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Moacir apmetodologia02-2007

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APOSTILA DE METODOLOGIA CIENTÍFICA 
1º Semestre 
Prof.ª Ms. Elisabeth Penzlien Tafner 
Prof.ª Ms. Renata Silva 
Metodologia da Pesquisa Científica 
Administração, Ciências Contábeis, Design de Moda, Publicidade e Propaganda, e Sistemas de 
Informação. 
Associação Educacional do Vale do Itajaí-Mirim ASSEVIM 
05/02/2007 
1 INTRODUÇÃO 
A aprendizagem e o desenvolvimento do trabalho intelectual exigem conhecimentos de 
ordem conceitual, técnica e lógica. Estas três dimensões estão interligadas, pois um pensamento ou 
argumento apresentado pelo aluno ou pesquisador sem apoio em processos lógicos pode não passar 
de uma idéia superficial. No entanto, o domínio de conceitos reelaborados, sob critérios lógicos e 
com o auxílio da técnica, é fator determinante para o alcance dos objetivos da formação 
universitária: aprender a pensar e a produzir conhecimentos. O domínio do saber, dos métodos e das 
técnicas é uma exigência do ensino superior para vencer o superficialismo e a falta de rigor 
científico na produção e socialização do conhecimento. 
Este documento de diretrizes metodológicas, em formato paper, é apresentado aos 
professores e estudantes dos cursos de graduação da Associação Educacional do Vale do Itajaí-
Mirim ASSEVIM em Brusque para o desenvolvimento de trabalhos técnico-científicos. A apostila 
pretende contribuir para o aprendizado acadêmico durante toda a trajetória do aluno, como também, 
na busca do conhecimento, a partir dos trabalhos técnico-científicos permitindo o exercício de 
práticas essenciais à atividade científica: a busca, o registro e o uso do saber já acumulado e 
disponível para propósitos próprios de construção do conhecimento. 
O objetivo desta apostila é favorecer e estimular a produção escrita de alunos e professores, 
sendo que esta é uma condição indispensável ao desenvolvimento da vida intelectual disciplinada e 
produtiva, norteada por posturas e práticas de pesquisa, característica da formação superior. 
Assim, a apostila de metodologia científica apresenta conceitos e teorias que envolvem a 
temática da disciplina como: tipos de conhecimento, ciência, métodos e tipos de pesquisa. O 
documento aborda também sobre apresentação oral e as características do texto técnico-científico. 
Todas as orientações para a formatação e uniformização dos trabalhos acadêmicos estão 
apresentadas e seguem os critérios da ABNT 
 
Associação Brasileira de Normas Técnicas, através 
das Normas Brasileiras Regulamentadoras - NBR s 6.023 (Referências) e 10.520 (Citações), como 
aqueles definidos pela faculdade ASSEVIM. 
2 CONHECIMENTO 
Desde os primórdios da humanidade, a preocupação em conhecer e explicar a natureza é 
uma constante. Ao analisar a palavra francesa para conhecer , tem-se connaissance, que significa 
 
ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DO VALE DO ITAJAÍ MIRIM 
Metodologia da Pesquisa Científica 
Profª. Ms. Renata Silva e Profª.Ms. Elisabeth Penzlien Tafner 
2
nascer (naissance) com (con), logo se concluí que o conhecimento é passado de geração a geração, 
tornando-se parte da cultura e da história de uma sociedade. 
Para conhecer, os homens interpretam a realidade e colocam um pouco de si nesta 
interpretação, assim, o processo de conhecimento prova que ele está sempre em construção, visto 
que para cada novo fato tem-se uma análise nova, impregnada das experiências anteriores. 
Dessa forma, a busca pelo entendimento de si e do mundo ao seu redor, levou o homem a 
trilhar caminhos variados, que ao longo dos anos constituíram um vasto leque de informações que 
acabaram por constituir as diretrizes de várias sociedades. 
Algumas dessas informações eram obtidas através de experiências do cotidiano que levavam 
o homem a desenvolver habilidades para lidar com as situações do dia a dia. Outras vezes, por não 
dominar determinados fenômenos, o homem atribuía-lhes causas sobrenaturais ou divinas, 
desenvolvendo um conhecimento abstrato a respeito daquilo que não podia ser explicado 
materialmente. 
Assim, o conhecimento foi se dividindo da seguinte forma: empírico, teológico, filosófico e 
científico. 
2.1 Conhecimento empírico 
O conhecimento empírico é também chamado de conhecimento popular ou comum. É 
aquele obtido no dia a dia, independentemente de estudos ou critérios de análise. Foi o primeiro 
nível de contato do homem com o mundo, acontecendo através de experiências casuais e de erros e 
acertos. 
É um conhecimento superficial, onde o indivíduo, por exemplo, sabe que nuvens escuras é 
sinal de mau tempo, contudo não tem idéia da dinâmica das massas de ar, da umidade atmosférica 
ou de qualquer outro princípio da climatologia. Enfim, ele não tem a intenção de ser profundo, mas 
sim, básico. 
2.2 Conhecimento teológico 
É o conhecimento relacionado ao misticismo, à fé, ao divino, ou seja, à existência de um 
Deus, seja ele o Sol, a Lua, Jesus, Maomé, Buda, ou qualquer outro que represente uma autoridade 
suprema. 
O Conhecimento teológico, de forma geral, encontra seu ápice respondendo aquilo que a 
ciência não consegue responder, visto que ele é incontestável, já que se baseia na certeza da 
existência de um ser supremo (Fé). 
Os Conhecimentos ou verdades teológicas estão registrados em livros sagrados, que não 
seguem critérios científicos de verificação e são revelados por seres iluminados como profetas ou 
santos, que estão acima de qualquer contestação por receberem tais ensinamentos diretamente de 
um Deus. 
 
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3
2.3 Conhecimento filosófico 
A palavra Filosofia surgiu com Pitágoras através da união dos vocábulos PHILOS (amigo) + 
SOPHIA (sabedoria) (RUIZ, 1996, p.111). Os primeiros relatos do pensamento filosófico datam do 
século VI a.C., na Ásia e no Sul da Itália (Grécia Antiga). 
A filosofia não é uma ciência propriamente dita, mas um tipo de saber que procura 
desenvolver no indivíduo a capacidade de raciocínio lógico e de reflexão crítica, sem delimitar com 
exatidão o objeto de estudo. Dessa forma, o conhecimento filosófico não pode ser verificável, o que 
o torna sob certo ponto de vista, infalível e exato. 
Apesar da filosofia não ter aplicação direta à realidade, existe uma profunda 
interdependência entre ela e os demais níveis de conhecimento. Essa relação deriva do fato que o 
conhecimento filosófico conduz à elaboração de princípios universais, que fundamentam os demais, 
enquanto se vale das informações empíricas, teológicas ou científicas para prosseguir na sua 
evolução. 
2.4 Conhecimento científico 
A ciência é uma necessidade do ser humano que se manifesta desde a infância. É através 
dela que o homem busca o constante aperfeiçoamento e a compreensão do mundo que o rodeia por 
meio de ações sistemáticas, analíticas e críticas. 
Ao contrário do empirismo, que fornece um entendimento superficial, o conhecimento 
científico busca a explicação profunda do fenômeno e suas inter-relações com o meio. 
Diferentemente do filosófico, o conhecimento científico procura delimitar o objeto alvo, 
buscando o rigor da exatidão, que pode ser temporária, porém comprovada. Deve ser provado com 
clareza e precisão, levando à elaboração de leis universalmente válidas para todos os fenômenos da 
mesma natureza. Ainda assim, ele está sempre sob júdice, podendo ser revisado ou reformulado a 
qualquer tempo, desde que se possa provar sua ineficácia. 
3 CIÊNCIA 
Pode-se afirmar que ciência é um conjunto de informações sistematicamente organizadas e 
comprovadamente verdadeiras a respeito de um determinado tema. Contudo existem muitas 
maneiras de pensar, de organizar e de comprovar os estudos, dependendo do caminho que se segue 
(método). 
Os objetivos da ciência podem ser apresentados comoa melhoria da qualidade de vida 
intelectual e vida material. Para o alcance dos objetivos, são necessárias novas descobertas e novos 
produtos. 
Os princípios da ciência podem ser classificados como: nunca absoluto ou final, pode ser 
sempre modificado ou substituído; a exatidão nunca é obtida integralmente, mas sim, através de 
modelos sucessivamente mais próximos; é um conhecimento válido até que novas observações e 
experimentações o substituam. 
 
