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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Escola de Engenharia Apostila da Disciplina ESTUDO DE MOVIMENTOS E TEMPOS (TEP03039) DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Professor: Fernando Toledo Ferraz Monitor: Maria Elisa de Lima Nunes ÍNDICE 1 – Introdução 2 2 – Parte I – Análise dos Métodos Produtivos 2 2.1 – Fluxograma 2 2.2 – Mapofluxograma 5 2.3 – Gráfico Homem-Máquina 6 2.4 – Gráfico Mão Esquerda-Mão Direita 9 3 – Parte II – Estudo de Tempos 11 3.1 Passo a passo 11 3.2 Como dividir a operação em elementos? 12 3.3 Quantos ciclos a serem cronometrados serão necessários? 12 3.4 Avaliando o ritmo do operador 13 3.5 Determinando o Tempo Normal 15 3.6 Tolerância 15 3.7 Determinando o Tempo Padrão: 17 3.8 Encontrando a Capacidade Nominal do Processo 18 Disciplina: Estudo de Movimentos e Tempos 3 1 – Introdução O Estudos de movimentos e tempos tem como objetivo entender e analisar, sistematicamente, o método de trabalho visando: • Desenvolver o sistema e o método preferido, de preferência, com o menor custo; • Criar um padrão desse sistema e método; • Determinar o tempo gasto por uma pessoa qualificada e devidamente treinada, trabalhando em um ritmo normal, para executar uma tarefa ou operação específica, e; • Orientar o treinamento do trabalhador no método preferido. Nesta apostila iremos focar na Análise do Processo como um todo, no Estudo de Movimentos e no Estudo de Tempos. 2 – Parte I – Análise dos Métodos Produtivos 2.1 – Fluxograma O gráfico do fluxo do processo é um ótimo recurso para analisar a sequência de atividades de maneira compacta, facilitando a compreensão e uma posterior tentativa de melhoria. O gráfico pode representar a sequência de atividades pertinentes à um trabalhador ou um produto, não podendo haver uma combinação entre esses dois tipos. Normalmente, o diagrama começa com a entrada de matéria-prima na fábrica e a segue, em cada uma de suas etapas, até que se transforme em um produto final ou parte dele. Para simplificar e padronizar os símbolos, usaremos os que foram introduzidos pela American Society of Mechanical Engineers (ASME), em 1947, como base para nossos estudos: Operação: É caracterizada pela modificação de um objeto; geralmente ocorre em uma máquina ou estação de trabalho; Transporte: É caracterizado pelo transporte de um objeto de um lugar para o outro, exceto quando tal deslocamento é pertinente à uma operação ou inspeção. Inspeção: É caracterizada pela comparação ou verificação de um objeto à um padrão ou normas pré-estabelecidos. Espera: É caracterizada pela não ocorrência de uma ação subsequente já planejada. Armazenamento: É caracterizado pela estocagem, ou quando um objeto fica alocado em algum lugar e, para haver sua retirada, é preciso de algum tipo de sinalização. Disciplina: Estudo de Movimentos e Tempos 4 COMBIONAÇÃO DE SÍMBOLOS: Pode-se combinar dois símbolos diferentes quando se tem atividades sendo executadas simultaneamente ou no mesmo lugar. Um exemplo é uma operação que ocorre em conjunto a uma inspeção: . A seguir alguns exemplos de aplicação a simbologia mostrada: Fonte: Barnes, 2001; p. 48 Disciplina: Estudo de Movimentos e Tempos 5 Para servir de exemplo, abaixo se encontra um gráfico do fluxo do processo para se “recobrir rebolos com pó de esmeril”: Fonte: Barnes, 2001; p.52 Disciplina: Estudo de Movimentos e Tempos 6 2.2 – Mapofluxograma Podemos dizer que o Mapofluxograma nada mais é que o diagrama de fluxo de operações (Fluxograma) representado em cima do layout da fábrica, facilitando a visualização e a localização das atividades dentro do espaço físico. Para se estruturar um Mapofluxograma, primeiro devemos ter o fluxo das operações, saber todas as etapas que irá percorrer um objeto, ou um trabalhador, do início ao fim do processo, para então colocarmos essa estrutura em cima do croqui ou planta do local. A seguir o exemplo do Mapofluxograma para se “recobrir rebolos com pó de esmeril”: Fonte: Barnes, 2001; p. 51 Como não se