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44 Questões Comentadas - Art. 5 da CF, 52pag.

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44 QUESTÕES COMENTADAS do CESPE, 
sobre o art. 5º da CF 88: 
 
Nesta apostila trabalharemos com questões sobre um tema muito 
cobrado em concurso, que é o famoso art. 5º da nossa Constituição, acerca dos 
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos. 
 
Vamos lá! 
 
QUESTÃO 01: ANALISTA ADMINISTRATIVO – TJ – ES – CESPE – 2011: O 
brasileiro nato não poderá ser extraditado para outro país em nenhuma 
hipótese. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Em primeiro lugar, fique sabendo a extradição nada mais é do que a entrega de 
alguém, por um País a outro, sempre mediante solicitação, para viabilizar uma 
punição, em decorrência da prática de um crime. 
 
É claro que existem muitas regras a respeito, que se encontram em legislação 
específica. O fato é que cada país, ao receber o pedido de extradição, o analisará, à 
luz da sua própria legislação, decidindo pela concessão ou não, de forma soberana. 
 
 A nossa Constituição resolveu tratar do assunto, de forma mais geral, no art. 5º, LI 
e LII. Veja: 
 
“Art. 5º. (...) 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em 
caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de 
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins, na forma da lei; (grifo nosso) 
 
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LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou 
de opinião;” 
 
Como se observa, entre os brasileiros, somente o naturalizado pode ser extraditado 
pelo Brasil, e, mesmo assim, só nos casos mencionados no inciso LI (crime comum, 
praticado antes da naturalização, ou comprovado envolvimento em tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins). 
 
Os natos, portanto, jamais serão extraditados pelo Brasil. 
 
QUESTÃO 02: (CESPE - ESCRIVÃO DE POLÍCIA – ES – 2011) Na condição de 
direitos fundamentais, os direitos sociais são auto-aplicáveis e suscetíveis de 
defesa mediante ajuizamento de mandado de injunção sempre que a omissão 
do poder público inviabilize seu exercício. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
Esta questão traz uma contradição em termos. Veja comigo. 
 
Se fosse verdade que “os direitos sociais são auto-aplicáveis”, não seria jamais 
necessária a presença de normas regulamentadoras para detalhar a sua aplicação 
prática. 
 
Desse modo, o mandado de injunção não seria cabível, já que este instrumento 
serve exatamente para as situações de omissão legislativa que inviabilizem a 
utilização de direitos previstos na CF. Veja o que diz o art. 5º, LXXI: 
 
“Art. 5º, LXXI. (...) 
 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania 
e à cidadania;” 
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Só se fala em mandado de injunção quando existe um direito previsto na CF em 
norma não auto-aplicável, ou seja, uma norma que necessita de lei 
regulamentadora (para explicar como o direito será exercido), que ainda não tenha 
sido elaborada pelo Poder Legislativo. 
 
Em outras palavras, imagine que você, que lê esta aula neste momento, já tenha o 
direito, previsto na CF, mas ainda não possa usá-lo, porque ainda não veio a norma 
regulamentadora do seu direito. É aí que você poderá impetrar o mandado de 
injunção. 
 
Voltando à questão, a verdade é que, ao contrário do que ela afirmou, os direitos 
sociais não são auto-aplicáveis. Pelo menos não todos eles. A maioria precisa ser 
regulamentado por leis infraconstitucionais para, só então, produzirem efeitos 
práticos. 
 
Por isso, a questão está errada. 
 
QUESTÃO 03: PREVIC (ANALISTA ADMINISTRATIVO) – CESPE/2011: 
Independentemente do pagamento de taxas, é assegurada a todos, para a 
defesa e esclarecimento de situações de interesse pessoal e de terceiro, a 
obtenção de certidões em repartições públicas. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
A questão aborda o direito de certidão, tal como previsto no art. 5º, XXXIV, da CF. 
Veja: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de 
taxas: 
 
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3
 
 
(...) 
 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de 
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;” (grifo 
nosso) 
 
Observe que a questão se referiu ao esclarecimento de situações de interesse 
pessoal e de terceiros. Este é o erro. 
 
Convém aqui frisar que este direito compõe o grupo dos chamados remédios 
constitucionais, ou seja, os instrumentos trazidos pela CF para a defesa dos 
direitos que ela própria enuncia. Os outros são o “habeas corpus”, “habeas data”, 
mandado de segurança, mandado de injunção, ação popular, ação civil 
pública e direito de petição. 
 
De todos eles, somente o direito de certidão e o direito de petição não são 
instrumentos judiciais, mas sim administrativos. Isto significa que não são usados 
perante o Poder Judiciário (não são ações judiciais), mas sim perante a 
administração pública, em procedimentos de ordem administrativa. 
 
 Ao longo das próximas questões da aula de hoje, aproveitaremos para comentar os 
outros remédios constitucionais. 
 
QUESTÃO 04: (CESPE - Analista Judiciário – STM - Execução de Mandados – 
2011) Os direitos fundamentais, em que pese possuírem hierarquia 
constitucional, não são absolutos, podendo ser limitados por expressa 
disposição constitucional ou mediante lei promulgada com fundamento 
imediato na própria CF. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Esta questão trouxe uma importante característica dos direitos fundamentais, que é 
a relatividade. 
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Isto quer dizer que não existem direitos absolutos na nossa Constituição, o que, 
aliás, tem sido reafirmado a cada dia pelo nosso Supremo Tribunal Federal. 
 
Nem mesmo o direito à vida, que, sem dúvidas, é o mais básico de todos - já que 
dele dependem os demais – pode ser tido como absoluto. Até ele pode ser 
relativizado, em certas ocasiões excepcionais. 
 
Veja, por exemplo, a hipótese de pena de morte em caso de guerra declarada, 
prevista no artigo 5º, XLVII, da CF: 
 
“Art. 5º. (...) 
XLVII - não haverá penas: 
 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, 
XIX;” 
 
A pena de morte, neste caso, funciona como uma relativização do direito à vida, o 
que prova que ele não é um direito absoluto. 
 
Na verdade, é fácil compreender porque não existem direitos absolutos na nossa 
CF. Observe comigo. 
 
Viver em sociedade significa dividir espaços, o que pressupõe respeitar os espaços 
alheios. Portanto, o direito individual sempre terá um limite, que é o direito alheio. Se 
sempre haverá este limite, podemos concluir que não existem direitos absolutos, 
ilimitados. 
 
 
QUESTÃO 05: (CESPE - Analista Judiciário – STM – Área Administrativa – 
2011) O Ministério Público pode determinar a violação de um domicílio para 
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5
 
 
 
realização de busca e apreensão de objetos que possam servir de prova em 
um processo. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
A questão trata da famosa inviolabilidade do domicílio, prevista pelo art. 5º, XI, da 
CF. Veja: 
 
“Art. 5º. (...)XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar 
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial”. 
 
O que se protege aqui, em primeiro lugar, é a privacidade de cada um. Por isso, a 
CF não permite a entrada na casa das pessoas sem o consentimento delas, salvo 
em quatro hipóteses: 
 
 flagrante delito (qualquer hora do dia ou da noite); 
 
 desastre (qualquer hora do dia ou da noite); 
 
 prestação de socorro (qualquer hora do dia ou da noite; 
 
 ordem judicial (somente durante o dia). 
 
Em momento algum, o texto da CF autoriza o Ministério Público a determinar a 
entrada na casa de alguém, sem consentimento. Somente o Poder Judiciário poderá 
ordenar tal situação, e, mesmo assim, somente “durante o dia”. Por isso, a questão 
está errada. 
 
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Tem-se entendido que esta expressão “durante o dia” deve ser entendida como 
enquanto houver luz solar, ou seja, do nascer do sol ao por do sol. 
 
É bom chamar atenção para o fato de que, embora a CF fale em “casa”, a doutrina e 
jurisprudência têm ampliado este conceito, para abranger também locais de 
hospedagem (hotéis, motéis, pousadas, hospedarias e similares) e locais privados 
onde uma atividade profissional é exercida (escritório de advocacia e similares). 
 
Importante ainda salientar que o STF passou a admitir, recentemente, a 
possibilidade excepcional de ingresso, à noite, sem consentimento, por ordem 
judicial, para a instalação de equipamento de escuta ambiental. 
 
Comentaremos melhor esta hipótese, muito importante para a sua prova do INSS, 
na questão nº 44 desta aula. 
 
