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Aula 82 Direito Civil Aula 08

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DIREITO CIVIL – Analista Judiciário do Superior Tribunal de Justiça 
PROFESSOR – LAURO ESCOBAR 
Prof. Lauro Escobar www.pontodosconcursos.com.br 1
AULA 08 
 
ESPÉCIES DE CONTRATOS 
 
Itens específicos do edital que serão abordados nesta aula: Espécies 
de Contrato. 
Subitens: Compra e Venda, Locação, Empréstimo (Mútuo e Comodato), 
Depósito, Mandato, Seguro e Fiança. 
CONTEÚDO ESQUEMÁTICO DA AULA 
Dispositivos do Código Civil referentes a esta aula: 
a) compra e venda: arts. 481 a 532, CC. 
b) locação: arts. 565 a 578, CC e Lei 8.245/91, com alterações. 
c) empréstimo: arts. 579 a 592, CC. 
d) depósito: arts. 627 a 652, CC. 
e) mandato: arts. 653 a 692, CC. 
f) seguro: arts. 757 a 802, CC 
g) fiança: arts. 818 a 839, CC 
 
Meus Amigos e Alunos 
Nosso edital foi lacônico neste tópico. Ele menciona a expressão 
“espécies de contratos”, sem apontar quais sejam estas espécies. Ora, um 
edital bem elaborado deveria dizer exatamente quais as espécies contratuais 
que irá exigir na prova. Fiz uma extensa pesquisa em editais e provas 
anteriores, concluindo que as espécies contratuais exigidas são as seguintes: 
compra e venda, locação, empréstimo (mútuo e comodato), depósito, 
mandato, seguro e fiança. 
Abaixo elaboramos um quadro sinótico desses contratos, contendo 
as principais características dos mesmos e a seguir os exercícios. 
 
COMPRA E VENDA (arts. 481 a 532, CC) 
Um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, 
a pagar-lhe o preço em dinheiro. O contrato não transfere a propriedade da coisa. A 
propriedade é transferida pela tradição ou registro. O contrato somente cria a 
obrigação de uma transferência da coisa. 
Elementos: coisa, preço e consenso. Não se transfere o domínio. Este é 
transferido pela tradição (bens móveis) ou pelo registro do título aquisitivo no Cartório 
de Registro de Imóveis (bens imóveis). 
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A lei proíbe que os ascendentes vendam aos descendentes quaisquer bens, sem 
que haja o consentimento dos outros descendentes e o cônjuge do alienante, salvo se 
casado sob o regime de separação obrigatória (art. 496, CC), sob pena de anulação 
do ato. Essa venda poderia simular uma doação em prejuízo dos demais herdeiros. 
Cláusulas especiais (pactos adjetos): 
a) Retrovenda (arts. 505 a 508): o vendedor se reserva o direito de reaver, em 
prazo certo, o imóvel alienado, restituindo ao comprador o preço mais as despesas 
realizadas. 
b) Venda a contento (arts. 509 a 512): o negócio somente se perfaz se o 
comprador se declarar satisfeito (condição suspensiva). 
c) Preempção (arts. 513 a 520): o comprador se obriga a oferecer ao vendedor 
a coisa móvel ou imóvel, caso for vendê-la a terceiro, para que se exerça o direito de 
prelação (preferência) em igualdade de condições. 
d) Reserva de domínio (arts. 521 a 528): o vendedor reserva para si a 
propriedade do bem até que se realize o pagamento integral do preço. 
LOCAÇÃO 
(arts. 565 a 578, CC e Lei 8.245/91, com alterações) 
Locação de coisas – É o contrato pelo qual uma das partes (locador ou 
senhorio) se obriga a ceder à outra (locatário ou inquilino), por tempo determinado ou 
não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa remuneração (art. 565, CC). 
Se houver mais de um locador ou locatário, entende-se que são solidários, se o 
contrato não estipulou o contrário. A locação de imóvel urbano é regulada pela Lei n° 
8.245/91. O locador só pode exigir uma das seguintes garantias sob pena de 
nulidade: a) caução (máximo 03 meses); b) fiança; c) seguro-fiança locatícia; d) 
cessão fiduciária de quotas de fundo de investimento. Durante o prazo convencionado 
não poderá o locador reaver o imóvel alugado; o locatário poderá devolvê-lo, pagando 
a multa pactuada. O locatário poderá denunciar a locação por prazo indeterminado 
mediante aviso por escrito ao locador, com antecedência mínima de trinta dias. No 
caso de alienação o locatário tem direito de preferência para adquirir o imóvel em 
igualdade de condições com terceiros. 
EMPRÉSTIMO (arts. 579 a 592, CC) 
Alguém entrega uma coisa para outrem, gratuitamente, obrigando-se este a 
devolver a mesma coisa ou devolver outra da mesma espécie e quantidade. 
Modalidades: 
1) Comodato – empréstimo de uso em que o bem emprestado deverá ser 
restituído, não podendo ser fungível ou consumível (uma casa). Não restituindo o 
bem, o comodante pode ingressar com ação de reintegração de posse e cobrar 
aluguel. 
2) Mútuo – empréstimo de consumo em que o bem usado, sendo fungível 
ou consumível, não poderá ser devolvido e a restituição será em seu equivalente, por 
outra coisa da mesma espécie, qualidade e quantidade (um quilo de feijão). Pode ser 
gratuito ou oneroso (feneratício). 
DEPÓSITO (arts. 627 a 652, CC) 
Uma pessoa (depositária) recebe de outra (depositante) um objeto móvel para 
guardá-lo, temporária e gratuitamente, até que o depositante o reclame. A Súmula 
Vinculante no 25 do STF estabelece: “É ilícita a prisão civil do depositário infiel, 
qualquer que seja a modalidade de depósito”. 
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MANDATO (arts. 653 a 709, CC) 
Alguém (mandatário) recebe de outro (mandante), poderes para, em seu nome 
(em nome do mandante), praticar atos ou administrar interesses. O instrumento do 
mandato escrito é a procuração. O mandato pode ser legal, judicial ou convencional 
(ad judicia ou ad negotia). Substabelecer uma procuração significa conferir a terceira 
pessoa os poderes que recebeu do mandante. 
SEGURO (arts. 757 a 802, CC) 
Uma das partes (segurador) se obriga perante outra (segurado), mediante o 
pagamento de um prêmio, a garantir-lhe interesse legítimo relativo a pessoa ou 
coisa e a indenizá-la de prejuízo decorrente de riscos futuros, previstos no contrato. 
FIANÇA (arts. 818 a 839, CC) ou caução fidejussória 
Promessa feita por uma ou mais pessoas de garantir ou satisfazer a obrigação 
de um devedor, se este não a cumprir, assegurando ao credor seu efetivo 
cumprimento. 
TESTES 
As questões adiante seguem o padrão que a CESPE/UnB costuma 
usar, julgando as assertivas e colocando CERTO ou ERRADO. 
QUESTÃO 01 (CESPE/UnB – Analista Judiciário STM/2011) Com 
relação ao Novo Código Civil, julgue os itens seguintes. 
a) No contrato de compra e venda, até a tradição, em regra, os riscos pela 
perda da coisa objeto do contrato correm por conta do comprador. 
b) A execução da fiança está subordinada ao não cumprimento da obrigação 
pelo devedor e, uma vez nula a obrigação principal, a fiança se extingue. Ao 
contrário, a nulidade do contrato de fiança não tem qualquer efeito no que 
concerne à validade da obrigação principal. 
c) O contrato de mútuo se presta ao empréstimo de coisa infungível, a qual, 
com a tradição, passa a ser de propriedade do mutuário. 
COMENTÁRIOS: 
a) Errado. Segundo o art. 492, CC, no contrato de compra e venda, até o 
momento da tradição, os riscos pela perda da coisa objeto do contrato correm 
por conta do vendedor (e não do comprador). 
b) Certo. De fato, a execução de da fiança está subordinada ao não 
cumprimento da obrigação principal pelo devedor (art. 818, CC). Uma 
obrigação nula, como regra, não pode ser suscetível de fiança (art. 824, CC). 
Se mesmo assim foi elaborado o contrato, este também é nulo e deve ser 
extinto. Porém se o vício atingir apenas à fiança, este fato não contaminará a 
obrigação principal. 
c) Errado. O mútuo é o contrato pelo qual alguém transfere a propriedade 
de bem fungível, ou seja, que pode ser substituído por outro igual (e não 
infungível comona afirmação) a outrem, que se obriga a lhe restituir coisa do 
mesmo gênero, qualidade e quantidade (art. 586, CC). A outra afirmação está 
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correta, pois a coisa recebida em mútuo passa para a propriedade do 
mutuário, que lhe dará o destino que quiser, consumindo-a, guardando-a, 
emprestando-a para terceiro ou mesmo alienando-a por venda ou doação. A lei 
não exige um modo especial para a sua celebração (possui forma livre), exceto 
se for o mútuo oneroso, hipótese que deverá ser convencionada 
expressamente (art. 591, CC). 
