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Estudo dirigido dos bens
1 - Explique a diferença entre bens e coisas abordando e esclarecendo acerca da teoria do patrimônio mínimo.
Seguindo a corrente doutrinária adotado pelo Código Civil de Silvio Rodrigues que defende a tese que coisa é gênero e bens é espécie. Bens é tudo aquilo que tem relevância para o direito porque tem valor econômico, agora todo o resto que existe no mundo (exceto os humanos) que não tem interesse para o direito é chamado de coisas. Porém existe uma segunda linha de raciocínio de Orlando Gomes e Caio Mário que define que bem é tudo aquilo que existe no mundo, com exceção das pessoas, coisas são todos os bens que interessam ao direito, pois existem bens que não têm valorização econômica e, portanto, não podem ser considerados coisas. E diante dessa briga surgiu uma terceira corrente doutrinária por Rosa Maria de Andrade que afirma que as expressões são utilizas em mais de um sentido, podendo, portanto, serem tratadas como sinônimos.
Já o patrimônio mínimo que se refere a um dos pilares do ordenamento jurídico: dignidade da pessoa humana, e junto essa tese disse-se que deve assegurar a pessoa o mínimo de direito patrimoniais para que ela viva com dignidade. Compreende-se como fundamento da dignidade humana, o espaço --das coisas que, embora possam se prestar ao uso, ao empréstimo, jamais poderão ser alienadas, porque é fundamental aos preceitos de uma vida digna da pessoa no seio social.
2 - A respeito da classificação dos bens segundo o Direito Civil brasileiro, esclareça as definições de bens móveis, imóveis, fungíveis e infungíveis, abordando suas eventuais subdivisões.__
Bens móveis: São aqueles que podem ser movidos de um local para o outro sem que cause uma destruição do Bem ou do local. são bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia sem alteração da substância ou da destinação econômica social. Ex: carro, bicicleta.
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Subdivisões
- Bens imóveis por natureza ou por essência: são bens que podem ser transportados sem qualquer dano. São ditos bens móveis semoventes aqueles que podem ser movidos de um local para outro, por força própria, como por exemplo, os animais; e os bens móveis propriamente ditos são os materiais destinados à construção, enquanto não utilizados, segundo o art. 84, do CC;
- Bens móveis por antecipação: Bens móveis por antecipação são bens imóveis que a vontade humana mobiliza em função da finalidade econômica; ex: árvores, frutos, pedras e metais, aderentes ao imóvel, são imóveis; separados, para fins humanos, tornam-se móveis; ex: são móveis por antecipação árvores convertidas em lenha.
- Bens móveis por determinação legal: Os bens móveis por determinação legal são os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes, os direitos de obrigação e as ações respectivas e os direitos de autor. Estão classificados por força legal no art. 83 de CC, que assim dispõe:
“Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.”
Bens imóveis: Compreende pode ser transportado de um local para o outro sem que haja destruição do local em que se encontra ou do bem. são bens imóveis o solo e tudo que se lhe incorporar naturalmente ou artificialmente. Ex: árvore, casa.
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Subdivisões
-Bens imóveis por natureza ou por essência: encontram previsão no art. 79, do Código Civil e como a própria nomenclatura propõe, trata-se de bens formados pelo solo e tudo quanto se lhe incorporar naturalmente. Nesta subclassificação se inclui o solo com sua superfície, o subsolo e o espaço aéreo. Destaca-se que tudo o que se incorpora é dito “imóvel por acessão”, como uma árvore que nasce de maneira natural;
-Bens imóveis por acessão física: “são bens que o homem incorpora permanentemente ao solo” (FIUZA, 2004, p.173) Ex: construções, sementes lançadas à terra.
-Bens imóveis por acessão física intelectual: “são os bens que o proprietário intencionalmente destina e mantém no imóvel para exploração industrial, aformoseamento ou comodidade (art 43, III, do CC-16)” (STOLZE, 2007, p.262). Como visto são bens imóveis por destinação do proprietário, ou seja,  são todos os bens que o proprietário mantiver intencionalmente empregado.
-Bens imóveis por disposição legal: estão previstos no art. 80, do CC e tais bens são tidos como imóveis pela lei, a fim de que recebam melhor proteção jurídica.
Bens fungíveis: São bens móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. EX: AGUA, DINHEIRO.
Bens infungíveis: Ao contrário dos bens fungíveis, são aqueles que não podem ser substituídos por outros em razão de determinadas características individuais especiais e específicas. Ex: relógio que meu avô usou na segunda guerra mundial. 
Bens consumíveis:
a) cujo uso importa na distribuição imediata da própria imediata da substância;
b) os destinados a alienação; 
Bens divisíveis 	
Alteração na sua substância 
Diminuição considerável de valor 
Prejuízo do uso a que se destinam 
Bens indivisíveis: os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por:
Determinação da lei
Vontade das partes
Bens singulares: são os bens que embora reunidos se consideram de per si, independente dos demais. Ex: livro na biblioteca.
Bens coletivo: são os resultantes da união de diferentes objetos, em um só todo, sem que desapareça a condição particular de cada um.
Universalidade de fato
É a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária, com por exemplo, um rebanho, uma biblioteca, etc. (art. 90 – CC).
Universalidade de direito
É o complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de valor econômico, como por exemplo, a herança, o patrimônio, fundo de comércio, etc.). (GONÇALVES, 2012)
Bens reciprocamente considerados 
Bem principal: existe sobre si mesmo, desenvolve sua função e utilidade independente de outro vem. 
Bem acessório: existe em razão de um bem principal serve para ser utilizado em um bem principal.
3 - Disserte sobre os conceitos clássico e contemporâneo de patrimônio, abordando a classificação dos bens quanto a sua divisibilidade.