 
QUESTÃO 06: (CESPE - Analista Judiciário – STM – Área Administrativa – 
2011) As pessoas jurídicas são beneficiárias dos direitos e garantias 
individuais, desde que tais direitos sejam compatíveis com sua natureza. 
 
GABARITO: CERTO 
 
É fato que o as pessoas jurídicas não foram referidas, expressamente, no art. 5º, 
caput, da CF. Veja: 
 
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes 
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 
(...)” 
 
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Apesar disso, é claro que elas são titulares de direitos fundamentais. Não todos, é 
verdade, mas apenas aqueles que forem “compatíveis com a sua natureza”, como 
muito bem afirmado pela questão. 
 
Podemos tomar como exemplo o direito fundamental à honra, presente no art. 5º, X, 
nos seguintes termos: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação;” 
 
A honra pode ser de dois tipos: objetiva (reputação) e subjetiva (auto-estima). 
Ambas estão protegidas pelo dispositivo constitucional. 
 
Quanto às pessoas jurídicas, é claro que as mesmas não possuem honra subjetiva 
(auto-estima), por ser incompatível com a sua natureza. Mas é certo também que 
elas possuem honra objetiva (reputação), atributo plenamente compatível com as 
suas características. 
 
QUESTÃO 07: (CESPE - Analista Judiciário – STM – Administração – 2011) As 
liberdades individuais garantidas na Constituição Federal de 1988 não 
possuem caráter absoluto. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Como já comentamos na aula de hoje, não existem direitos absolutos na nossa 
Constituição. Uma importante característica dos direitos fundamentais é a sua 
relatividade. 
 
Por isso, a questão acerta quando afirma que as liberdades individuais não 
possuem caráter absoluto. 
 
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QUESTÃO 08: (CESPE - Analista Judiciário – Área Administrativa – ES – 2011) 
Se um indivíduo, depois de assaltar um estabelecimento comercial, for 
perseguido por policiais militares e, na tentativa de fuga, entrar em casa de 
família para se esconder, os policiais estão autorizados a entrar na residência 
e efetuar a prisão, independentemente do consentimento dos moradores. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Como também já explicamos na aula de hoje, uma das hipóteses de entrada na 
casa da pessoa, sem o seu consentimento, é exatamente para efetuar prisão em 
flagrante. 
 
Apenas relembrando: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar 
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial;” 
 
A Constituição considera que, neste caso, há um interesse maior a ser protegido, 
que é o da sociedade de ver presa a pessoa que acaba de praticar um crime. 
Justifica-se, portanto, a entrada sem o consentimento do morador. 
 
O detalhe é que esta exceção, realmente, pode se dar a qualquer hora do dia ou da 
noite. 
 
QUESTÃO 09: (CESPE - Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE-ES – 2011) 
Uma associação já constituída somente poderá ser compulsoriamente 
dissolvida mediante decisão judicial transitada em julgado, na hipótese de ter 
finalidade ilícita. 
 
GABARITO: CERTO 
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Temos aqui uma questão acerca das associações, que são um dos tipos de 
pessoa jurídica de direito privado. 
 
Qualquer grupo de pessoas pode criar associação para finalidade lícita, vedada a de 
caráter paramilitar, ou seja, com atuação armada e não pacífica. 
 
Veja o texto da nossa CF, a respeito: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de 
caráter paramilitar;” 
 
Quanto à possibilidade de dissolução compulsória das associações (encerramento 
das suas atividades, contra a vontade dos associados), a CF prevê que esta 
situação só pode ocorrer através de decisão judicial transitada em julgado, ou seja, 
definitiva, que já não pode ser revertida por qualquer recurso judicial. Veja: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou 
ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no 
primeiro caso, o trânsito em julgado;” 
 
Observe que, pelo texto constitucional, a suspensão compulsória das atividades da 
associação também requer decisão judicial, mas não com trânsito em julgado. 
Poderia se dar por decisão judicial provisória, portanto, ainda passível de recurso. 
 
QUESTÃO 10: (CESPE - Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE-ES – 2011) 
Para o Supremo Tribunal Federal (STF), habeas corpus não é medida idônea 
para impugnar decisão judicial que autoriza a quebra de sigilo bancário e 
fiscal em procedimento criminal, visto que não decorre constrangimento à 
liberdade da pessoa investigada. 
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GABARITO: ERRADO 
 
Em primeiro lugar, o instrumento do “habeas corpus” está entre os remédios 
constitucionais, já referidos nesta nossa aula de hoje. 
 
Encontra-se previsto no art. 5º, LXVIII, da CF. Veja: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se 
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;” 
 
Como se vê no texto constitucional, este instrumento serve para garantir o respeito 
à liberdade de locomoção das pessoas, que está prescrito no mesmo art. 5º, só que 
no inciso XV, da CF:“Art. 5º. (...) 
 
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo 
qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair 
com seus bens;” 
 
Sempre que houver uma lesão, ou mera ameaça de lesão, à liberdade de ir, vir e 
permanecer, de cada indivíduo, a partir de ilegalidade ou abuso de poder, será 
cabível o HC. 
 
A doutrina e jurisprudência têm entendido que a lesão/ameaça que pode justificar a 
impetração deste remédio poderá ser direta ou indireta. Um bom exemplo de 
lesão/ameaça indireta à liberdade de locomoção é a hipótese trazida na questão. 
 
Veja comigo. A decisão que determina a quebra de sigilo fiscal e bancário de 
investigado em procedimento criminal pode muito bem resultar na colheita de uma 
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prova que, futuramente, embasará a sua condenação à pena de prisão, hipótese em 
que estaria comprometida a sua liberdade de locomoção. 
 
Por isso, é cabível a utilização do Habeas Corpus, desde que haja ilegalidade ou 
abuso de poder na quebra do sigilo. 
 
QUESTÃO 11: (CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO – DIREITO – TJ – ES – 2011) A 
requisição, como forma de intervenção pública no direito de propriedade que 
se dá em razão de iminente perigo público, não configura forma de auto-
execução administrativa na medida em que pressupõe autorização do Poder 
Judiciário. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
Esta questão aborda a situação conhecida como requisição administrativa, prevista 
no texto constitucional, no art. 5º, XXV. Veja: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente 
poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário 
indenização ulterior, se houver dano;” 
 
Temos aí uma hipótese de intervenção do Estado na propriedade privada, para 
salvaguardar o interesse público. 
 
Entretanto, em nenhum momento a CF condiciona esta situação à existência de 
ordem judicial, como afirmou a questão. Muito pelo contrário, o próprio Poder 
Público, através da autoridade competente, executará a medida, valendo-se da 
auto-executoriedade dos seus atos. 
 
Muito cuidado com um detalhe muito cobrado em provas. A CF assegura 
indenização ao proprietário do bem, quando este lhe for devolvido, se houver dano. 
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Isto significa que não se paga absolutamente nada pelo simples uso da coisa, 
situação em que teríamos um verdadeiro aluguel. 
 
Só se tiver havido dano é que o proprietário será indenizado, na exata medida do 
dano sofrido. 
 
 
QUESTÃO 12: (CESPE - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – FUB – 2011) A 
CF preceitua que o Estado não pode usar de meios coercitivos para garantir a 
efetividade dos direitos fundamentais. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
Na verdade, o Estado não só pode como deve usar de meios coercitivos para fazer 
valer os direitos fundamentais dos cidadãos. 
 
Por meios coercitivos devemos entender quaisquer medidas adotadas pelo Poder 
Público de forma impositiva para os cidadãos, independentemente da vontade dos 
envolvidos, aos quais não restará alternativa, senão cumprir as determinações do 
Estado. 
 
A título de exemplo, imagine uma determinação judicial de quebra de sigilo 
bancário, ou uma ordem judicial de prisão preventiva, que são meios coercitivos, já 
que obrigam e submetem os particulares, independentemente de sua vontade. 
 
Por isso mesmo, se necessário for, poderão ser executadas tais medidas inclusive 
com o emprego de força policial, o que normalmente ocorre. 
 
QUESTÃO 13: (CESPE - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – FUB – 2011) Se 
o cidadão não exercer as prerrogativas que lhe são conferidas por seus 
direitos fundamentais, então ele poderá a elas renunciar. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
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13
 
 
 
Aqui nós temos uma questão acerca de mais uma importante característica dos 
direitos fundamentais, que é a irrenunciabilidade. 
 
Isto significa que o titular não poderá a eles renunciar. 
 