QUESTÃO 02 (CESPE/UnB - Procurador do Estado da Paraíba – 2008) 
Com relação aos contratos, julgue os itens a seguir: 
a) O comodato, se remuneratório, equivale ao mútuo, por isso transfere o 
domínio da coisa e assegura ao proprietário proteção possessória quando 
vencido o prazo ajustado, bem como assegura o direito de resolver o 
contrato se o comodatário deixar de pagar a retribuição pelo uso do bem. 
b) Na venda de imóveis por extensão, se o comprador verificar que a área 
existente não corresponde às dimensões dadas pelo vendedor, o comprador 
irá obter redução proporcional do preço, em razão de vício oculto, que lhe 
diminua o valor. 
COMENTÁRIOS: 
a) Errado. No comodato não se transfere o domínio da coisa; apenas a sua 
posse. Não há comodato remuneratório. No máximo, o que pode haver é a 
imposição de algum ônus (como o pagamento do IPTU e/ou condomínio). 
b) Errado. Pelo art. 500, CC, se, na venda de um imóvel, se estipular o 
preço por medida de extensão ou se determinar a respectiva área (venda ad 
mensuram), e esta não corresponder, em qualquer dos casos, às dimensões 
dadas, o comprador terá o direito de exigir o complemento da área, e, não 
sendo isso possível, o de reclamar a rescisão do contrato ou abatimento 
proporcional ao preço. Portanto não é caso de vício oculto que lhe diminua o 
valor. 
QUESTÃO 03 (CESPE/UnB – Juiz Federal Substituto/2009 – 5a Região) 
Acerca dos contratos segundo as disposições do Código Civil, julgue os 
itens subsequentes. 
a) o comodatário poderá recobrar do comodante as despesas feitas com o 
uso e o gozo da coisa emprestada. 
b) pelo contrato de depósito recebe o depositário um objeto móvel ou 
imóvel, para guardar, até que o depositante o reclame. 
COMENTÁRIOS: 
a) Errado. Nos termos do art. 584, CC, o comodatário jamais poderá 
recobrar do comodante as despesas feitas com o uso e o gozo da coisa 
emprestada. 
b) Errado. O art. 627, CC menciona apenas os bens móveis como objeto do 
depósito. 
QUESTÃO 04 (CESPE/UnB – Defensor Público da União) Julgue os itens 
seguintes, acerca dos contratos regidos pelo Código Civil. 
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a) A retrovenda é condição resolutiva expressa do contrato, simplesmente 
potestativa, e consiste na vontade unilateral e imotivada do alienante de 
reaver o imóvel, desde que indenizado o comprador. O direito de retrato não 
é suscetível de cessão por ato entre vivos, nem transmissível aos herdeiros 
por causa de morte do alienante, isto é, por sucessão hereditária. 
b) João Victor alienou seu veículo automotor a Monalisa, sua única filha, 
sem o consentimento expresso de seu cônjuge. Nesse caso, a referida venda 
é sempre anulável, podendo, outrossim, ser validada pelo consentimento 
posterior do cônjuge. 
c) A fiança dada por duas ou mais pessoas acarreta sempre na solidariedade 
entre os fiadores. A referida solidariedade se apresenta entre os fiadores e o 
devedor principal. Assim, se o devedor principal não pagar o débito, cada 
fiador obriga-se a pagá-lo na totalidade. Poderá o credor executar todos eles 
e, se forem penhorados bens de todos, os fiadores têm o direito de exigir 
que os bens do executado sejam leiloados primeiro. 
COMENTÁRIOS: 
a) Errado. Pelo art. 507, CC o direito de retrato é cessível (inter vivos) e 
transferível causa mortis aos herdeiros e legatários. 
b) Errado. Nem sempre é anulável, pois nos termos do art. 544, CC a 
doação de ascendente para descendente pode se constituir em adiantamento 
da legítima. 
c) Errado. Podem os fiadores, entre si, prever expressamente no contrato 
de fiança, que se utilizarão o benefício de divisão, isto é, de que a obrigação 
entre eles seja divisível. Neste caso, cada fiador responderá apenas pela parte 
que lhe couber em proporção no pagamento (art. 829 e parágrafo único, CC). 
QUESTÃO 05 (CESPE – Técnico Bancário – CEF - 2006) Os bancos, em 
suas operações ativas, que são aquelas por meio das quais eles emprestam 
dinheiro a seus clientes, buscam resguardo por meio de sistemas de garantias. 
As garantias mais utilizadas pelos bancos são as chamadas cauções pessoais 
(o aval e a fiança) e as cauções reais (a hipoteca, o penhor e a alienação 
fiduciária). Diante dessas informações e com base na legislação vigente, julgue 
os itens a seguir. 
a) A hipoteca tem como regra o oferecimento de coisas imóveis do devedor 
ou de terceiros. 
b) O penhor, em regra, é constituído pela transferência efetiva da posse de 
coisa móvel, suscetível de alienação, que o devedor faz em garantia do 
débito ao credor. 
c) O aval difere da fiança em vários pontos; um deles é que, em regra, o 
aval não requer a outorga conjugal para a sua validade. 
d) A fiança pode ser prestada por menor de idade, desde que esse menor 
seja emancipado ou haja autorização judicial. 
e) O avalista pode desistir de ser avalista, desde que comunique ao credor 
essa decisão por escrito. 
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COMENTÁRIOS: 
a) Certo. Esta matéria pertence ao direito das coisas. No entanto, segundo 
o art. 1.743, I, CC a hipoteca recai em regra sobre bens imóveis. 
b) Certo. Nos termos do art. 1.431, CC. 
c) Errado. Ambos necessitam da outorga conjugal. 
d) Questão muito controvertida. Não deveria ter caído. Mas caiu e não 
foi anulada. O gabarito deu a afirmação como errada. No entanto os autores de 
uma forma geral afirmam que se a fiança for prestada por pessoa emancipada 
ela é válida. Porém a professora Maria Helena Diniz entende que a 
emancipação confere o direito de administrar seus próprios negócios e a fiança 
é uma obrigação por dívida alheia. Tal posição, ao que parece, foi acolhida pela 
CESPE. Mas repito... há controvérsia a respeito. 
e) Errado. O avalista não pode desistir de continuar a sê-lo simplesmente 
comunicando ao credor a sua decisão. O aval até pode ser cancelado, mas o 
credor deve permitir tal situação; não se trata de uma decisão unilateral do 
avalista, mas bilateral. 
TESTES DE OUTRAS BANCAS EXAMINADORAS 
01) Sobre o contrato de compra e venda, marque a opção INCORRETA. 
a) é nulo quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação 
do preço. 
b) quando o contrato de compra e venda for puro, considera-se obrigatório e 
perfeito, desde que as partes acordem no objeto e no preço. 
c) é lícito o contrato de compra e venda entre os cônjuges, com relação a 
bens pertencentes à comunhão. 
d) a cláusula de reserva de domínio deve ser estipulada por escrito e depende 
de registro para valer contra terceiros. 
COMENTÁRIOS. Alternativa incorreta: letra “c”. O contrato de compra e 
venda entre cônjuges só pode dizer respeito a bens excluídos da comunhão, ou 
seja, só pode recair sobre bens particulares, conforme determinação do art. 
499, CC. Como vimos o contrato está perfeito quando há acordo sobre a coisa 
e o preço (consensus, res e pretium), sendo nulo quando há arbítrio de uma 
das partes em relaçãoa qualquer de seus elementos (portanto as letras “a” e 
“b” estão corretas). Na cláusula com reserva de domínio se estipula em 
contrato de compra e venda de coisa móvel, que o vendedor reserve para si a 
propriedade do bem, até o momento em que se realize o pagamento integral 
do preço. Somente neste momento o negócio terá eficácia plena. O vendedor 
transfere ao comprador a posse da coisa, mas conserva a propriedade até o 
pagamento total do preço (art. 521, CC). Trata-se de um contrato formal 
(solene), que deve ser feito por escrito. Para ter efeito perante terceiros (erga 
omnes) ainda deve ser registrado no Cartório de Títulos e Documentos. 
