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RESUMO POLÍTICAS POPULACIONAIS E DIREITOS REPRODUTIVOS

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Filosofia e conhecimento tecnológico. 
Problemas atuais de bioética – Leo Pessini e Christian de Barchifontaine 
Resumo: 
Políticas populacionais e direitos reprodutivos. 
 
Desde a Antiguidade até o fim da Idade Média, o crescimento demográfico 
foi de 0,1%. De 1960 a 1970, a humanidade alcançou o seu pico máximo de 
crescimento global: 2,69%. 
A humanidade atingiu a casa do primeiro bilhão em 1850. Em 1930 atingiu 
o segundo bilhão. Ou seja, foram necessários milhões de anos para atingir o 
primeiro bilhão e apenas 80 anos para o segundo. Tivemos 3 conferências 
mundiais sobre a população e desenvolvimento, mas apenas na conferência de 
Cairo (1994) houve certo consenso internacional quanto alguns pontos, como 
por exemplo o direito humano sobre planejamento da natalidade e saúde da 
reprodução. 
Apesar de alguns concordarem com a teoria neomalthusianista, que 
consiste em afirmar que é impossível alcançar o bem-estar geral sem contenção 
demográfica, os fatos até hoje desmentiram essa tese. A humanidade nunca 
dispôs de tantos bens materiais quanto hoje. 
O crescimento populacional decorre da queda da mortalidade infantil e 
aumento da média de vida. Podemos afirmar que o crescimento populacional é 
fruto direto do progresso. 
O crescimento populacional vem caindo lenta e sistematicamente, não por 
força do controle da humanidade, mas sim por determinação sua, com meios 
para a implementação de um programa populacional. E estima-se que por volta 
de 2100, os nascimentos e mortes serão equivalentes, ou seja, o crescimento 
populacional será igual a zero. 
Apesar de existir países que sofram crises populacionais, a bomba 
demográfica mundial se revela como um mito. Mas esse mito é a base da 
ideologia anticonceptiva, que acredita que uma população menos numerosa 
permite realizar uma melhor economia. 
 
 
Tal ideologia não se preocupa em exceder os valores éticos de uma 
cultura, e impôs aos povos toda forma de contracepção, esterilização ou aborto 
julgado, sem nenhum respeito pelas tradições familiares ou religiosas. A 
ideologia anticonceptiva tem fracassado em obter um crescimento populacional 
zero em países de primeiro mundo e promover a queda populacional em áreas 
de terceiro mundo. 
A densidade populacional não é necessariamente a fonte da fome e da 
pobreza, e um grande numero de habitantes não é uma população excessiva, 
se levarmos em conta a produção alimentar e o potencial do pais para o 
desenvolvimento. 
Em qualquer hipótese, a ideologia conceptiva se trata de uma absoluta 
falta de respeito pela liberdade de decisão de pessoas interessadas. 
No Brasil, a anticoncepção não faz partes dos serviços públicos, nem na 
forma de informação, prescrição ou metodologia, e é pouco difundida nos 
serviços privados. Mas a falta de meios não foi obstáculo para que a mulher 
brasileira regulasse e até limitasse sua fecundidade. Foi apenas obstáculo para 
que ela pudesse eleger livremente qual o método que melhor se adapta a cada 
uma das circunstancias de sua vida, obrigando-a a aceitar as poucas opções 
disponíveis, por erradas ou inadequadas que fossem. Orientação reprodutiva é 
fundamental, mas está ausente da assistência de hoje. 
A fertilidade deve ser encarada como um sinal de saúde e não de doença. 
Os casais tem direitos reprodutivos fundamentais de decidir livre e 
responsavelmente, quanto ao numero e ao espaçamento do nascimento de seus 
filhos, bem como o direito de obter instrução e orientação adequada a respeito 
do assunto. Suas decisões em relação a reprodução tem que ser livres de 
discriminação, coerção e violência. 
A saúde feminina é um tema muito importante pois, cuidando dela cuida-
se também das bases familiares. Quando uma mulher não dispõe dos cuidados 
adequados através de programas de prevenção a doenças, acompanhamento 
na maternidade, as taxas de aborto, morte de bebês e das mães se elevam. 
Outro aspecto da falta de orientação adequada diz respeito às técnicas de 
contracepção, grande parte das mulheres, especialmente as de baixa renda, não 
tem acesso a métodos contraceptivos diversificados, restando a opção da 
laqueadura e das pílulas apenas. A cultura de laqueadura propicia também o 
 
 
aumento de partos cesáreos visando realizar o procedimento juntamente com o 
parto. 
No que diz respeito ao aconselhamento genético, muitas questões éticas 
estão em jogo, principalmente em relação ao uso das informações obtidas e 
quem utilizará essas informações. O grande ‘medo’ é tornar-se um mercado de 
aconselhamento genético. 
O crescimento populacional mundial é um problema atual que está 
relacionado com os recursos necessários para manter essa população, 
atualmente alguns países já vive a guerra da água, que futuramente será um 
recurso muito valioso. 
 No entanto, sabemos também que o crescimento populacional ocorre de 
forma desigual, enquanto na Europa e futuramente América, vive o 
envelhecimento de sua população, a África, Asia e Oceania tem um crescimento 
constante. Futuramente os países envelhecidos necessitarão da mão-de-obra 
proveniente dos países subdesenvolvidos, porém o preconceito acarretará em 
mais exclusão da população mais pobre. 
Uma conclusão que se tira é que os países pobres ficarão mais pobres e 
os países ricos se consolidarão em suas posições. 
 Inicia-se o processo de buscar o controle do crescimento populacional e 
algumas das soluções encontradas está na educação e emancipação da mulher, 
mudança nas relações homem e mulher, além da eliminação de algumas 
superstições e tradições.

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