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4 MÉTODO CIENTÍFICO 
O conhecimento científico passou por várias etapas sempre questionando a maneira de 
obtenção do saber, ou seja, o Método. De origem grega, a palavra método, segundo Ruiz (1996), 
significa o conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na investigação dos 
fatos ou na procura da verdade. 
O método não é único e nem uma receita infalível para o cientista obter a verdade dos fatos. 
Ele apenas tem a intenção de facilitar o planejamento, investigação, experimentação e conclusão de 
um determinado trabalho científico. 
Devido a seu caráter individual, cada método se presta com maior ou menor eficiência a um 
tipo de pesquisa ou ciência. 
Então, método científico é o conjunto de processos ou operações mentais que se deve 
empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa. Os principais 
métodos de abordagem que fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo, 
hipotético-dedutivo e dialético (GIL, 1999). 
4.1 Método dedutivo 
Este método foi proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz, pressupõe que só 
a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. 
O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das premissas que, quando 
verdadeiras, levarão inevitavelmente a conclusões verdadeiras, visto que, por intermédio de uma 
cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para o particular, chega-se a uma 
conclusão. Ou seja, a resposta já estava dentro da pergunta. 
Essa forma de raciocínio é chamada silogismo, construção lógica que a partir de duas 
premissas, retira uma terceira logicamente decorrente das duas primeiras, denominada de conclusão 
(GIL, 1999; LAKATOS; MARCONI, 1993). Veja um clássico exemplo de raciocínio dedutivo: 
Todo homem é mortal (premissa maior) 
Pedro é homem (premissa menor) 
Logo, Pedro é mortal. (conclusão) 
Pode-se definir duas características básicas do método dedutivo, segundo Salmon (1978): 
4.2 Método indutivo 
A indução já existia desde Sócrates, entretanto seus expoentes modernos são os empiristas 
Bacon, Hobbes, Locke e Hume. Considera que o conhecimento é fundamentado na experiência, não 
se levando em conta princípios preestabelecidos. 
Se todas as premissas são verdadeiras, 
a conclusão é verdadeira. 
Toda a informação ou conteúdo da conclusão 
já estava implicitamente nas premissas. 
 
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Assim como no método dedutivo, na indução o raciocínio é fundamentado em premissas, 
contudo, diferentemente do anterior, premissas verdadeiras levam a conclusões provavelmente 
verdadeiras. 
No raciocínio indutivo, a generalização deriva de observações de casos da realidade 
concreta. 
Pode-se, segundo Lakatos e Marconi (2000), determinar três etapas fundamentais para toda a 
indução: 
a) Observação dos fenômenos; 
b) Descoberta da relação entre eles e; 
c) Generalização da relação. 
Veja um clássico exemplo de raciocínio indutivo: 
a) Antônio é mortal. 
a) João é mortal. 
a) Paulo é mortal. 
... 
a) Carlos é mortal. 
b) Ora, Antônio, João, Paulo... e Carlos são homens. 
c) Logo, (todos) os homens são mortais. 
Define-se assim, duas características básicas do método indutivo segundo Salmon (1978): 
4.3 Método hipotético-dedutivo 
O método Hipotético-Dedutivo confronta as duas escolas anteriores, ou seja, racionalismo 
versus empirismo no que diz respeito à maneira de se obter conhecimento. 
Ambos buscam o mesmo objetivo, mas enquanto os racionalistas apóiam-se na razão e 
intuição concebida aos homens, os empiristas partem da experiência dos sentidos, a verdade da 
natureza. 
São inúmeras as críticas aos dois métodos, partindo inclusive de seus próprios defensores, 
contudo, foi a partir de Sir Karl Raymund Popper que foram lançadas as bases do método 
hipotético-dedutivo. 
Segundo Popper (1975) o método hipotético-dedutivo é o único realmente científico, por 
não se basear em especulações, mas sim na tentativa de eliminação de erros. 
Luciano (2001, p. 18) afirma que: 
[...] quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes 
para a explicação de um fenômeno, surge o problema. Para tentar explicar as dificuldades 
expressas no problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses 
Se todas as premissas são verdadeiras, a 
conclusão é provavelmente verdadeira. 
A conclusão encerra informações que 
não estavam nas premissas 
 
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formuladas, deduzem-se conseqüências que deverão ser testadas ou falseadas. Falsear 
significa tornar falsas as conseqüências deduzidas das hipóteses. 
Consiste na adoção da seguinte linha de raciocínio: 
[...] em 1937, [...] sugeri que toda discussão científica partisse de um problema (P1), ao 
qual se oferece uma espécie de solução provisória, uma teoria-tentativa (TT), passando-se depois a 
criticar a solução, com vista à eliminação do erro (EE) [...] (POPPER, 1975, p. 140, grifo nosso). 
P1 - - - - - - - - - - - - - - TT - - - - - - - - - - - - - - EE - - - - - - - - - - - - P2 .... 
Lakatos e Marconi (2000, p. 74) expõem o esquema apresentado por Popper da seguinte 
forma: 
4.4 Método dialético 
Desde a Grécia antiga, o conceito de Dialética sofreu muitas alterações, absorvendo as 
concepções de vários pensadores daquela época. 
Tem-se o conceito de eterna mudança , instituído por Heráclito (540-480 a.C.) e 
paralelamente, a essência imutável do ser instituído por Parmênides que valoriza a Metafísica em 
detrimento da Dialética. 
Posteriormente, Aristóteles re-introduz princípios dialéticos nas explicações dominadas pela 
Metafísica, porém esta permanece norteando as discussões sobre o conhecimento até o 
Renascimento. 
No Renascimento, o pensamento dialético entra em evidência, atingindo seu apogeu com 
Hegel, que através dos progressos científicos e sociais impulsionados pela Revolução Francesa, 
compreende que no universo nada está isolado, tudo é movimento e mudança e tudo depende de 
tudo, retornando assim, às idéias de Heráclito. 
Hegel por ser um idealista, propõe uma visão particular de movimento e mudança, 
considerando que as mudanças do espírito é que provocam as da matéria. Segundo Lakatos e 
Marconi (2000, p. 82) existe primeiramente o espírito que descobre o universo, pois este é a idéia 
materializada . 
A atual fase da dialética está apoiada nos ensinamentos de Marx e Engels, denominada 
dialética materialista que, assim como na fase anterior, considera que o universo e o pensamento 
estão em eterna mudança, mas é a matéria que modifica as idéias e não o contrário. 
Assim se pode afirmar que a Dialética é um método de interpretação dinâmica e totalizante 
da realidade da qual se pode extrair quatro regras principais: 
Tudo se 
relaciona 
Tudo se 
transforma 
Mudança 
qualitativa 
Luta dos 
contrários 
Conhecimento 
Prévio 
Problema ConjecturasFalseamento 
 
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4.5 Métodos ou técnicas de procedimentos 
Segundo Lakatos e Marconi (2000), dentro das ciências sociais pode-se acrescentar aos 
métodos de abordagem descritos acima, técnicas de procedimento às vezes também tomadas por 
métodos, que seriam etapas mais concretas da investigação, com finalidade mais restrita em termos 
de explicação geral do fenômeno. 
Essas técnicas são freqüentemente utilizadas de forma associada, podendo ser descritas 
segundo Rauen (1997), como: 
 
Histórico: investigação de acontecimentos, processos e instituições no passado para a 
verificação de sua influência na atualidade; 
 
Comparativo: estudo de semelhanças ou diferenças entre diversos grupos, sociedades ou povos; 
 
Monográfico
 
(ou estudo de caso): estudo de certos elementos, indivíduos, empresas, profissões, 
grupos, etc., com vistas à obtenção de generalização; 
 
Estatístico: redução de fenômenos sociais à representação quantitativa e aplicação de 
instrumentos estatísticos de análise; 
 
Tipológico: construção idealizada de um elemento tipo que consiste em modelo perfeito, contra 
o qual, os dados da realidade são analisados; 
 
Funcionalista: estudo da sociedade a partir das funções de cada elemento; 
 
Estruturalista: preocupa-se com a sociedade como um todo para explicar o comportamento de 
setores mais específicos ou de indivíduos. 
5 METODOLOGIA CIENTÍFICA 
Na universidade, o papel do aluno torna-se mais ativo na aprendizagem e é a metodologia 
científica, a disciplina encarregada de fornecer ao aluno os elementos necessários para este auto-
aprendizado. 
Segundo Demo (1996, p.5) [...] a proposta atual da metodologia científica é a de introduzir 
na academia o gosto pela pesquisa . 
Para tanto, faz-se necessário à determinação de algumas normas, que têm por finalidade validar um 
estudo científico, ou seja, os métodos de pesquisa. 
6 PESQUISA 
Segundo Köche (1997, p. 121) pesquisar significa identificar uma dúvida que necessite ser 
esclarecida, construir e executar o processo que apresenta a solução desta, quando não há teorias 
que a expliquem ou quando as teorias que existem não estão aptas para fazê-lo.
 
Portanto, pesquisar é descobrir, e assim sendo, é um fato natural a todos os indivíduos. 
Ruiz (1996, p. 48) considera que pesquisa científica é a realização completa de uma 
investigação, desenvolvida e redigida de acordo com as normas de metodologia consagradas pela 
ciência.
 
Para que uma pesquisa seja considerada científica, ela deve seguir uma metodologia que 
compreenda uma seqüência de etapas logicamente encadeadas, de forma que possa ser repetida 
obtendo-se os mesmos resultados. Dessa maneira, os dados obtidos contribuirão para a ampliação 
 
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do conhecimento já acumulado, bem como para a sua reformulação ou criação. Sem pesquisa não 
há progresso!!! 
6.1 Classificações da pesquisa 
Existem várias formas de classificar as pesquisas. As formas clássicas de classificação serão 
apresentadas a seguir, conforme Gil (1991): 
a) Do ponto de vista da sua natureza pode ser: 
 
Pesquisa Básica: objetiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência sem 
aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais. 
 
