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2005 - Definição e Critérios de Avaliação de Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido (Impresso)

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Capítulo 11 
DEFINIÇÃO E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE PASSIVO E DE PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO – José Carlos Marion 
PASSIVO (EXIGIBILIDADES) 
Uma característica essencial de uma exigibilidade é que a empresa tem uma 
obrigação no momento da avaliação. Uma obrigação é o dever ou a 
responsabilidade de agir ou de cumprir de uma certa forma. 
As obrigações podem ser legalmente executáveis como uma conseqüência de um 
contrato restritivo (obrigatório) ou algum requisito estatutário ou legal. Esse é 
normalmente o caso, por exemplo, com valores a pagar correspondentes a bens e 
serviços recebidos. 
Práticas Comerciais 
É preciso deixar bem claro, todavia, que obrigações (passivos, exigibilidades) 
também surgem como conseqüência de práticas comerciais usuais, hábitos 
comerciais e do desejo (e necessidade) de manter boas relações comerciais e de 
agir de uma forma justa e eqüitativa. 
Presente x Futuro 
Nesta altura, é necessário fazer uma distinção entre uma obrigação presente e um 
comprometimento futuro. Por exemplo, a decisão, pela empresa, de adquirir ativos 
no futuro não faz com que, de per si, surja uma exigibilidade agora. Uma 
exigibilidade usualmente somente irá surgir quando o ativo for entregue ou houver 
uma redução do patrimônio líquido (por despesa reconhecida ou, decisão de 
distribuir resultado tomada, por exemplo). 
 
Pagamentos 
A liquidação ou pagamento de uma exigibilidade usualmente envolve o fato da 
entidade entregar recursos que têm em seu bojo benefícios econômicos a fim de 
satisfazer o direito da outra contratante. A liquidação de uma dívida, obrigação ou 
exigibilidade pode ocorrer de diversas formas, por exemplo, por: 
a) pagamento em dinheiro; 
b) transferência de outros ativos; 
c) execução de serviços; 
d) substituição daquela exigibilidade por outra; 
e) conversão da exigibilidade em capital ou outro item do patrimônio 
líquido. 
Provisões 
Algumas exigibilidades somente podem ser mensuradas se utilizar um grau 
substancial de estimativa. São as provisões. 
Em alguns países tais provisões não são consideradas exigibilidades porque o 
conceito de exigibilidade é definido de forma muito estreita, a qual somente inclui 
montantes que possam ser estabelecidos sem a necessidade de fazer estimativas. 
Exemplos 
A definição moderna de exigibilidade entretanto tem uma maior abrangência. 
Assim, quando uma provisão envolve uma obrigação presente e satisfaz o restante 
da definição, é uma exigibilidade mesmo que o valor tenha que ser estimado. 
Exemplos incluem provisões para pagamentos a serem realizados sob garantias 
existentes e provisões para cobrir encargos por pensões e aposentadorias. 
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DO PASSIVO 
O Passivo Exigível poderá ser dividido em: 
a) Exigíveis Onerosos e Não Oneroso 
Exigíveis Onerosos são aqueles que estão custando à empresa, mensalmente, Juros e 
encargos bancários: Financiamentos, Empréstimos Bancários, etc. 
b) Exigíveis Fixos e Exigíveis Variáveis 
Os Fixos são aqueles que não variam com o volume de vendas da empresa: 
Aluguéis, Imposto de Renda, etc. 
c) Exigíveis de Coligadas e Exigíveis de Terceiros 
As obrigações com coligadas são aquelas contraídas junto a outras empresas do 
grupo. São dívidas de menor responsabilidade, dando maior flexibilidade financeira 
e menor risco de falência. 
d) Exigíveis Preferenciais e Exigíveis Quirografários 
Num caso de falência, preferenciais são as dívidas que serão liquidadas em primeiro 
lugar: 
(1) Despesas com falência; 
(2) Empregados e Encargos Sociais; 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Definido de forma simples, pode ser caracterizado como a diferença entre Ativo e 
Exigibilidades (Passivo). 
JUROS A VENCER 
Detalhamento 
Entretanto, esta definição é por demais simplista e pode ser melhor detalhada. Numa 
grande empresa, por exemplo, os recursos conferidos pelos acionistas, os lucros 
retidos, as reservas que representam apropriações de lucros retidos e as reservas que 
representam ajustes de capital podem ser demonstradas separadamente; aliás, é 
costumeiro fazer-se isso. 
 