Ao tratar desta característica dos direitos fundamentais, Pedro Lenza explica, de 
forma precisa, que “o que pode ocorrer é o seu não exercício, mas nunca a sua 
renunciabilidade.” (Direito Constitucional Esquematizado, Ed. Saraiva, 15ª edição, 
página 864). 
 
Portanto, errada a questão. 
 
QUESTÃO 14: (CESPE - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – FUB – 2011) São 
características inerentes aos direitos fundamentais a sua historicidade e 
universalidade. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Temos aqui mais duas importantes características dos direitos fundamentais, que 
são a historicidade e a universalidade. 
 
Mais uma vez, são precisas as palavras de Pedro Lenza, a respeito do tema, na 
mesma obra e página citadas na questão anterior: 
 
“Historicidade: possuem caráter histórico, nascendo com o 
Cristianismo, passando pelas diversas revoluções e chegando aos 
dias atuais. 
 
Universalidade: destinam-se, de modo indiscriminado, a todos o 
seres humanos.” 
 
Assim, a questão está correta. 
 
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QUESTÃO 15: (CESPE - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – FUB – 2011) Os 
direitos fundamentais são imprescritíveis, visto que podem ser exercidos ou 
reclamados a qualquer tempo. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Continuando a tratar das características dos direitos fundamentais, é correta a 
referência à sua imprescritibilidade. 
 
Isto quer dizer que tais direitos, por serem absolutamente básicos a qualquer ser 
humano, não estão sujeitos a prazo de prescrição, podendo ser exercidos por todos 
a qualquer tempo, sem a existência de prazo para a sua utilização. 
 
QUESTÃO 16: (CESPE - AUX. DE PERÍCIA MÉDICO-LEGAL – POLÍCIA CIVIL – 
ES – 2011) Independentemente do pagamento de taxas, é assegurado a todos 
o direito à obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de 
direitos e o esclarecimento de situações de interesse pessoal. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Temos aqui mais uma questão acerca do direito de certidão, como foi o caso da 
questão nº 03, da aula de hoje. 
 
Relembrando o assunto, este direito, que se insere dentro dos remédios 
constitucionais, está previsto no art. 5º, XXXIV, da CF, nos seguintes termos: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de 
taxas: 
 
(...) 
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15
 
 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de 
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;” 
 
A questão transcreveu o texto constitucional, estando, portanto, correta. 
 
QUESTÃO 17: (CESPE - AUX. DE PERÍCIA MÉDICO-LEGAL – POLÍCIA CIVIL – 
ES – 2011) A CF reconhece a casa como o asilo inviolável do indivíduo, porém, 
entre outras hipóteses, admite que nela se possa penetrar por determinação 
judicial, sem o consentimento do morador, somente durante o dia. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Temos aqui mais um assunto que já foi tratado na aula de hoje em questão anterior. 
 
Como já sabemos, a regra é mesmo que “a casa é o asilo inviolável do 
indivíduo”, ninguém nela podendo penetrar sem o consentimento sem o 
consentimento do morador. 
 
Ocorre que, como também já sabemos, existem exceções. E uma delas é 
exatamente o ingresso durante o dia para cumprir ordem judicial. Veja: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar 
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial;” 
 
Correta, portanto, a questão.QUESTÃO 18: (CESPE - AUX. DE PERÍCIA MÉDICO-LEGAL – POLÍCIA CIVIL – 
ES – 2011) Admite-se a quebra de sigilo das comunicações telefônicas nas 
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16
 
 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer, exclusivamente para fins de 
investigação criminal. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
A questão trata da possibilidade de quebra do sigilo das comunicações telefônicas, 
o que se encontra previsto no art. 5º, XII, da CF. Veja: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações 
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último 
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer 
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;” 
 
Como se pode observar, a quebra do sigilo telefônico poderia ocorrer tanto para fins 
de investigação criminal, como afirmou a questão, como ainda para a instrução 
processual penal. 
 
A palavra “exclusivamente” acabou negando a possibilidade de quebra do referido 
sigilo para instrução processual penal, tornando errada a afirmação. 
 
QUESTÃO 19: (CESPE - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – ES – 2011) Com 
fundamento no dispositivo constitucional que assegura a liberdade de 
manifestação de pensamento e veda o anonimato, o Supremo Tribunal Federal 
(STF) entende que os escritos anônimos não podem justificar, por si só, desde 
que isoladamente considerados, a imediata instauração de procedimento 
investigatório. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Em primeiro lugar, a liberdade de manifestação de pensamento está prevista 
expressamente no artigo 5º, IV, da CF. Veja: 
 
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“Art. 5º. (...) 
 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;” 
 
Em decorrência da vedação do anonimato, o STF tem realmente o entendimento 
reproduzido na questão, ou seja, de que “os escritos anônimos não podem justificar, 
por si só, desde que isoladamente considerados, a imediata instauração de 
procedimento investigatório”. 
 
Observe o trecho reproduzido a seguir, de um julgamento do STF, a respeito deste 
tema: 
 
“ os escritos anônimos não podem justificar, só por si, desde que 
isoladamente considerados, a imediata instauração de persecutio 
criminis, eis que peças apócrifas não podem ser incorporadas, 
formalmente, ao processo, salvo quando tais documentos forem 
produzidos pelo acusado, ou, ainda, quando constituírem, eles próprios, o 
corpo de delito (como sucede com bilhetes de resgate no delito de 
extorsão mediante sequestro, ou como ocorre com cartas que evidenciam 
a prática de crimes contra a honra, o que corporifiquem o delito de 
ameaça ou que materializem o crimen falsi, p. ex.). Nada impede, 
contudo, que o Poder Público (...) provocado por delação anônima – tal 
como ressaltado por Nélson Hungria (...) – adote medidas informais 
destinadas a apurar, previamente, em averiguação sumária, com 
prudência e discrição, a possível ocorrência de eventual situação de 
ilicitude penal (...)” (Inq. 1.957, Rel. Min. Carlos Velloso, voto Min. Celso 
de Mello, j. 11.05.2005)(grifo nosso). 
 
Este entendimento foi reproduzido fielmente pela questão, que, por tal razão, está 
correta. 
 
QUESTÃO 20: (CESPE - ESCRIVÃO DE POLÍCIA – ES – 2011) São legitimados 
para a propositura do mandado de segurança coletivo os partidos políticos 
com representação no Congresso Nacional, as entidades de classe, as 
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associações e as organizações sindicais em funcionamento há pelo menos 
um ano, na defesa dos interesses coletivos e dos interesses individuais 
homogêneos. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
Aqui nós temos uma questão acerca do mandado de segurança, que é um dos 
remédios constitucionais. 
 
Em linhas gerais, este instrumento está previsto no art. 5º, LIX, da CF, nos 
seguintes termos: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido 
e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o 
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;” 
 
O “direito líquido e certo” a que se refere este dispositivo é o direito evidente, 
expresso, inequívoco, incontroverso. Se esse direito for pertencente a um indivíduo 
só, isoladamente considerado, será usado o MS Individual. Já se for pertencente a 
um grupo determinado de pessoas, terá vez o MS Coletivo, que foi objeto da 
questão. 
 
A única coisa que a CF traz a respeito dele é a lista dos que podem usá-lo. E isto 
costuma ser cobrado em concurso com muita freqüência. Veja: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
 
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b) organização sindical, entidade de classe ou associação 
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, 
em defesa dos interesses de seus membros ou associados;” (grifo 
nosso) 
 
A doutrina e jurisprudência são pacíficas no sentido de que o prazo de 01(um) ano, 
a que se refere a alínea “b”, só é válido para as associações, e não para as 
entidades de classe e organizações sindicais. 
 
Observe que a questão vinculou este prazo também às organizações sindicais. Por 
isso, está errada. 
 
QUESTÃO 21: (CESPE - ESCRIVÃO DE POLÍCIA – ES – 2011) A propriedade 
poderá ser desapropriada por necessidade ou utilidade pública, ou por 
interesse social, mas sempre mediante justa e prévia indenização em dinheiro. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
A possibilidade de desapropriação por necessidade ou utilidade púbica encontra-se 
prevista pela Constituição, no seu art. 5º, XXIV. Veja: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por 
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante 
justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos 
nesta Constituição;” 
 
Observe que o texto constitucional coloca como regra a indenização prévia e em 
dinheiro, toda vez que ocorrer a desapropriação. Mas também prevê exceção, ao 
ressalvar “os casos previstos nesta Constituição” 
 
A exceção pode ser encontrada no art. 184, que diz: 
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“Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de 
reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função 
social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida 
agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo 
de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja 
utilização será definida em lei. (...)” 
 