Pesquisa Aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de 
problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. 
b) Do ponto de vista da forma de abordagem do problema pode ser: 
 
Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em 
números opiniões e informações para classificá-los e analisá-los. Requer o uso de recursos e de 
técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de 
correlação, análise de regressão, etc...). 
 
Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto 
é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser 
traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicos 
no processo de pesquisa qualitativa. Não requer os uso de métodos e técnicas estatísticas. O 
ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave. É 
descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu 
significado são os focos principais de abordagem. 
c) Do ponto de vista de seus objetivos pode ser: 
 
Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a 
torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com 
pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que 
estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos 
de Caso. 
 
Pesquisa Descritiva: visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou 
o estabelecimento de relações entre variáveis. Requer o uso de técnicas padronizadas de coleta 
de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento. 
 
Pesquisa Explicativa: visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a 
ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o 
porquê das coisas. Quando realizada nas ciências naturais requer o uso do método 
experimental e nas ciências sociais, o uso do método observacional. Assume, em geral, as 
formas de Pesquisa Experimental e Pesquisa Ex-post-facto. 
d) Do ponto de vista dos procedimentos técnicos pode ser: 
 
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Pesquisa Bibliográfica: utiliza material já publicado, constituído basicamente de livros, artigos 
de periódicos e atualmente com informações disponibilizadas na Internet. Quase todos os 
estudos fazem uso do levantamento bibliográfico e algumas pesquisas são desenvolvidas 
exclusivamente por fontes bibliográficas. Sua principal vantagem é possibilitar ao investigador a 
cobertura de uma gama de acontecimentos muito mais ampla do que aquela que poderia 
pesquisar diretamente. (GIL, 1999). A técnica bibliográfica visa encontrar as fontes primárias e 
secundárias e os materiais científicos e tecnológicos necessários para a realização do trabalho 
científico ou técnico-científico. Realizada em bibliotecas públicas, faculdades, universidades e, 
atualmente, nos acervos que fazem parte de catálogo coletivo e das bibliotecas virtuais. 
(OLIVEIRA, 2002). 
 
Pesquisa Documental: quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento 
analítico, documentos de primeira mão, como documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, 
contratos, diários, filmes, fotografias, gravações etc., ou ainda documentos de segunda mão, que 
de alguma forma já foram analisados, tais como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, 
tabelas estatísticas, etc. (GIL, 1999); e os localizados no interior de órgãos públicos ou privados, 
como: manuais, relatórios, balancetes e outros. 
 
Levantamento: envolve a interrogação direta de pessoas cujo comportamento se deseja conhecer 
acerca do problema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, chegar as 
conclusões correspondentes aos dados coletados. O levantamento feito com informações de 
todos os integrantes do universo da pesquisaorigina um censo. (GIL, 1999). O levantamento 
usa técnicas estatísticas, análise quantitativa e permite a generalização das conclusões para o 
total da população e assim para o universo pesquisado, permitindo o cálculo da margem de erro. 
Os dados são mais descritivos que explicativos. (DENCKER, 2000). 
 
Estudo de Caso: envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira 
que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. (GIL, 1999). O estudo de caso pode 
abranger análise de exame de registros, observação de acontecimentos, entrevistas estruturadas 
e não-estruturadas ou qualquer outra técnica de pesquisa. Seu objeto pode ser um indivíduo, um 
grupo, uma organização, um conjunto de organizações, ou até mesmo uma situação. 
(DENCKER, 2000). A maior utilidade do estudo de caso é verificada nas pesquisas 
exploratórias. Por sua flexibilidade, é sugerido nas fases iniciais da pesquisa de temas 
complexos, para a construção de hipóteses ou reformulação do problema. É utilizado nas mais 
diversas áreas do conhecimento. A coleta de dados geralmente é feita por mais de um 
procedimento, entre os mais usados estão: a observação, análise de documentos, a entrevista e a 
história da vida. (GIL, 1999). 
 
Pesquisa-Ação: concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução 
de um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do 
problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (GIL, 1999). Objetiva definir 
o campo de investigação, as expectativas dos interessados, bem como o tipo de auxílio que estes 
poderão exercer ao longo do processo de pesquisa. Implica no contato direto com o campo de 
estudo envolvendo o reconhecimento visual do local, consulta a documentos diversos e, 
sobretudo, a discussão com representantes das categorias sociais envolvidas na pesquisa. É 
delimitado o universo da pesquisa, e recomenda-se a seleção de uma amostra. O critério de 
representatividade dos grupos investigados na pesquisa-ação é mais qualitativo do que 
quantitativo. É importante a elaboração de um plano de ação, envolvendo os objetivos que se 
pretende atingir, a população a ser beneficiada, a definição de medidas, procedimentos e formas 
de controle do processo e de avaliação de seus resultados. (GIL, 1996). Não segue um plano 
rigoroso de pesquisa, pois o plano é readequado constantemente de acordo com a necessidade, 
 
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dos resultados e do andamento das pesquisas. O investigador se envolve no processo e sua 
intenção é agir sobre a realidade pesquisada. (DENCKER, 2000). 
 
Pesquisa Participante: Pesquisa realizada através da integração do investigador que assume uma 
função no grupo a ser pesquisado, mas sem seguir uma proposta pré-definida de ação. A 
intenção é adquirir conhecimento mais profundo do grupo. O grupo investigado tem ciência da 
finalidade, dos objetivos da pesquisa e da identidade do pesquisador. Permite a observação das 
ações no próprio momento em que ocorrem. (DENCKER, 2000). Esta pesquisa necessita de 
dados objetivos sobre a situação da população. Isso envolve a coleta de informações sócio-
econômicas e tecnológicas que são de natureza idêntica às adquiridas nos tradicionais estudos 
de comunidades. Esses dados podem ser agrupados por categorias, como: geográficas, 
demográficas, econômicas, habitacionais, educacionais, e outros. (GIL, 1996). 
 
Pesquisa Experimental: quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis 
que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se as formas de controle e de observação dos 
efeitos que a variável produz no objeto. (GIL, 1999). A pesquisa experimental necessita de 
previsão de relações entre as variáveis a serem estudadas, como também o seu controle e por 
isso, na maioria das situações, é inviável quando se trata de objetos sociais. (GIL, 1996). Esse 
tipo de pesquisa é geralmente utilizado nas ciências naturais. Exemplo: Analisar os efeitos 
colaterais do uso de um determinado medicamento em crianças de até 8 anos. 
 
Pesquisa Ex-Post-Facto: quando o experimento se realiza depois dos fatos. O pesquisador não 
tem controle sobre as variáveis. (GIL, 1999). É um tipo de pesquisa experimental, mas difere da 
experimental propriamente dita pelo fato de o fenômeno ocorrer naturalmente sem que o 
investigador tenha controle sobre ele, ou seja, nesse caso, o pesquisador passa a ser um mero 
observador do acontecimento. Por exemplo: a verificação do processo de erosão sofrido por 
uma rocha por influência do choque proveniente das ondas do mar. (BOENTE, 2004). Esse tipo 
de pesquisa é geralmente utilizado nas ciências naturais. 
7 TIPOS DE TRABALHOS CIENTÍFICOS 
Existem diversos tipos de trabalhos acadêmicos e/ou científicos. Pode-se citar, dentre eles, 
os seguintes tipos: Trabalhos de Graduação, Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, 
Dissertação, Tese, Artigos Científicos, paper, resenha crítica ... 
Apesar de haver essa classificação, aceita inclusive internacionalmente, é comum encontrar 
certos equívocos em torno da palavra monografia com respeito a dissertações, teses e trabalhos de 
fim de curso de graduação. 
Etimologicamente, monografia é um estudo sobre um único assunto, realizado com 
profundidade. No entanto, essa nomenclatura, monografia, parece destinada aos Cursos de 
Especialização, e teria como fim primeiro levar o autor a se debruçar sobre um assunto em 
profundidade com o intuito de transmiti-lo a outrem ou de aplicá-lo imediatamente. 
Esses relatórios científicos possuem características próprias, como a sistemática, a 
investigação, a fundamentação, a profundidade e a metodologia. E, dependendo do caso, a 
originalidade e a contribuição da pesquisa para a ciência, como é o caso das teses e dissertações. 
Em todo o caso, destaca-se que a estrutura dos trabalhos científicos é quase sempre a 
mesma, compreendendo quase sempre uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. A 
introdução dos trabalhos costuma abranger os objetivos da pesquisa, bem como os problemas, as 
 
