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19/08/2018 1 Ciclo cardíaco Msc. Albênica Bontempo Camadas da parede cardíaca • Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o coração à sua posição no mediastino, embora permita suficiente liberdade de movimentação para contrações vigorosas e rápidas. O pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso. Pericárdio • O pericárdio fibroso superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente e inelástico. Assemelha-se a um saco, que repousa sobre o diafragma e se prende a ele. • O pericárdio seroso, mais profundo, é uma membrana mais fina e mais delicada que forma uma dupla camada, circundando o coração. A camada parietal, mais externa, do pericárdio seroso está fundida ao pericárdio fibroso. A camada visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também chamada epicárdio, adere fortemente à superfície do coração. Camadas da parede cardíaca • 1 - Epicárdio: a camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido seroso. O epicárdio é contínuo, a partir da base do coração, com o revestimento interno do pericárdio, denominado camada visceral do pericárdio seroso. • 2 – MIOCÁRDIO: “Myo” quer dizer músculo. O miocárdio consiste em tecido muscular cardíaco (tecido encontrado somente no coração) cuja contração e relaxamento de suas células promovem o bombeamento de sangue. • 3 – ENDOCÁRDIO: “Endo” quer dizer dentro. O endocárdio é uma camada fina de epitélio escamoso simples que recobre as paredes internas do miocárdio. Reveste as valvas cardíacas e a cordas tendíneas e é contínuo com o tecido epitelial que recobre os grandes vasos sanguíneos. 19/08/2018 2 Pequena circulação Circulação pulmonar HEMATOSE PULMONAR • É um mecanismo de trocas gasosas que ocorre nos alvéolos pulmonares. • Esse processo é fundamental para garantir o transporte de oxigênio pelo corpo e a remoção do gás carbônico. • Acontece quando o oxigênio proveniente da respiração pulmonar chega aos alvéolos pulmonares. Nesse local, o oxigênio difunde-se para o sangue presente nos capilares à sua volta e o gás carbônico presente no sangue dos capilares difunde-se para o interior dos alvéolos (trocas gasosas). OXI-HEMOGLOBINA • O oxigênio que passa para o sangue entra nas hemácias e liga-se à hemoglobina, proteína que, entre outras funções, está relacionada com a cor vermelha do sangue. • Ao se ligar à hemoglobina, forma-se a oxi-hemoglobina, que garante o transporte de oxigênio para as células. • O sangue, agora oxigenado (sangue arterial), segue em direção ao coração, onde será impulsionado para o corpo. 19/08/2018 3 HEMATOSE CELULAR • Trocas gasosas que ocorrem ao nível das células dos órgãos atreves das quais o sangue arterial passa a ser sangue venoso. • As células apresentam elevada pressão de CO2 e baixa pressão de O2. • Nos capilares sanguíneos a pressão do O2 é elevada e baixa pressão de CO2. • O O2 difunde-se dos capilares para as células e o CO2 desloca-se das células para os capilares. CIRCULAÇÃO SISTÊMICA OU GRANDE CIRCULAÇÃO Sístole é o período de contração no ciclo cardíaco. Diástole é o período de relaxamento, no qual o coração se enche de sangue. Pressão • O sangue flui através de gradientes de pressão, de regiões de maior pressão para de menor pressão. • A alta pressão é criada nas câmaras cardíacas, durante a contração. • O sangue flui do coração para os vasos (menor pressão), porem conforme o sangue se move pelo sistema, a pressão se perde devido ao atrito entre o sangue e a parede dos vasos. • Maiores pressões na artéria aorta. • Menores pressões na veia cava. • Pressão: força exercida nas paredes do vaso que circunda o fluido, medida no coração e vasos em mmHg. • A compressão de um fluido eleva sua pressão (ex.: contração do ventrículo sobre o sangue que sairá com alta pressão do coração). • Pressão criada dentro dos ventrículos: pressão de ejeção. • Quando o coração relaxa e se expande a pressão dentro das câmaras cai. 19/08/2018 4 DÉBITO CARDÍACO • É a quantidade de sangue que é ejetado (bombeado) pelo coração em 1 minuto. • Medido em litros por minuto ou mililitros por segundo. Fórmula: DC = VS X FC DC= DEBITO CARDÍACO VS = VOLUME SISTÓLICO (volume de ejeção) QUANTIDADE DE SANGUE EJETADA POR BATIMENTO (70mls/ por batimento ) FC= FREQUENCIA CARDÍACA. NUMERO DE BATIMENTOS POR MINUTO (75 bpm) O valor normal do Débito cardíaco está entre 4 e 6 litros por minuto. Para saber o valor do débito cardíaco (DC) é preciso multiplicar a frequência cardíaca (FC) pelo volume sistólico (VS), que é a quantidade de sangue bombeada em um minuto. A quantidade de sangue que chega ao coração por minuto é chamada de retorno venoso. Em condições normais o valor do retorno venoso deve ser o mesmo do débito cardíaco. O débito cardíaco não deve ser confundido com volemia sanguínea. A