A tragicomédia é uma modalidade do gênero dramático criada no século XVI

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A tragicomédia é uma modalidade do gênero dramático criada no século XVI, na época do Renascimento. Ela é a mistura do trágico e do cômico. Nela, os acontecimentos são dramáticos, funestos, mas o final é sempre feliz, embora não seja cômico. Há ainda uma mistura muito marcante entre o real e o imaginário. 
Pode-se dizer que é a tomada da vida cotidiana e absurda banhada pela comicidade. Os temas prediletos da tragicomédia são a violência, a morte, roubos, dentre outros. Tudo apresentado pela veia do humor. Hoje, é uma das modalidades do gênero dramático com maior expansão. 
Na época do Renascimento Inglês, a mistura entre comédia e tragédia foi bastante utilizada no teatro elisabetano. Entre as peças que faziam uso do recurso tragicômico estão A Tempestade e o Rei Lear, de Shakespeare. Com a utilização da comicidade e das ironias, os textos ganhavam em riqueza de significados.
Tito Mácio Plauto, um dramaturgo romano, foi o único autor antigo a empregar a palavra "tragicomédia" definindo-a e criando-a como um gênero híbrido de comédia e tragédia. Mas este gênero híbrido tinha alguns problemas com uma parcela do público. Após receber inúmeras críticas negativas, a peça El Cid por exemplo, de Corneille, precisou ser reescrita para tornar-se apenas uma tragédia.
Na literatura, um escritor que fez uma tentativa de situar-se entre o grotesco e o sublime foi Victor Hugo. Porém, não obteve muito sucesso. A ideia de que o humor não tiraria a profundidade dramática das peças só começou a ser aceita no século XX, quando teve início o teatro do absurdo, que tratava a realidade de forma inusitada.