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11
delimitações e a metodologia adotada para a realização do trabalho. O desenvolvimento é mais 
livre, podendo o pesquisador dissertar sobre o tema propriamente dito, sem, contudo, abandonar 
pontos importantes como a demonstração, a análise e a discussão dos resultados. Por fim, o autor 
poderá escrever suas conclusões a respeito da discussão realizada ou dos resultados obtidos. É neste 
ponto que o pesquisador será enfático, ressaltando as posições que deseja defender ou refutar. 
7.1 Trabalhos de graduação 
Os trabalhos de graduação não constituem exatamente trabalhos de cunho científico, mas de 
iniciação científica, uma vez que esses trabalhos tenham que ser apresentados dentro de uma 
sistemática e organização que estimulem o raciocínio científico. Visto que o enfoque pretendido em 
trabalhos de graduação é voltado para a assimilação de um conteúdo específico, é comum que uma 
revisão bibliográfica, ou uma revisão literária, seja tida como suficiente. Porém, nada impede que 
existam outros tipos de trabalhos acadêmicos, como relatórios e pequenas pesquisas. No entanto, é 
importante ter em mente a cientificidade da sistemática adotada para a realização desses trabalhos. 
7.2 Trabalho de curso 
O Trabalho de Curso (TC), também conhecido como Trabalho de Final de Curso, é tido 
como uma monografia sobre um assunto específico. Tem como objetivo levar o aluno a refletir 
sobre temas determinados e transpor suas idéias para o papel na forma de uma pesquisa ou na forma 
de um relatório.Para o caso da graduação, por se tratar de mais um requisito para a 
complementação do curso, o estudo não necessita ser tão completo em relação ao tema escolhido 
como o caso de uma dissertação ou tese, mas o aluno não deve perder de vista a clareza, a 
objetividade e a seriedade da pesquisa. 
7.3 Monografia 
A monografia, para obter o título de especialista em cursos de pós-graduação em nível de 
lato sensu, é parecida com o Trabalho de Final de Curso apresentado em cursos de graduação. 
Também possui como objetivo levar o aluno a refletir sobre temas determinados e transpor suas 
idéias para o papel na forma de uma pesquisa. Para o caso da pós-graduação, o estudo necessita ser 
um pouco mais completo em relação ao tema escolhido para a pesquisa. 
7.4 Dissertação 
As dissertações, que paulatinamente vão se destinando aos trabalhos de cursos de pós-
graduação stricto sensu (mestrado), buscam, sobretudo, a reflexão sobre um determinado tema ou 
problema expondo as idéias de maneira ordenada e fundamentada. E, dessa forma, como resultado 
de um trabalho de pesquisa, a dissertação deve ser um estudo o mais completo possível em relação 
ao tema escolhido. 
Deve procurar expressar conhecimentos do autor a respeito do assunto e sua capacidade de 
sistematização. E, dentro deste contexto, uma das partes mais importantes da dissertação é a 
fundamentação teórica, que procura traduzir o domínio do autor sobre o tema abordado e a sua 
perspicácia de buscar tópicos não desenvolvidos. 
 
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7.5 Tese 
A tese, a exemplo da dissertação dirigida para o mestrado, vai assumindo o papel de um 
trabalho de conclusão de pós-graduação stricto sensu (doutorado). Caracteriza-se como um avanço 
significativo na área do conhecimento em estudo. As teses devem tratar de algo novo naquele 
campo do conhecimento, de forma que promovam uma descoberta, ou mesmo uma real 
contribuição para ciência. O trabalho deve ser inédito, contributivo e não trivial. Os argumentos 
utilizados devem comprovar e convencer de que a idéia exposta é verdadeira. 
7.6 Artigo científico 
O objetivo principal do artigo é levar ao conhecimento do público interessado alguma idéia 
nova, ou alguma abordagem diferente dos estudos realizados sobre o tema, como por exemplo: 
particularidades locais ou regionais em um assunto, a existência de aspectos ainda não explorados 
em alguma pesquisa, ou a necessidade de esclarecer uma questão ainda não resolvida. 
A principal característica do artigo científico é que as suas afirmações devem estar baseadas 
em evidências, sejam estas oriundas de pesquisa de campo ou comprovadas por outros autores em 
seus trabalhos. Isso não significa que o autor não possa expressar suas opiniões no artigo, mas que 
deve demonstrar para o leitor qual o processo lógico que o levou a adotar aquela opinião e quais 
evidências que a tornariam mais ou menos provável, formulando hipóteses. 
A estrutura do artigo científico é: identificação do trabalho (título e subtítulo do artigo, 
autor, disciplina, professor, curso e instituição), resumo e palavras-chave, introdução, 
desenvolvimento, conclusão e referências. 
7.7 Paper1 
Durante a graduação, os trabalhos solicitados, pelos professores da ASSEVIM, serão o 
paper (de profundidade inferior ao trabalho de conclusão de curso ou do artigo científico). 
O paper possui estrutura muito similar à do artigo científico, em função disso, deve-se 
apenas excluir os itens resumo e palavras-chave. Os demais itens seguem as definições utilizadas no 
artigo científico. 
O principal diferencial quanto ao artigo científico está na profundidade de abordagem do 
tema, que no paper deverá se limitar a uma análise mais superficial e condensada, podendo ou não 
conter um parecer do autor. 
Porém caberá a cada professor definir os limites de aprofundamento dos trabalhos 
realizados, que poderão variar de um tema para o outro. 
7.8 Resenha crítica 
É um tipo de redação técnica que avalia precisa e sinteticamente a importância de uma obra 
científica ou de um texto literário. A resenha nunca pode ser completa e exaustiva. O resenhador 
deve proceder seletivamente, filtrando apenas os aspectos pertinentes do objeto, isto é, apenas 
 
 
1
 Ver item 8.1 Estrutura do paper. 
 
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13
aquilo que é funcional em vista de uma intenção previamente definida. 
A resenha crítica combina resumo e julgamento de valor. Seu objetivo é oferecer 
informações para que o leitor possa decidir quanto à consulta ou não do original. Daí a resenha deve 
resumir as idéias da obra, avaliar as informações nela contidas e a forma como foram expostas e 
justificar a avaliação realizada. 
A resenha crítica consta de: 
a) uma parte descritiva em que se dão informações sobre o texto: 
nome do autor (ou dos autores); título completo e exato da obra (ou do artigo); nome da editora e, se 
for o caso, da coleção de que faz parte a obra; lugar e data da publicação; número de volumes e 
páginas. Pode-se fazer, nessa parte, uma descrição sumária da estruturada obra (divisão em 
capítulos, assunto dos capítulos, índices, etc.). No caso de uma obra estrangeira, é útil informar 
também a língua da versão original e o nome do tradutor (se se tratar de tradução). 
b) uma parte com o resumo do conteúdo da obra: 
 
indicação sucinta do assunto global da obra (assunto tratado) e do ponto de vista adotado pelo 
autor (perspectiva teórica, gênero, método, tom, etc.); 
 resumo que apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral. 
 comentários e julgamentos do resenhador sobre as idéias do autor, o valor da obra, etc. 
Modelo de resenhas (MEDEIROS, 1991, p. 76 apud LAKATOS; MARCONI, 1985, p. 236): 
A - Referências bibliográficas: 
- Autor 
- Título da obra. 
- Elementos de Imprensa (local da edição, editora, data). 
- Número de páginas. 
- Formato 
B - Credenciais do autor. 
- Informações sobre o autor, nacionalidade, formação universitária, título, outras obras. 
C - Resumo da obra: 
- Resumo das idéias principais da obra. De que trata o texto? Qual sua característica principal? 
Exige algum conhecimento prévio para entendê-la? Descrição do conteúdo os capítulos ou partes da 
obra. 
D - Conclusões da autoria: 
- Quais as conclusões a que o autor chegou? 
E - Metodologia da autoria: 
- Que métodos utilizou? Dedutivo? Indutivo? Histórico? Comparativo? Estatístico? 
- Que técnicas utilizou? Entrevista? Questionários? 
F - Quadro de referência do autor: 
- Que teoria serve de apoio ao estudo apresentado? Qual o modelo teórico utilizado? 
G - Crítica do resenhista (apreciação) 
- Julgamento da Obra. Qual a contribuição da obra? As idéias são originais? Como é o estilo do 
autor: conciso, objetivo, simples? Idealista? Realista? 
 
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14
H - Indicações do resenhista: 
- A quem é dirigida a obra? A obra é endereçada a que disciplina? Pode ser adotada em algum 
curso? Qual? 
Esses são os elementos estruturais de uma resenha. Em alguns casos, não é possível dar 
resposta a todas as interrogações feitas; outras vezes, se publicada em jornais ou revistas não 
especializados, pode-se omitir um ou outro elemento da estrutura da resenha. 
8 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO 
8.1 Apresentação escrita: estrutura do paper 
Regras gerais de apresentação: 
O trabalho deve ser escrito em papel A4, com todas as margens(superior, inferior, esquerda 
e direita) de 2 cm. Todas as folhas do trabalho devem ser contadas, mas a numeração só aparece a 
partir da segunda página. A numeração é em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, 
a 2 cm da borda superior (último algarismo a 2 cm da borda direita da folha) e com tamanho 10. 
Ordem dos tópicos:
 
- Elementos pré-textuais: 
a) Título do trabalho: No topo da página, em maiúsculas, centralizado, fonte Times New Roman 
tamanho 18, em negrito. 
b) Subtítulo (opcional): Logo abaixo do título, em fonte Times New Roman, tamanho 16, em 
negrito. Usar maiúsculas e minúsculas, seguindo a regra da língua portuguesa. Deixar duas 
linhas em branco (fonte 12). 
c) Autor: Abaixo do título ou subtítulo, centralizado, fonte Times New Roman, tamanho 12, em 
negrito. Deixar uma linha em branco. 
d) Solicitante: Usar uma linha para cada um dos seguintes itens: professor, disciplina, curso, 
instituição e data. Deixar 2 linhas em branco após estas informações. 
- Elementos textuais: 
a) Texto principal: O texto deve ser escrito usando a fonte Times New Roman, tamanho 12. O 
espaçamento entre as linhas deve ser simples, com uma linha em branco entre cada parágrafo. O 
alinhamento do texto deve ser justificado. O início de cada parágrafo deve ser precedido por um 
toque de tabulação (Tab) ou 1,27 cm. O texto principal do trabalho é composto pela introdução, 
desenvolvimento e considerações finais. 
Introdução:
 
A introdução diz respeito ao próprio conteúdo do trabalho: sua natureza, seus objetivos, sua 
metodologia. A introdução não pode ser dispensada, pois é parte integrante do desenvolvimento do 
trabalho científico. 
 