Veja que, neste caso (desapropriação para fins de reforma agrária), continua 
prevista a indenização, mas em “títulos da dívida agrária”, e não em dinheiro. 
 
Voltando à questão, é fácil notar que ela negou qualquer possibilidade de 
indenização que não fosse através de dinheiro, ao trazer a palavra “sempre”. Por 
isso, está errada. 
 
QUESTÃO 22: (CESPE - ESCRIVÃO DE POLÍCIA – ES – 2011) A Constituição 
Federal de 1988 confere à liberdade de locomoção caráter absoluto, que não 
comporta restrição de qualquer natureza. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
Como já tivemos oportunidade de mencionar nesta aula de hoje, não existem 
direitos absolutos na nossa Constituição. Todos os direitos fundamentais são 
dotados da característica da relatividade, ou seja, são relativos, e não absolutos. 
 
Quanto à liberdade de locomoção, mencionada pela questão, encontra-seprevista 
no art. 5º, XV, nos seguintes termos: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
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XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo 
qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair 
com seus bens; 
 
Sem dúvidas, existem muitos casos de restrição dessa liberdade, ao contrário do 
que afirmou a questão. Exemplo: prisão em flagrante 
 
 
QUESTÃO 23: (PERITO CRIMINAL – ES – 2011) Considerando o âmbito de 
abrangência dos direitos constitucionais à segurança e à propriedade, na 
hipótese de uma autoridade estadual competente, no exercício de suas 
funções institucionais, vier a utilizar propriedade particular para se evitar 
iminente perigo público, não será devida qualquer indenização ulterior ao 
respectivo proprietário pela utilização do bem, salvo se houver dano. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Esta questão trata da requisição administrativa, que já comentamos na aula de hoje 
(questão 11). 
 
Relembrando o assunto, vejamos o art. 5º, XXV, da Constituição Federal, sobre o 
assunto: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente 
poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário 
indenização ulterior, se houver dano;” 
 
Como se vê no texto constitucional, havendo a utilização de propriedade particular 
pelo poder público, em caso de iminente perigo púbico, estará assegurada ao 
proprietário uma indenização, mas apenas se houver dano, e não pelo simples 
uso da coisa. 
 
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Foi exatamente o que disse a questão, que, por essa razão, está correta. 
 
QUESTÃO 24: (CESPE - PERITO EM TELECOMUNICAÇÕES – ES – 2011) É 
possível a impetração de habeas corpus contra um hospital particular que 
esteja privando um paciente do seu direito de liberdade de locomoção. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Já sabemos que o habeas corpus é um dos remédios constitucionais, previsto no 
art. 5º, LXVIII, com o objetivo de proteger a liberdade de locomoção. Veja: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se 
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;” 
 
Uma coisa que as provas gostam muito de cobrar acerca deste instrumento é se é 
possível a sua utilização contra ato de particular, ou apenas contra ato de 
autoridade pública. 
 
Sem dúvida, as duas coisas são possíveis. Veja que a questão trouxe hipótese de 
habeas corpus contra ato praticado por “hospital particular que esteja privando um 
paciente do seu direito de liberdade de locomoção”. 
 
Muito oportuna a lição de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, na sua obra 
Direito Constitucional Descomplicado, Ed. Método, 3ª edição, página 189: 
 
“Assim, é possível a impetração de habeas corpus contra de agente 
privado (contra o agente de um hospital, que esteja ilegalmente 
impedindo a saída do paciente, por exemplo).” 
 
Portanto, correta a questão. 
 
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23
 
QUESTÃO 25: (CESPE - Técnico Judiciário - TRE – ES – 2011) O princípio da 
legalidade não se confunde com o da reserva legal: o primeiro pressupõe a 
submissão e o respeito à lei; o segundo se traduz pela necessidade de a 
regulamentação de determinadas matérias ser feita necessariamente por lei 
formal. 
 
GABARITO: CERTO 
 
De fato, existe uma diferença entre os princípios da legalidade e da reserva legal. 
Vejamos: 
 
O princípio da legalidade está previsto no art. 5º, II, que diz: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude de lei;” 
 
Significa que só a “lei” pode obrigar a pessoa a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa. Se ela não o fizer, expressamente, haverá a liberdade de escolha. 
 
O detalhe importante a ser observado é que a palavra “lei” aí está usada no sentido 
amplo, abrangendo não apenas as leis em sentido formal, que estão listadas no 
art. 59 da CF, adiante transcrito, mas também qualquer outro tipo de norma jurídica 
(ex: portarias, regimentos internos etc.). 
 
Veja quais são os tipos de lei em sentido formal: 
 
“Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
 
I - emendas à Constituição; 
 
II - leis complementares; 
 
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III - leis ordinárias; 
 
IV - leis delegadas; 
 
V - medidas provisórias; 
 
VI - decretos legislativos; 
 
VII - resoluções.” 
 
Já o princípio da reserva legal encontra-se espalhado pelo texto constitucional, nas 
ocasiões em que a CF reservar o tratamento de determinada matéria à “lei”. Veja o 
exemplo do art. 5º, XXXII: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;” 
 
Este assunto (defesa do consumidor) está reservado à lei. O detalhe muito 
importante e que diferencia este princípio da reserva legal do princípio da legalidade 
é que a palavra “lei” aí deverá ser entendida no sentido estrito, abrangendo apenas 
os tipos de lei em sentido formal, listados acima. 
 
Foi exatamente o que disse a questão, que está correta. 
 
QUESTÃO 26: (CESPE - Técnico Judiciário - TRE – ES – 2011) Os direitos 
fundamentais considerados de primeira geração compreendem as liberdades 
clássicas, negativas ou formais. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Aqui nós temos uma referência às “gerações”, ou, como preferem alguns autores, 
as “dimensões” dos direitos fundamentais, que estão relacionadas com o momento 
histórico no qual eles foram concebidos. 
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Vamos resumir o assunto: 
 
1) Direitos de Primeira Geração / Dimensão - compreendem as liberdades 
negativas clássicas, ou seja, os direitos civis e políticos, surgidos no final do 
século XVIII. Consagram o princípio da liberdade. 
 
2) Direitos de Segunda Geração / Dimensão – compreendem as liberdades 
positivas, reais e concretas, ou seja, os direitos econômicos, sociais e 
culturais, surgidos no início do século XX. Consagram o princípio da 
igualdade. 
 
3) Direitos de Terceira Geração / Dimensão – compreendem os direitos de 
grupos, de coletividades, a exemplo do direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, à defesa do consumidor, à paz etc. Consagram o 
princípio da fraternidade e foram concebidos na segunda metade do século 
XX. 
 
4) Direitos de Quarta Geração / Dimensão – embora a existência desta 
geração não seja consenso entre os autores, alguns a apresentam como 
sendo os direitos decorrentes dos avanços no campo da engenharia 
genética, ou, outros, como os direitos que decorrem da “globalização política” 
(democracia, informação e pluralismo). 
 
Voltando à questão, percebemos que ela trouxe a correta definição dos direitos de 
primeira geração / dimensão. 
 
QUESTÃO 27: (CESPE - Técnico Judiciário - STM – 2011) Os direitos e as 
garantias expressos na Constituição Federal de 1988 (CF) excluem outros de 
caráter constitucional decorrentes do regime e dos princípios por ela 
adotados, uma vez que a enumeração constante no artigo 5.º da CF é taxativa. 
 
GABARITO: ERRADO 
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Esta questão reproduziu meramente o texto constitucional. 
 
Em primeiro lugar, uma enumeração “taxativa” ou “exaustiva” é aquela que 
esgota todas as possibilidades, ao contrário de uma enumeração 
“exemplificativa”, que apresenta apenas exemplos, mas sem excluir outros itens 
que poderão ser acrescentados. 
 
Muito bem, será que a relação de direitos fundamentais trazidapela CF é 
“taxativa”, como afirmou a questão? Ou outros poderão ser acrescentados por 
tratados internacionais? 
 
A resposta pode ser encontrada no art. 5º, §2º: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem 
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos 
tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja 
parte.”(grifo nosso) 
 
Portanto, a relação de direitos da CF é apenas exemplificativa, e não taxativa, 
como foi afirmado, uma vez que outros poderão ser acrescentados pelos tratados 
internacionais. 
 
