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Fichamento - Estudo de Caso: Peter Guber: A Marca "Eu" versus "Nós"

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM CONSULTORIA EMPRESARIAL
Fichamento de Estudo de Caso
Murilo Mesquita Leão de Sá
Trabalho da disciplina: Personal Branding E Gestão da Auto-imagem,
 Tutor: Prof. Andrea Gomes Bittencourt
Niterói/RJ 
2018
Estudo de Caso de Harvard: Peter Guber: A Marca “Eu” versus “Nós”
Referência: GREYS, Stephen A.; ELLET, Erwilliam; NELSONGAYTON; Peter Guber: A marca “Eu” versus “Nós”. Harvard Business School, ago. 2014 
Texto do Fichamento:
	O estudo de caso apresentado conta a história de um produto de filmes de sucesso, um ex executivo-chefe das empresas de entretenimento internacionais e o Diretor Executivo do Grupo Mandalay Entertainment, chamado Peter Guber. A Mandalay era uma empresa privada atuante no cinema, televisão e, também, no entretenimento esportivo como uma das maiores proprietárias de times de beisebol na liga menor profissional.
	Peter Guber foi professor na Faculdade de Teatro, Cinema e Televisão, sendo membro do corpo docente por mais de três décadas, e esteve à frente de diversas iniciativas de liderança de pensamento. Em paralelo, escreveu artigos e foi palestrante em eventos corporativos e, também, como analista de entretenimento e mídia.
	Com toda sua trajetória e experiência, Guber, considerava um novo empreendimento: escrever um livro de negócios. Ele acreditava ser qualificado para escrever sobre o tema contando histórias “objetivas” para negócios “bem-sucedidos” e que um bom livro poderia estender sua marca pessoal como um líder de pensamento além da “marca nós” como era conhecido por sua atuação na Mandalay e demais indústrias de mídia e entretenimento. 
	Após se formar em Bacharel, tornou-se Mestre e Doutor em Direito em 1968. No mesmo ano, a Columbia Pictures o recrutou para fazer parte de seu programa de desenvolvimento de gestão. No início dos anos 1970, iniciou como supervisor de criação e começou a aprender um pouco sobre a indústria cinematográfica. No ano seguinte, tornou-se Presidente do estúdio e Chefe de Produção Global, fazendo com o que a Columbia Pictures atingisse lucros recordes através de sucessos de bilheteria.
	Após renunciar seu cargo na Columbia Records, em 1975, fundou a Casablanca Record & Filmworks com o renomado supervisor musical, Neil Bogart. A empresa rapidamente estabeleceu sua marca com bandas de sucesso e outros artistas populares e ajudou a estabelecer o fenômeno disco. Teve sucesso, também, nos cinemas e televisão. Guber também estreou como produtor de filmes independentes o que lhe rendeu sete indicações ao Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Filme e a nomeação de “Produtor do Ano” pela Associação Nacional de Proprietários de Cinemas. A empresa foi a primeira a usar trilha sonora para promover filmes.
	Naquele momento, Guber havia construído uma carreira sólida. Em 1979, a PolyGram, uma empresa musical europeia, comprou uma participação minoritária na Casablanca. Com a parte que recebeu, Guber criou a PolyGram Filmed Entertainment que, em pouco tempo, lançou diversos filmes. Em 1983, ele vende sua participação e, junto com o produtor musical e de cinema Jon Peter, cria a Guber-Peter Entertainment Company (GPEC).
	Com um começo difícil e alguns fracassos, a empresa obteve sucesso com “A Cor Púrpura” que recebeu 11 indicações ao Oscar. Nos anos seguintes, a GPEC produziu uma sequência de filmes sendo dois ganhadores do Oscar. Em 1989 a empresa abriu seu capital e a japonesa Sony Corporate a comprou por um valor bem acima de mercado. Guber se tornou Presidente do Conselho e Diretor Executivo da Sony Pictures Entertainment e, durante sua permanência na empresa, montou uma equipe de forte liderança, concebeu e planejou o desenvolvimento da nova sede global de última geração do estúdio na Sony Pictures Studios e liderou a reconquista do estúdio de seu negócio de home vídeos, fortaleceu os cinemas Loews e introduziu novas tecnologias.
	A equipe de Guber produziu filmes de sucesso e lançou a Sony Pictures Classics, que nos primeiros anos recebeu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e liderou a indústria desbancando todos os concorrentes com 120 indicações ao Oscar, durante um período de quatro anos. Na televisão, Guber aumentou a produção e a distribuição de shows televisivos, revitalizou games shows e manteve altos índices de audiência com as novelas diurnas, quase dobrando sua renda. Mas sua permanência na Sony era instável.
	Os lançamentos cinematográficos variavam de entre filmes altamente rentáveis e fracassos. Em 1995 Guber se demitiu da Sony e, em seguida, formou e financiou com a Sony a Mandalay Entertainment. Após a saída de Guber, a Sony anunciou uma baixa de alguns milhões de dólares provocando atenção da mídia e acusações e críticas à gestão empresarial da Sony, incluindo, Guber
	O nome da Mandalay é originário de um poema que a mãe de Guber costumava ler para ele quando jovem. Segundo Guber, a marca não tinha sido projetada para vender um produto e sim representar um lugar místico, como uma chamada à ação, a Mandalay estava “trazendo histórias do coração para todas as plateias”. Guber decidiu chamar a empresa de Mandalay para não usar seu próprio nome, o que se pôde concluir que ele queria desenvolver sua marca “eu”, ou seja, distinta da empresa.