deve escrever nenhum detalhe do fluxo dentro do layout, é válido que tenha uma numeração no Fluxograma que ajude a fazer a correspondência de qual operação está ocorrendo em qual lugar. Outro detalhe válido de lembrar é que, no Mapofluxograma, o transporte é indicado pelas setas que conectam as atividades, demonstrando o caminho percorrido dentro do espaço físico, logo a simbologia de transporte não entra nesse diagrama pois a mesma já estará implícita. Disciplina: Estudo de Movimentos e Tempos 7 2.3 – Gráfico Homem-Máquina Tanto o Fluxograma quanto o Mapofluxograma nos ilustram de uma forma clara as operações que ocorrem durante a transformação de uma matéria-prima até o produto acabado, ou parte dele. Porém, muitas vezes é preciso focar em uma etapa do processo ou em uma série de operações, para analisar sua expressividade em relação ao tempo. Em vários tipos de atividades há uma dinâmica significativa entre o operador e a máquina e, a partir de gráficos que ilustram essa interação, é possível reduzir as esperas do operador e trabalhar o mais próximo possível da capacidade produtiva da máquina. Ou seja, otimizar a atividade e ganhar em produtividade. A seguir é possível ter como exemplo o Gráfico Homem-Máquina que mostra as “atividades envolvidas na compra de café em uma mercearia”: Fonte: Barnes, 2001; p.80 Disciplina: Estudo de Movimentos e Tempos 8 “O Gráfico Homem-Máquina da figura acima mostra a existência de espera excessiva do freguês e do balconista durante a moagem do café. Isto sugere que se mantenha um estoque de café moído, de tal forma que o freguês não necessite esperar a moagem do café.” (BARNES, 2001; p.79) 2.4 – Gráfico Mão Esquerda-Mão Direita Depois de balanceada a dinâmica entre o trabalho do homem e o da máquina, é válido analisar certas operações com o intuito de melhorá-las. É preciso estudar os movimentos usados por um operário em seu posto de trabalho para orientá-lo sobre o melhor método, procurando eliminar todos os movimentos desnecessários e organizar os demais na melhor sequência. O Gráfico Mão Esquerda-Mão direita serve como um excelente recurso para isso. Há dois símbolos ilustrativos; o círculo menor, que represente um transporte (ex.: o movimento das mãos em direção à um componente), e o círculo maior, que representa as ações como agarrar, posicionar, usar ou soltar um componente. Para fazer um Gráfico Mão Esquerda-Mão direita devemos ilustrar um esquema do local de trabalho, mostrando o que tem dentro de cada depósito, onde estão localizadas as ferramentas, como estão dispostos os materiais, em que posição se encontra o operador... Posteriormente, analisamos a atividade, observando os movimentos feitos pelas mãos e registrando, numa folha, o que e como é realizado pela mão esquerda (do lado esquerdo da folha) e o que e como é realizado pela mão direita (do lado direito da folha). Não é preciso fazer uso de nenhuma ferramenta para medida de tempo. Disciplina: Estudo de Movimentos e Tempos 9 A seguir um exemplo deste tipo de gráfico de operações para a “montagem de aurelas em um parafuso”: Fonte: Barnes, 2001; p. 89 Disciplina: Estudo de Movimentos e Tempos 10 3 – Parte II – Estudo de Tempos 3.1 Passo a passo Para realizar um estudode movimentos e tempos podemos ter como base um procedimento padrão e, de acordo com a atividade a ser observada, adequá-lo se preciso for. De forma geral, é essencial o uso de uma prancheta com uma folha de observações para anotar os dados, um cronometro para registrar as medições e ter em mente as seguintes etapas: 1. Procurar e anotar todas a informações possíveis sobre a operação e o operador que se irá estudar; 2. Descrever, em detalhes, o método utilizado pelo operador para realizar aquela atividade 3. Dividir a atividade em elementos (falaremos mais a frente sobre as regras de divisão dos elementos) 4. Observar o tempo gasto pelo operador na execução de cada elemento (para elementos com duração de 2 minutos ou menos, fazer 10 leituras, e para elementos com mais de 2 minutos, fazer 5 leituras) 