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APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA RECIFE 2018 Sumário 1 METODOLOGIA CIENTÍFICA .............................................................................................. 3 2 PESQUISA ............................................................................................................................... 6 3 LEITURA................................................................................................................................... 9 4 RESUMO X RESENHA ....................................................................................................... 12 5 ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO. ............................................................ 14 6 OBJETIVOS ........................................................................................................................... 15 7 CITAÇÃO ................................................................................................................................ 17 8 RELATÓRIO .......................................................................................................................... 18 9 FORMATAÇÃO ABNT.......................................................................................................... 20 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 24 3 1 METODOLOGIA CIENTÍFICA 1.1 O QUE É METODOLOGIA? Primeiro apresentamos a definição etimológicado termo, a palavra Metodologiavem do grego: metá : Através de hodós: caminhologos: estudo 1.2 O QUE É CIENTÍFICO? Científico é o conhecimento relativo à ciência, a busca do saber. A Metodologia Científica estuda os métodos. É a disciplina que “estuda os caminhos do saber”, entendendo que “método” representa caminho, “logia” significa estudo e “ciência“, saber. Pode-se dizer que a Metodologia Cientifica consiste no estudo, geração e verificação dos métodos, técnicas e processos utilizados na investigação e resolução de problemas, para o desenvolvimento do conhecimento científico. 1.3 POR QUE ESTUDAR METODOLOGIA CIENTÍFICA? Porque enquanto disciplina, ela deve possibilitar ao aluno aprender a estudar e a elaborar os trabalhos acadêmicos científicos, de acordo com os métodos, técnicas, procedimentos e normas metodológicas. Também ao raciocínio analítico, sistemático, crítico e reflexivo. Podemos dizer que Metodologia Científica é a disciplina que confere os caminhos necessários para o auto aprendizado em que o aluno é o sujeito do processo, aprendendo a pesquisare sistematizar o conhecimento obtido. Ela é baseada na apresentação e avaliação das regras e normas que orientam o estudante no que se refere ao estudo e ao aprendizado. Metodologia Científica surge para auxiliar na formação profissional competente do estudante, bem como numa formação sócio-política, que conduzirá o aluno a ler, crítica e analiticamente, o seu cotidiano. A disciplina deve estimular o estudante para que busque motivação para encontrar respostas às suas dúvidas. 4 1.4 A PROCURA PELO SABER A procura pelo saber se dirige à solução das questões mais imediatas que nos cercam em nosso presente e até mesmo a definições que favoreçam o futuro, com maior qualidade de vida e vantagens reais, dirigidas a um número cada vez maior de pessoas e suas relações. Para fazer ciência, devemos reunir alguns atributos importantes: organização, procedimento sistematizado, percepção crítica, pensamento hipotético, capacidade de análise, padronização e possibilidades de medir, avaliar e mensurar. Todos esses atributos e procedimentos referem-se ao método científico. Mas, antes mesmo de pensarmos em etapas ou em como proceder para alcançar objetivos, é necessário que você se inspire. Isso mesmo! Quem falou que ciência, metodologia, conhecimento baseia-se somente em técnicas e procedimentos? Veja a frase abaixo, de um dos maiores cientistas da humanidade: Albert Einstein. Eu acredito na intuição e na inspiração. A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado, enquanto a imaginação abraça o mundo inteiro, estimulando o progresso, dando a luz à evolução. Ela é, rigorosamente falando, um fator real na pesquisa científica (EINSTEIN, 2011) Então, ao entrar por esse mundo instigante, você deve ouvir o próprio coração para encontrar uma temática que mereça fazer você se dedicar, debruçar-se mesmo, buscando soluções e, a partir daí, sim, investigar, ler muito, escrever e comunicar os achados, como fizeram os grandes Aristóteles, Platão, Newton e outros mais! PARA REFLEXÃO Você encontrou a cura de uma determinada doença. Mas, se você apenas apresentar o resultado, não irá satisfazer os critérios científicos de hoje. Você precisará informar os elementos investigados, as escolhas que fez e os critérios válidos desde o início até o m de seu experimento, mostrando todo o processo, até chegar às suas conclusões. Essas informações devem ser tão precisas que qualquer outro pesquisador no mundo possa ser capaz de repetir o experimento e encontrar o mesmo resultado. 