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15
Na introdução, deve-se anunciar a idéia central do trabalho delimitando o ponto de vista 
enfocado em relação ao assunto e a extensão; deverá se situar o problema ou o tema abordado, no 
tempo e no espaço. 
Deve ser enfocada a relevância do assunto no sentido de esclarecer seus aspectos obscuros, 
bem como da contribuição desse trabalho para uma melhor compreensão do problema. 
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14724 (2005, p. 5) a 
introdução é a parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, 
objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho.
 
Assim, a introdução de um paper deve apresentar as seguintes etapas: contextualização do 
assunto (nível macro), relevância do tema; objetivo geral, tipos de pesquisa e forma coleta de 
dados e informações e os tópicos do desenvolvimento (o que será apresentado a seguir). 
Desenvolvimento:
 
Esta é a parte principal do trabalho científico. O autor deve dividir esta parte em quantas 
forem necessárias para dar lógica e articulação adequada ao tema que pretende defender. Não existe 
exatamente uma norma rígida que oriente esta seção. No texto poderá haver idéias de autores, dados 
da pesquisa (se for pesquisa de campo, colocar gráficos e tabelas auxiliares) e interpretações. Tudo 
isto deve ser apresentado de forma integrada, substancial, criativa e lógica. É nesta parte que se 
procura explicar as hipóteses e relacionar a teoria com a prática. 
Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14724 (2005, p. 5) o 
desenvolvimento é a parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada 
do assunto. Dividi-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do 
método.
 
Considerações finais:
 
As considerações finais ou conclusão devem se limitar a um resumo sintetizado da 
argumentação desenvolvida no corpo do trabalho e dos resultados obtidos. Lembra-se, contudo, que 
elas devem estar todas fundamentas nos resultados obtidos na pesquisa. Também podem ser 
discutidas recomendações e sugestões para o prosseguimento no estudo do assunto. Portanto, esse 
item não deve trazer nada de novo e deve ser breve, consistente e abrangente. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14724 (2005, p. 5) afirma que a 
conclusão é a parte final do texto, na qual se apresentam conclusões correspondentes aos objetivos 
ou hipóteses.
 
- Elementos pós-textuais: 
Referências2: 
 
Devem ser colocadas em ordem alfabética dentro das normas técnicas especificadas. Em 
território brasileiro, utiliza-se a ABNT 
 
NBR 6023 para normatizar as referências apontadas 
durante o trabalho. 
Segue o modelo da estrutura do paper: 
 
 
2
 Ver item 8.1.2 Referências. 
 
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16
TIPOS DE CONHECIMENTO 
Evolução Científica 
Luiz Carlos Vilela 
Rodrigo Campos 
Vilson Souza 
Professor3: 
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Administração 
Associação Educacional do Vale do Itajaí-Mirim ASSEVIM 
Dia/Mês/Ano 
1 INTRODUÇÃO 
Na Introdução, deve-se anunciar a idéia central do trabalho delimitando o ponto de vista 
enfocado em relação ao assunto e à extensão; deverá se situar o problema ou o tema abordado, 
no tempo e no espaço... 
2 TIPOS DE CONHECIMENTO 
Nesta seção o autor deve se preocupar em apresentar o trabalho resultante de sua 
pesquisa. Isto implica em uma apresentação clara, lógica e objetiva dos resultados.... 
2.1 Conhecimento empírico 
O empirismo foi ... 
2.1.1 Conflitos entre o conhecimento empírico e o filosófico 
Diversos autores afirmam que ... 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
As considerações finais devem limitar-se a um posicionamento sintetizado da 
argumentação desenvolvida no corpo do trabalho. Salienta-se que as conclusões devem estar 
todas fundamentadas na pesquisa. 
REFERÊNCIAS 
 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 3. ed. São 
Paulo: Atlas, 2000. 
 
 
 
3
 No caso do trabalho integrado, deve constar Professor Orientador. 
 
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Nos elementos textuais, principalmente no item desenvolvimento, deve levar em conta 
algumas regras para apresentação das informações como os títulos e subtítulos e também uso de 
elementos de apoio ao texto (gráficos, figuras etc.) para melhor compreensão e organização do 
conteúdo no trabalho. 
Títulos das seções:
 
Os títulos das seções de Primeira Ordem (por exemplo, 1 INTRODUÇÃO) precisam ser 
escritos em letras maiúsculas, tamanho de fonte 12, em negrito, e alinhamento à esquerda. Deve-se 
deixar duas linhas em branco após um título de Primeira Ordem. 
Os títulos das seções de Segunda Ordem (por exemplo, 1.1 Formatação do papel) precisam 
ser escritos também com tamanho de fonte 12, em negrito e alinhamento à esquerda. Somente a 
primeira letra da primeira palavra deve ser maiúscula e as demais minúsculas. Deve-se deixar uma 
linha branca após um título de seção de Segunda Ordem. 
Os títulos das seções de Terceira Ordem (por exemplo, 1.1.1 Tamanho da margem) precisam 
ser escritos também com tamanho de fonte 12, alinhamento à esquerda, porém sem negrito. As 
letras devem ser minúsculas, salvo a primeira letra da primeira palavra. Deve-se deixar uma linha 
branca após um título de seção de Terceira Ordem. 
Figuras/Quadros/Gráficos:
 
Esses elementos devem aparecer centralizados na folha e seus títulos também centralizados 
e numerados a partir do 1. Cada elemento possui uma contagem numérica individual, ou seja, 
separada. 
Os materiais retiradosatravés de alguma pesquisa devem ser referenciados, citando a fonte 
(esta deve estar também centralizada, em fonte 10, e abaixo do elemento apresentado). Veja abaixo 
os exemplos de figuras, quadros e gráficos: 
 
Figura 1 - Fusca 
Fonte: Barbosa (2000, p.20). 
Obs.: As fotografias também devem ser tratadas como figuras. 
Cidade Km 
São Paulo 705 
Porto Alegre 476 
Curitiba 300 
Rio de Janeiro 1.144 
Quadro 1 Distância de Florianópolis das principais cidades emissoras de turistas 
Fonte: Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (2003). 
 
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18
0
20
40
60
80
100
1°
Trim.
2°
Trim.
3°
Trim.
4°
Trim.
Leste
Oeste
Norte 
Gráfico 1 Vendas por Trimestre e Regiões 
Fonte: Empresa XXX (2004) 
Tabelas: 
As tabelas apresentam informações tratadas estatisticamente. A identificação da tabela deve 
estar na parte superior, precedida da palavra tabela, seguida de seu número de ordem de ocorrência 
no texto, em algarismos arábicos, e do respectivo título. A indicação da fonte deve ser feita na parte 
inferior da tabela, em fonte 10. Tanto o título quanto a fonte da tabela devem estar centralizados. 
Tabela 1 Notas dos alunos 
1º Semestre Aluno 
1° Bim. 2° Bim. Média Exame 
André Souza 8,0 8,00 8,0 ---- 
João Campos 7,0 7,0 7,0 5,0 
Sílvia Regis 7,5 7,5 7,5 --- 
Fonte: Elaborado pelas autoras (2005) 
Notas de rodapé:
 
As notas de rodapé devem servir como apoio explicativo e devem ficar sempre no pé da 
página. A nota deverá estar separada do resto texto por uma linha. As notas, a exemplo das figuras, 
também devem ser numeradas partindo de 1. Sugere-se que se utilize do recurso de notas do Word 
para inserir notas de rodapé no texto (comando: Inserir > Notas), assim o próprio programa 
administrará a numeração. A posição do texto da nota no pé da página deve ser alinhada à esquerda 
e em fonte 10. 
Palavras estrangeiras:
 
Todas as palavras e termos em língua estrangeira deverão ser escritos usando o modo itálico. 
Exemplos: Internet, workaholic, copenhagener zimtzötse... 
8.1.1 Normas para citações 
Segundo Ruiz (1991, p. 83) citações são os textos documentais levantados com a máxima 
fidelidade durante a pesquisa bibliográfica e que se prestam para apoiar a hipótese do pesquisador 
ou para documentar sua interpretação . 
As citações, ao contrário do que possa parecer inicialmente, enriquecem um trabalho e 
demonstram o estudo e a atitude científica do autor. As citações têm muitos objetivos, dentre os 
quais se destacam: 
 
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19
 
desenvolvimento do raciocínio; 
 
corroboração das idéias ou da tese que o autor defende; 
 
contrariar a idéia ou a tese que o autor defende; 
 
permitir a identificação do legítimo dono das idéias apresentadas; 
 
possibilitar o acesso ao texto original. 
A apresentação das citações se encontra na NBR 10520 de agosto de 2002 da ABNT 
 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
Indicação das citações:
 