5. Determinar o número de ciclos a ser cronometrado (falaremos mais a frente sobre como estimar o nº de ciclos) 6. Fazer as leituras que faltam para cada elemento 7. Avaliar o ritmo do operador 8. Determinar as tolerâncias 9. Determinar o tempo padrão É importante ressaltar que o estudo de tempos deverá ser feito com o mesmo operador. Não esqueça de explicar ao operador escolhido o que você está fazendo e o porquê. Assim, poderá evitar uma possível resistência do funcionários em questão. As duas formas mais comuns de cronometragem são classificadas como: Cronometragem de leitura contínua: Começa a cronometragem no início do primeiro elemento. Ao fim de cada elemento se observa o tempo e o registra na folha de observação. só para o cronometro no término do último elemento. Cronometragem de leitura repetitiva: Ao final de cada elemento se zera o cronometro e faz o registro do tempo na folha de observação. Este método de leitura fornece tempos diretos sem necessidade de subtrações. Disciplina: Estudo de Movimentos e Tempos 11 3.2 Como dividir a operação em elementos? Uma das melhores maneiras para se descrever uma operação é subdividi-la em um número definido de elementos mensuráveis e descrever cada um deles separadamente. Todo trabalho manual pode ser dividido em movimentos fundamentais da mão, porém esses movimentos são muito rápidos para serem cronometrados e, por isso, precisamos agrupá-los em elementos de duração suficiente para que seja possível determinar um tempo de execução conveniente. Há três regras básicas para a divisão dos elementos: 1. Os elementos devem ser tão curtos quanto o compatível com uma medida precisa 2. O tempo de manuseio deve ser separado do tempo-máquina, ou seja, não agrupar no mesmo elemento movimentos de manuseio e movimentos que tenham interface com máquinas 3. Os elementos constantes devem ser separados dos elementos variáveis Precisamos ter em mente também a importância de se determinar, com clareza, os pontos inicial e final para cada elemento, de forma que seja fácil entender quando termina um e começa o próximo. 3.3 Quantos ciclos a serem cronometrados serão necessários? O estudo de tempos é um processo de amostragem, logo, quanto maior o número de ciclos cronometrados melhor e mais fieis á realidade serão os resultados encontrados. Quanto maior a variabilidade das leituras de um elemento, maior terá de ser a número de observações para que se obtenha a precisão desejada. De acordo com o método da Maytag Company, podemos considerar o seguinte procedimento para estimar o número de ciclos a serem cronometrados: 1. Para elementos com duração de dois minutos ou menos, fazer 10 leituras, para elementos com mais de dois minutos, fazer 5. 2. Determinar a amplitude R. (Esta é a diferença entre o maior valor e o menor.) 3. Determinar a média X. (Esta é a soma das leituras dividida pelo número total de observações (10 ou 5). Também pode ser aproximada fazendo a soma entre o maior valor e o menor e dividindo por 2.) 4. Dividir a amplitude pela média: R/X. 5. Ir na tabela abaixo e encontrar o número de leituras necessárias. 6. Continuar as observações até que seja obtido o número requerido. Disciplina: Estudo de Movimentos e Tempos 12 Barnes, 2001; p.287 3.4 Avaliando o ritmo do operador Essa é uma das fases mais importantes e mais difíceis do estudo de tempo por consistir na avaliação da velocidade ou ritmo com o qual o operador em observação trabalha e, depender, totalmente, da visão e do julgamento pessoal do analista. Infelizmente, não há nenhuma técnica de se estabelecer o tempo-padrão sem se basear nas interpretações do analista. Há vários sistemas utilizados para se avaliar o ritmo, nós nos focaremos no sistema Westinghouse. Este possuí quatro fatores para estimativa da eficiência do operador, que são: habilidade, esforço, condições e consistência. • Habilidade - nada mais é que um conceito dado para analisar o quão familiarizado o operador está com a execução de determinada atividade, o quanto ele domina os métodos que a envolvem. • Esforço - corresponde à dedicação do operador para executar aquela tarefa, o quanto ele se concentra e se empenha para realizá-la da melhor maneira possível. Disciplina: Estudo de Movimentos e Tempos 13 • Condições - contextualiza o cenário em que a atividade está sujeita no momento das observações. Se o local estiver sob algum tipo de situação atípica (com manutenção ao redor, baixa iluminação, ...) ou, se estiver sob um contexto não recomendado de operação, classifica-se a atividade sujeita à baixa condição de trabalho. • Consistência - corresponde ao quão uniforme o operador realiza a atividade, ou seja, se ele segue um procedimento padrão ou se altera seus métodos de trabalho a cada ciclo. Com o auxilio da tabela abaixo, a qual apresenta valores numéricos para cada fator, podemos realizar a avaliação de ritmo. Barnes, 2001; p. 298 Por exemplo, se as avaliações fossem as seguintes: Habilidade, excelente, B2 +0,08 Esforço, bom, C2 + 0,02 Condições, boas, C + 0,02 Consistência, boa, C + 0,01 A.R. + 0,13 F.R. 1,13 Avaliação de Ritmo (A.R.) = HABILIDADE + ESFORÇO + CONDIÇÕES + CONSISTÊNCIA FATOR DE RITMO (F.R.) = ( 1 + A.R.) Disciplina: Estudo de Movimentos e Tempos 14 3.5 Determinando o Tempo Normal O Tempo Normal representa o tempo que um operador qualificado e treinado, trabalhando com um ritmo normal, levaria para completar um ciclo da operação. Podemos determiná-lo seguindo o método abaixo: 1. Determinar do Tempo Escolhido (TE) para cada elemento do processo. Esse Tempo Escolhido é normalmente determinado pela média aritmética simples. 2. Avaliar o ritmo do operador e determinar o Fator de Ritmo (F.R.). TEMPO NORMAL (TN) = TE x F.R. 3.6 Tolerância O Tempo normal para uma operação não contém tolerância alguma. É simplesmente o tempo necessário para que um operador qualificado execute a operação trabalhando em um ritmo normal, Entretanto não podemos esperar que uma pessoa trabalhe o dia inteiro sem algumas interrupções. As tolerâncias para essas interrupções da produção podem ser classificadas em: tolerância pessoal, tolerância para a fadiga ou tolerância de espera. • Tolerância Pessoal: Todo operário deve ter tempo reservado para suas necessidades pessoais e, por isso, consideramos em primeiro lugar as tolerâncias pessoais. A duração desta tolerância pode ser determinada através de um levantamento contínuo ou então por amostragem do trabalho. Para trabalho leve, onde o operador trabalha 8 horas por dia sem períodos de descanso pré- estabelecidos, normalmente, consideramos que o mesmo usará de 2 a 5% (10 a 24 minutos) para suas necessidades pessoais.Em trabalhos pesados, executado em condições desfavoráveis, é possível considerar que seja necessário reservar mais de 5% do tempo para as tolerâncias pessoais. • Tolerância para a Fadiga: É utilizada mais para certos tipos de trabalho que envolvem esforço físico pesado executados em condições adversas de calor, umidade, poeira e perigo de acidente. A fadiga pode resultar de um enorme número de causas, tanto mentais quanto físicas. O tempo necessário para o descanso varia com o indivíduo, com a duração do intervalo do ciclo durante o qual a pessoa está sobrecarregada, com as condições sob as quais o trabalho é executado e com muitos outros fatores. O mais usado pelas empresas é o plano que fornece um período de descanso durante o meio da manhã e um durante o meio da tarde. a duração desses períodos pode variar entre 5 a 15 minutos cada um. Disciplina: Estudo de Movimentos e Tempos 15 Veja abaixo o exemplo das tolerâncias pessoal e para fadiga de uma empresa baseada em larga experiência: Barnes, 2001; p.314 Disciplina: Estudo de Movimentos e Tempos 16 • Tolerância para Espera: As esperas podem ser evitáveis e inevitáveis. Só consideramos as inevitáveis para o cálculo do Tempo Padrão. Estas podem surgir em decorrência de uma máquina, operador ou por alguma força externa. Quebras ou reparos necessários às máquinas e equipamentos não devem ser computados no cálculo do Tempo Padrão. Porém, quando ocorre a necessidade de ajustamentos ligeiros, quebra de ferramentas, variação ocasional no material e interrupções pelos supervisores, estes devem ser computados no cálculo do Tempo Padrão. O tipo e a frequência da ocorrência de esperar para uma dada classe de trabalho pode ser determinada através de estudos contínuos ou de amostragens do trabalho feitas durante um período de tempo suficientemente extenso para fornecer dados de confiança. 