5 1.5 COMO ESCREVER DE MODO CIENTÍFICO? É válido apontar o que é necessário no texto cientifico. Marconi e Lakatos (2010) revelam a importância de se utilizar linguagem adequada. Um dos principais aspectos do texto é ser claro, a fim de evitar equívocos de interpretação. Assim, devemos seguir algumas normas básicas de conduta da redação: Ser exato; Ter clareza e objetividade; Escrever com simplicidade; Aplicar as regras gramaticais. Apresentar linguagem objetiva e com estilo direto; Articular bem os parágrafos e as partes do texto; Evitar o “copiar e colar”. Escrever de forma impessoal, evitando verbos na primeira pessoa do singular ou do plural. Apresentar as ideias de forma lógica, de maneira que elas progridam coerentemente; Evitar termos pouco científicos ou utilização de expressões que reflitam o senso comum. Cuidado com o “nunca” ou “sempre”! Eles são equívocos comuns nos trabalhos acadêmicos. Para saber mais aqui está a sugestão de um vídeo interessante. Vale a pena conferi-lo! Gênios da ciência. Einstein E=mc2. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=eZMUm53d6LY>. Acesso em: 08 mar. 2018. Atividade para ampliar os seus conhecimentos sobre o tema Metodologia Cientifica. SOARES, B.N. Metodologia Científica e Pesquisa. Disponível em: <http://www.fenord.edu.br/revistaaguia/revista2011/textos/MetodologiaCientifica pag22.pdf>. Acessado em 18 mar. 2018. 6 2 PESQUISA Para Demo (2000, p. 20), “Pesquisa é entendida tanto como procedimento de fabricação do conhecimento, quanto como procedimento de aprendizagem (princípio científico e educativo), sendo parte integrante de todo processo reconstrutivo de conhecimento.” A finalidade da pesquisa é “resolver problemas e solucionar dúvidas, mediante a utilização de procedimentos científicos” (BARROS; LEHFELD, 2000a, p. 14) e a partir de interrogações formuladas em relação a pontos ou fatos que permanecem obscuros e necessitam de explicações plausíveis e respostas que venham a elucidá-las. Para isso, há vários tipos de pesquisas que proporcionam a coleta de dados sobre o que desejamos investigar. A pesquisa científica é a realização de um estudo planejado, sendo o método de abordagem do problema o que caracteriza o aspecto científico da investigação. Sua finalidade é descobrir respostas para questões mediante a aplicação do método científico. A pesquisa sempre parte deum problema, de uma interrogação, uma situação para a qual o repertório de conhecimento disponível não gera resposta adequada. Para solucionar esse problema, são levantadas hipóteses que podem ser confirmadas ou refutadas pela pesquisa. Portanto, toda pesquisa se baseia em uma teoria que serve como ponto de partida para a investigação. No entanto, lembre-se de que essa é uma avenida de mão dupla: a pesquisa pode, algumas vezes, gerar insumos para o surgimento de novas teorias, que, para serem válidas, devem se apoiar em fatos observados e provados. Além disso, até mesmo a investigação surgida da necessidade de resolver problemas práticos pode levar à descoberta de princípios básicos. 7 Os critérios para a classificação dos tipos de pesquisa variam de acordo com o enfoque dado, os interesses, os campos, as metodologias, as situações e os objetos de estudo. O que é pesquisa? Essa pergunta pode ser respondida de muitas formas. Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. Podemos dizer que, basicamente, pesquisar é buscar conhecimento. Nós pesquisamos a todo momento, em nosso cotidiano, mas, certamente, não o fazemos sempre de modo científico. Assim, pesquisar, num sentido amplo, é procurar uma informação que não sabemos e que precisamos saber. Consultar livros e revistas, verificar documentos, conversar com pessoas, fazendo perguntas para obter respostas, são formas de pesquisa, considerada como sinônimo de busca, de investigação e indagação. Esse sentido amplo de pesquisa se opõe ao conceito de pesquisa como tratamento de investigação científica que tem por objetivo comprovar uma hipótese levantada, através do uso de processos científicos. Minayo (2011, p. 17), vendo por um prisma mais filosófico, considera a pesquisa como [...] atividade básica da Ciência na sua indagação e construção da realidade. É a pesquisa que alimenta a atividade de ensino e a atualiza frente à realidade do mundo. Portanto, embora seja uma prática teórica, a pesquisa vincula pensamento e ação. Pesquisar cientificamente significa realizarmos essa busca de conhecimentos, apoiando-nos em procedimentos capazes de dar confiabilidade aos resultados. A natureza da questão que dá origem ao processo de pesquisa varia. O processo pode ser desencadeado por uma dificuldade, sentida na prática profissional, por um fato para o qual não conseguimos explicações, pela consciência de que conhecemos mal alguma situação ou, ainda, pelo interesse em criarmos condições de prever a ocorrência de determinados fenômenos. Mas, o que é realmente uma pesquisa? Segundo Lakatos e Marconi (2007, p. 157), a pesquisa pode ser considerada “um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais.” Significa muito mais do que apenas procurar a verdade, mas descobrir respostas para perguntas ou soluções para os problemas levantados através do emprego de métodos científicos. 