Buscar

estado de necessidade.pptx

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Requisitos essenciais do estado de necessidade
Perigo atual – é a probabilidade de dano (ou lesão) juridicamente tutelado. Deve se tratar de uma possibilidade concreta, levando em conta a situação em que o agente se encontrava no momento imediatamente anterior à sua atuação em necessidade.
 Ameaça a direito próprio ou alheio – age em estado de necessidade quem salva direito próprio (ex. a tábua de salvação), mas também quem defende direito de terceiro (ex. medico que quebra sigilo profissional revelando que um paciente é portador de HIV, para salvar terceira pessoa que seria contaminada. A excludente estado de necessidade pode recair sobre qualquer bem juridicamente tutelado.
Perigo não provocado voluntariamente pelo sujeito – quem der causa ao perigo não pode se beneficiar do estado de necessidade, a não ser que o tenha gerado involuntariamente. Argumenta-se doutrinariamente que quem deu causa ao perigo tem o dever legal de enfrentá-lo.
Inexigibilidade do sacrifício do bem ameaçado (princípio da ponderação dos bens)- na atuação concreta deve-se fazer uma análise comparativa entre o bem a ser salvo e o bem a ser sacrificado (ponderação dos bens). Haverá estado de necessidade quando aquele (o que se quer salvar) for de maior importância que este (o que se quer sacrificar) ou ainda quando se equivalerem (ex. sacrificar o patrimônio de alguém para salvar a vida, ou matar para salvar própria).
Essa ponderação não pode ser feita milimetricamente. Se o bem sacrificado for de maior importância que o salvo, não se reconhece o estado. 
Inevitabilidade do perigo – se o conflito entre o sbens puder ser reolvido de modo diverso como um pedido de socorro a
Terceira pessoa ou pela fuga do local do perigo, o fato não se considera justificado, pois a conduta lesiva deve ser o único meio de salvar o bem do perigo.
Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo – esse dever decorre do exercício de algumas funções públicas (bombeiro, policial etc.). Assim, bombeiro não pode se eximir de salvar alguma pessoa num prédio em chamas, sob pretexto de corres o risco de se queimar. Não se exige o sacrifício extremo, v.g. que o bombeiro entre num prédio em chama para salvar um bem valioso, sendo improvável naquela situação que ele sobreviva, independente de seu treinamento
Classificação do estado de necessidade:
Defensivo – a conduta de quem age se volta contra coisa de onde proveio o perigo;
Agressivo – a conduta do sujeito que age em estado de necessidade se volta contra outra coisa, ou contra terceiro inocente;
Justificante – afasta a ilicitude da conduta;
Exculpante - exclui a culpabilidade do agente (não foi adotado pelo sistema brasileiro).
Próprio – resguarda bem próprio;
De terceiro – salva-se bem alheio;
Real – quando a situação realmente está ocorrendo;
Putativo – situação imaginária. Exclui o dolo
LEGÍTIMA DEFESA
Alcance – pode visar á proteção de qualquer bem ou direito, não somente a vida ou a integridade física.
Requisitos :
Reação a uma agressão humana – se não há agressão humana, o comportamento de quem reage não será legitima defesa. Qualquer outra forma de perigo leva ao estado de necessidade.
Atualidade ou iminência da agressão – na legítima a agressão pode estar acontecendo (atualidade) ou preste a acontecer (iminência), distinto do estado de necessidade onde o perigo somente pode ser atual.
Injustiça da agressão – injusta é a agressão ilícita, não precisa ser crime. Se é ilícita, injusta, não tem amparo legal
Assim, encontrar-se-á em legítima defesa aquele que agride uma pessoa para evitar ser vítima de um crime.
Exemplos de agressão justa: cumprimento de mandado de prisão; cumprimento de mandado de busca; encarceramento decorrente de prisão legal.
Direito próprio ou alheio sendo defendido – gerando a legítima defesa própria ou de terceiro.
Elemento subjetivo – conhecimento da situação justificante.
Meio necessário – é aquele menos lesivo que se encontra á disposição do agente, porém, hábil a repelir a agressão. Havendo mais de um meio capaz de evitar o ataque ao alcance do sujeito, deve-se optar pelo menos agressivo.
A qualidade de necessidade do meio e a moderação em seu uso somente podem ser aferidas em cada caso concreto. Assim, por exemplo, a diferença de porte físico legitima, conforme o caso, repulsa à agressão, utilizando arma.
Moderação – uso quantitativo dentro do exigido pela situação, sem excessos, se é possível repelir a agressão com um, nãose pode usar dois ou três.
Classificação da legítima defesa:
Recíproca – é a legítima defesa contra legítima defesa (inadmissível, salvo se uma delas for putativa);
Sucessiva – é a reação contra o excesso;
Real – aquela em que a agressão está realmente ocorrendo;
Putativa – é a imaginária, trata-e de modalidade de erro.
Própria – quando o agente resguarda direito próprio.
De terceiro – quando o direito defendido é alheio;
Subjetiva – quando há excesso exculpante decorrente de erro inevitável;
Com aberratio ictus – o sujeito ao repelir a agressão injusta, por erro na execução, atingem bem de pessoa diversa da que o agredira. Exemplo: A para salvar sua vida, saca de uma arma de fogo e atira em direção ao seu algoz B, mas erra o alvo e atinge C que apenas passava no local. A agiu sob o abrigo da excludente e deverá ser absolvido.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais