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Direito Reais	
Da aquisição da propriedade imóvel
Da Aquisição por Acessão
Componentes 
Carol Oliveira
Diego Emerson		
Eduardo Gomes
Flávio Menezes	
Júlia Carvalho
Romário Castro
Referências 
DINIZ, Maria Helena. Direito Civil Brasileiro: Direito das coisas. v. 4, São Paulo: Saraiva, 2005.
Gonçalves, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, volume 5: Direito das Coisas/ Carlos Roberto Gonçalves. - 5.ed.- São Paulo: Saraiva, 2010.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil. v. V. São Paulo: Atlas, 2005.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil, direto das coisas; direito autoral, volume 4. 2. ed. rev. e atual – São Paulo: Saraiva, 2009.
Código de Águas (Dec. N. 24643/34 - CA)
Introdução 
Este seminário tem como finalidade adentrar e explanar, de forma clara, o conceito, bem como as diversas variações e características da Aquisição por Acessão, de forma com que se possa compreender verdadeiramente o conteúdo e que se tenha um bom aproveitamento de todo o assunto que vier a ser apresentado.
Propriedade 
A propriedade é o direito real mais completo. Confere ao seu titular os poderes de usar, gozar e dispor da coisa, assim como de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
Posse
É a situação de fato, ocorre independentemente de título e pode transformar-se em propriedade
A posse, assim, é considerada, como direito especial, ou instrumento indispensável à manifestação dos direitos reais. 
A Acessão depende de dois requisitos que são: primeiro, a conjunção entre duas coisas, até então separadas e segundo o caráter acessório de uma dessas coisas, em confronto com a outra.
Na acessão prevalece o princípio segundo o qual a coisa acessória segue a principal, ou seja, a coisa acedida é a principal e a coisa acedente, é a acessória.
Nas palavras de Gonçalves Fica entendido que a “ Acessão é modo de aquisição da propriedade, criado por lei, em virtude do qual tudo o que se incorpora a um bem fica pertencendo ao seu proprietário
”
Da Aquisição por Acessão
As Acessões físicas ou naturais podem se dar pela: formação de ilhas; aluvião; avulsão; ou álveo abandonado. Já as Acessões industriais ou artificiais se dão por meio de plantações ou construções . Que estão elencadas num rol no artigo 1248 do Código Civil de 2002. 
A primeira decorre de fenômenos naturais, segundo a doutrina, sendo acessões de imóvel a imóvel; a segunda decorre do trabalho ou indústria do homem, sendo segundo a doutrina, acessão de móvel a imóvel.
Da Aquisição por Acessão
Da Aquisição por Acessão
Art. 1.248. A acessão pode dar-se:
I - por formação de ilhas;
Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes:
I - as que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir o álveo em duas partes iguais;
II - as que se formarem entre a referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado;
III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a pertencer aos proprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram.
Das Ílhas
As ilhas formadas em correntes comuns e particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros, observado o artigo 1249 do Código Civil e seus incisos.
De Acordo com o Código de Águas no seu artigo 23: “As ilhas ou ilhotas, que se formarem no álveo de uma corrente, pertencem ao domínio público, no caso das águas públicas, e ao domínio particular, no caso das águas comuns ou particulares.”
Das Ílhas
Art. 1.248. A acessão pode dar-se:
II - por aluvião;
Art. 1.250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.
Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem.
Da Aquisição por Acessão
Da Aluvião
Ocorre quando se formam acréscimos ou sedimentações de forma imperceptível, lenta e gradual por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas. Este acréscimo pertence aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.
As aluviões se classificam em próprias e improprias, correspondendo as primeiras aos acréscimos por depósito ou aterro, e as últimas ao afastamento de águas que tona descoberto parte do álveo. Apesar da distinção as consequência de ambas são as mesmas. 
Da Aluvião
Art. 1.248. A acessão pode dar-se:
III - por avulsão;
Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono do prédio a que se juntou a porção de terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida.
Da Aquisição por Acessão
Da Avulsão
A avulsão também é um fenômeno causado pelas águas, porém, de maneira inversa, pois ocorre o deslocamento de uma certa porção de terra de um terreno para outro, diminuindo a propriedade.
Art. 1.248. A acessão pode dar-se:
IV - por abandono de álveo;
Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo.
Da Aquisição por Acessão
Do Álveo Abandonado
Ocorre quando o leito do rio muda de direção em função da corrente, pertencendo à nova porção aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo.
No Código de Águas dispões no artigo 24 que, “O álveo abandonado da corrente pública pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham direito a indenização alguma os donos dos terrenos por onde as águas abrigarem novo curso.”
Do Álveo Abandonado
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“As acessões artificiais são as que derivam de um comportamento ativo do homem, dentre elas as semeaduras, plantações e construções de obra” (DINIZ, 2005). Estão dispostas nos artigos 1253 a 1259 do Código Civil.
Das Construções e Plantações 
Das Construções e Plantações 
Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em proporção não superior à vigésima parte deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do solo invadido, se o valor da construção exceder o dessa parte, e responde por indenização que represente, também, o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente.
Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o valor da construção exceder consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porção invasora sem grave prejuízo para a construção.
Art. 1.259. Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do solo alheio exceder a vigésima parte deste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos que abranjam o valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente; se de má-fé, é obrigado a demolir o que nele construiu, pagando as perdas e danos apurados, que serão devidos em dobro
Das Construções e Plantações 
Casos Práticos / Julgados
Construção Feita em Terreno Alheio de Boa-Fé
TJ-ES - Apelação Civel AC 35959000114 ES 035959000114 (TJ-ES)
Data de publicação:
21/11/1995
Ementa: CONSTRUTOR DE BOA-FE. 1. O PLANTADOR OU CONS- TRUTOR DE BOA-FE, PLANTANDO OU EDIFICANDO EM TERRENO ALHEIO, PERDE, EM PROVEITO DO PROPRIETARIO DO SOLO, AS SEMENTES, PLANTAS E AS CONSTRUCOES. NAO PERDE APENAS O MATERIAL, MAS A PLANTACAO INTEIRA, A CONSTRUÇÃO TODA. 2. EM COMPENSACAO, POR NAO TOLERAR A LEI O ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA, TEM ELE DIREITO A INDENIZACAO, QUE LHE DEVE SER PAGA PELO DOMINUS SOLI, INDENIZACAO ESSA QUE ABRANGE NAO SOMENTE O VALOR DOS MATERIAS, COMO TAM- BEM A MAO-DE-OBRA, ISTO E, AQUILO QUE ELE PERDEU. 3. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
Casos Práticos / Julgados
Construção Feita em Terreno Alheio - Má-Fé
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - REINTEGRAÇÃO DE POSSE - IMÓVEL DE PROPRIEDADE DA PARTE AUTORA - POSSE, ESBULHO, DATA DO ESBULHO E PERDA DA POSSE COMPROVADOS - PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DO ART. 927 CPC - USUCAPIÃO ARGUIDO EM DEFESA - AUSÊNCIA DE ANIMUS DOMINI - REINTEGRAÇÃO CONCEDIDA - ACESSÕES REALIZADAS NO TERRENO - POSSUIDOR DE MÁ-FÉ - INDENIZAÇÃO - NÃO CABIMENTO. 
...Para se aferir o direito à indenização pelas acessões feitas em terreno alheio, deve-se averiguar se o possuidor agiu de boa-fé, por acreditar que a propriedade lhe pertencia com fundamento em justo título. Tendo sido a ocupação do réu ilícita e de má-fé, não há como admitir-se a aplicação do princípio da boa-fé para fins indenizatórios, nos termos do artigo 1.255 do CC/02.
Casos Práticos / Julgados
Impossibilidade de Usucapião de Construção em Terreno Alheio
TJ-MG - 101530706287600011 MG 1.0153.07.062876-0/001(1) (TJ-MG)
Data de publicação: 02/12/2008
Ementa: APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DE USUCAPIÃO. REQUERIMENTO RELATIVO APENAS À CONSTRUÇÃO. ACESSÓRIO E PRINCIPAL. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA. AÇÃO DE DESPEJO. INOVAÇÃO RECURSAL. NÃO CONHECIMENTO. Não há como reconhecer a possibilidade de se usucapir apenas casa edificada em terreno alheio, tendo em vista que, além de tal pretensão não encontrar suporte no ordenamento jurídico, sem a aquisição da coisa principal não se pode adquirir a acessória. Impõe-se o não conhecimento do recurso.
Conclusão
Podemos dizer em face do que observamos neste trabalho as normas jurídicas que regulam a aquisição por acessão da propriedade são de fundamental importância e exerce um papel indispensável no campo das relações privadas. Ademias, o advogado que é um articulador do processo de justiça dentro do Estado, sua tarefa depende de conhecer as varias formas de aquisição por Acessão da propriedade esse tema é um ensaio para o reconhecimento das situações que ameaçam o direito alheio.

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