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02) (OAB/SP – 2007) São pactos adjetos à compra e venda com 
previsão legal, EXCETO: 
a) a retrovenda. 
b) a preempção. 
c) a venda a contento. 
d) a venda com reserva de domínio. 
e) o laudêmio. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “e”. O contrato de compra e 
venda pode ser puro e simples. Mas se as partes assim desejarem, o contrato 
pode ser acompanhado de algumas cláusulas especiais. Estas não retiram sua 
essência, apenas alteram sua fisionomia. O Código Civil usa o termo “cláusulas 
especiais”, mas a doutrina costuma chamá-las de “pactos adjetos” à compra e 
venda e os concursos também gostam desta terminologia (para que simplificar 
se eu posso complicar?). Pacto quer dizer acordo; adjeto, de adjetivo, de 
qualidade ou acessório do principal. Eles estão previstos expressamente na lei: 
retrovenda (arts. 505/508, CC); venda a contento e da sujeita a prova (arts. 
509/512, CC); preempção ou direito de preferência (arts. 513/520, CC); venda 
com reserva de domínio (arts. 521/528, CC) e a venda sobre documentos 
(arts. 529/532, CC). Portanto, a única hipótese que não é um pacto adjeto é o 
laudêmio. Este termo é analisado na aula referente ao Direito das Coisas, em 
especial na Enfiteuse. Antecipando o tema, laudêmio é uma quantia que 
alienante de um imóvel dado em enfiteuse paga ao proprietário do imóvel por 
ocasião da venda do mesmo. É de se acrescentar que para o Direito Civil está 
proibida a cobrança do laudêmio (art. 2.038, §1°, I, CC). 
03) Sobre o contrato de compra e venda é CORRETO afirmar que: 
a) pode ser gratuito. 
b) é sinalagmático. 
c) é sempre solene. 
d) só é válido se registrado no registro de imóveis 
e) se não for cumprido acarretará sempre perdas e danos. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “b.” Sinalagmático quer dizer 
bilateral. O contrato de compra e venda é bilateral, pois cria obrigações para 
ambos contratantes. As demais alternativas estão erradas. A compra e venda 
não pode ser gratuita (se assim fosse seria doação). Nem sempre uma compra 
e venda é um ato solene: quando o objeto for um bem móvel de pequeno valor 
ela pode ser até verbal. Não é necessário o registro do contrato no registro de 
imóveis, especialmente se o bem for móvel. Finalmente, nem sempre o não 
cumprimento do contrato gera perdas e danos. É possível que o não 
cumprimento (inadimplemento) se deu por caso fortuito ou força maior. Nestes 
casos não há indenização. 
04) Um pequeno agricultor colheu toda a sua produção de café, guardando-a 
em um depósito. Dirigiu-se à cidade e vendeu toda colheita, inclusive 
assinando um contrato a respeito. Foi marcado um encontro para a entrega da 
colheita. No dia marcado o agricultor compareceu ao local designado, porém o 
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comprador não compareceu. Naquele dia houve uma grande tempestade, que 
molhou toda a produção, estragando todo café. Neste caso o dano: 
a) será suportado pelo vendedor, posto que a tempestade é considerada caso 
fortuito. 
b) será suportado pelo comprador, pois o mesmo estava em mora. 
c) será suportado pelo comprador, posto que o café é um produto que precisa 
ser medido (pesado) para que a venda se torne perfeita. 
d) será suportado pelo vendedor, pois ele assume todos os riscos até a 
entrega, especialmente quando ocorre algum fato de natureza (tempestade). 
e) será suportado por ambos, comprador e vendedor, pois uma tempestade, 
sendo considerada como caso fortuito, os riscos são divididos 
equitativamente. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “b”. Segundo o art. 492, CC até o 
momento da tradição (entrega), os riscos da coisa correm por conta do 
vendedor e os do preço por conta do comprador. Portanto, se a tempestade 
caísse antes da entrega e estragasse a colheita, o prejuízo seria suportado 
somente pelo vendedor, embora não gerasse perdas e danos. No entanto, no 
caso concreto, o vendedor foi ao local no dia combinado para a entrega da 
colheita, colocando a coisa a sua disposição, sendo que o comprador não 
compareceu. Por tal motivo o comprador está em mora. Neste caso aplica-se o 
§2° do mesmo dispositivo: correrão por conta do comprador os riscos das 
coisas, se estiver em mora de recebê-las, quando postas a sua disposição no 
tempo, lugar e modo ajustados. 
05) O direito que tem o vendedor de readquirir o imóvel que vendeu 
dentro de certo prazo, restituindo o preço recebido e reembolsando as 
despesas ao comprador, denomina-se: 
a) venda a contento. 
b) preempção. 
c) pacto comissório. 
d) retrovenda. 
e) perempção. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “d”. Trata-se da retrovenda, 
disciplinada nos arts. 505 a 508, CC. Este instituto não é utilizado, por não ser 
muito conveniente na prática (ex: eu vendo um imóvel para você; 
posteriormente você deve revendê-lo para mim pelo mesmo preço que 
comprou). Trata-se de uma condição resolutiva. 
06) É considerada como venda sob condição suspensiva a: 
a) retrovenda. 
b) venda com pacto comissório. 
c) preempção. 
d) venda por amostra. 
e) venda a contento. 
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COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “e”. A venda a contento (art. 
509, CC) consiste na hipótese de venda feita sob condição suspensiva. Isto 
porque a venda não se aperfeiçoa enquanto o comprador não se declara 
satisfeito. Ex: A vende para B um utensílio doméstico, entregando-lhe o 
objeto. No entanto, a conclusão do negócio fica na dependência de B 
manifestar sua aceitação, após provar o produto ou depois de determinado 
prazo. Até esse ato a coisa ainda pertence ao vendedor. 
07) Relaciona-se com direito de preferência a: 
a) preempção. 
b) venda com pacto comissório. 
c) venda a contento. 
d) perempção. 
e) venda por amostra 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “a”. Direito de preferência tem 
como sinônimos: prelação e preempção. Cuidado para não confundir com 
perempção que outro instituto, referente à hipoteca; tal instituto também é 
estudado no Direito Processual Civil e Processual Penal, embora com outro 
significado. 
08) A cláusula inserida no contrato de compra e venda pela qual o 
vendedor reserva para si a propriedade até que o preço esteja 
integralmente pago chama-se: 
a) retrovenda. 
b) venda a contento. 
c) preempção. 
d) reserva de domínio. 
e) pacto comissório. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “d”. Segundo o art. 521, CC pela 
venda com reserva de domínio o vendedor pode reservar para si a propriedade 
até que o preço esteja integralmente pago. Ex: vendo meu carro para você em 
dez prestações. Eu lhe dou a posse imediata do bem. Mas a propriedade 
somente será entregue após a quitação das dez prestações. Antes disso eu 
mantenho a propriedade em meu nome. Esta cláusula deve ser sempre 
expressa no contrato (ou seja, estar prevista por escrito). 
09) São elementos do contratode compra e venda, além dos 
elementos gerais dos atos jurídicos: 
a) a tradição e a transcrição. 
b) o preço, a coisa e a forma prescrita em lei. 
c) o preço, o consenso e a forma prescrita em lei. 
d) o preço, a coisa e a transcrição. 
e) o preço, a coisa e o consenso. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “e”. Pelo que se extrai do art. 
481, CC, são elementos dos contratos de compra e venda, além dos comuns a 
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todos os atos jurídicos e a todos os contratos: a) coisa (é o objeto da compra e 
venda seja ela corpórea ou incorpórea, podendo se referir a uma coisa futura, 
como a safra a ser colhida); b) preço (é a quantia certa em dinheiro ou por 
coisas representativas de dinheiro, como o cheque, que o comprador é 
obrigado a pagar pela coisa) e c) consentimento (é o acordo de vontade entre 
os contratantes sobre a coisa, o preço e as demais condições do negócio – 
lembrem-se de que é nulo o contrato em que o preço é fixado ao arbítrio 
exclusivo de uma das partes). 
10) Considere as assertivas abaixo a respeito do contrato de compra e 
venda. 
I – Pode ser válida a compra e venda de bens que inexistem no momento 
da celebração do contrato. 
II – Como um contrato somente obriga e relaciona o contratante, o preço 
não pode ser fixado por terceira pessoa. 
III – Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do 
vendedor e os do preço por conta do comprador. 
Quais são as afirmativas VERDADEIRAS? 
a) Apenas a I. 
b) Apenas a III. 
c) Apenas a I e III. 
d) Apenas a II e III. 
e) todas estão corretas. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “c”. Estão corretas as afirmações 
I e III. A afirmação I está correta, pois o art. 483, CC prevê que a compra e 
venda pode ter por objeto coisa atual ou futura. Lembrando que o contrato 
ficará sem efeito se a coisa não vier a existir (salvo se a intenção era a de 
realizar contrato aleatório – com risco). A afirmação II está errada. O art. 489, 
CC dispõe que é nulo o contrato quando a fixação do preço é deixada ao 
arbítrio de uma das partes; porém o art. 485, CC permite que ele seja deixado 
ao arbítrio de terceiro, que os contratantes logo designarem ou prometerem a 
designar. A assertiva III está correta, pois é o que dispõe expressamente o 
art. 492, CC. 
