outros além daqueles já tratados no item 13.17 da NBC TG 1.000, usando o primeiro a entrar, o primeiro a sair (PEPS ou FIFO), ou o método do custo médio ponderado. A entidade utiliza o mesmo método de avaliação do custo para todos os estoques que tenham natureza e uso similar para a entidade. Para estoques com natureza ou uso diferentes, métodos de custo diferentes podem ser justificados. O método último a entrar, primeiro a sair (UEPS ou LIFO) não é permitido pela NBC TG 1.000.
Redução ao valor recuperável de estoques
Os itens 27.2 a 27.4 da NBC TG 1.000 exigem que a entidade analise ao final de cada exercício/período se alguns estoques necessitam ser reduzidos ao seu valor recuperável, por exemplo, o valor contábil não é totalmente recuperado (isto é, por causa de dano, obsolescência ou preços de venda em declínio).
Se um item (ou grupo de itens) de estoques necessita ser reduzido ao valor recuperável, aqueles itens exigem que a entidade avalie o inventário pelo seu preço de venda menos custos para completar a produção e vender, e reconhecer a perda por redução ao valor recuperável. Aqueles itens também exigem a reversão da redução anterior em algumas circunstâncias.
Reconhecimento como despesa
Quando estoques são vendidos, a entidade reconhece o valor contábil desses estoques como despesa no período no qual a receita relacionada é reconhecida.
Alguns estoques podem ser alocados a outras contas de ativos, por exemplo, inventário usado como componente de ativo imobilizado de construção própria.
Divulgação
A entidade deve divulgar:
a) as práticas contábeis adotadas ao avaliar estoques, incluindo o método de custo utilizado;
b) o valor contábil total de estoques e o detalhe das categorias de estoques apropriadas à entidade;
c) o valor de estoques reconhecidos como despesa durante o período;
d) perdas por redução ao valor recuperável reconhecidas ou revertida para o resultado;
e) o valor contábil total de estoques dados como garantia de passivos.
7.2.3 Propriedade de investimentos
A seguir, abordaremos as regras relativas à propriedade para investimento.
Alcance
A Seção 16 da NBC TG 1.000 aplica-se à contabilização de investimentos em terrenos ou edificações que estejam de acordo com a definição de propriedade para investimento e de algumas participações imobiliárias por parte de arrendatário de arrendamento mercantil operacional que seja tratado como propriedade para investimento.
Apenas a propriedade para investimento, cujo valor justo possa ser avaliado de forma confiável, sem custo ou esforço excessivos e de forma contínua, é contabilizada de acordo com esta seção pelo valor justo por meio do resultado. Todas as demais propriedades para investimento são contabilizadas como ativo imobilizado utilizando o método do custo menos depreciação e menos redução ao valor recuperável e permanecem dentro da abrangência da Seção 17 da NBC TG 1.000, a menos que a mensuração confiável de valor justo se torne disponível e que se espere que o valor justo seja confiavelmente e continuamente avaliado.
Definição e reconhecimento inicial de propriedade para investimento
Propriedade para investimento é a propriedade (terra ou edifício, ou parte de edifício, ou ambos) mantida pelo proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento mercantil financeiro para auferir aluguéis ou para valorização do capital, ou para ambas, e não para:
a) utilização na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou por propósitos administrativos; ou
b) venda no curso normal dos negócios.
A propriedade para investimento que é mantida por locatário por força de arrendamento mercantil operacional pode ser classificada e contabilizada como propriedade para investimento utilizando a Seção 16 da NBC TG 1.000, e apenas se, a propriedade satisfizer a definição de propriedade para investimento e o arrendatário puder avaliar seu valor justo de maneira contínua, sem custo ou esforço excessivos. Essa alternativa de classificação deve ser analisada individualmente para cada propriedade.
Propriedade de utilização mista deve ser separada entre propriedade para investimento e ativo imobilizado. Entretanto, se o valor justo do componente de propriedade para investimento não puder ser avaliado de forma confiável, sem custo ou esforço excessivos, toda a propriedade é contabilizada como ativo imobilizado de acordo com a Seção 17 da NBC TG 1.000.
Mensuração no reconhecimento inicial
No reconhecimento inicial, a entidade avalia a propriedade para investimento pelo seu custo. O custo de propriedade para investimento comprada abrange seu preço de compra e quaisquer custos diretamente imputáveis, tais como: honorários legais e de corretagem, tributos de transmissão imobiliária e outros custos de transação. Se o pagamento for diferido além das condições normais de crédito, o custo é o valor presente de todos os pagamentos futuros. A entidade determina o custo depropriedade para investimento por ela construída de acordo com os itens 17.10 a 17.14 da NBC TG 1.000.