QUESTÃO 28: (CESPE - Técnico Judiciário - STM – 2011) A imparcialidade do 
Poder Judiciário e a segurança do povo contra o arbítrio estatal são 
garantidas pelo princípio do juiz natural, que é assegurado a todo e qualquer 
indivíduo, brasileiro e estrangeiro, abrangendo, inclusive, pessoas jurídicas. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Antes de qualquer coisa, é bom explicar qual o significado do “princípio do juiz 
natural”, que está previsto no art. 5º, XXXVII e LIII, da CF. Veja: 
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27
 
 
“Art. 5º. (...) 
 
 XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
 
(...) 
 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente;” 
 
O significado é simples. Do inciso XXXVII podemos extrair que todo cidadão tem a 
garantia de que jamais será julgado por um órgão do Poder Judiciário criado só para 
fazer o julgamento do seu caso especifico. Este seria um órgão de exceção. 
 
Ao contrário, os órgãos do Poder Judiciário estão aí, antecipadamente e 
abstratamente previstos para julgar as situações descritas em lei. 
 
Já o inciso LIII nos permite concluir que todo cidadão tem o direito de só ser julgado 
por um juiz que, segundo lei, tenha atribuição / competência para realizar o 
julgamento. 
 
Evita-se, com estes dois dispositivos, o casuísmo de um julgamento direcionado e 
sem isenção, ou seja, o “arbítrio estatal”, como bem mencionou a questão. 
 
Importante ainda notar que os titulares deste direito fundamental podem ser tanto 
pessoas físicas (brasileiros ou estrangeiros) como as pessoas jurídicas, embora não 
haja menção expressa a isto na CF. 
 
Foi exatamente o que disse a questão. 
 
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QUESTÃO 29: (CESPE - Analista do TRT – Área Administrativa – ES – 2009) A 
CF prevê que não se concede extradição de estrangeiro por crime político ou 
de opinião, porém os brasileiros naturalizados podem ser extraditados em 
caso de crime comum, praticado antes da naturalização. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Já tivemos a oportunidade de tratar da extradição nesta aula de hoje (questão 01). 
Relembrando, a Constituição trata deste tema no art. 5º, LI e LII. Veja: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de 
crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado 
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma 
da lei; 
 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou 
de opinião;” 
 
A partir destes dois dispositivos, percebemos que as possibilidades de extradição 
são diferentes para brasileiros e estrangeiros. 
 
Os brasileiros natos não podem ser extraditados, ao contrário dos naturalizados, 
que poderão apenas em dois casos: 
 
1) crime comum (praticado antes da naturalização); 
 
2) comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins (a qualquer tempo). 
 
Já os estrangeiros, de modo geral, podem ser extraditados, exceto em dois casos: 
 
1) crime político; 
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2) crime de opinião. 
 
A questão reproduziu exatamente as duas vedações à extradição dos estrangeiros e 
também se referiu à possibilidade de extradição do naturalizado por crime comum, 
praticado antes da naturalização. 
 
Por isso, está correta. 
 
QUESTÃO 30: (CESPE - Analista do TRT – Área Administrativa – ES – 2009) 
Segundo a CF, deve ser concedido habeas data sempre que a ausência de 
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e das 
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
Aqui o CESPE se limitou a transcrever o texto constitucional, só que trocando o 
instrumento cabível. 
 
Par a hipótese trazida pela questão (“...ausência de norma regulamentadora...”), o 
instrumento cabível é o mandado de injunção, e não o habeas data, que visa 
proteger a liberdade de informação pessoal. Veja: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania 
e à cidadania; 
 
LXXII - conceder-se-á "habeas-data: 
 
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30
 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; 
 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo;” 
 
Como se pode perceber facilmente, a questão misturou os dois incisos. Por isto está 
errada. 
 
QUESTÃO 31: (CESPE - Técnico do TRT – ES – 2009) A CF assegura a todos o 
direito de reunião pacífica em locais abertos ao público, desde que mediante 
autorização prévia da autoridade competente e que não se frustre outra 
reunião prevista para o mesmo local. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
O direito de reunião está previsto no art. 5º, XVI, nos seguintes termos: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos 
ao público, independentemente de autorização, desde que não 
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, 
sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;” (grifo 
nosso) 
 
Veja que a questão condicionou o exercício deste direito à “autorização da 
autoridade competente”, o que contraria o texto constitucional. 
 
O que é necessário é o “prévio aviso à autoridade competente”, que não pode ser 
confundido com um pedido de autorização, já que é simples notificação, aviso, 
informação dada ao poder público. 
 
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O objetivo deste “prévio aviso” é não impedir a realização de outra reunião 
eventualmente já marcada para o mesmo local e horário, além de fazer com que o 
Poder Público adote as providências cabíveis para que a reunião ocorra dentro da 
normalidade. 
 
QUESTÃO 32: (CESPE - Técnico do TRT – ES – 2009) A CF veda interferência 
do Estado no funcionamento das associações e cooperativas. 
 
GABARITO: CERTO 
 
A liberdade de associação foi o objeto desta questão. Veja comigo o art. 5º, XVII a 
XXI, sobre este tema: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de 
caráter paramilitar; 
 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas 
independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em 
seu funcionamento; (grifo nosso) 
 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter 
suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro 
caso, o trânsito em julgado; 
 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer 
associado; 
 
XXI - as entidades associativas, quando expressamenteautorizadas, têm 
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;” 
 
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É válido esclarecer que a associação é um tipo de pessoa jurídica de direito 
privado, que pode ser livremente criada por qualquer grupo de pessoas, desde que 
para finalidade lícita. 
 
A questão tratou particularmente do inciso XVIII, que confere a liberdade tanto para 
se criar uma associação ou cooperativa, como também para, após a sua criação, 
funcionarem livremente, independentemente de qualquer interferência estatal. 
 
Está correta, portanto. 
 
QUESTÃO 33: (CESPE - Técnico do TRT – ES – 2009) O Brasil se submeterá à 
jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação manifestar adesão. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Mais uma vez, o CESPE aqui transcreveu o texto constitucional. Veja o que diz o 
art. 5º, §4º, da CF: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a 
cuja criação tenha manifestado adesão.” 
 
Portanto, a questão está correta. 
 
Vale explicar que este Tribunal Penal Internacional foi criado por vários países do 
mundo, inclusive o Brasil, com o objetivo de julgar certos crimes com repercussão 
internacional, que normalmente decorrem de situações de guerra (ex: genocídio). 
 
QUESTÃO 34: (CESPE – Técnico do TRT – BA – 2008) É proibida a instituição 
de pena de morte no Brasil por força de mandamento constitucional. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
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Sem dúvida, o candidato menos atento marcaria esta alternativa como correta. Só 
que ela está errada, já que o Brasil não proíbe a pena de morte em qualquer caso, 
como implicitamente sugeriu a questão 
 
Veja comigo o art. 5º, XLVII, da CF: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
XLVII - não haverá penas: 
 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, 
XIX; (grifo nosso) 
(...)” 
 
Ora, se existe uma possibilidade de pena de morte, embora seja excepcional, a 
questão não está correta ao afirmar que esta modalidade de pena é proibida. Teria 
que fazer referência à exceção, ou então usar a expressão, muito comum em 
provas, “em regra”. 
 
QUESTÃO 35: (CESPE – Técnico do TRT – BA – 2008) Para propositura de 
ação popular, o autor deve demonstrar a plenitude do exercício de seus 
direitos políticos. 
 
GABARITO: CERTO 
 
A Constituição prevê o instrumento da “ação popular”, entre os remédios 
constitucionais, no seu art. 5º, LXXIII. Veja: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que 
vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o 
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
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34
 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, 
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;” (grifo nosso) 
 
Como se percebe, está dito aí, logo no início, quem pode usar a ação popular: 
“qualquer cidadão”. 
 
A palavra “cidadão” está ligada ao conceito de “cidadania”, muito próximo da noção 
de direitos políticos. Ter cidadania é ter direitos políticos, e ter direitos políticos 
significa estar apto a interferir nos rumos políticos do Estado. 
 
Por isso, só pode ser considerado cidadão aquele que exerce plenamente seus 
direitos políticos, porque, só aí, poderá usar um dos instrumentos previstos pela 
Constituição para a participação na vida política do Estado, a exemplo da ação 
popular, do plebiscito, do referendo etc. 
 
Por isso, a questão está correta. 
 