11) (FCC – Auditor-Fiscal Tributário Municipal de São Paulo – ISS/SP - 
2007) Caio vendeu a Tício imóvel de sua propriedade, pelo preço de R$ 
100.000,00 (cem mil reais). Durante as negociações, Caio mencionou que o 
imóvel tinha área de 1.000 m² (mil metros quadrados). Todavia, ao ingressar 
na posse, Tício constatou que a área, na realidade, era de 900 m² (novecentos 
metros quadrados). Neste caso, Tício 
(A) não terá direito à restituição proporcional do preço, em nenhuma 
hipótese. 
(B) terá direito à restituição proporcional do preço, se a venda houver sido 
estipulada ad mensuram. 
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(C) terá direito à restituição proporcional do preço, se a venda houver sido 
estipulada ad corpus. 
(D) teria direito à restituição proporcional do preço, se a diferença não fosse 
superior a 1/20 (um vigésimo) da área declarada. 
(E) terá direito à restituição proporcional do preço, em qualquer hipótese. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “b”. Um contrato de venda de 
terras pode ser feito de duas maneiras: ad mensuram e ad corpus. A venda ad 
mensuram ou por medida (art. 500, CC) é aquela em que se fixa área 
determinada e estipula o preço por medida de extensão. O comprador adquire 
uma determinada metragem de terreno e o vendedor tem de entregar a 
quantidade vendida (há uma tolerância em favor do vendedor de até menos de 
1/20 da área total enunciada). Se a medida for menor, o comprador terá o 
direito de exigir o complemento da área, e, não sendo possível, o de 
reclamar a rescisão do contrato ou abatimento proporcional do preço. Se a 
área encontrada for maior do que a declarada no título, o vendedor tem 
direito, por escolha do comprador, de receber a complementação do preço ou a 
devolução do excesso, desde que o vendedor possa provar que tinha motivo 
suficiente para ignorar a medida exata da área vendida. Tanto o vendedor 
quanto o comprador têm o prazo de um ano para ingressaram com as ações 
correspondentes (art. 501, CC). Considera-se ad corpus (art. 500, §3°, CC) a 
compra e venda de uma gleba determinada de terra, com limites e 
confrontações conhecidas por ambos os contratantes e colocados na descrição 
no título. As partes não estão interessadas em medidas, mas no todo que 
compõe a gleba. Neste caso não haverá complementação da área e nem 
devolução do excesso. 
12) Negando-se o comodatário, constituído em mora, a devolver o bem 
ao comodante ... 
a) fica obrigado a restituir a coisa com juros legais, juros compensatórios e 
penalidades moratórias e, em se tratando de comodato de dinheiro, a restituir 
em dobro o valor emprestado. 
b) passa a dever ao comodante valor correspondente a aluguel pelo uso do 
bem, até a sua efetiva devolução. 
c) comete esbulho, sujeitando-se à propositura de ação de reintegração de 
posse, sem pagamento de aluguel, pois é gratuito o comodato. 
d) não responde pelo perecimento do bem em caso de força maior ou por 
caso fortuito, a não ser que não tenha tomado as cautelas de praxe para a 
guarda da coisa e que não tenha registrado o contrato de comodato no 
Cartório competente. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “b”. O comodato é o empréstimo 
gratuito de coisa não fungível (ou seja, que não pode ser substituída), também 
chamado de empréstimo de uso. Por determinação do art. 582, CC, caso o 
comodatário se negue a restituir o bem, responderá por qualquer dano 
causado e deverá pagar aluguel fixado pelo comodante. A letra “a” contém um 
erro sério, pois não existe comodato de dinheiro. Como vimos o comodato é 
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para bens infungíveis (não pode ser substituído por outro igual) e o dinheiro é 
coisa fungível. A letra “c” também está errada. Embora o comodatário esteja 
sujeito a ação de reintegração de posse, fica responsável, também, pelo 
pagamento do aluguel da coisa que não devolveu (art. 582, CC). Se o 
comodatário for constituído em mora, terá responsabilidade total sobre a coisa, 
devendo reparar eventual dano ainda que se possa atribuir a caso fortuito ou 
força maior (art. 583, CC). 
13) (Advogado da I.R.B. – Brasil Resseguros – 2006) É obrigação do 
comodante: 
a) pagar despesas ordinárias feitas com o uso e gozo da coisa. 
b) responsabilizar-se, solidariamente, se houver mais comodatários. 
c) restituir a coisa emprestada in natura no momento devido. 
d) pagar não só as despesas extraordinárias e necessárias, feitas em caso de 
urgência, para a conservação da coisa, mas também os dispêndios não 
relacionados com a fruição do bem dado em comodato. 
e) responder pela mora, suportando os riscos. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “d”. Inicialmente temos que 
saber “quem é quem” no comodato. Comodante é a pessoa que empresta a 
coisa (de forma gratuita). Já o comodatário é a pessoa que toma a coisa 
emprestada e tem o dever de devolvê-la posteriormente, quando do término 
do contrato. Portanto todas as alternativas (a exceção da letra “d”) são 
deveres do comodatário e não do comodante. Este continuará responsável 
pelas despesas extraordinárias e necessárias. Exemplo: empresto o meu 
apartamento para um amigo. Se em uma reunião de condôminos fica resolvida 
a reforma daparte da entrada do edifício, como embelezamento e mesmo para 
uma melhor segurança dos moradores, com instalação de circuito interno de 
câmeras, etc., esta despesa deverá ser paga por mim (comodante), o mesmo 
ocorrendo em uma locação. 
14) (OAB/SP – 2007) Comodatário (dentro do prazo estabelecido no 
contrato) vê a moto que lhe foi emprestada desaparecer por conta de 
um caso fortuito. Neste caso, é CORRETO afirmar que: 
a) o comodante tem direito à indenização pelo valor da moto, além das 
demais perdas e danos. 
b) o comodante tem direito apenas à indenização pelo valor da moto. 
c) o comodatário nada deve ao comodante e a obrigação de restituir está 
extinta. 
d) a obrigação está mantida, devendo o comodatário restituir um bem do 
mesmo gênero e qualidade. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “c”. Embora a questão fale 
especificamente sobre o comodato, esta é uma regra comum a todo o Direito 
das Obrigações. Em qualquer obrigação de restituir coisa certa (obrigação de 
dar), se esta se perder ou se deteriorar antes da tradição, sem culpa do 
devedor, sofrerá o credor a perda e a obrigação se extinguirá para ambas as 
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partes. Trata-se da regra res perit domino (ou creditori), ou seja, a coisa 
perece para o dono (ou para o credor). Assim, se a coisa se perde sem culpa 
do devedor, quem arca com o prejuízo é o credor, consoante os termos do art. 
238, em consonância com o art. 234, ambos do Código Civil. No entanto, se 
houver culpa do devedor, responderá ele pelo valor do bem, acrescido de 
perdas e danos. 
15) Assinale a alternativa INCORRETA, relativamente ao mandato. 
a) o mandante é obrigado a satisfazer todas as obrigações contraídas pelo 
mandatário, na conformidade do mandato conferido, e adiantar a importância 
das despesas necessárias à execução dele quando o mandatário lhe pedir. 
b) o mandante é obrigado a pagar ao mandatário a remuneração ajustada e 
as despesas da execução do mandato, ainda que o negócio não surta o efeito 
esperado, salvo se o mandatário for culpado pela não conclusão do negócio. 
c) o mandato presume-se oneroso quando o contrário não tiver sido 
estipulado pelas partes. 
d) o mandatário que exceder os poderes do mandato, ou proceder contra 
eles, será considerado gestor de negócios, enquanto o mandante não lhe 
ratificar os atos. 
COMENTÁRIOS. Alternativa incorreta: letra “c”. Mandato é contrato pelo 
qual alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou 
administrar interesses. O art. 658, CC estabelece presunção relativa (também 
chamada de presunção juris tantum, ou seja, que admite prova em contrário) 
de gratuidade do mandato quando não houver estipulação contratual, exceto 
se o seu objeto corresponder ao daqueles em que o mandatário trata por ofício 
ou profissão lucrativa (ex: um advogado, um despachante, etc.). Portanto, o 
estipulado pelo Código Civil é exatamente o contrário do que está disposto na 
questão. As demais alternativas estão corretas. 