Para a doutrina clássica, patrimônio é a representação econômica da pessoa, segundo os ensinamentos de Silvio Rodrigues patrimônio é representado pela quantidade de bens, conversíveis em dinheiro. Assim como afirma que patrimônio é a ‘’expressão do poder jurídico em que toda pessoa está investida como tal’’ já que concluem que o patrimônio foi ligado, primeiramente, à personalidade. 
Já para a doutrina contemporânea, a coesão patrimonial é explicada pelo vinculo objetivo, concluindo-se que patrimônio é o conjunto de bens coesos pela afetação a fim econômico determinado, ou seja, é uma universalidade de direitos, com a destinação que lhe der seu titular. E, na clássica definição de Clóvis Beviláqua: "o complexo das relações jurídicas de uma pessoa, que tiverem valor econômico". 
Por fim cumpre salientar que o patrimônio pode ser ativo ou passivo, respectivamente, direitos e obrigações, líquido ou bruto, o primeiro é o conjunto de créditos deduzidos os débitos e o último somente os créditos sem dedução dos débitos.
De acordo com o disposto no artigo 87 do Novo Código Civil, “bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam”
A indivisibilidade pode resultar: natural, legal, convencional.
Natural: pela própria natureza do bem. Ex: um animal.
Legal: é aquela que a lei vai dizer que um bem é indivisível. Ex: herança que é considerada indivisível até a partilha entre os herdeiros.Convencional: quando as partes envolvidas fazem um contrato combinam que o bem envolvido naquele negócio jurídico é indivisível por algum motivo que elas acordem.
4 - Bens principais são aqueles que existem de maneira autônoma e independente, exercendo sua função de maneira independente relativamente a outro objeto. Os bens acessórios, por sua vez dependem do principal e dividem-se em diferentes categorias. Com relação aos bens acessórios explique o conceito de frutos; produtos; pertenças; partes integrantes e benfeitorias;
-Frutos: Frutos são as utilidades que uma coisa periodicamente produz. Nascem e renascem da coisa, sem acarretar-lhe a destruição no todo ou em parte ou seja se regenera. ex: maça.
frutos naturais: são os gerados pelo bem principal sem necessidade da intervenção humana direta exemplos: laranja e café
frutos industriais: são os decorrentes da atividade industrial humana exemplo: bens manufaturados
frutos civis: são utilidades que a coisa frugífera periodicamente produz, viabilizando a percepção de uma renda exemplos: juros e aluguel.
-Produto: Produtos são as utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente. ex: barro que se tira da barreira. 
-Pertenças: Apesar de serem bens acessórios, não seguem o bem principal, não constituindo partes integrantes. Ex: vender uma casa e os móveis não vão juntos porque não segue o bem principal. 
-Partes integrantes: são bens que unidos ao bem principal, formam um todo independente. As partes integrantes são desprovidas de existência material própria. Ex: lâmpada em relação ao lustre, lente em relação à câmera filmadora. 
-Benfeitorias: são acréscimos e melhoramentos realizados nos bens móveis e imóveis. ex: reparos em um automóvel. 
as benfeitorias podem ser necessárias, úteis e voluptuárias:
Benfeitoria necessária
Benfeitorias necessárias são as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore (ex.: reparos em um automóvel).
Além disso, consideram-se necessárias as benfeitorias destinadas a permitir a normal exploração econômica do bem (ex.: adubação, esgotamento de pântanos, etc.).
Benfeitoria uteis
Benfeitorias úteis são as que aumentam ou facilitam o uso do bem (ex.: aumento de área de estacionamento em um edifício).
Benfeitorias voluptuárias
Benfeitorias voluptuárias são as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor (ex.: substituição de um piso comum de um edifício por mármore).
5 - Disserte sobre o bem de família, distinguindo suas duas espécies e esclarecendo sua importância para o direito.
Bem de família é todo bem imóvel urbano ou rural que serve de proteção a morada da família. Para garantir o mínimo necessário à dignidade da pessoa humana e, consequentemente, a sobrevivência da entidade familiar. Além de sua importância material, é a sede da entidade familiar e o lugar no qual os integrantes da família passam boa parte de suas vidas, buscado descanso, abrigo, conforto, paz, comprometimento mútuo e lazer, as residências integram a história de uma família. 
 Não se trata de defender a pessoa do devedor, mas de proporcionar à entidade familiar o exercício do seu direito social à moradia, consagrado pelo artigo 6º da Constituição Federal. Busca-se assegurar o desenvolvimento pleno de todos os integrantes da família unidos pelo afeto e identidade de propósitos. Desta feita, verifica-se que é do interesse do Estado tutelar a moradia, o que significa dizer que o bem de família pode ser considerado norma de ordem pública. Daí porque o bem de família é um instituto de grande importância.
Dividimos em: 
Bem de família voluntário: 
Feito por escritura pública ou testamento (formal de partilha) e registro no R I torna o bem impenhorável. Imóvel e outros bens que compõem até um terço do patrimônio líquido e inseto de dividas posteriores a intuição. 
Bem de família legal 
Pela lei, apenas torna o bem impenhorável. (não impede a venda). Apenas o imóvel utilizado como residência e os móveis imprescindíveis. Isento de devidas a qualquer tempo.
‘’o conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel, pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas’’
Somente se aplica ao instituto processual 
Doutrina defende não pode ser instituído o vem de família voluntário para pessoas solteiras: ausência de núcleo familiar. 
Bibliografia
Manual do direito civil 
(Clóvis Beviláqua, Teoria Geral do Direito Civil, 5a Ed., 1951, pp. 209-210).
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,patrimonio-juridico,25258.html
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2631/Bens
Artigo: O bem de família como instrumento de proteção ao direito social de moradia

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