QUESTÃO 36: (CESPE – Técnico do TRT – BA – 2008) O habeas data é o 
instrumento adequado para afastar ilegalidade de privação do direito de 
liberdade. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
Pelo que trouxe esta questão, o “direito de liberdade”, genericamente considerado, 
em qualquer das suas vertentes, poderia ser protegido pelo habeas data. 
 
Ocorre que, como já sabemos, este instrumento protege apenas uma liberdade 
específica, que é a de informação pessoal, e não as demais liberdades (ex: 
liberdade de locomoção, liberdade de manifestação do pensamento, liberdade de 
imprensa etc). 
 
Relembrando, veja o art. 5º, LXXII, da CF: 
 
“Art. 5º. (...) 
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35
 
 
LXXII - conceder-se-á "habeas-data": 
 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; 
 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo;” 
 
Por isso, está errada. 
 
QUESTÃO 37: (CESPE – Técnico do TRT – BA – 2008) Qualquer partido 
político pode impetrar mandado de segurança coletivo para proteção de 
direito líquido e certo. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
Já tivemos a oportunidade de tratar do Mandado de Segurança Coletivo nesta 
aula de hoje. O que as provas cobram muito sobre o tema é quem pode propor o 
instrumento. Foi exatamente o que fez esta questão. 
 
Relembrando, vejamos o art. 5º, LXX, da CF: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
 
a) partido político com representação no Congresso Nacional;(grifo 
nosso) 
 
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36
 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados;” 
 
Quanto aos partidos políticos, a Constituição é muito clara ao exigir a 
“representação no Congresso Nacional” como condição para que tenham 
legitimidade para o MS Coletivo. 
 
Tal requisito será cumprido se o partido tiver pelo menos um Deputado Federal ou 
um Senador exercendo mandato. 
 
Por afirmar que “qualquer partido político” poderia impetrar o instrumento, a questão 
está errada. 
 
QUESTÃO 38: (CESPE – Técnico do TRT – BA – 2008) O Brasil se submete à 
jurisdição de tribunal penal internacional a cuja criação manifeste adesão. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Mais uma vez, o CESPE cobrou aqui a transcrição do art. 5º, §4º, da CF, como já 
tínhamos visto na aula de hoje, em outra questão de prova diferente (questão 33). 
 
Veja: 
 
“Art. 5. (...) 
 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a 
cuja criação tenha manifestado adesão.” 
 
Questão correta, portanto. 
 
QUESTÃO 39: (TCE – RN – 2009 - CESPE) As associações podem ser criadas 
independentemente de autorização legal, sendo vedada a interferência estatal 
em seu funcionamento. 
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GABARITO: CERTO 
 
Temos aqui, mais uma vez, a liberdade de associação, que, como já dissemos em 
questão anterior (questão 32), está prevista no art. 5º, XVII a XXI. Veja: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de 
caráter paramilitar; 
 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas 
independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em 
seu funcionamento; (grifo nosso) 
 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter 
suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro 
caso, o trânsito em julgado; 
 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer 
associado; 
 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm 
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;” 
 
A questãovoltou a se referir à vedação de que o Estado interfira no funcionamento 
das associações, o que realmente consta do inciso XVIII. Portanto, está correta. 
 
QUESTÃO 40: Polícia Civil/ES (Agente de Polícia) – Cespe/2009: Um deputado 
federal subiu à tribuna da Câmara dos Deputados para defender um projeto de 
emenda constitucional com a finalidade de instituir a pena de morte no Brasil. 
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Com referência à situação hipotética acima apresentada, aos direitos 
fundamentais, em especial ao direito à vida, julgue o item que se segue. 
O projeto de emenda constitucional é de duvidosa constitucionalidade, já que 
não se admite emenda constitucional que tenha por fim abolir direitos e 
garantias individuais. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Esta questão envolve a noção de cláusulas pétreas, que são aqueles temas 
relacionados no art. 60, §4º, da CF, que não podem ser objeto de proposta de 
emenda tendente a abolir (suprimir, retirar, subtrair, enfraquecer). 
 
Entre as cláusulas pétreas, estão os direitos e garantis individuais. Veja: 
 
“Art. 60. (...) 
 
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a 
abolir: 
 
I - a forma federativa de Estado; 
 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
 
III - a separação dos Poderes; 
 
IV - os direitos e garantias individuais.” (grifo nosso) 
 
Um dos direitos individuais é o direito à vida, que é protegido pela proibição da 
pena de morte. De fato, quando se proíbe tal tipo de pena, se está prestigiando este 
direito. 
 
Cogitar a instituição de pena de morte no Brasil em outras hipóteses, além da que já 
está prevista (guerra declarada), significa enfraquecer o direito à vida, afrontando, 
assim, uma cláusula pétrea. Foi exatamente essa a hipótese trazida pela questão. 
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Mas atenção para este detalhe: se vier uma proposta de emenda no sentido de 
abolir a pena de morte na situação de guerra declarada, estará, com isso, 
fortalecendo o direito à vida e, portanto, prestigiando uma cláusula pétrea. 
 
Observe, então, que as cláusulas pétreas não são, ao contrário de que muitos 
dizem, assuntos imutáveis. Eles podem ser modificados, contanto que no sentido de 
reforçar, fortalecer, somar. 
 
 
QUESTÃO 41: MMA (Agente Administrativo) – Cespe/2009: No 
constitucionalismo, a existência de discriminações positivas iguala 
materialmente os desiguais. 
 
GABARITO: CERTO 
 
Aqui nós temos uma questão acerca do direito de igualdade, que permite, sim, as 
chamadas “discriminações positivas”, ou seja, aquelas feitas entre pessoas que 
não se encontrem na mesma condição (desigualação dos desiguais). 
 
É preciso lembrar que a palavra “discriminar” significa separar, distinguir, diferenciar, 
o que, não só, às vezes, não causa prejuízo às pessoas, como também, em tantos 
outros casos, é necessário para preservar seus próprios interesses. 
 
É isso mesmo, discriminar as pessoas é apenas separá-las, distingui-las em algum 
contexto. Então, vou repetir: isso não só é possível como é necessário, muitas 
vezes. 
 
Na verdade, o que não se pode fazer é discriminar duas ou mais pessoas que se 
encontrem na mesma situação (desigualação dos iguais), nem também tratar da 
mesma forma quem estiver em situações diferentes (igualação dos desiguais). 
 
O direito de igualdade só é verdadeiramente respeitado quando os que estão na 
mesma situação são tratados da mesma maneira (igualação dos iguais), ou quando 
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os que não se encontram na mesma condição são tratados de maneira diferenciada 
(desigualação dos desiguais). É exatamente aí, nesta última hipótese, que teremos 
as discriminações positivas, a que se referiu a questão. 
 
Veja os seguintes exemplos: filas preferenciais para idosos em bancos e 
supermercados; poltronas reservadas para idosos em ônibus; vagas reservadas em 
concursos públicos, para deficientes físicos etc. 
 
Em todas as hipóteses acima, discriminações são feitas, na medida em que um 
determinado grupo de pessoas é tratado de maneira diferenciada em relação às 
demais, o que só é possível porque elas não se encontram na mesma condição que 
as outras, ou seja, os desiguais são desigualados. 
 
Por tudo isso, a questão está correta. 
 
QUESTÃO 42: (CESPE - Anatel - Técnico Administrativo – 2004) Considere a 
seguinte situação hipotética. 
 
Um órgão de imprensa vedou a publicação de uma matéria paga porque seu 
autor não queria se identificar. Nessa hipótese, o referido órgão violou a 
liberdade de expressão e a manifestação do pensamento, asseguradas 
constitucionalmente, pois, em ambos os casos, é garantido o anonimato. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
Na verdade, o anonimato é proibido expressamente pela Constituição, e não 
garantido, como afirmou a questão. 
 
Veja comigo o art. 5º, IV, da CF: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
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IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;” 
(grifo nosso) 
 
Esta proibição existe para evitar que a liberdade de manifestação do pensamento 
seja usada como instrumento de covardia, em casos nos quais uma agressão é feita 
sem que o agredido tenha sequer o direito de contraditá-la, por não saber de onde 
veio. 
 
É claro que o direito não poderia compactuar com tal situação e, por isso, a nossa 
CF proibiu o anonimato. 
 