O custo inicial da propriedade para investimento mantida em arrendamento e classificada como propriedade para investimento é o prescrito para arrendamento financeiro pelo item 20.9 da NBC TG 1.000, mesmo que o arrendamento fosse, de outra forma, classificado como arrendamento operacional se estivesse na abrangência da Seção 20 dessa mesma norma. Em outras palavras, o ativo deve ser reconhecido pelo menor valor entre o valor justo da propriedade e o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento. Montante equivalente deve ser reconhecido como passivo, de acordo com o subitem 20.9 citado na 2ª parte deste trabalho.
Mensuração após o reconhecimento inicial
A propriedade para investimento, cujo valor justo pode ser avaliado de forma confiável, sem custo ou esforço excessivos, é avaliada pelo valor justo a cada balanço com as alterações no valor justo reconhecidas no resultado. Se a participação em propriedade mantida em arrendamento é classificada como propriedade para investimento, o item contabilizado pelo valor justo é aquele interesse e não o da propriedade subjacente. A entidade contabiliza todas as outras propriedades para investimento como ativo imobilizado usando o método do custo menos depreciação e menos redução ao valor recuperável da Seção 17 da NBC TG 1.000.
Transferência
Se a mensuração confiável do valor justo não está mais disponível sem custo ou esforço excessivos para um item de propriedade para investimento avaliada pelo método do valor justo, a entidade contabiliza aquele item, posteriormente, como ativo imobilizado, de acordo com a Seção 17 da NBC TG 1.000 até que a mensuração confiável de valor justo esteja disponível. O valor contábil da propriedade para investimento naquela data se torna seu custo, de acordo com a Seção 17.
Além do que é exigido pelo item 16.8 da NBC TG 1.000, a entidade transfere a propriedade para, ou de, propriedade para investimento apenas quando a propriedade afinal satisfizer, ou deixar de satisfazer, a definição de propriedade para investimento.
Divulgação
A entidade divulga, para todas as propriedades para investimento contabilizadas pelo valor justo reconhecidos no resultado do período, o que se segue:
a) os métodos e pressupostos significativos aplicados na determinação do valor justo da propriedade para investimento;
b) à medida que o valor justo da propriedade para investimento (como avaliado ou divulgado nas demonstrações contábeis) é baseado em avaliação por avaliador independente que possua uma qualificação profissional reconhecida e relevante e tem experiência recente na localização e classe de propriedade para investimento a ser avaliada. Se não houver tal avaliação, aquele fato deve ser divulgado;
c) a existência e as quantidades de restrições na realização da propriedade para investimento ou a remessa de rendimentos e valores de alienação;
d) obrigações contratuais para comprar, construir ou desenvolver propriedade para investimento ou para consertos, manutenção ou melhoramento;
e) conciliação entre as quantias escrituradas da propriedade para investimento no começo e no fim do período mostrando separadamente:
e.1) adições, divulgando separadamente aquelas adições resultantes de aquisições por meio de combinações de negócios;
e.2) ganhos líquidos de ajustes de valor justo;
e.3) transferências para ativos imobilizados quando a mensuração confiável de valor justo não está mais disponível sem custo ou esforço excessivos;
e.4) transferências de e para estoques e propriedade ocupada pelo proprietário;
e.5) outras alterações.
Essa conciliação não precisa ser apresentada para períodos anteriores.
De acordo com a Seção 20 da NBC TG 1.000, o proprietário de propriedade para investimento deve efetuar as divulgações, como arrendador, dos contratos que tenha de arrendamento mercantil. A entidade que possui propriedade para investimento sob contrato de arrendamento financeiro ou arrendamento operacional deve efetuar as divulgações, como arrendatário, dos contratos que tenha de arrendamento mercantil financeiro, e como arrendador, dos contratos que tenha de arrendamento operacional.
7.2.4 Ativo imobilizado
A seguir, abordaremos os procedimentos aplicáveis ao ativo imobilizado das pequenas e médias empresas.
Alcance
A Seção 17 da NBC TG 1.000 se refere à contabilidade para ativo imobilizado e para propriedade para investimento cujo valor justo não pode ser mensurado de maneira confiável sem custo ou esforço excessivos.
Ativos imobilizados são ativos tangíveis que:
a) são mantidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para aluguel a terceiros ou para fins administrativos; e
b) que se espera sejam utilizados durante mais do que um período.
Ativos imobilizados não incluem:
a) ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola; ou
b) direitos e reservas minerais, tais como: petróleo, gás natural e recursos não regenerativos similares.
Reconhecimento
Ao determinar o reconhecimento ou não de item de ativo imobilizado, a entidade deve aplicar os critérios de reconhecimento presentes no item 2.27 da NBC TG 1.000. Portanto, a entidade deve reconhecer o custo de item de ativo imobilizado como ativo se, e apenas se:
a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a entidade; e