No texto, as citações devem ser feitas de modo uniforme, de acordo com o estilo do 
pesquisador ou critério adotado pela Revista em que o trabalho será publicado. Contudo, o sistema 
escolhido deve estar relacionado com a ordenação das referências. 
Para citações de idéias ou trechos de obras pesquisadas, sugere-se o sistema Autor-Data, 
que consiste em mencionar o nome do autor e a data da publicação da obra no próprio texto, 
deixando as notas de rodapé apenas para eventuais explicações, que forem necessárias para o 
melhor entendimento do texto. 
Ao se usar o sistema autor-data, devem ser observadas as seguintes condições: 
a) Não podem ser incluídas as fontes em rodapé, exceto nos casos de citação de citação em que 
somente o autor citado figura em nota de rodapé e o autor que o citou, em lista de referências; 
b) A referência completa do documento deve figurar em lista, no final do capítulo ou do trabalho, 
organizada alfabeticamente; 
c) As entradas de autoria são escritas após a citação, entre parênteses, com letras maiúsculas, 
seguidas da data de publicação do documento citado e da página ou seção da qual foi extraída a 
citação; 
d) Quando a menção ao nome do autor está incluída na frase, a data de publicação do documento e 
a paginação são transcritas entre parênteses, precedidas pela abreviatura correspondente; 
e) As notas explicativas ou informativas são chamadas normalmente no texto por números altos ou 
alceados, ou entre parênteses. 
8.1.1.1 Tipos de citações 
* Citação direta: menção de uma informação extraída de outra fonte (NBR 10520, 2002, p. 1), 
isto é, transcrição literal extraída do texto consultado, respeitando-se redação, ortografia e 
pontuação original. 
a) Citação de até três linhas ou curta: a citação de até três linhas deve ser inserida no parágrafo 
entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação. 
Exemplo: 
A vida real muitas vezes se confunde com a arte da representar e nos leva a atitudes 
teatrais: não se mova, faça de conta que está morta. (CLARAC; BONNIN, 1985, p. 72). 
Ou 
Segundo Clarac e Bonnin (1985, p. 72) a vida real muitas vezes se confunde com a arte da 
representação e nos leva a atitudes teatrais, como: não se mova, faça de conta que está morta.
 
 
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20
b) Citação de mais de três linhas ou longa: deve aparecer em parágrafo distinto, com recuo de 4 
centímetros da margem esquerda, com espaçamento simples, sem aspas e em fonte menor. 
Sugere-se a utilização de fonte 10. Exemplo: 
Os métodos de ensino da leitura e da escrita abrangiam apenas o ensino do alfabeto, suas 
combinações e produção de sons, seguido depois pelo ensino da gramática como coisa pronta e 
acabada. De acordo com Rizzo (1998, p. 22): 
Com Ferdinand Saussure (1916), fundador da lingüística, a investigação científica passou 
das línguas (todas as existentes) à língua (de concepção abstrata), percebida como e 
enquanto meio de comunicação do pensamento e definida como sistema de relações, 
determinado por suas propriedades internas, cujas possibilidades combinatórias oferecem-
se à verificação empírica: as regras gramaticais. 
Ou 
Os métodos de ensino da leitura e da escrita abrangiam apenas o ensino do alfabeto, suas 
combinações e produção de sons, seguido depois pelo ensino da gramática como coisa pronta e 
acabada. 
Com Ferdinand Saussure (1916), fundador da lingüística, a investigação científica passou 
das línguas (todas as existentes) à língua (de concepção abstrata), percebida como e 
enquanto meio de comunicação do pensamento e definida como sistema de relações, 
determinado por suas propriedades internas, cujas possibilidades combinatórias oferecem-
se à verificação empírica: as regras gramaticais. (RIZZO, 1998, p. 22). 
 
c) Omissões em citações: é um recurso utilizado quando não é necessário citar integralmente o 
texto de um autor. São recomendadas apenas se não alterarem o sentido do texto original. As 
omissões (indicadas por reticências, colocadas entre colchetes) podem aparecer no início, no fim 
e no meio de uma citação. Exemplo: 
Os professores devem aceitar o desafio, recusando o fracasso escolar e buscando a 
melhoria da prática social coletiva construída no processo ensino-aprendizagem. 
[...] só na reflexão que busca o entendimento nós, seres humanos, poderemos nos abrir 
mutuamente para espaços de coexistêncianos quais a agressão seja um acidente legítimo 
da convivência e não uma instituição justificada com uma falácia racional. [...] Se não 
agirmos desse modo, [...] só nos restará fazer o que continuamente estamos fazendo [...]. 
(MATURANA; VARELA, 1995, p. 25-26). 
Ou 
Os professores devem aceitar o desafio, recusando o fracasso escolar e buscando a 
melhoria da prática social coletiva construída no processo ensino- aprendizagem. Conforme 
Maturana e Varela (1995, p. 25-26): 
[...] só na reflexão que busca o entendimento nós, seres humanos, poderemos nos abrir 
mutuamente para espaços de coexistência nos quais a agressão seja um acidente legítimo 
da convivência e não uma instituição justificada com uma falácia racional. [...] Se não 
agirmos desse modo, [...] só nos restará fazer o que continuamente estamos fazendo [...]. 
 
d) Destaque em citações: são utilizadas somente em citações diretas quando se quer dar destaque 
e realçar uma palavra, uma expressão ou mesmo uma frase no texto do autor citado. Deve-se 
destacar a parte do texto, seguindo-se imediatamente a expressão grifo nosso entre parênteses, 
após a chamada da citação, ou grifo do autor, caso o destaque já faça parte da obra consultada. 
Exemplo: 
 
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21
Nossas visões do mundo são as traduções do mundo
 
(MORIN, 2000, p. 63, grifo nosso), 
ou seja, o que se acredita ser a realidade é o fruto da interpretação feita pelo cérebro dos estímulos 
que chegam a ele via rede nervosa a partir dos terminais sensoriais. 
 
e) Citação de Citação: é a citação de parte de um texto encontrado em um determinado autor, 
referente a outro autor, ao qual não se teve acesso. Utiliza-se apenas quando não houver 
possibilidade de acesso ao documento original. É indicado pela expressão apud (citado por, 
conforme, segundo). Exemplo: 
A teoria da Gestalt tem nesta perspectiva sua orientação teórica, centrando-se nos 
conceitos de estrutura e totalidade. Segundo Piaget (apud MOLL, 1996, p. 80) ela consiste em 
explicar cada invenção da inteligência por uma estruturação renovada e endógena do campo da 
percepção ou do sistema de conceitos e relações.
 
Modelos de citação direta relativos ao sistema autor-data:
 
a) Citação de trabalhos de um autor: sobrenome do autor, ano de publicação, número da página. 
Exemplo: 
Conforme Souza (2001, p. 42) blá, blá.
 
ou Blá, blá, blá , segundo Souza (2001, p. 42). 
Souza (2001, p. 42) afirma que blá, blá, blá . ou Blá, blá, blá. (SOUZA, 2001, p. 42). 
b) Citação de trabalhos de dois autores: sobrenome dos autores (separados por ; se estiverem 
dentro do parênteses ou e se estiverem fora), ano de publicação, número da página. Exemplo: 
O Brasil.... (SANTOS; VIEIRA, 2003, p. 45). 
De acordo com Santos e Vieira (2003, p. 45) o Brasil....
 
c) Citação de trabalhos de três autores: sobrenome dos autores, ano de publicação, número da 
página. Exemplo: 
Segundo Santos, Vieira e Corrêa (2002, p. 32) o Brasil...
 
O Brasil... (SANTOS; VIEIRA; CORRÊA, 2003, p. 45). 
d) Citação de trabalhos de mais de três autores: sobrenome do primeiro autor seguido pela 
expressão et al, ano de publicação, número da página. Exemplo: 
Para Santos et al (2002, p. 32) o Brasil... 
O Brasil... (SANTOS et al, 2003, p. 45). 
* Citação indireta: transcrição não literal das palavras do autor, mas que reproduz o conteúdo e as 
idéias do documento original, devendo-se indicar sempre a fonte de onde foi retirada. Neste tipo de 
citação não são utilizadas aspas. Exemplo: 
Morin (1999) afirma que todo conhecimento que se tem do mundo é decorrente da 
interpretação que o cérebro faz do universo percebido pelos sentidos, deste modo os medos e 
emoções acabam multiplicando os riscos de erro na concepção e construção das idéias. 
Ou 
 
Todo conhecimento que se tem do mundo é decorrente da interpretação que o cérebro faz do 
universo percebido pelos sentidos, deste modo os medos e emoções acabam multiplicando os riscos 
de erro na concepção e construção das idéias (MORIN, 1999). 
 
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* Citação de informações verbais: para citação de dados obtidos por meio de informações verbais 
(palestras, debates, etc.), indicar, entre parênteses, a expressão informação verbal, mencionando-se 
os dados disponíveis em nota de rodapé. Citar pelo menos o autor da frase (cargo ou atividade), 
local (cidade) e data (dia, mês e ano). Exemplo: 
A empresa detém metade do mercado nacional de felpudos (informação verbal)4. 
 