QUESTÃO 43: (CESPE - Agente da Polícia Federal – 1997): Se Pedro é Agente 
de Polícia Federal e, juntamente com outros colegas, está de posse de um 
mandado de prisão, expedido pelo Juiz Federal competente, contra Marcelo, 
por este haver participado de tráfico internacional de entorpecentes, e se 
Marcelo é encontrado, à noite, pela equipe policial no barraco em que mora, e 
não consente na entrada dos policiais nem aceita entregar-se, então Pedro 
poderá ingressar na residência de Marcelo e efetuar a prisão, imediatamente. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
Já tivemos a oportunidade de comentar na aula de hoje a inviolabilidade do 
domicílio, prevista no art. 5º, XI, da CF. Veja: 
 
“Art. 5º. (...) 
 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar 
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial;“ (grifo nosso) 
 
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Na hipótese trazida pela questão, observe que a prisão estaria sendo efetuada por 
determinação judicial, e não em situação de flagrante delito. Portanto, só poderia 
ocorrer “durante o dia”. 
 
Sem dúvida, o “barraco” onde a pessoa mora está protegido pela inviolabilidade do 
domicílio. 
 
QUESTÃO 44: (CESPE - TRT/17ª Região - Analista – Área Judiciária – 2009) 
Caso um escritório de advocacia seja invadido, durante a noite, por policiais, 
para nele se instalar escutas ambientais, ordenadas pela justiça, já que o 
advogado que ali trabalha estaria envolvido em organização criminosa, a 
prova obtida será ilícita, já que a referida diligência não foi feita durante o dia. 
 
GABARITO: ERRADO 
 
Como já adiantamos nos comentários à questão 05 da aula de hoje, o escritório de 
advocacia está protegido pela inviolabilidade do domicílio, tal como prevista no texto 
constitucional. O mesmo vale, aliás, para qualquer outro compartimento privado 
onde uma atividade profissional seja exercida (Ex: consultório do médico). 
 
Ocorre que o STF, a partir de 2008, passou a admitir a possibilidade de invasão 
destes locais, à noite, por determinação judicial, sem o consentimento do seu dono,para a instalação de equipamento de escuta de ambiente (escuta ambiental). 
 
Isso porque, em certos casos, se a providência fosse adotada durante o dia, durante 
o horário normal de funcionamento do escritório, ela se mostraria inútil, porque 
todos veriam, e o objetivo da instalação é captar conversas sem o conhecimento 
das pessoas envolvidas. 
 
Então, se houver essa instalação à noite e forem feitas gravações, as mesmas 
serão provas lícitas, ao contrário do que afirmou a questão. 
 
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Se tiver oportunidade, futuro (a) Servidor (a) do INSS, dê uma olhada no Inq. 2.424, 
Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 26-11-2008, Plenário, DJE de 26-03-2010. 
 
 
Tranquilo? 
 
Ufa!! Cansou? Pois é isso mesmo, temos que trabalhar muito, meus amigos e 
amigas. É muita coisa pra estudarmos aqui, você já percebeu. 
 
LISTA DAS QUESTÕES TRABALHADAS 
 
Agora vejam o texto puro de todas as questões que trabalhamos na aula de hoje, 
com o gabarito no final: 
 
QUESTÃO 01: ANALISTA ADMINISTRATIVO – TJ – ES – CESPE – 2011: O 
brasileiro nato não poderá ser extraditado para outro país em nenhuma 
hipótese. 
 
QUESTÃO 02: (CESPE - ESCRIVÃO DE POLÍCIA – ES – 2011) Na condição de 
direitos fundamentais, os direitos sociais são auto-aplicáveis e suscetíveis de 
defesa mediante ajuizamento de mandado de injunção sempre que a omissão 
do poder público inviabilize seu exercício. 
 
QUESTÃO 03: PREVIC (ANALISTA ADMINISTRATIVO) – CESPE/2011: 
Independentemente do pagamento de taxas, é assegurada a todos, para a 
defesa e esclarecimento de situações de interesse pessoal e de terceiro, a 
obtenção de certidões em repartições públicas. 
 
QUESTÃO 04: (CESPE - Analista Judiciário – STM - Execução de Mandados – 
2011) Tendo em vista os direitos fundamentais, julgue o item a seguir. 
 
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Os direitos fundamentais, em que pese possuírem hierarquia constitucional, 
não são absolutos, podendo ser limitados por expressa disposição 
constitucional ou mediante lei promulgada com fundamento imediato na 
própria CF. 
 
QUESTÃO 05: (CESPE - Analista Judiciário – STM – Área Administrativa – 
2011) O Ministério Público pode determinar a violação de um domicílio para 
realização de busca e apreensão de objetos que possam servir de prova em 
um processo. 
 
QUESTÃO 06: (CESPE - Analista Judiciário – STM – Área Administrativa – 
2011) As pessoas jurídicas são beneficiárias dos direitos e garantias 
individuais, desde que tais direitos sejam compatíveis com sua natureza. 
 
QUESTÃO 07: (CESPE - Analista Judiciário – STM – Administração – 2011) As 
liberdades individuais garantidas na Constituição Federal de 1988 não 
possuem caráter absoluto. 
 
QUESTÃO 08: (CESPE - Analista Judiciário – Área Administrativa – ES – 2011) 
Se um indivíduo, depois de assaltar um estabelecimento comercial, for 
perseguido por policiais militares e, na tentativa de fuga, entrar em casa de 
família para se esconder, os policiais estão autorizados a entrar na residência 
e efetuar a prisão, independentemente do consentimento dos moradores. 
 
QUESTÃO 09: (CESPE - Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE-ES – 2011) 
Uma associação já constituída somente poderá ser compulsoriamente 
dissolvida mediante decisão judicial transitada em julgado, na hipótese de ter 
finalidade ilícita. 
 
QUESTÃO 10: (CESPE - Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE-ES – 2011) 
Para o Supremo Tribunal Federal (STF), habeas corpus não é medida idônea 
para impugnar decisão judicial que autoriza a quebra de sigilo bancário e 
fiscal em procedimento criminal, visto que não decorre constrangimento à 
liberdade da pessoa investigada. 
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QUESTÃO 11: (CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO – DIREITO – TJ – ES – 2011) A 
requisição, como forma de intervenção pública no direito de propriedade que 
se dá em razão de iminente perigo público, não configura forma de auto-
execução administrativa na medida em que pressupõe autorização do Poder 
Judiciário. 
 
QUESTÃO 12: (CESPE - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – FUB – 2011) A 
CF preceitua que o Estado não pode usar de meios coercitivos para garantir a 
efetividade dos direitos fundamentais. 
 
QUESTÃO 13: (CESPE - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – FUB – 2011) Se 
o cidadão não exercer as prerrogativas que lhe são conferidas por seus 
direitos fundamentais, então ele poderá a elas renunciar. 
 
QUESTÃO 14: (CESPE - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – FUB – 2011) São 
características inerentes aos direitos fundamentais a sua historicidade e 
universalidade. 
 
QUESTÃO 15: (CESPE - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – FUB – 2011) Os 
direitos fundamentais são imprescritíveis, visto que podem ser exercidos ou 
reclamados a qualquer tempo. 
 
QUESTÃO 16: (CESPE - AUX. DE PERÍCIA MÉDICO-LEGAL – POLÍCIA CIVIL – 
ES – 2011) Independentemente do pagamento de taxas, é assegurado a todos 
o direito à obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de 
direitos e o esclarecimento de situações de interesse pessoal. 
 
QUESTÃO 17: (CESPE - AUX. DE PERÍCIA MÉDICO-LEGAL – POLÍCIA CIVIL – 
ES – 2011) A CF reconhece a casa como o asilo inviolável do indivíduo, porém, 
entre outras hipóteses, admite que nela se possa penetrar por determinação 
judicial, sem o consentimento do morador, somente durante o dia. 
 
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QUESTÃO 18: (CESPE - AUX. DE PERÍCIA MÉDICO-LEGAL – POLÍCIA CIVIL – 
ES – 2011) Admite-se a quebra de sigilo das comunicações telefônicas nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer, exclusivamente para fins de 
investigação criminal. 
 
QUESTÃO 19: (CESPE - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – ES – 2011) Com 
fundamento no dispositivo constitucional que assegura a liberdade de 
manifestação de pensamento e veda o anonimato, o Supremo Tribunal Federal 
(STF) entende que os escritos anônimos não podem justificar, por si só, desde 
que isoladamente considerados, a imediata instauração de procedimento 
investigatório. 
 
QUESTÃO 20: (CESPE - ESCRIVÃO DE POLÍCIA – ES – 2011) São legitimados 
para a propositura do mandado de segurança coletivo os partidos políticos 
com representação no Congresso Nacional, as entidades de classe, as 
associações e as organizações sindicais em funcionamento há pelo menos 
um ano, na defesa dos interesses coletivos e dos interesses individuais 
homogêneos. 
 