volemia é o volume de sangue que circula. Débito cardíaco Diminuído X Aumentado • O DC diminuído acontece quando existe uma redução na quantidade de sangue que é bombeada para o coração. • É considerada a hipótese de um DC diminuído quando o volume fica abaixo de 4 litros de sangue por minuto. • O DC diminuído pode ser um sintoma de hipertensão, choque cardiogênico, arritmia ou insuficiência cardíaca. OBS: O choque cardiogênico é uma emergência médica na qual há insuficiência de irrigação sanguínea (perfusão) porque o coração não consegue bombear sangue com eficiência. Isso reduz o suprimento de oxigênio e nutrientes do resto do organismo e pode ser fatal se não tratado correta e imediatamente. • O DC aumentado (ou elevado) acontece quando há um aumento no fluxo de sangue bombeado para o coração. • Considera-se que existe um DC aumentado quando o volume de sangue é superior a 8 litros por minuto. • A taquicardia pode ser um sintoma de débito cardíaco aumentado. • O DC aumentado é uma condição de saúde rara. Está relacionado com a dificuldade do DC de atingir a demanda, pois exige mais do que o coração consegue oferecer. AUSCULTA CARDÍACA • Deve ser realizada em vários locais do tórax (focos de ausculta). • Durante a ausculta, observa-se o ritmo cardíaco, as bulhas cardíacas (sons ocasionados pela abertura e fechamento das válvulas cardíacas) e a presença de sopros (sons ocasionados pelo turbilhonamento do sangue ao passar pelas válvulas ou por outras estruturas cardíacas). 1° Bulha: (TUM) Fechamento das válvulas atrioventriculares (tricúspide e mitral) na fase de contração isométrica. INÍCIO DA SÍSTOLE. 2° Bulha: (TÁ) Fechamento das válvulas semilunares na fase de relaxamento isométrico. FINAL DA SÍSTOLE E INÍCIO DA DIÁSTOLE. 1° Bulha: (TUM) Fechamento das válvulas atrioventriculares (tricúspide e mitral) na fase de contração isométrica. INÍCIO DA SÍSTOLE. 2° Bulha: (TÁ) Fechamento das válvulas semilunares na fase de relaxamento isométrico. FINAL DA SÍSTOLE E INÍCIO DA DIÁSTOLE. 19/08/2018 5 Ciclo cardíaco • Sua contração é “tudo ou nada”, ou seja, o coração contrai como um sincício (unicamente). • A ausência dessa propriedade chama-se fibrilação. • Sua contração é isométrica, ou seja, é aquela na qual o comprimento do músculo permanece constante. • As células musculares das paredes do coração possuem fibras elásticas. Uma vez que o sangue entra e empurra essas paredes, ele exerce uma força sobre elas. Essa parede fica, então, tensionada, sem gasto de energia (tensão passiva). Como um elástico tensionado, ao soltar, ele empurra o sangue de volta. Essa tensão passiva soma à força ativa (contração própria do músculo) na contração cardíaca. PRESSÃO ARTERIAL • A expressão pressão arterial (PA) ou pressão sanguínea refere-se à pressão exercida pelo sanguecontra a parede das artérias. • A pressão arterial bem como a de todo o sistema circulatório encontra-se normalmente um pouco acima da pressão atmosférica, sendo a diferença de pressões responsável por manter as artérias e demais vasos não colapsados. • Pressão Arterial Sistólica: Pressão Arterial máxima do ciclo cardíaco, ocorrendo durante a sístole ventricular (120mmHg). • Pressão Arterial Diastólica: Pressão Arterial mínima do ciclo cardíaco, equivalendo a pressão no fim da diástole ventricular (120mmHg). Pré-carga X Pós-carga • Pré-carga é a pressão de sangue (pressão diastólica final) presente no ventrículo do coração, após seu enchimento passivo e contração do átrio. Em outras palavras, refere-se ao máximo de estresse da parede do ventrículo, quando está cheio de sangue. • Pós-carga é a dificuldade enfrentada pelo ventrículo, durante o processo de ejeção. O fator que mais interfere na pós-carga é a resistência vascular periférica, porém, como esta não pode ser medida, utiliza-se a pressão arterial como parâmetro para avaliar a pós-carga. Quanto maior a pressão arterial, maior é a pós-carga, ou seja, mais difícil é a ejeção. As vezes, a pós-carga é praticamente considerada como a resistência da circulação, em lugar da pressão. O aumento da pós-carga, tanto no coração direito, como no coração esquerdo, provoca alterações ao nível das válvulas semilunares- as válvulas pulmonar e aórtica, respetivamente. Resistência Vascular Periférica • É a oposição dos vasos sanguíneos, que podem estar mais ou menos contraídos ou dilatados, à circulação do sangue. 19/08/2018 6 Resistência Vascular Periférica • VASODILATAÇÃO Periférica: é o processo de dilatação dos vasos sanguíneos, em consequência do relaxamento do músculo liso presente na parede desses mesmos vasos. • RVP • A VASOCONSTRIÇÃO é o processo de contração das fibras musculares destes vasos sanguíneos. Mecanismo controlado pelo hipotálamo,que atua sobre o centro vasomotor. • RVP
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