16) (OAB/SP – 2007) Sobre o mandato, é ERRADO afirmar que: 
a) o noivo pode ser representado por mandatário na celebração do 
casamento. 
b) outorgado mandato por instrumento público com o fim especial de o 
mandatário alugar a casa do mandante, eventual substabelecimento pode ser 
feito por instrumento particular. 
c) o mandato pode ser verbal. 
d) é nulo o mandato que contiver a cláusula “em causa própria”. 
e) a aceitação do mandato pode ser tácita. 
COMENTÁRIOS. Alternativa errada: letra “d”. O mandato que tenha a 
cláusula “em causa própria” é aquele em que o beneficiário é o próprio 
mandante. O exemplo clássico é aquele em que uma pessoa (mandante) dá 
poderes a outra (mandatário) vender uma casa, sendo que esta pode vendê-la 
para si mesmo (daí em causa própria) ou para terceira pessoa. Ao contrário do 
que constou na alternativa, ele é considerado válido (art. 685, CC), porém ele 
é irrevogável. Assim, eventual “revogação” não terá eficácia e nem se 
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extinguirá pela morte de qualquer das partes. A letra “a” está correta, pois um 
casamento pode ser celebrado por procuração, conforme prevê o art. 1.542, 
CC. No entanto exige-se que o procurador tenha poderes especiais para tanto 
e que a procuração seja feita por instrumento público. A letra “b” está correta, 
pois o art. 655, CC prevê que ainda quando se outorgue mandato por 
instrumento público, pode substabelecer-se mediante instrumento particular. A 
letra “c” está correta, pois o art. 656, CC permite que o mandato seja expresso 
ou tácito, verbal ou escrito. Finalmente a letra “e” também está correta, pois o 
art. 659, CC admite a aceitação do mandato de forma tácita. 
17) Se Carlos, ao instituir Roberto e Maurício como seus mandatários, 
delimitar, no instrumento do mandato a ação de cada um ter-se-á 
mandato plural ... 
a) conjunto. 
b) solidário. 
c) ad negotia. 
d) substitutivo. 
e) fracionário. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “e”. Chamamos de singular (ou 
simples) o mandato em que há apenas um mandatário. Quando há vários 
mandatários chamamos de plural. Neste caso há uma subclassificação. O 
fracionário é aquele em que a ação de cada mandatário está delimitada, 
devendo cada qual agir em seu setor. O conjunto ocorre quando os 
mandatários não puderem agir separadamente; todos devem agir em 
conjunto. O solidário ocorre quando os mandatários podem agir 
separadamente e independentemente da ordem de nomeação (qualquer um 
pode fazer qualquer coisa). O substitutivo é aquele em que um pode agir na 
falta do outro, mas observando sempre a ordem de nomeação. 
18) Durante a vigência de uma locação residencial (Lei n° 8.245/91) 
com prazo determinado de 30 (trinta) meses, o locador: 
a) não poderá reaver o imóvel locado; o locatário poderá devolvê-lo, 
pagando proporcionalmente a multa pactuada no contrato. 
b) somente poderá reaver o imóvel locado se demonstrar que necessita do 
mesmo para uso próprio; o locatário somente poderá devolvê-lo se for 
transferido de emprego para fora da Comarca onde se situa o imóvel. 
c) somente poderá reaver o imóvel locado se demonstrar que necessita do 
mesmo para uso próprio, para ascendente ou descendente; o locatário não 
poderá devolvê-lo, a não ser que notifique o locador de seu intento com 
antecedência mínima de seis meses e pague integralmente a multa prevista 
no contrato. 
d) não poderá reaver o imóvel locado em hipótese alguma; o locatário não 
poderá devolvê-lo em hipótese alguma. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “a”. Nas locações residências (Lei 
n° 8.245/91) ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a trinta 
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meses, a extinção do contrato ocorrerá quando findar o prazo ajustado, 
independentemente de notificação ou aviso (art. 46). Durante este período o 
locador não poderá reaver o imóvel locado (art. 4o), nem mesmo nas hipóteses 
de “denúncia cheia”. Somente haverá o despejo em situações anormais, como 
o não pagamento do aluguel, descumprimento de alguma cláusula contratual, 
etc. Já o locatário poderá devolver o imóvel, desde que pague 
proporcionalmente a multa pactuada no contrato. Se a locação estiver 
vinculada com a atividade de trabalho e ocorrer transferência de emprego para 
outro local, o inquilino ficará isento do pagamento da multa (parágrafo único 
do art. 4o). Terminado o prazo ajustado, se o locatário continuar na posse do 
imóvel alugado por mais de trinta dias sem oposição do locador,presumir-se-á 
prorrogada a locação por prazo indeterminado, mantidas as demais cláusulas e 
condições do contrato. Ocorrendo a prorrogação, o locador poderá pedir o 
imóvel para si a qualquer tempo, concedido o prazo de trinta dias para 
desocupação (art. 46, §§1o e 2o). 
19) Durante a vigência de uma locação residencial (Lei n° 8.245/91) 
com prazo determinado de 30 (trinta) meses: 
a) o locador poderá, imotivadamente, devolver o imóvel, indenizando o 
inquilino das despesas de mudança e pagando a multa pactuada. 
b) o locatário poderá, imotivadamente, devolver o imóvel e pagar a multa 
proporcional ao locador. 
c) nem o locador, nem o locatário poderão, em hipótese alguma, denunciar 
o contrato imotivadamente, pois devem respeitar o prazo contratual 
estabelecido. 
d) o locatário não poderá imotivadamente, devolver o imóvel, mas o locador 
poderá denunciar o contrato se pedir o imóvel para uso próprio, ou para 
ascendente ou descendente. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “b”. Nas locações residenciais 
ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a trinta meses, durante a 
vigência do contrato o locador não poderá denunciar (reaver o imóvel locado), 
conforme o art. 46 da lei inquilinária. Já o locatário poderá devolver o imóvel, 
desde que pague proporcionalmente a multa pactuada no contrato (art. 4o). 
20) De acordo com a lei inquilinária (8.245/91), é vedado, sob pena de 
nulidade da cláusula contratual, exigir: 
a) no mesmo contrato, dois ou mais casais de fiadores. 
b) no mesmo contrato, seguro fiança e fiança bancária. 
c) no contrato de locação para temporada, garantia fidejussória. 
d) quando não houver garantia alguma, o pagamento antecipado do aluguel. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “b”. Observem que a questão, na 
verdade, deseja que o candidato aponte a alternativa que não é admitida pela 
Lei do Inquilinato. E o que não é permitido é a exigência de mais de uma 
modalidade de garantia em um mesmo contrato de locação (art. 37, parágrafo 
único). A letra “a” está correta, pois não há nada que impeça a nomeação de 
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dois (ou até mais) casais de fiadores. A letra “c” está correta, ou seja, na 
locação para temporada o locador pode exigir garantia fidejussória. Lembrem-
se que esta expressão significa fiança. Em outras palavras, o locador pode 
exigir que o locatário apresente um fiador. Isto porque o art. 49 permite que 
se exija “qualquer das modalidades de garantia previstas no art. 37”. A letra 
“d” está correta, pois o art. 20 determina que a regra é que não se pode exigir 
o pagamento antecipado do aluguel. Mas o próprio dispositivo estabelece duas 
exceções: a) locação para temporada (em que pode haver não só o pagamento 
antecipado, com também integral – art. 49); b) quando a locação não estiver 
garantida por nenhuma das modalidades previstas em lei (caução, fiança ou 
seguro de fiança) – art. 42. 
21) A respeito da matéria de locação de imóvel urbano, assinale a 
assertiva CORRETA: 
a) vigorando a locação por prazo determinado, o locatário não pode pôr fim 
ao contrato para devolver o imóvel. 
b) o direito de preferência do locatário outorga ao seu titular apenas efeitos 
obrigacionais. 
c) o locatário pode exigir indenização por benfeitorias necessárias, ainda que 
não autorizadas pelo locador. 
d) fiança e seguro de fiança locatícia são modalidades de garantia previstas 
para a locação de prédio urbano, sendo permitida sua cumulação num 
mesmo contrato. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “c”. Como regra, as benfeitorias 
necessárias (art. 96, §3º, CC) introduzidas pelo locatário, ainda que não 
autorizadas pelo locador e as úteis (art. 96, §2°, CC), desde que autorizadas, 
são indenizáveis. No entanto, é possível que o contrato estabeleça outras 
regras a respeito (art. 578, CC e art. 35 da Lei n° 8.245/91). A letra “a” este 
errada, pois durante o prazo determinado no contrato de locação, o locatário 
pode por fim ao contrato e restituir a posse direta do bem imóvel ao 
proprietário, desde que pague a cláusula penal compensatória constante no 
título (que poderá ser reduzida equitativamente pelo juiz – art. 413, CC), ou, 
na falta desta, eventualmente, a multa estipulada judicialmente. Lembrando 
que a cláusula penal compensatória pode ser afastada no caso do locatário 
(com a devida notificação por escrito ao locador), restituir o imóvel em 
decorrência de transferência de local de serviço (art. 4o, parágrafo único da Lei 
n° 8.245/91). A letra “b” está errada. De fato, o locatário goza de preempção 
(direito de preferência) legal sobre o bem locado no caso de venda, promessa 
de venda, cessão ou promessa de cessão de direitos ou dação em pagamento, 
devendo o locador dar-lhe ciência inequívoca da proposta com todas as 
condições do negócio (preço, forma de pagamento, existência de ônus reais 
etc.). Por sua vez o locatário deve se manifestar, sob pena de decadência, no 
prazo de trinta dias (art. 27 e 28 da Lei n° 8.245/91). Se o locatário for 
preterido em seu direito de preferência são gerados direitos com efeitos 
pessoais (exigir perdas e danos) e reais (haver para si o imóvel locado). 