b) o custo do item puder ser mensurado de maneira confiável.
Sobressalentes e peças para reposição e alguns tipos de equipamentos de uso interno são muitas vezes contabilizados como estoques e reconhecidos no resultado quando consumidos. Entretanto, as peças para reposição principais, sobressalentes principais e os equipamentos de uso interno principais são ativos imobilizados quando a entidade espera utilizá-los durante mais do que um período. Similarmente, se puderem ser utilizados apenas conjuntamente com um item do ativo imobilizado, eles são considerados ativos imobilizados.
Partes de alguns itens do ativo imobilizado podem requerer substituição em intervalos regulares (por exemplo, o teto de edifício). Se a entidade espera que a parte substituída acrescente benefícios futuros a ela, esta deve adicionar ao valor contábil do item de ativo imobilizado o custo de substituição da parte de tal item. O valor contábil das partes que são substituídas são baixados de acordo com os itens 17.27 a 17.30 da NBC TG 1.000. O item 17.16 dessa mesma norma dispõe que, caso as partes principais de item do ativo imobilizado tenham padrões de consumo de benefícios econômicos significativamente diferentes, a entidade deve alocar o custo inicial do ativo para suas partes principais e depreciar cada parte separadamente ao longo de sua vida útil.
Uma condição para continuar operando um item do ativo imobilizado (por exemplo, ônibus) pode ser a realização de importantes inspeções regulares em busca de falhas, independentemente de as partes desse item serem ou não substituídas. Quando cada inspeção importante é efetuada, seu custo é reconhecido no valor contábil do item do ativo imobilizado como substituição caso os critérios de reconhecimento sejam atendidos. Qualquer valor contábil do custo remanescente da inspeção anterior (distinta das peças físicas) é baixado. Isso é feito independentemente de o custo da inspeção relevante anterior ter sido identificado na transação em que o item foi adquirido ou construído. Caso necessário, o custo estimado de futura inspeção semelhante pode ser utilizado como indicação 
de qual foi o custo do componente de inspeção existente quando o item foi adquirido ou construído.
Os terrenos e os edifícios são ativos separáveis e a entidade deve contabilizá-los separadamente, mesmo quando eles são adquiridos em conjunto.
Mensuração na data do reconhecimento
A entidade deve mensurar um item do ativo imobilizado no reconhecimento inicial pelo seu custo.
 Elementos do custo
O custo de item do ativoimobilizado compreende todos os seguintes custos:
a) seu preço de compra, incluindo taxas legais e de corretagem, tributos de importação e tributos de compra não recuperáveis, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;
b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e em condição necessária para que seja capaz de funcionar da maneira pretendida pela administração. Esses custos podem incluir os custos de elaboração do local, frete e manuseio inicial, montagem e instalação e teste de funcionalidade;
c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração da área na qual o item está localizado, a obrigação que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de ter utilizado o item durante determinado período para finalidades que não a produção de estoques durante esse período.
Os custos a seguir não são custos de item do ativo imobilizado, e a entidade deve reconhecê-los como despesa quando eles forem incorridos:
a) custos de abertura de nova instalação;
b) custos de introdução de novo produto ou serviço (incluindo os custos de propaganda e atividades promocionais);
c) custos de administração dos negócios em novo local ou com nova classe de clientes (incluindo custos de treinamento);
d) custos administrativos e outros custos indiretos;
e) custos de empréstimos.
As receitas e as respectivas despesas de operações eventuais ao longo da construção ou desenvolvimento de item de ativo imobilizado são reconhecidas no resultado caso essas operações não sejam necessárias para colocar o item no seu local pretendido e em condições de operação.
Mensuração do custo
O custo de item do ativo imobilizado é o equivalente ao preço à vista na data do reconhecimento. Se o pagamento é postergado para além dos termos normais de transação a prazo, o custo é o valor presente de todos os pagamentos futuros.
Troca de ativos
Um item do ativo imobilizado pode ser adquirido por meio de troca de ativo monetário ou de ativos não monetários, ou combinação de ativos monetários e não monetários. A entidade deve mensurar o custo do ativo adquirido pelo valor justo a não ser que:
a) a transação de troca não tenha natureza comercial; ou
b) ambos os valores justos, o valor justo do ativo recebido e o valor justo do ativo cedido, não possam ser mensurados de forma confiável. Nesse caso, o custo do ativo é mensurado pelo valor contábil do ativo cedido.
Os lançamentos contábeis para a troca de ativos seriam:
a)Pelo registro da receita ou despesa na alienação do ativo:
	Contas Contábeis
	Débito
	Crédito
	Contas a Receber (Ativo Circulante)
	Valor
	 