QUESTÃO 21: (CESPE - ESCRIVÃO DE POLÍCIA – ES – 2011) A propriedade 
poderá ser desapropriada por necessidade ou utilidade pública, ou por 
interesse social, mas sempre mediante justa e prévia indenização em dinheiro. 
 
QUESTÃO 22: (CESPE - ESCRIVÃO DE POLÍCIA – ES – 2011) A Constituição 
Federal de 1988 confere à liberdade de locomoção caráter absoluto, que não 
comporta restrição de qualquer natureza. 
 
QUESTÃO 23: (PERITO CRIMINAL – ES – 2011) Considerando o âmbito de 
abrangência dos direitos constitucionais à segurança e à propriedade, na 
hipótese de uma autoridade estadual competente, no exercício de suas 
funções institucionais, vier a utilizar propriedade particular para se evitar 
iminente perigo público, não será devida qualquer indenização ulterior ao 
respectivo proprietário pela utilização do bem, salvo se houver dano. 
 
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QUESTÃO 24: (CESPE - PERITO EM TELECOMUNICAÇÕES – ES – 2011) É 
possível a impetração de habeas corpus contra um hospital particular que 
esteja privando um paciente do seu direito de liberdade de locomoção. 
 
QUESTÃO 25: (CESPE - Técnico Judiciário - TRE – ES – 2011) O princípio da 
legalidade não se confunde como da reserva legal: o primeiro pressupõe a 
submissão e o respeito à lei; o segundo se traduz pela necessidade de a 
regulamentação de determinadas matérias ser feita necessariamente por lei 
formal. 
 
QUESTÃO 26: (CESPE - Técnico Judiciário - TRE – ES – 2011) Os direitos 
fundamentais considerados de primeira geração compreendem as liberdades 
clássicas, negativas ou formais. 
 
QUESTÃO 27: (CESPE - Técnico Judiciário - STM – 2011) Os direitos e as 
garantias expressos na Constituição Federal de 1988 (CF) excluem outros de 
caráter constitucional decorrentes do regime e dos princípios por ela 
adotados, uma vez que a enumeração constante no artigo 5.º da CF é taxativa. 
 
QUESTÃO 28: (CESPE - Técnico Judiciário - STM – 2011) A imparcialidade do 
Poder Judiciário e a segurança do povo contra o arbítrio estatal são 
garantidas pelo princípio do juiz natural, que é assegurado a todo e qualquer 
indivíduo, brasileiro e estrangeiro, abrangendo, inclusive, pessoas jurídicas. 
 
QUESTÃO 29: (CESPE - Analista do TRT – Área Administrativa – ES – 2009) A 
CF prevê que não se concede extradição de estrangeiro por crime político ou 
de opinião, porém os brasileiros naturalizados podem ser extraditados em 
caso de crime comum, praticado antes da naturalização. 
 
QUESTÃO 30: (CESPE - Analista do TRT – Área Administrativa – ES – 2009) 
Segundo a CF, deve ser concedido habeas data sempre que a ausência de 
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e das 
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania. 
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QUESTÃO 31: (CESPE - Técnico do TRT – ES – 2009) A CF assegura a todos o 
direito de reunião pacífica em locais abertos ao público, desde que mediante 
autorização prévia da autoridade competente e que não se frustre outra 
reunião prevista para o mesmo local. 
 
QUESTÃO 32: (CESPE - Técnico do TRT – ES – 2009) A CF veda a interferência 
do Estado no funcionamento das associações e cooperativas. 
 
QUESTÃO 33: (CESPE - Técnico do TRT – ES – 2009) O Brasil se submeterá à 
jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação manifestar adesão. 
 
QUESTÃO 34: (CESPE – Técnico do TRT – BA – 2008) É proibida a instituição 
de pena de morte no Brasil por força de mandamento constitucional. 
 
QUESTÃO 35: (CESPE – Técnico do TRT – BA – 2008) Para propositura de 
ação popular, o autor deve demonstrar a plenitude do exercício de seus 
direitos políticos. 
 
QUESTÃO 36: (CESPE – Técnico do TRT – BA – 2008) O habeas data é o 
instrumento adequado para afastar ilegalidade de privação do direito de 
liberdade. 
 
QUESTÃO 37: (CESPE – Técnico do TRT – BA – 2008) Qualquer partido 
político pode impetrar mandado de segurança coletivo para proteção de 
direito líquido e certo. 
 
QUESTÃO 38: (CESPE – Técnico do TRT – BA – 2008) O Brasil se submete à 
jurisdição de tribunal penal internacional a cuja criação manifeste adesão. 
 
QUESTÃO 39: (TCE – RN – 2009 - CESPE) As associações podem ser criadas 
independentemente de autorização legal, sendo vedada a interferência estatal 
em seu funcionamento. 
 
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QUESTÃO 40: Polícia Civil/ES (Agente de Polícia) – Cespe/2009: Um deputado 
federal subiu à tribuna da Câmara dos Deputados para defender um projeto de 
emenda constitucional com a finalidade de instituir a pena de morte no Brasil. 
Com referência à situação hipotética acima apresentada, aos direitos 
fundamentais, em especial ao direito à vida, julgue o item que se segue. 
O projeto de emenda constitucional é de duvidosa constitucionalidade, já que 
não se admite emenda constitucional que tenha por fim abolir direitos e 
garantias individuais. 
 
QUESTÃO 41: MMA (Agente Administrativo) – Cespe/2009: No 
constitucionalismo, a existência de discriminações positivas iguala 
materialmente os desiguais. 
 
QUESTÃO 42: (CESPE - Anatel - Técnico Administrativo – 2004) Considere a 
seguinte situação hipotética. 
Um órgão de imprensa vedou a publicação de uma matéria paga porque seu 
autor não queria se identificar. Nessa hipótese, o referido órgão violou a 
liberdade de expressão e a manifestação do pensamento, asseguradas 
constitucionalmente, pois, em ambos os casos, é garantido o anonimato. 
 
QUESTÃO 43: (CESPE - Agente da Polícia Federal – 1997): Se Pedro é Agente 
de Polícia Federal e, juntamente com outros colegas, está de posse de um 
mandado de prisão, expedido pelo Juiz Federal competente, contra Marcelo, 
por este haver participado de tráfico internacional de entorpecentes, e se 
Marcelo é encontrado, à noite, pela equipe policial no barraco em que mora, e 
não consente na entrada dos policiais nem aceita entregar-se, então Pedro 
poderá ingressar na residência de Marcelo e efetuar a prisão, imediatamente. 
 
QUESTÃO 44: (CESPE - TRT/17ª Região - Analista – Área Judiciária – 2009) 
Caso um escritório de advocacia seja invadido, durante a noite, por policiais, 
para nele se instalar escutas ambientais, ordenadas pela justiça, já que o 
advogado que ali trabalha estaria envolvido em organização criminosa, a 
prova obtida será ilícita, já que a referida diligência não foi feita durante o dia. 
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GABARITO: 
 
01 – C 02 – E 03 – E 04 – C 05 – E 
06 – C 07 – C 08 – C 09 – C 10 – E 
11 – E 12 – E 13 – E 14 – C 15 – C 
16 – C 17 – C 18 – E 19 – C 20 – E 
21 – E 22 – E 23 – C 24 – C 25 – C 
26 – C 27 – E 28 – C 29 – C 30 – E 
31 – E 32 – C 33 – C 34 – E 35 – C 
36 – E 37 – E 38 – C 39 – C 40 – C 
41 – C 42 – E 43 – E 44 – E 
 
 
7. CONCLUSÃO: 
 
Meus amigos, que enorme prazer foi escrever essa nossa primeira aula! Espero que 
você tenha se sentido estimulado a continuar estudando, rumo à sua aprovação. O 
concurso vem aí e não temos tempo a perder. 
 
Estou convicto de que a sua vitória se aproxima. Você só precisa seguir adiante, e 
jamais desistir. Lembre-se que o concurso é o instrumento que, muito em breve, 
permitirá a sua realização profissional e pessoal. E o melhor de tudo é que é 
democrático, já que a prova é a mesma para todos. 
 
Cabe a você se preparar adequadamente. Pra isso, pode contar com este seu 
amigo aqui. 
 
Nosso próximo encontro já está marcado, como você já sabe. Será no dia 14/10, 
quando a próxima aula estará à sua disposição. 
 
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