Teoria do Proprietário 
O Patrimônio Líquido pode ser visualizado também conforme a teoria de controle 
predominante. Pela Teoria do Proprietário, aplicável principalmente nas 
sociedades de menor vulto mas, teoricamente também aplicável em grandes 
empresas, desde que haja um quotista absolutamente predominante, o patrimônio 
líquido, como diferença entre ativo e passivo, pertence ao proprietário. Assim, a 
equação patrimonial é expressa por: ATIVO - PASSIVO = PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO. 
Teoria dos Fundos 
Uma outra visualização do patrimônio líquido, bastante ilustrativa, é a Teoria dos 
Fundos. Segundo esta teoria, o Ativo é o somatório das aplicações que foi possível 
fazer pela utilização dos recursos provindos de terceiros e de capitais próprios. 
Assim, a representação da equação patrimonial, segundo esta teoria é: 
(APLICAÇÕES = RECURSOS ou USOS) = FONTES. Tal teoria é de particular 
interesse para as entidades governamentais. Mas, também é importante para 
entender melhor, nas entidades privadas, como foram aplicados os fundos e de onde 
foram obtidos (a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos é uma 
aplicação parcial desta teoria) 
Teoria da Entidade 
Já pela Teoria da Entidade, o patrimônio dos acionistas ou quotistas, pessoas 
físicas ou jurídicas, não se confunde com o patrimônio líquido da entidade, na 
continuidade. Tanto que o lucro líquido em si, apurado ao final de um exercício, não 
pode, sumariamente, ser distribuído todo aos acionistas, sendo necessária uma 
decisão de assembléia, para fazê-lo, e após as reservas legais e estatutárias terem 
sido acantonadas. 
O Patrimônio Líquido, em si, na continuidade, pertence à entidade. O próprio 
acionista não pode, a qualquer momento, retirar-se da sociedade, levando sua 
parcela de patrimônio, havendo prazos e regras para isso acontecer. Pela Teoria da 
Entidade a equação patrimonial é expressa como: ATIVO = PASSIVO + 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO DA ENTIDADE, ou, conforme alguns autores preferem, 
dando uma conotação mais abrangente ao termo passivo: ATIVO = PASSIVO. 
Provavelmente, embora todas as teorias tenham sua importância e aplicações 
parciais, a Teoria da Entidade é a que mais influencia o desenvolvimento da 
Contabilidade de nossos dias. 
Teoria do Comando 
Existem outras teorias mais modernas como a Teoria do Comando, que seria uma 
espécie de visualização do conjunto patrimonial de uma entidade de grandes 
proporções por parte de sua administração profissional. Segundo esta teoria, os 
administradores têm possibilidade de comando somente sobre aquela parcela do 
patrimônio que pode ser movimentada através de uma simples orientação da 
administração profissional, sem precisar de autorização expressa dos acionistas, ou 
do conselho de administração. 
Composição do PL 
De maneira geral, na apresentação em balanço, o Patrimônio Líquido é constituído 
basicamente pelos seguintes grupos principais: 
 Capital Contribuído Pelos Sócios (Efetivamente Integralizado) 
 Reservas de Lucros 
 Reservas Especiais de Capital 
 Lucros (Prejuízos) Acumulados 
O Patrimônio Líquido, em essência, sob qualquer ângulo que seja analisado, é o 
resultado final de todo o esforço feito pela entidade para alocar seus ativos (e 
passivos) da forma mais eficiente e lucrativa possível. 
Manutenção do PL 
Toda administração deseja, ao final de um período contábil, ter, pelo menos, preservado a 
integridade do poder aquisitivo do patrimônio líquido com que iniciou o período. Esta, 
entretanto, é uma hipótese mínima de trabalho, somente admissível em períodos de grandes 
dificuldades conjunturais. Oque se deseja, na verdade, é obter um patrimônio líquido final 
igual ao inicial multiplicado por (1+ p) x (1 + i), onde p é a taxa de inflação e i é a taxa 
desejada de retorno.

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