Indicação dos autores em notas de rodapé
 
As notas devem ser digitadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um espaço 
simples de entrelinhas e por filete, a partir da margem esquerda. 
Sua numeração é feita por algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva 
para todo trabalho. Não se inicia a numeração a cada página. Observações abaixo: 
 
A primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua referência completa.5 
 
As subseqüentes citações da mesma obra podem ser referenciadas de forma abreviada, 
utilizando as seguintes expressões, abreviadas quando for o caso: 
 
Idem: mesmo autor Id.6; 
 
Ibidem: na mesma obra Ibid.7; 
 
Opus citatum, opere citato: obra citada op. cit.8; 
 
Passim: aqui e ali, em diversas passagens passim9; 
 
Loco citato: no lugar citado loc. cit.10; 
 
Confira, confronte: Cf11; 
 
Sequentia: seguinte ou que se segue et seq.12; 
 
Apud: citado por, conforme, segundo 
 
pode, também, ser usada no texto (como demonstrado 
anteriormente) e em nota de rodapé13. 
Notas explicativas
 
A numeração das notas explicativas é feita por algarismos arábicos, devendo ter numeração 
única e consecutiva para cada capítulo ou parte. Não se inicia a numeração a cada página. Segue 
abaixo modelo. No texto: 
Os pais estão sempre confrontados diante das duas alternativas: vinculação escolar ou 
vinculação profissional. 14 
 
 
4 José de Souza, Diretor Presidente da ZZZ, em palestra proferida na ASSEVIM, em Brusque, no dia 25 de abril de 
2003. 
5
 FARIA, José Eduardo (Org.). Direitos humanos, direitos sociais e justiça. São Paulo: Malheiros, 1994. 
6
 Id., 2000, p. 19. 
7
 Ibid., p. 190. 
8
 ADORNO, op. cit., p. 40. 
9
 RIBEIRO, 1997, passim. 
10
 TOMASELLI; PORTES, loc. cit. 
11
 Cf. CALDERIA, 1992. 
12
 FOUCALT, 1994, p. 17 et seq. 
13
 EVANS, 1987 apud SAGE, 1992, p. 23. 
14
 Sobre essa opção dramática, ver também Morice (1996, p. 269-290). 
 
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23
8.1.2 Normas para referências 
Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2002, p. 1) na NBR 6023:2002: 
esta norma fixa a ordem dos elementos das referências e estabelecem convenções para transcrição 
e apresentação de informação originada do documento e/ou outras fontes de informação . 
Só devem ser mencionadas nas referências as fontes ou os autores que foram citados no 
texto. Os documentos consultados, porém não citados, deverão constar de notas de rodapé, não 
fazendo parte da lista de referências ou serem arrolados em outras listas, denominadas 
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA, DOCUMENTOS CONSULTADOS ou OBRAS 
CONSULTADAS, as quais devem figurar logo após a lista de referências. 
Elementos Essenciais
 
a) Autor: Último sobrenome, em maiúsculas, seguido do (s) prenomes e outros sobrenomes,abreviado (s) ou 
não (o formato escolhido deve ser seguido em todo o trabalho). Exceções: nomes espanhóis, que entram pelo 
penúltimo sobrenome; dois sobrenomes ligados por traço de união, que são grafados juntos; sobrenomes que 
indicam parentesco como "Júnior", "Filho", "Neto" acompanham o último sobrenome. 
 
b) Título: Em negrito, sublinhado ou itálico 
Subtítulo: se houver, separado do título por dois pontos, sem grifo. 
 
c) Edição: Indica-se o número da edição, a partir da segunda edição, seguido de ponto e da palavra edição 
(ed.) no idioma da publicação. Não se anota quando for a primeira; as demais deverão ser anotadas. Assim: 
2.ed., 3.ed., etc. 
 
d) Local da publicação: quando há mais de uma cidade, indica-se a primeira mencionada na publicação, 
seguida de dois pontos. Quando o local não puder ser especificado na publicação, indica-se entre colchetes 
[S.l.] (sine loco). 
 
e) Editora: apenas o nome que a identifique, seguida de vírgula. Quando a editora não puder ser 
especificada, indica-se entre colchetes [s.n.] (sine nomine). 
 
f) Data: Ano de publicação. 
 
g) Meses: os meses devem ser abreviados pelas três primeiras letras, com exceção de maio. Assim: jan. fev. 
mar. abr. maio, jun. etc. 
 
Obs.: Quando o local e a editora não aparecem na publicação, indica-se entre colchetes [S.l.: s.n.]. Quando o 
local, a editora e a data não forem identificadas, indica-se entre colchetes [s.n.t.] (sem notas tipográficas). 
 
Livros:
 
Livros no todo: 
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título: subtítulo, se houver. Edição. Cidade: Editora, ano. 
Exemplos: 
a) Livro com um autor 
DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
b) Livro com subtítulo 
KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática da 
pesquisa. 19. ed. Petrópolis: Vozes, 2001. 
 
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c) Livro com autor espanhol 
GARCIA LORCA, Frederico. Obra poética completa. São Paulo: Martins Fontes, 1996. 
d) Livro com autor com sobrenome separado por traço 
MERLEU-PONTY, Maurice. Signos. São Paulo: Martins Fontes, 1991. 
 
e) Livro com sobrenome indicando parentesco 
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
f) Livro com sobrenome iniciado com prefixos 
McDONALD, Ralf. Engenharia de programas. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1987. 
 
O'DONNELL, Ken. Caminhos para uma consciência mais elevada. 2. ed. São Paulo: Gente, 
1996. 
 
g) Livro integrado com coleção ou série 
CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. São Paulo: Ática, 1994. (Princípios, 243). 
 
h) Livro com dois autores 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 3. ed. São Paulo: 
Atlas, 2000. 
 
i) Livro com três autores 
TAFNER, Malcon Anderson; TAFNER, José; FISCHER, Julianne. Metodologia do trabalho 
acadêmico. Curitiba: Juruá, 2000. 
 
j) Livro com mais de três autores 
SLACK, Nigel et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1999. 
 
k) Livro com organizador 
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 18. ed. 
Petrópolis: Vozes, 2001. 
 
l) Livro cujo autor é uma entidade (órgãos governamentais, empresas, associações, congressos, 
seminários etc.). Quando uma entidade coletiva assume integral responsabilidade por um trabalho, 
ela é tratada como autor. 
LIONS CLUBE INTERNACIONAL. A formação do líder no novo milênio. São Paulo: CNG, 
2001. 
 
CENTRO DE ORGANIZAÇÃO DA MEMÓRIA SÓCIO-CULTURAL DO OESTE. Para uma 
história do oeste catarinense: 10 anos de CEOM. Chapecó: UNOESC, 1995. 
 
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Livros considerados em parte 
a) Autor do capítulo é o mesmo da obra: 
SOBRENOME DO AUTOR DA PARTE REFERENCIADA, Prenomes. Título da parte 
referenciada. In : ______. Título do livro. Local: Editora, ano. Página inicial e final. 
HIRANO, Sedi (Org.). Projeto de estudo e plano de pesquisa. In:______. Pesquisa social: projeto e 
planejamento. São Paulo: TAQ, 1979. p. 7-16. 
 
b) Autor do capítulo não é o mesmo da obra 
SOBRENOME DO AUTOR DA PARTE REFERENCIADA, Prenome. Título da parte 
referenciada. In: SOBRENOME DO AUTOR OU ORGANIZADOR, Prenomes (Org.). Título do 
livro. Local : editora, ano. Página inicial e final. 
ABRAMO, Perseu. Pesquisa em ciências sociais. In: HIRANO, Sedi (Org.). Pesquisa social: 
projeto e planejamento. São Paulo: TAQ, 1979. cap. 3, p. 15-24. 
 
RISTOFF, D.I. Privatização não faz escola. In: TRINDADE, Hélgio (Org.). Universidade em 
ruínas: na república dos professores. Petrópolis: Vozes, 1999. p. 57-60. 
 
Teses, dissertações e trabalhos acadêmicos:
 
a) Documento impresso 
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título. Ano. Tese, dissertação ou trabalho acadêmico 
(grau e área) - Unidade de Ensino, Instituição, Local: Data. 
TAFNER, Elisabeth Penzlien. As formas verbais de futuridade em sessões plenárias: uma 
abordagem sociofuncionalista. 2004. 188 f. Dissertação (Mestrado em Lingüística) Centro de 
Comunicação e Expressão, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004. 
 
SILVA, Renata. O turismo religioso e as transformações sócio-culturais, econômicas e 
ambientais em Nova Trento SC. 2004. 190 f. Dissertação (Mestrado em Turismo e Hotelaria ) 
 
Centro de Educação Balneário Camboriú, Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, 
2004. 
 
b) Em meio eletrônico: as referências devem obedecer aos padrões indicados pelo item a), 
acrescidas das informações relevantes à descrição física do meio. 
Quando se tratar de obras consultadas online, também são essenciais as informações sobre o 
endereço eletrônico, apresentado entre os sinais 
 
, precedido da expressão Disponível em: e a 
data de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em: data, mês e ano. A colocação da 
hora, minutos e segundos é opcional. 
ALVES, Castro. Navio Negreiro. [S.l.]: Virtual Books, 2000. Disponível em: 
<http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/pot/Lport2/navionegreiro.htm>. Acesso em: 10 
jan. 2002. 
 
 
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Enciclopédias: 
NOME DA ENCICLOPÉDIA. Local da publicação : Editora, ano. 
ENCICLOPÉDIA BARSA. São Paulo : Vozes, 2002. 
 