Nesta última hipótese o locatário deve oferecer o preço e mais despesas de 
transferência, requerendo no prazo de seis meses a contar do registro do ato 
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no cartório de imóveis, desde que o contrato de locação esteja averbado junto 
à matricula do imóvel (sendo subscrito por duas testemunhas) pelo menos 
trinta dias antes da alienação (art. 33 da Lei n° 8.245/91 e arts. 167, inciso II, 
item 16, e 169, inciso III da Lei n° 6.015/73). A letra “d” está errada. As 
garantias locatícias consistem em: a) caução; b) fiança e c) seguro de fiança. É 
proibida, sob pena de nulidade, a exigência de mais de uma destas 
modalidades de caução em um mesmo contrato (arts. 37 e 43 II da Lei n° 
8.245/91). 
22) (FCC - Procurador do Banco Central – 2005) Sobre o depósito 
considere as seguintes afirmações: 
I – O contrato de depósito é oneroso, exceto se houver convenção em 
sentido contrário. 
II – O depósito necessário não se presume gratuito. 
III – O depósito miserável não se inclui na classificação de depósito 
necessário. 
IV – O contrato de depósito só pode ter por objeto coisa móvel. 
V – O depósito voluntário provar-se-á por escrito. 
São CORRETAS: 
a) I, II e III. 
b) I, III e V. 
c) II, III e IV. 
d) II, IV e V. 
e) III, IV e V. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “d”. Estão corretas as afirmações 
II, IV e V. Depósito é o contrato pelo qual uma pessoa (depositária) recebe de 
outra (depositante) uma coisa móvel, para guardá-la, temporária e 
gratuitamente, até que o depositante o reclame. A afirmação I está errada, 
pois o art. 628, CC prevê que o contrato de depósito é gratuito, salvo se 
houver convenção em contrário ou se o contrato for resultante de atividade 
negocial ou se o depositário o praticar por profissão. A afirmação II está 
correta, pois o art. 651, CC afirma que o depósito necessário (o que se faz, por 
exemplo, em desempenho de obrigação legal, como no depósito de coisa 
achada – art. 647, CC) não se presume gratuito. A afirmação III está errada, 
pois o depósito necessário (arts. 647 a 652, CC) abrange três situações: a) 
legal (art. 647, I, CC); b) hospedagem (art. 649, CC) e c) miserável, ou seja, o 
que ocorre por ocasião de alguma calamidade (incêndio, terremoto, etc. – art. 
647, II, CC). A afirmação IV está correta, pois o art. 627, CC determina que só 
pode ser objeto de depósito coisas móveis. Finalmente a afirmação V está 
correta, pois o art.646, CC determina que o depósito voluntário somente pode 
ser provado por escrito (diferente do depósito miserável que pode ser provado 
por qualquer meio – art. 647, II, CC). 
23) O depósito de bagagem dos hóspedes nas hospedarias onde 
estiverem é modalidade de depósito: 
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a) irregular. 
b) convencional. 
c) necessário. 
d) voluntário. 
e) infiel. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “c”. Pelo contrato de depósito, o 
depositário recebe uma coisa móvel para guardar, até que o depositante o 
reclame. O depósito pode ser voluntário (ou convencional – resulta de acordo 
de vontades), judicial (por mandado do Juiz, quando a coisa for litigiosa) ou 
necessário (que independe da vontade das partes). Este, por sua vez pode ser 
constituído no desempenho de obrigação legal (depósito legal) ou em caso de 
calamidade pública (também chamado de depósito miserável). O depósito das 
bagagens dos hóspedes é equiparado ao necessário (conforme determina o 
art. 649, CC). 
24) (FCC - Procurador do Banco Central – 2007) O contrato de fiança: 
a) estabelece solidariedade legal do fiador e do afiançado pelo pagamento ao 
credor. 
b) admite prova exclusivamente testemunhal se for de valor inferior a 10 
(dez) salários mínimos. 
c) não admite o benefício de ordem. 
d) não admite que, existindo vários fiadores, cada um fixe a parte da dívida 
que toma sob sua responsabilidade. 
e) pode ser estipulado sem consentimento do devedor ou contra a sua 
vontade. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “e”. Fiança é a promessa feita por 
uma ou mais pessoas, de garantir ou satisfazer a obrigação de um devedor, se 
este não a cumprir, assegurando ao credor o seu efetivo cumprimento. A 
alternativa “e” está certa, pois o art. 820, CC, prevê que a fiança pode ser 
estipulada mesmo que sem o consentimento do devedor, e até mesmo contra a 
sua vontade. A letra “a” está errada, pois por meio da fiança se estabelece como 
regra a subsidiariedade (e não a solidariedade) do fiador. Ou seja, o fiador 
somente ficará obrigado pela dívida se o devedor principal (afiançado) não 
cumprir a prestação devida. A letra “b” está errada, pois a fiança deve ser 
sempre por escrito (art. 819, CC), não se admitindo também a interpretação 
extensiva. A letra “c” está errada, pois nossa legislação permite a renúncia do 
benefício de ordem. Ou seja, o credor deve acionar primeiro o devedor 
principal. Se este não pagar a dívida, acionará então o fiador. Esta é a regra 
prevista no art. 827, CC. No entanto o art. 828, inciso I, CC, permite que haja 
a renúncia a este benefício, desde que feita expressamente. Finalmente a letra 
“d” está errada, pois o art. 830, CC determina que cada fiador pode fixar no 
contrato a parte da dívida que toma sob sua responsabilidade, caso em que 
não será obrigado por quantia superior a que se obrigou. 
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25) (FCC - Tribunal Regional Federal – 4a Região – Analista Judiciário – 
2004) A respeito da fiança no Direito Civil Brasileiro, é CERTO que: 
a) não pode ser de valor inferior ao da obrigação principal. 
b) pode ser dada verbalmente. 
c) admite interpretação extensiva. 
d) não pode ter como objeto dívidas futuras. 
e) pode ser estipulada sem o consentimento do devedor. 
COMENTÁRIOS. Alternativa correta: letra “e”. O art. 820, CC, prevê que a 
fiança pode ser estipulada mesmo que sem o consentimento do devedor, e até 
mesmo contra a sua vontade. A letra “a” está errada, pois o art. 823, CC 
permite que a fiança seja de valor inferior ao da obrigação principal e contraída 
em condições menos onerosas. Mas quando o valor exceder o valor da dívida 
ou for mais onerosa que ela, não valerá, senão até o limite da obrigação 
afiançada. A letra “b” está errada, pois a fiança somente pode ser dada por 
escrito (art. 819, CC). A letra “c” está errada, pois o mesmo art. 819 proíbe a 
interpretação extensiva da fiança. A alternativa “d” também está errada, pois o 
art. 821, CC permite que as dívidas futuras sejam objeto de fiança; mas o 
fiador, neste caso, não será demandado senão depois de se fizer certa e 
líquida a obrigação do principal devedor. 
LISTA DE EXERCÍCIOS SEM COMENTÁRIOS 
CESPE/UnB – Certo ou Errado 
QUESTÃO 01 (CESPE/UnB – Analista Judiciário STM/2011) Com 
relação ao Novo Código Civil, julgue os itens seguintes. 
a) No contrato de compra e venda, até a tradição, em regra, os riscos pela 
perda da coisa objeto do contrato correm por conta do comprador. 
b) A execução da fiança está subordinada ao não cumprimento da obrigação 
pelo devedor e, uma vez nula a obrigação principal, a fiança se extingue. Ao 
contrário, a nulidade do contrato de fiança não tem qualquer efeito no que 
concerne à validade da obrigação principal. 
c) O contrato de mútuo se presta ao empréstimo de coisa infungível, a qual, 
com a tradição, passa a ser de propriedade do mutuário. 
