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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Curso: ENGENHARIA CÍVIL Gerador Eletrostático de Van de Graaff RIO DE JANEIRO 29/08/2014 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Curso: ENGENHARIA CÍVIL Relatório de Física referente à aula prática em laboratório, ministrada pela Profª. Tarcilene Heleno, sobre Gerador Eletrostático de Van de Graaff. 4º Período – Engenharia Civil – Turma 3102 SHORAIA BERNARDES INOUE LEONARDO VALENTE RODRIGUES Rio de janeiro, 29 de agosto de 2014. Leonardo Valente Rodrigues Página 3 Shoraia Bernardes Inoue Sumário 1. Introdução ............................................................................................................................ 4 1.1 Objetivos ................................................................................................................ 4 1.2 Fundamentos Teóricos ............................................................................................ 4 1.3 Funcionamento do Gerador .................................................................................... 8 1.4 Materiais utilizados ................................................................................................. 9 2. Procedimento experimental .................................................................................................. 9 3. Conclusão ........................................................................................................................... 10 4. Referencias Bibliográficas .................................................................................................... 10 7. Anexos ............................................................................................................................ 11 Leonardo Valente Rodrigues Página 4 Shoraia Bernardes Inoue 1. Introdução No dia 22 de agosto de 2014, sob a orientação da Professora Tarcilene Heleno, realizamos no laboratório da Universidade Estácio de Sá no Campus Sulacap – RJ, o primeiro experimento de física experimental III. 1.1 Objetivos Fundamentar o conceito de carga elétrica, campo elétrico e potencial elétrico. Observar o comportamento das cargas elétricas na superfície externa do condutor Descrever e entender o fenômeno da geração de cargas elétricas em um gerador do tipo Van de Graaff Entender o fenômeno da descarga elétrica e o mecanismo de transporte de cargas na atmosfera Reconhecer a importância da pressão e da distância entre os eletrodos na capacidade de condução elétrica num gás. 1.2 Fundamentos Teóricos Uma casca esférica carregada gera um campo elétrico nulo em pontos em seu interior. No seu exterior, o campo é o mesmo que seria obtido se toda a carga Q da casca estivesse concentrada em seu centro. Sendo R o raio da esfera temos Em particular, o campo elétrico na superfície da casca valerá Leonardo Valente Rodrigues Página 5 Shoraia Bernardes Inoue Por extensão, o potencial elétrico gerado pela casca para pontos no seu exterior é o mesmo que o de uma carga puntiforme Q no centro. Então se r ≥ R Na superfície da casca r = R, e temos Supondo que a casca esférica é um condutor isolado em equilíbrio eletrostático, vimos na Aula 7 que todos os seus pontos têm o mesmo potencial. Logo, mesmo no interior da casca esférica, o potencial, além de ser constante, continua valendo kQ/R, que é o seu valor na superfície da casca. Esse resultado vale tanto para uma casca esférica como para uma esfera maciça condutora de raio R. Leonardo Valente Rodrigues Página 6 Shoraia Bernardes Inoue Carga elétrica – é uma propriedade intrínseca das partículas fundamentais de que é feita a matéria; em outras palavras, é uma propriedade associada à própria existência das partículas. Processos de eletrização por atrito – A eletrização por atrito originalmente foi observado por Tales. Quando duas substâncias são atritadas, ocorre uma migração de elétrons de uma para outra. A que recebe elétrons adquire carga negativa e a outra, perdendo elétrons, adquire carga elétrica positiva. Processos de eletrização por contato - A eletrização por contato, diferentemente da eletrização por atrito, necessita de pelo menos um dos corpos carregado eletricamente. Para entender o funcionamento do processo da eletrização por contato, considere um condutor carregado positivamente e outro condutor neutro. Aproxima-se o condutor positivo do condutor neutro até que ocorra o contato entre eles. Quando isso acontece, haverá uma transferência de elétrons do corpo neutro para o corpo carregado positivamente. Essa transferência irá ocorrer de maneira bem rápida até que ambos os condutores fiquem com o mesmo potencial elétrico. Processos de eletrização por indução - Na eletrização por atrito e por contato, há obrigatoriamente a necessidade do contato físico entre os corpos. Na eletrização por indução isso já não é necessário e é por isso que esse processo recebe esse nome. Um exemplo de uma consequência da eletrização por indução são os raios. Quando temos uma nuvem carregada eletricamente durante uma tempestade, ela irá induzir na superfície cargas de sinais opostos criando