3.7 Determinando o Tempo Padrão: O Tempo Padrão deve contar a duração de todos os elementos da operação e, além disso, deve incluir o tempo para todas as tolerâncias necessárias. O Tempo Padrão é igual ao Tempo Normal mais as tolerâncias. A tolerância pessoal é aplicada como uma porcentagem do Tempo Normal e afeta tanto o tempo de manuseio quanto o tempo-máquina. Por conseguinte, algumas vezes a tolerância para a fadiga é aplicada semelhantemente, embora algumas pessoas acreditem que esta tolerância deva se aplicar unicamente àqueles períodos durante os quais o operador trabalha, e não ao tempo do ciclo durante o qual a máquina trabalha. As esperas são aplicadas como uma porcentagem do Tempo Normal. Caso haja esperas de máquinas, ela será aplicada somente aos elementos de tempo-máquina. Se estas três tolerâncias forem aplicadas uniformemente a todos os elementos, elas podem ser somadas e aplicadas juntas, necessitando um único cálculo (a nível de simplificação, iremos tratar apenas deste caso). 1. Determinar a Tolerância Total (Tol) fazendo o somatório de todas as que forem consideradas necessárias. 2. Determinar o Tempo Padrão: TP = TN x (1 + Tol) Disciplina: Estudo de Movimentos e Tempos 17 Barnes, 2001; p. 321 3.8 Encontrando a Capacidade Nominal do Processo A Capacidade Nominal de um processo ou de uma etapa do processo é o volume de produção possível de ser produzido por este processo (ou etapa) num determinado período de tempo. A Capacidade Nominal é medida a partir do tempo padrão e representa um valor de referência para planejamento e gestão do processo de produção. a partir do conhecimento da capacidade nominal de cada etapa, pode-se identificar o gargalo com maior propriedade e torna-se possível planejar adequadamente aumentos na capacidade de produção global do processo. Se um processo, por exemplo possui três etapas, cada uma com o tempo padrão conforma a figura abaixo, podemos, então, calcular a capacidade nominal de cada etapa, definir o gargalo e, com isto, calcular a capacidade final do processo. TP 1 = 5s → CN 1 = 60s / 5s = 12 unid/min TP 2 = 6s → CN 2 = 60s / 6s = 10 unid/min TP 3 = 10s → CN 3 = 60s / 10s = 6 unid/min Portando, o gargalo é a ETAPA #, ficando a capacidade do processo em 6 unid/min. Disciplina: Estudo de Movimentos e Tempos 18 Se considerarmos que fizemos todo o Estudo de Tempos para uma etapa do processo produtivo, analisando um único operador, estes Tempos Padrões seriam correspondentes ao elementos da operação e, neste sentido, a Capacidade Nominal da operação seria de 6 unid/min (já que a mesma é feita por apenas um trabalhador). Dobrando a capacidade da ETAPA 3, teríamos CN 3 = 12 unid/min e, assim, o gargalo passaria para a ETAPA 2, ficando a capacidade do processo equivalente á 10 unid/min. Agora, se houver mais de um recurso de produção (operador ou máquina) realizando a mesma tarefa, ao mesmo tempo, em uma única etapa, ou seja, trabalhando em paralelo, a capacidade nominal da etapa será a soma das capacidades nominais dos recursos de produção. TP 1 = 5s → CN 1 = 60s / 5s = 12 unid/min TP 2 = 6s → CN 2 = 60s / 6s = 10 unid/min TP 3 = 10s → CN 3 = 60s / 10s = 6 unid/min TP 4 = 5s → CN 4 = 60s / 5s = 12 unid/min TP 5 = 4s → CN 5 = 60s / 4s = 15 unid/min Então, temos que: CN (E) = CN 3 + CN 4 = 18 unid/min O gargalo desta linha de montagem é a ETAPA 2 e a Capacidade Nominal do processo equivale a 10 unid/min. Bibliografia: Barnes, Ralph M., Estudo de Movimentos e Tempos, Projeto e Medida do Trabalho. 8a reimpressão, tradução da 6 a ed. americana Brasil, 2001.
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