Questão 02 (CESPE/UnB - Procurador do Estado da Paraíba – 2008) 
Com relação aos contratos, julgue os itens a seguir: 
a) O comodato, se remuneratório, equivale ao mútuo, por isso transfere o 
domínio da coisa e assegura ao proprietário proteção possessória quando 
vencido o prazo ajustado, bem como assegura o direito de resolver o 
contrato se o comodatário deixar de pagar a retribuição pelo uso do bem. 
b) Na venda de imóveis por extensão, se o comprador verificar que a área 
existente não corresponde às dimensões dadas pelo vendedor, o comprador 
poderá obter redução proporcional do preço, em razão de vício oculto, que 
lhe diminua o valor. 
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Questão 03 (CESPE/UnB – Juiz Federal Substituto/2009 – 5a Região) 
Acerca dos contratos segundo as disposições do Código Civil, julgue os 
itens subsequentes. 
a) o comodatário poderá recobrar do comodante as despesas feitas com o 
uso e o gozo da coisa emprestada. 
b) pelo contrato de depósito recebe o depositário um objeto móvel ou 
imóvel, para guardar, até que o depositante o reclame. 
Questão 04 (CESPE/UnB – Defensor Público da União) Julgue os itens 
seguintes, acerca dos contratos regidos pelo Código Civil. 
a) A retrovenda é condição resolutiva expressa do contrato, simplesmente 
potestativa, e consiste na vontade unilateral e imotivada do alienante de 
reaver o imóvel, desde que indenizado o comprador. O direito de retrato não 
é suscetível de cessão por ato entre vivos, nem transmissível aos herdeiros 
por causa de morte do alienante, isto é, por sucessão hereditária. 
b) João Victor alienou seu veículo automotor a Monalisa, sua única filha, 
sem o consentimento expresso de seu cônjuge. Nesse caso, a referida venda 
é sempre anulável, podendo, outrossim, ser validada pelo consentimento 
posterior do cônjuge. 
c) A fiança dada por duas ou mais pessoas acarreta sempre na solidariedade 
entre os fiadores. A referida solidariedade se apresenta entre os fiadores e o 
devedor principal. Assim, se o devedor principal não pagar o débito, cada 
fiador obriga-se a pagá-lo na totalidade. Poderá o credor executar todos eles 
e, se forem penhorados bens de todos, os fiadores têm o direito de exigir 
que os bens do executado sejam leiloados primeiro. 
QUESTÃO 05 (CESPE – Técnico Bancário – CEF - 2006) Os bancos, em 
suas operações ativas, que são aquelas por meio das quais eles emprestam 
dinheiro a seus clientes, buscam resguardo por meio de sistemas de garantias. 
As garantias mais utilizadas pelos bancos são as chamadas cauções pessoais 
(o aval e a fiança) e as cauçõesreais (a hipoteca, o penhor e a alienação 
fiduciária). Diante dessas informações e com base na legislação vigente, julgue 
os itens a seguir. 
a) A hipoteca tem como regra o oferecimento de coisas imóveis do devedor 
ou de terceiros. 
b) O penhor, em regra, é constituído pela transferência efetiva da posse de 
coisa móvel, suscetível de alienação, que o devedor faz em garantia do 
débito ao credor. 
c) O aval difere da fiança em vários pontos; um deles é que, em regra, o 
aval não requer a outorga conjugal para a sua validade. 
d) A fiança pode ser prestada por menor de idade, desde que esse menor 
seja emancipado ou haja autorização judicial. 
e) O avalista pode desistir de ser avalista, desde que comunique ao credor 
essa decisão por escrito. 
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LISTA DE EXERCÍCIOS SEM COMENTÁRIOS 
Outras Bancas Examinadoras 
 
01) Sobre o contrato de compra e venda, marque a opção INCORRETA. 
a) é nulo quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação 
do preço. 
b) quando o contrato de compra e venda for puro, considera-se obrigatório e 
perfeito, desde que as partes acordem no objeto e no preço. 
c) é lícito o contrato de compra e venda entre os cônjuges, com relação a 
bens pertencentes à comunhão. 
d) a cláusula de reserva de domínio deve ser estipulada por escrito e depende 
de registro para valer contra terceiros. 
02) (OAB/SP – 2007) São pactos adjetos à compra e venda com 
previsão legal, EXCETO: 
a) a retrovenda. 
b) a preempção. 
c) a venda a contento. 
d) a venda com reserva de domínio. 
e) o laudêmio. 
03) Sobre o contrato de compra e venda é CORRETO afirmar que: 
a) pode ser gratuito. 
b) é sinalagmático. 
c) é sempre solene. 
d) só é válido se registrado no registro de imóveis 
e) se não for cumprido acarretará sempre perdas e danos. 
04) Um pequeno agricultor colheu toda a sua produção de café, guardando-a 
em um depósito. Dirigiu-se à cidade e vendeu toda colheita, inclusive 
assinando um contrato a respeito. Foi marcado um encontro para a entrega da 
colheita. No dia marcado o agricultor compareceu ao local designado, porém o 
comprador não compareceu. Naquele dia houve uma grande tempestade, que 
molhou toda a produção, estragando todo café. Neste caso o dano: 
a) será suportado pelo vendedor, posto que a tempestade é considerada caso 
fortuito. 
b) será suportado pelo comprador, pois o mesmo estava em mora. 
c) será suportado pelo comprador, posto que o café é um produto que precisa 
ser medido (pesado) para que a venda se torne perfeita. 
d) será suportado pelo vendedor, pois ele assume todos os riscos até a 
entrega, especialmente quando ocorre algum fato de natureza (tempestade). 
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e) será suportado por ambos, comprador e vendedor, pois uma tempestade, 
sendo considerada como caso fortuito, os riscos são divididos 
equitativamente. 
05) O direito que tem o vendedor de readquirir o imóvel que vendeu 
dentro de certo prazo, restituindo o preço recebido e reembolsando as 
despesas ao comprador, denomina-se: 
a) venda a contento. 
b) preempção. 
c) pacto comissório. 
d) retrovenda. 
e) perempção. 
06) É considerada como venda sob condição suspensiva a: 
a) retrovenda. 
b) venda com pacto comissório. 
c) preempção. 
d) venda por amostra. 
e) venda a contento. 
07) Relaciona-se com direito de preferência a: 
a) preempção. 
b) venda com pacto comissório. 
c) venda a contento. 
d) perempção. 
e) venda por amostra 
08) A cláusula inserida no contrato de compra e venda pela qual o 
vendedor reserva para si a propriedade até que o preço esteja 
integralmente pago chama-se: 
a) retrovenda. 
b) venda a contento. 
c) preempção. 
d) reserva de domínio. 
e) pacto comissório. 
09) São elementos do contrato de compra e venda, além dos 
elementos gerais dos atos jurídicos: 
a) a tradição e a transcrição. 
b) o preço, a coisa e a forma prescrita em lei. 
c) o preço, o consenso e a forma prescrita em lei. 
d) o preço, a coisa e a transcrição. 
e) o preço, a coisa e o consenso. 
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10) Considere as assertivas abaixo a respeito do contrato de compra e 
venda. 
I – Pode ser válida a compra e venda de bens que inexistem no momento 
da celebração do contrato. 
II – Como um contrato somente obriga e relaciona o contratante, o preço 
não pode ser fixado por terceira pessoa. 
III – Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do 
vendedor e os do preço por conta do comprador. 
Quais são as afirmativas verdadeiras? 
a) Apenas a I. 
b) Apenas a III. 
c) Apenas a I e III. 
d) Apenas a II e III. 
e) todas estão corretas. 
11) (FCC – Auditor-Fiscal Tributário Municipal de São Paulo – ISS/SP - 
2007) Caio vendeu a Tício imóvel de sua propriedade, pelo preço de R$ 
100.000,00 (cem mil reais). Durante as negociações, Caio mencionou que o 
imóvel tinha área de 1.000 m² (mil metros quadrados). Todavia, ao ingressar 
na posse, Tício constatou que a área, na realidade, era de 900 m² (novecentos 
metros quadrados). Neste caso, Tício 
(A) não terá direito à restituição proporcional do preço, em nenhuma 
hipótese. 
(B) terá direito à restituição proporcional do preço, se a venda houver sido 
estipulada ad mensuram. 
(C) terá direito à restituição proporcional do preço, se a venda houver sido 
estipulada ad corpus. 
(D) teria direito à restituição proporcional do preço, se a diferença não fosse 
superior a 1/20 (um vigésimo) da área declarada. 
(E) terá direito à restituição proporcional do preço, em qualquer hipótese. 