assim um campo elétrico entre a nuvem e a superfície. Se esse campo elétrico for muito intenso teremos uma descarga elétrica violenta que nós conhecemos como raio. Leonardo Valente Rodrigues Página 7 Shoraia Bernardes Inoue Lei de Coulomb – Esta lei, formulada por Charles Augustin Coulomb, refere-se às forças de interação (atração e repulsão) entre duas cargas elétricas puntiformes, ou seja, com dimensão e massa desprezível. A Lei de Coulomb enuncia é que a intensidade da força elétrica de interação entre cargas puntiformes é diretamente proporcional ao produto dos módulos de cada carga e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa. Campo Elétrico - O campo elétrico é o campo de força proocado pela ação de cargas elétricas, (elétrons, prótons ou íons) ou por um sistema delas. Cargas elétricas num campo elétrico estão sujeitas e provocam forças elétricas. Leonardo Valente Rodrigues Página 8 Shoraia Bernardes Inoue 1.3 Funcionamento do Gerador Gerador eletrostático, concebido por Lord Kelvin em 1890 e implementado por Robert J. Van de Graaff em 1931: uma pequena casca esférica condutora está localizada dentro de outra casca maior. Se ligarmos as duas por um caminho condutor (como um fio, no problema resolvido) as duas cascas passam a formar um condutor único isolado. Logo, a carga da esfera interna move-se inteiramente para a superfície externa da esfera grande, não importando quanta carga esta já possua. Logo, o potencial na superfície da esfera externa pode aumentar com o tempo até valores muito altos. No gerador de Van de Graaff, a carga é levada para a casca interna por meio de uma correia carregada. A carga é “borrifada” na correia, do lado de fora da máquina, por um pente de pontas metálicas; e retirada da correia, no interior da máquina, do mesmo modo. As pontas metálicas são responsáveis por descargas elétricas pelo ar que fazem a transferência da carga da correia (“poder das pontas”). Neste gerador, uma correia isolante recebe cargas superficiais, transportadas a um eletrodo, onde são removidas.Isso caracteriza uma corrente elétrica suficiente para gerar uma voltagem elevada em curto espaço de tempo. O gerador eletrostático Van der Graaff é como uma esfera metálica isolada da Terra que é permanentemente carregada (positiva ou negativamente) através de uma correia. Essa correia é carregada pelo atrito com a polia, como se alguém continuamente esfregasse um bastão de plástico em um pedaço de feltro e encostasse o bastão na correia. Em pequenos geradores como este, a diferença de potencial é da ordem de kv (quilovolt), enquanto que nos grandes aceleradores, pode ultrapassar 10 MV. A esfera externa do gerador não pode acumular uma quantidade arbitrariamente grande de carga. Se a densidade superficial de carga σ for alta o suficiente para que o campo elétrico próximo à superfície (E = σ/εo) seja maior que a rigidez dielétrica do ar (Emax = 3 kV/m), então a esfera se descarrega por faíscas (“descargas corona” causadas pela ionização do ar). A cabeça esférica do gerador (pólo negativo) funcionará como um eletrodo denominado cátodo (eletrodo negativo), sua base inferior (sem ligação terra) é o eletrodo positivo, denominado ânodo (eletrodo positivo). Fatores que influenciam na condutividade de um gás. Diminuindo a pressão, a condutividade elétrica do gás aumenta; A condutividade de um mesmo gás depende da pressão a que está submetido para se enquadrar com condtor ou isolante. Para uma pressão fixa, diminuindo a distância entre os eletrodos, a capacidade de o gás se tomar condutor aumenta. Leonardo Valente Rodrigues Página 9 Shoraia Bernardes Inoue 1.4 Materiais utilizados 1. Um gerador eletrostático do tipo Van der Graaff; 2. Uma esfera metálica com bastão; 3. Uma conexão com pinos banana; 3. Papéis de alumínio; 4. Papel picado; 2. Procedimento experimental 2.1 – Ligar o aparelho e aproximar a esfera menor da esfera do gerador; Explicar o processo de formação e o acúmulo de cargas no gerador eletrostático. Descreva e explique o fenômeno ocorrido ao se aproximar a esfera metálica da cúpula do gerador eletrostático. 2.2 – Colocar algumas tiras de papel sobre o gerador eletrostático. 2.3 – Colocar uma das mãos sobre o gerador, desligado, colocar o gerador para funcionar, com a mão já apoiada na esfera externa, colocar a outra mão sobre pedacinhos de papel. Leonardo Valente Rodrigues Página 10 Shoraia Bernardes Inoue 3. Conclusão Na seguinte experiência com bastão, visualizou-se a transferência de elétrons pelo ar, através da cor azulada, ou seja, o feixe de luz azulada evidencia uma descarga elétrica. Descobriu-se, também, o propósito do gerador de Van de Graaff, que é produzir diferença de potencial com altíssima voltagem, para fins didáticos. Na experiência com os papéis alumínio, as tiras de alumínio tenderam a movimentar-se na direção radial da esfera no sentido de afastamento. 4. Referencias Bibliográficas 1. http://www.sofisica.com.br/ 2. http://www.infoescola.com/ 3. HALLIDAY, Resnick. R. Walker, j – Fundamentos de Física 3 - Rio de janeiro: Livros Técnicos e Científicos, LTC, 9ª Edição. 