	Outras Receitas ou Outras Despesas (Conta de Resultado)
	 
	Valor
 
b)Pela entrada do novo bem no estabelecimento:
	Contas Contábeis
	Débito
	Crédito
	Ativo Imobilizado (Ativo Circulante)
	Valor
	 
	Fornecedores ou Contas a Pagar (Passivo Circulante)
	 
	Valor
 
	Contas Contábeis
	Débito
	Crédito
	Fornecedores ou Contas a Pagar (Passivo Circulante)
	Valor
	 
	Contas a Receber (Ativo Circulante)
	 
	Valor
 
Mensuração após o reconhecimento inicial
A entidade deve mensurar todos os itens do ativo imobilizado, após o reconhecimento inicial, pelo custo menos depreciação acumulada e quaisquer perdas por redução ao valor recuperável de ativos acumuladas. A entidade deve reconhecer os custos de operação dia a dia de item de ativo imobilizado como despesa do resultado no período em que são incorridos
.
Depreciação
Caso as partes principais de item do ativo imobilizado tenham padrões de consumo de benefícios econômicos significativamente diferentes, a entidade deve alocar o custo inicial do ativo para suas partes principais e depreciar cada parte separadamente ao longo de sua vida útil. Outros ativos devem ser depreciados ao longo de sua vida útil como um único ativo. Com algumas exceções, tais como: as pedreiras e os locais utilizados como aterros, os terrenos têm vida útil ilimitada e, portanto, não são depreciados.
A despesa de depreciação de cada período deve ser reconhecida no resultado, a não ser que outra seção desta norma exija que o custo seja reconhecido como parte do custo de ativo. Por exemplo, a depreciação dos ativos imobilizados da produção é incluída no custo dos estoques.
Valor depreciável e período de depreciação
A entidade deve alocar o valor depreciável de ativo em base sistemática ao longo da sua vida útil.
Fatores como, por exemplo, mudança na maneira como o ativo é utilizado, desgaste e quebra relevante inesperada, progresso tecnológico e mudanças nos preços de mercado podem indicar que o valor residual ou a vida útil do ativo mudou desde a data de divulgação anual mais recente. Se tais indicações estiverem presentes, a entidade deve revisar suas estimativas anteriores e, caso as expectativas atuais divirjam, corrigir o valor residual, o método de depreciação ou a vida útil. A entidade deve contabilizar a mudança no valor residual, no método de depreciação ou na vida útil como mudança de estimativa contábil.
A depreciação do ativo se inicia quando o ativo está disponível para uso, isto é, quando está no local e em condição necessária para funcionar da maneira pretendida pela administração. A depreciação do ativo termina quando o ativo é baixado. A depreciação não termina quando o ativo se torna ocioso ou quando é retirado do uso produtivo, a não ser que o ativo esteja totalmente depreciado. Entretanto, sob os métodos de depreciação pelo uso, a despesa de depreciação pode ser zero quando não existe produção.
Na determinação da vida útil de ativo, a entidade deve considerar todos os seguintes fatores:
a) uso esperado do ativo. O uso é avaliado com base na capacidade esperada do ativo ou na produção física;
b) desgaste e quebra física esperada, que depende de fatores operacionais, como por exemplo, o número de turnos para os quais o ativo é utilizado, programas de reparo e manutenção e o cuidado e a manutenção do ativo enquanto estiver ocioso;
c) obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço resultante do ativo;
d) limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como: as datas de término dos arrendamentos mercantis relacionados.
Método de depreciação
A entidade deve escolher o método de depreciação que reflita o padrão pelo qual se espera consumir os benefícios econômicos futuros do ativo. Os possíveis métodos de depreciação incluem o método da linha reta, o método dos saldos decrescentes e método baseado no uso, tal como o método das unidades produzidas.
Se existir indicação de que tenha ocorrido mudança relevante desde a última data de divulgação anual nos padrões pelos quais a entidade espera consumir os benefícios econômicos futuros do ativo, a entidade deve revisar seu método atual de depreciação e, caso as expectativas atuais divirjam, mudar o método de depreciação para refletir o novo padrão. A entidade deve contabilizar tal mudança como mudança de estimativa contábil.
 Redução ao valor recuperável
A seguir, trataremos da redução ao valor recuperável de ativos das pequenas e médias empresas
.
Reconhecimento e mensuração de redução ao valor recuperável
Em cada data de divulgação, a entidade deve aplicar a Seção 27 da NBC TG 1.000 para determinar se um item ou um grupo de itens do ativo imobilizado está desvalorizado e, nesse caso, como reconhecer e mensurar a perda pela redução ao valor recuperável do ativo. Tal seção explica como e quando a entidade revisa os valores contábeis dos seus ativos, como ela determina o valor recuperável de ativo, e quando a mesma reconhece ou reverte uma perda por desvalorização.
Indenização para redução ao valor recuperável
A entidade deve incluir no resultado as indenizações de terceiros para os itens do ativo imobilizado que sofram desvalorização, que sejam perdidos ou abandonados,

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