12) Negando-se o comodatário, constituído em mora, a devolver o bem 
ao comodante ... 
a) fica obrigado a restituir a coisa com juros legais, juros compensatórios e 
penalidades moratórias e, em se tratando de comodato de dinheiro, a restituir 
em dobro o valor emprestado. 
b) passa a dever ao comodante valor correspondente a aluguel pelo uso do 
bem, até a sua efetiva devolução. 
c) comete esbulho, sujeitando-se à propositura de ação de reintegração de 
posse, sem pagamento de aluguel, pois é gratuito o comodato. 
d) não responde pelo perecimento do bem em caso de força maior ou por 
caso fortuito, a não ser que não tenha tomado as cautelas de praxe para a 
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guarda da coisa e que não tenha registrado o contrato de comodato no 
Cartório competente. 
13) (Advogado da I.R.B. – Brasil Resseguros – 2006) É obrigação do 
comodante: 
a) pagar despesas ordinárias feitas com o uso e gozo da coisa. 
b) responsabilizar-se, solidariamente, se houver mais comodatários. 
c) restituir a coisa emprestada in natura no momento devido. 
d) pagar não só as despesas extraordinárias e necessárias, feitas em caso de 
urgência, para a conservação da coisa, mas também os dispêndios não 
relacionados com a fruição do bem dado em comodato. 
e) responder pela mora, suportando os riscos. 
14) (OAB/SP – 2007) Comodatário (dentro do prazo estabelecido no 
contrato) vê a moto que lhe foi emprestada desaparecer por conta de 
um caso fortuito. Neste caso, é CORRETO afirmar que: 
a) o comodante tem direito à indenização pelo valor da moto, além das 
demais perdas e danos. 
b) o comodante tem direito apenas à indenização pelo valor da moto. 
c) o comodatário nada deve ao comodante e a obrigação de restituir está 
extinta. 
d)a obrigação está mantida, devendo o comodatário restituir um bem do 
mesmo gênero e qualidade. 
15) Assinale a alternativa INCORRETA, relativamente ao mandato. 
a) o mandante é obrigado a satisfazer todas as obrigações contraídas pelo 
mandatário, na conformidade do mandato conferido, e adiantar a importância 
das despesas necessárias à execução dele quando o mandatário lhe pedir. 
b) o mandante é obrigado a pagar ao mandatário a remuneração ajustada e 
as despesas da execução do mandato, ainda que o negócio não surta o efeito 
esperado, salvo se o mandatário for culpado pela não conclusão do negócio. 
c) o mandato presume-se oneroso quando o contrário não tiver sido 
estipulado pelas partes. 
d) o mandatário que exceder os poderes do mandato, ou proceder contra 
eles, será considerado gestor de negócios, enquanto o mandante não lhe 
ratificar os atos. 
16) (OAB/SP – 2007) Sobre o mandato, é ERRADO afirmar que: 
a) o noivo pode ser representado por mandatário na celebração do 
casamento. 
b) outorgado mandato por instrumento público com o fim especial de o 
mandatário alugar a casa do mandante, eventual substabelecimento pode ser 
feito por instrumento particular. 
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c) o mandato pode ser verbal. 
d) é nulo o mandato que contiver a cláusula “em causa própria”. 
e) a aceitação do mandato pode ser tácita. 
17) Se Carlos, ao instituir Roberto e Maurício como seus mandatários, 
delimitar, no instrumento do mandato a ação de cada um ter-se-á 
mandato plural ... 
a) conjunto. 
b) solidário. 
c) ad negotia. 
d) substitutivo. 
e) fracionário. 
18) Durante a vigência de uma locação residencial (Lei n° 8.245/91) 
com prazo determinado de 30 (trinta) meses, o locador: 
a) não poderá reaver o imóvel locado; o locatário poderá devolvê-lo, 
pagando proporcionalmente a multa pactuada no contrato. 
b) somente poderá reaver o imóvel locado se demonstrar que necessita do 
mesmo para uso próprio; o locatário somente poderá devolvê-lo se for 
transferido de emprego para fora da Comarca onde se situa o imóvel. 
c) somente poderá reaver o imóvel locado se demonstrar que necessita do 
mesmo para uso próprio, para ascendente ou descendente; o locatário não 
poderá devolvê-lo, a não ser que notifique o locador de seu intento com 
antecedência mínima de seis meses e pague integralmente a multa prevista 
no contrato. 
d) não poderá reaver o imóvel locado em hipótese alguma; o locatário não 
poderá devolvê-lo em hipótese alguma. 
19) Durante a vigência de uma locação residencial (Lei n° 8.245/91) 
com prazo determinado de 30 (trinta) meses: 
a) o locador poderá, imotivadamente, devolver o imóvel, indenizando o 
inquilino das despesas de mudança e pagando a multa pactuada. 
b) o locatário poderá, imotivadamente, devolver o imóvel e pagar a multa 
proporcional ao locador. 
c) nem o locador, nem o locatário poderão, em hipótese alguma, denunciar 
o contrato imotivadamente, pois devem respeitar o prazo contratual 
estabelecido. 
d) o locatário não poderá imotivadamente, devolver o imóvel, mas o locador 
poderá denunciar o contrato se pedir o imóvel para uso próprio, ou para 
ascendente ou descendente. 
20) De acordo com a lei inquilinária (8.245/91), é vedado, sob pena de 
nulidade da cláusula contratual, exigir: 
a) no mesmo contrato, dois ou mais casais de fiadores. 
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b) no mesmo contrato, seguro fiança e fiança bancária. 
c) no contrato de locação para temporada, garantia fidejussória. 
d) quando não houver garantia alguma, o pagamento antecipado do aluguel. 
21) A respeito da matéria de locação de imóvel urbano, assinale a 
assertiva CORRETA: 
a) vigorando a locação por prazo determinado, o locatário não pode pôr fim 
ao contrato para devolver o imóvel. 
b) o direito de preferência do locatário outorga ao seu titular apenas efeitos 
obrigacionais. 
c) o locatário pode exigir indenização por benfeitorias necessárias, ainda que 
não autorizadas pelo locador. 
d) fiança e seguro de fiança locatícia são modalidades de garantia previstas 
para a locação de prédio urbano, sendo permitida sua cumulação num 
mesmo contrato. 
22) (Procurador do Banco Central – 2005) Sobre o depósito considere 
as seguintes afirmações: 
I. O contrato de depósito é oneroso, exceto se houver convenção em 
sentido contrário. 
II. O depósito necessário não se presume gratuito. 
III. O depósito miserável não se inclui na classificação de depósito 
necessário. 
IV. O contrato de depósito só pode ter por objeto coisa móvel. 
V. O depósito voluntário provar-se-á por escrito. 
São CORRETAS: 
a) I, II e III. 
b) I, III e V. 
c) II, III e IV. 
d) II, IV e V. 
e) III, IV e V. 
23) O depósito de bagagem dos hóspedes nas hospedarias onde 
estiverem é modalidade de depósito: 
a) irregular. 
b) convencional. 
c) necessário. 
d) voluntário. 
e) infiel. 
24) (Procurador do Banco Central – 2005) O contrato de fiança: 
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a) estabelece solidariedade legal do fiador e do afiançado pelo pagamento ao 
credor. 
b) admite prova exclusivamente testemunhal se for de valor inferior a 10 
(dez) salários mínimos. 
c) não admite o benefício de ordem. 
d) não admite que, existindo vários fiadores, cada um fixe a parte da dívida 
que toma sob sua responsabilidade. 
e) pode ser estipulado sem consentimento do devedor ou contra a sua 
vontade. 
25) (Tribunal Regional Federal – 4a Região – Analista Judiciário – 
2004) A respeito da fiança no Direito Civil Brasileiro, é CERTO que: 
a) não pode ser de valor inferior ao da obrigação principal. 
b) pode ser dada verbalmente. 
c) admite interpretação extensiva. 
d) não pode ter como objeto dívidas futuras. 
e) pode ser estipulada sem o consentimento do devedor. 
GABARITO “SECO” 
TESTES CESPE/UnB 
Questão 01 
a) Errado 
b) Certo 
c) Errado 
Questão 02 
a) Errado 
b) Errado 
Questão 03 
a) Errado 
b) Errado 
Questão 04 
a) Errado 
b) Errado 
c) Errado 
Questão 05 
a) Certo 
b) Certo 
c) Errado 
d) Errado (sob protesto) 
e) Errado 
GABARITO “SECO” 
TESTES DE OUTRAS BANCAS EXAMINADORAS 
01) C 
02) E 
03) B 
04) B 
05) D 
06) E 
07) A 
08) D 
09) E 
10) C 
11) B 
12) B 
13) D 
14) C 
15) C 
16) D 
17) E 
18) A 
19) B 
20) B 
21) C 
22) D 
23) C 
24) E 
25) E

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