4. http://fisica.uems.br/arquivos/labfis2/GerVanDeGraaf.pdf 5. http://fisica.ufpr.br/viana/fisicab/aulas/a9.htm 6. http://pt.scribd.com/doc/92299735/Eletroestatica-Exe Leonardo Valente Rodrigues Página 11 Shoraia Bernardes Inoue 7. Anexos Questões: 1) O que se entende por campo elétrico? Segundo o experimento realizado, o campo elétrico é um campo de força provocada pelo atrito exercida pela correia esticada do Gerador de Van de Graaff, transportando assim as cargas armazenadas em sua superfície, disponibilizando uma ação da força elétrica da atração e da repulsão. 2) O que se entende por linhas de força de um campo elétrico? Na lei de Gauss vimos que as linhas de campo de cargas podem ser positivas e negativas. 3) Cite três propriedades das linhas de força de um campo elétrico? - Não podem ser fechadas - São sempre perpendiculares - Não se cruzam 4) Assinale a região onde o campo elétrico representado é mais intenso. Quanto mais próxima de Q mais intensa será a força sobre a "carga de prova q" e, inversamente, será tanto menos intensa quanto mais afastada de Q. 5) Desenhe a orientação do vetor campo elétrico E nos pontos assinalados de P1 a P5. Lei do Inverso do Quadrado da Distância: (1/d²). No exemplo da figura temos P3 como região mais intensa do campo elétrico. X Y P1 P5 P4 P3 P2 Leonardo Valente Rodrigues Página 12 Shoraia Bernardes Inoue 6) Caso abandonássemos uma carga no interior deste campo, trace as possíveis trajetórias que a mesma teria se: A carga fosse positiva. A carga fosse negativa. Questões relacionadas ao experimento 1) Explique o processo de formação e acúmulo de cargas no gerador eletrostático Quando se introduz um condutor carregado dentro de outro oco e é posto em contato, toda a carga do primeiro passa ao segundo, qualquer que seja a carga inicial do condutor oco. Teoricamente, o processo poderia se repetir muitas vezes, aumentando a carga do condutor oco indefinidamente. Mas, existe um limite devido às dificuldades de isolamento da carga. Quando é elevado o potencial, o ar que o rodeia se torna condutor e começa a perder carga. 1.1) Descreva e explique o fenômeno ocorrido ao se aproximar a esfera metálica da cúpula do gerador eletrostático. Quando o bastão de metal é colocado perto da Esfera de metal se a diferença de tensão entre o bastão de metal e a esfera de metal chegar a atingir 30,000 Volts por centímetro de ar seco. Uma corrente flui da esfera de metal para o bastão de metal, através do ar seco. 2) Justifique o fato da mistura gasosa envolvente (ar à pressão atmosférica) passar de isolante para condutor e eletricidade. Suponhamos que um campo elétrico seja aplicado a um corpo isolado, colocando-o entre dois polos eletrizados e de sinais opostos (no caso em questão, o chão e as nuvens). Nestas condições, uma força elétrica atuará sobre todos os elétrons do isolante, o ar, tendendo a arrancá-los dos seus átomos. Sendo o campo aplicado suficientemente intenso, os elétrons serão arrancados e tornam-se elétrons livre, criando-se assim um grande número de íons no ar, alguns positivos e outros negativos. X Y P1 P5 P4 P3 P2 X Y P1 P5 P4 P3 P2 + - Leonardo Valente Rodrigues Página 13 Shoraia Bernardes Inoue 3) No momento em que o gás deixa de ser isolante, o campo elétrico possui certo valor entre os eletrodos. Como determinamos, em Física, o maior valor que o campo elétrico E pode assumir sobre um material isolante, sem que este material conduza eletricidade? Utilizando a fórmula: E= KQ/r², onde: K= constante eletrostática Q= valor da carga R= raio 4) Justifique o ruído e a cor azulada verificada durante a descarga elétrica ocorrida no ar. Como denominamos o ruíod e a cor azulada que surgem durante a descarga quando este fenômeno ocorre na natureza? No momento em que aproximamos o bastão à esfera eletrizada, observamos a ocorrência de pequenos raios entre eles. Ao aproximarmos o bastão da esfera metálica observou-se uma transferência visível de elétrons de um corpo para o outro. A esfera do gerador acumula uma quantidade arbitrariamente grande de carga.Assim a densidade superficial de carga se torna alta o suficiente para que o campo elétrico próximo à superfície seja maior que a rigidez dielétrica do ar. Então a esfera se descarrega no bastão, por intermédio do ar, que se tornou um condutor. Essa descarga produz assim uma faísca luminosa e azulada 5) Coloque algumas tiras de papel sobre o gerador eletrostático. O que foi observado? As tiras de alumínio tenderam a movimentar-se na direção radial da esfera no sentido de afastamento. Esse processo é conhecido como eletrização por contato, ocorrendo assim uma transferência parcial da carga elétrica devido à diferença de potencial elétrico existente entre os pólos. O funcionamento do gerador gera um campo elétrico, e este através de condução irá carregar eletricamente as fitas de alumínio que estão fixadas nele. Devido ao fato das tiras ficarem carregadas com a mesma polaridade do globo, elas se afastam da superfície da esfera. Como a distribuição de cargas tem simetria esférica, a direção do campo elétrico é radial, ou seja, perpendicular à superfície da esfera.
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