	Produzia filmes que, geralmente, recebiam críticas positivas e tinham bons números de bilheteria. No final de 2008, a empresa foi tendo problemas para conseguir financiamento para sua produção de filmes pelo estúdio. Acreditando que a Mandalay precisava se remodelar, Guber procurou formar uma nova equipe de liderança, contratando como Presidente da Mandalay Pictures, Cathy Schulman, produtora independente ganhadora do Oscar, e lhe deu autoridade total sobre as atividades cinematográficas da empresa.
	Ao longo de 14 anos, a Mandalay construiu negócios no entretenimento voltado para os esportes em torno da liga menor de beisebol tornando-se o bem mais valioso da empresa. Em 1996, surge a Mandalay Sports Entertainment (MSE) com Schaeffer. Guber não considerava o campeonato menos como algo secundário e transformaram essas pequenas ligas, que antes eram operações familiares, em negócios eficientes e rentáveis. A estratégia principal da MSE era comprar pequenas franquias, investir em estádios de ponta e aplicar práticas de marketing.
	A Mandalay ficou conhecida como uma operadora central nos esportes, criando entretenimento familiar acessível e prestando serviços de alto nível aos clientes. A MSE tornou-se uma das maiores proprietárias da liga menor no país, operando cinco equipes de beisebol, podendo ter a mais valiosa coleção de equipes da liga menor, segundo a Forbes. Dessa maneira, a Mandalay mostrou como construir valor em todos os tipos de mercados, fazendo com que executivos de ligas de outros esportes explorassem a experiência da Mandalay sobre como melhorar sua marca, seu marketing e seus patrocínios. 
	Com uma forte e madura equipe de liderança, Guber decidiu diminuir seu envolvimento pessoal nas operações do dia-a-dia da MSE e decidiu se dedicar na oportunidade de escrever um livro de negócios. Já que o histórico de Guber não era necessariamente ideal para um autor de negócios, o seu editor o alertou dizendo que os leitores tradicionais de livros de negócios podiam achar as experiências de Guber seriam irrelevantes para eles, o que complicaria ainda mais as perspectivas de vendas, já que livros de Diretores Executivos não vendiam bem muitas vezes, pois para muitos desses Diretores Executivos era um meio essencial para criar e manter uma marca pessoal. 
	Por definição, as marcas pessoais chamam atenção para o indivíduo, o que poderia embaçar a fronteira entre o profissional e o pessoal e isso seria um lado negativo das marcas pessoais. Se ajudava, ou não, uma marca corporativa, uma marca pessoal tinha um forte apelo para pessoas ambiciosas talentosas como as mais prováveis de seremencontradas no topo das organizações. Empresários criativos conseguem ver as marcas pessoais como mais uma atividade empresarial e, hoje em dia, existem diversos caiais para serem utilizados para essa finalidade.
	A editora não viu “nenhum risco” para produção do livro de Guber, pois considerou a carreira dele como autor em Hollywood interessante e que atrairia os leitores e que suas ideias e histórias seriam atraentes para eles. Só que, para promover o livro, Guber demandaria muito mais tempo que um autor Diretor Executivo comum. Somente o marketing e a divulgação do livro não eram o suficiente para ganhar respeito, no entanto. O livro precisava ser de assunto relevante e substancial ou poderia ser considerado uma obra vaidosa de um magnata.
	Guber considerava a marca pessoal extremamente importante e estava certo que poderia gerenciá-la para ser algo benéfico para a Mandalay, mas estava em dúvidas se essa sua atitude iria permitir que todos na empresa fizessem o mesmo, tornando todas aquelas marcas “eu” concorrentes da marca “nós”. Em 2008, a área cinematográfica da Mandalay não estava em seu melhor momento e Schulman estava progredindo no aumento da produção de filmes. Em seu entender, a presidente da empresa não estava incomodada com a construção da marca pessoal de Guber. Ela pensava que tudo o que ele fazia por conta própria só ajuda a reforçar a marca da empresa, sabia que atividade de escrever seria solitária, exigente e demorada, pensava na marca “nós” acreditando que esse livro trairia benefícios para a Mandalay e para todos os stakeholders, mas sabia que esse benefícios não eram fáceis de definir. 
	Pensando financeiramente, a produção do livro tinha valor pequeno se comparado com o que poderia faturar utilizando seu tempo se dedicando em suas empreitadas. Ele, mais uma vez, analisou sua decisão. Ele tinha chegado a uma conclusão emotiva que o poder de contas histórias tinha impulsionado toda a sua carreira e que era o segredo para os negócios e seu sucesso pessoal e que compartilhar o que ele havia aprendido era cada vez mais importante para ele
	Algumas dúvidas e questionamentos surgiram e ele se perguntava se aquele era mesmo o melhor momento para escrever o livro. Ele olhou para o anúncio do livro que, para ele, representava muito mais do que um pouco mais de publicidade.
	Peter Guber se mostra como um grande empresário, empreendedor e líder. Além de construir grandes marcas empresarias, também, é um grande gestor de sua marca pessoal. O seu livro, além de contribuir para consolidar ainda mais sua posição e marca pessoal, tem como objetivo conquistar espaços e a inspirar outras pessoas em seus empreendimentos, foca não somente nele próprio, mas também todas suas habilidades e experiências, mostrando seus princípios, valores e atitudes diante de situações adversas. Antes de iniciar o seu livro, buscou seu autoconhecimento identificando seus sonhos e a imagem que gostaria de passar para seus leitores.
	
	
	
	
	
	
	
	 
	
	
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