Jornal:
 
Jornal no todo 
NOME DO JORNAL. Cidade, data. 
DIÁRIO CATARINENSE. Florianópolis, 17 de maio de 2002. 
 
Artigo de jornal 
a) Com autor definido 
SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título do jornal, Cidade, 
data (dia, mês, ano). Seção, caderno ou parte do jornal e número da página. Quando não houver 
seção, caderno ou parte, a paginação do artigo precede a data. 
BOCK, Daniel. A crise cambial. Jornal de Santa Catarina, Blumenau, 17 jun. 2002. Folha 
Empresa, Caderno 2, p. 12. 
 
b) Em meio eletrônico: as referências devem obedecer aos padrões indicados pelo item a), 
acrescidas das informações relevantes à descrição física do meio. 
Quando se tratar de obras consultadas online, também são essenciais as informações sobre o 
endereço eletrônico, apresentado entre os sinais 
 
, precedido da expressão Disponível em: e a 
data de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em: data, mês e ano. 
SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o nascituro. O Estado de São Paulo, São Paulo, 19 
set. 1998. Disponível em: <http://www.providafamilia.org/pena-morte-nascituro.htm>.Acesso em: 
19 set. 1998. 
 
c) Sem autor definido 
TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título do jornal, Cidade, data (dia, 
mês, ano). Suplemento, número da página, coluna. 
ALMA feminina na Proeb. Jornal de Santa Catarina, Blumenau, 5 maio 2001. Cidades, p. 1. 
 
d) Sem autor definido e em meio eletrônico 
 
ARRANJO Tributário. Diário do Nordeste Online, Fortaleza, 27 nov. 1998. Disponível em: 
< http://diariodonordeste.com.br>. Acesso em: 28 nov. 1998. 
 
 
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Revista:
 
Revista no todo 
NOME DA REVISTA. Local de publicação: editora (se não constar no título), número do volume 
(v. __), número do exemplar (n.__), mês. Ano. ISSN. 
MELHOR VIDA & TRABALHO. São Paulo: Segmento, n. 166, mar. 2001. ISSN 1518-2150. 
 
Artigo de revista 
a) Com autor definido 
SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título da revista, Local da 
publicação, número do volume, número do fascículo, pagina inicial-final do artigo, mês. Ano. 
CHASE, Richard; DASU, Sriram. Você sabe o que seu cliente está sentindo? Exame, São Paulo, v. 
35, n. 15, p. 89-96, jul. 2001. 
 
BOCK, Daniel. Reforma do Ensino. Veja, São Paulo, v.36, n.18, p. 23, jun. 2002. 
 
b) Sem autor definido 
TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título da revista, Local da 
publicação, número do volume, número do fascículo, pagina inicial-final do artigo, mês. Ano. 
21 IDÉIAS para o século 21. Você S.A., São Paulo, v. 2, n. 18, p. 34-53, dez. 99. 
 
c) Em meio eletrônico: as referências devem obedecer aos padrões indicados pelo item a), 
acrescidas das informações relevantes à descrição física do meio. 
Quando se tratar de obras consultadas online, também são essenciais as informações sobre o 
endereço eletrônico, apresentado entre os sinais 
 
, precedido da expressão Disponível em: e a 
data de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em: data, mês e ano. 
WINDOWS 98: o melhor caminho para atualização. PC World, São Paulo, n. 75, set. 1998. 
Disponível em:<http://www.idg.com.br/abre.htm>. Acesso em: 10 set. 1998. 
 
Entrevistas publicadas:
 
SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenomes. Título da entrevista. Referência da publicação 
(livro ou periódico). Nota da entrevista. 
LISTWIN, Donald. Você sabe usar o mouse? Você S.A., São Paulo, v. 2, n. 18, p. 100-103, dez. 
99. Entrevista concedida à Laura Somoggi e Mikhail Lopes. 
 
 
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28
Entrevistas realizadas:
 
ENTREVISTADO. Cargo, função ou perfil. Local, Data (dia mês. Ano). 
XAVIER, Carlos. Supervisor de Área da Empresa Clean. Entrevista concedida em Itajaí SC, 07 
abr. 2004. 
 
Obs.: as entrevistas, para serem publicadas em trabalhos científicos devem ser sempre autorizadas 
pelos entrevistados. Assim, caso a pessoa não queira que seu nome seja divulgado, o pesquisador 
deve citar ao longo do texto indicações de sua atividade e referenciar apenas a entrevista o local e a 
data. 
Exemplo no texto: 
Segundo Supervisor de Área de uma empresa de Itajaí, a produtividade vem crescendo 
significativamente. Em entrevista, ele afirmou que o mercado exige mais do qualidade: variedade e 
inovação. (informação verbal)15. 
Exemplo na referência: 
SUPERVISOR de Área. Entrevista concedida em Itajaí SC, 07 abr. 2004. 
 
Palestra ou conferência:
 
AUTOR. Título do trabalho. Palestra, Local, Data (dia mês. Ano). 
RAMOS, Paulo. A avaliação em Santa Catarina. Palestra Proferida na Pós-graduação, Nível 10, 
Papanduva SC, 22 fev. 2002. 
 
Internet:
 
Quando se tratar de obras consultadas online, são essenciais as informações sobre o endereço 
eletrônico, apresentado entre os sinais < >, precedido da expressão Disponível em: e a data de 
acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em:. 
BATAGLIA, W.; YAMANE. O processo decisório de antecipação de surpresas estratégicas. Facef 
Pesquisa, São José (SP), v. 7, n. 2, maio/ago. 2004. Disponível em: 
<http://www.facef.br/facefpesquisa/2004/nr2/4_BATAGLIA_YAMANE.pdf>. Acesso em: 
12 out. 2004. 
CAMPOS, José. A influência da cultura no turismo. 2003. Girus. Disponível em: 
<http://www.girus.com.br/turismo.htm>. Acesso em: 14 fev. 2004. 
DWBRASIL. Data Warehouse. Disponível em: <http://www.dwbrasil.com.br/html/dw.html>. 
Acesso em: 11 ago. 2004. 
PARENTE, D. Dividir para Conquistar ou Conquistar para Dividir? Disponível em: 
<http://www.dwbrasil.com.br/html/artdw_20030620.html>. Acesso em: 11 ago. 2004. 
 
 
15
 Supervisor de Área de uma empresa em Itajaí SC, em entrevista concedida no dia 07 de abril de 2004. 
 
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29
Imagem em movimento:
 
Vídeo 
TÍTULO. Direção de. Local: Distribuidora, ano. unidades físicas (duração em minutos): som 
(legendado ou dublado) cor, largura da fita em milímetros. Sistema de gravação. 
ÓPERA do malandro. Direção de Ruy Guerra. Rio de Janeiro: Globo Vídeo, 1985. 1 cassete 
(120min) dublado. Color. 12 mm. VHS NTSC. 
 
Filme 
Título. Direção. Produtora. Local: Distribuidora, ano. Número de fitas (1 filme) duração em min. 
(101min): Son (leg. ou dub.); indicação da cor (color) e largura da fita em mm. 
CENTRAL do Brasil. Direção: Walter Salles Júnior. Rio de Janeiro. Produção: Martire de Clemont 
 Tonnerre e Arthur Cohn. Lê Studio Canal; Riofilme, 1998. 1 filme (106min), dub., color., 35mm. 
 
CD-ROM ou DVD
 
Além dos elementos de referências tradicionais, que se acrescentem, quando disponíveis, as 
seguintes informações: 
 
descrição física: CD-ROM ou DVD, multimídia, cor, som, quantidades de suportes e disquetes 
de instalação e material adicional; 
 
descrição da tecnologia de acesso ao conteúdo: hardware (configuração mínima) e software 
(sistema operacional) Windows, Macintosh etc.; 
 
resumo do conteúdo ou tipo do documento jogos, material acadêmico, TCC etc. 
Almanaque Abril: a enciclopédia em multimídia. 4. ed. São Paulo : Abril multimídia, [2002]. DVD. 
 
8.2 Apresentação oral 
Além do conhecimento do conteúdo a ser apresentado, para se ter uma boa apresentação 
oral, deve-se haver a preocupação com alguns detalhes como: apresentação pessoal (roupas e 
sapatos, cabelos, acessórios...), postura e linguagem utilizadas, recursos audiovisuais e de apoio, 
cumprimento do tempo e outros. 
Quanto à apresentação pessoal, o apresentador deve se preocupar com o tipo de roupa 
(evita-se trajes muito coloridos, despojados ou formais demais). As mulheres devem cuidar com os 
modelos muito justos e decotados e com o excesso de acessórios (brincos, pulseiras e outros). Os 
cabelos, barba (homens) e unhas merecem atenção especial. 
Para que sua apresentação oral seja bem-sucedida, fique atento às dez regras básicas para 
apresentação oral: 
 
Antes de iniciar sua apresentação, respire bem e procure deixar o corpo relaxado; 
 
Pesquise, estude, enfim, prepare-se bem e com antecedência. É mais fácil ser convincente 
quando se domina o assunto; 
 
Cumprimente a platéia; 
 
Transmita confiança aos seus ouvintes. Mostre firmeza e determinação. Fale com entusiasmo; 
 
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Não decore sua apresentação. Fale de forma espontânea;

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