8 Preste bastante atenção É necessário destacar alguns princípios éticos que devem ser observados na produção e na elaboração de trabalhos acadêmicos, como monografias, dissertações, teses, artigos, ensaios etc. Vejamos alguns desses princípios e suas implicações: a) quando se pratica pesquisa, é indispensável pensar na responsabilidade do pesquisador no processo de suas investigações e de seus produtos. Nesse sentido, a honestidade intelectual é fator indispensável aos pesquisadores, tornando-os cidadãos íntegros, éticos, justos e respeitosos consigo e com a própria sociedade; b) a apropriação indevida de obras intelectuais de terceiros é ato antiético e qualificado como crime de violação do direito autoral pela lei brasileira, assim como pela legislação de outros países; c) o pesquisador deve mostrar-se autor do seu estudo, da sua pesquisa, com autonomia e com respeito aos direitos autorais, sendo fiel às fontes bibliográficas utilizadas no estudo; d) é considerado plágio a reprodução integral de um texto, sem a autorização do autor, constituindo assim “crime de violação de direitos autorais”; e) as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) orientam a escrita e informam como proceder na apresentação dos trabalhos acadêmicos e científicos, sendo suas regras recomendadas a todo pesquisador, para ter seu trabalho reconhecido como original. Dica de endereços (URL) para pesquisa acadêmica: http://www.bn.br (Biblioteca Nacional) http://www.scielo.br ( Catálogos de revistas cientificas) http://www.ibict.br http://www.cg.org.br/gt/gtbv/catalogos.htm( Bibliotecas com catálogos on-line) https: //scholar.google.com.br ( Google Acadêmico ) http: //www.prossiga.br/bvtematicas (Bibliotecas virtuais em várias áreas- BR) 9 3 LEITURA A leitura constitui-se em fator decisivo de estudo, pois propicia a ampliação de conhecimentos, a obtenção de informações básicas ou específicas, a abertura de novos horizontes para a mente, a sistematização do pensamento, o enriquecimento de vocabulário e o melhor entendimento do conteúdo das obras. É necessário ler muito, continuada e constantemente, pois a maior parte dos conhecimentos é obtida por intermédio da leitura: ler significa conhecer, interpretar, decifrar, distinguir os elementos mais importantes dos secundários e, optando pelos mais representativos e sugestivos, utilizá-los como fonte de novas ideias e do saber, através dos processos de busca, assimilação, retenção, crítica, comparação, verificação e integração do conhecimento: Por esse motivo, havendo disponíveis muitas fontes para leitura e não sendo todas importantes, impõe-se uma seleção. Na busca do material adequado para a leitura, há que identificar o texto. Para tal, existem vários elementos auxiliares, como segue: a) o título - apresenta-se acompanhado ou não por subtítulo, estabelece o assunto e, às vezes, até a intenção do autor; b) a data da publicação - fornece elementos para certificar-se de sua atualização e aceitação (número de edições), exceção feita para textos clássicos, onde não é a atualidade que importa; c) a "orelha" ou contracapa - permite verificar as credenciais ou qualificações do autor; é onde se encontra, geralmente, uma apreciação da obra, assim como indicações do "público" a que se destina; d) o índice ou sumário - apresenta tanto os tópicos abordados na obra quanto as divisões a que o assunto está sujeito; e) a introdução, prefácio ou nota do autor - propicia indícios sobre os objetivos do autor e, geralmente, da metodologia por ele empregada; f) a bibliografia - tanto final como as citações de rodapé, permite obter uma ideia das obras consultadas e suas características gerais. 10 Os livros ou textos selecionados servem para leituras ou consultas; podem ajudar nos estudos em face dos conhecimentos técnicos e atualizados que contêm, ou oferecer subsídios para a elaboração de trabalhos científicos, incluindo seminários, trabalhos escolares e monografias. Por esse motivo, todo estudante, na medida do possível, deve preocupar-se com a formação de uma biblioteca de obras selecionadas, já que serão seu instrumento de trabalho. Inicia-se, geralmente, por obras clássicas, que permitem obter urna fundamentação em qualquer campo da ciência a que se pretende dedicar, passando depois para outras mais especializadas e atuais, relacionadas com sua área de interesse profissional. Somente a seleção de obras não é suficiente. A leitura deve conduzir à obtenção de informaçõestanto básicas quanto específicas, variando a maneira de ler, segundo os propósitos em vista, mas sem perder os seguintes aspectos: leitura com objetivo determinado, mantendo as unidades de pensamento, avaliando o que se lê; preocupação com o conhecimento de todas as palavras, utilizando para isso glossários, dicionários especializados da disciplina ou mesmo dicionário geral; interrupção da leitura, quer periódica quer definitivamente, se perceber que as informações não são as que esperava ou não são mais importantes; discussão frequente do que foi lido com colegas, professores e outras pessoas. Leitura Proveitosa Uma leitura deve ser proveitosa e trazer resultados satisfatórios. Para tal, alguns aspectos são fundamentais, como estes: a) Atenção - aplicação cuidadosa e profunda da mente ou do espírito em determinado objeto, buscando o entendimento, a assimilação e apreensão dos conteúdos básicos do texto; b) Intenção - interesse ou propósito de conseguir algum proveito intelectual por meio da leitura; c) Reflexão - consideração e ponderação sobre o que se lê, observando todos os ângulos, tentando descobrir novos pontos de vista, novas perspectivas e relações; desse modo, favorece-se a assimilação das ideias do 11 autor, assim como o esclarecimento e o aperfeiçoamento delas, o que ajuda a aprofundar o conhecimento; d) Espírito crítico - avaliação do texto. Implica julgamento, comparação, aprovação ou não, aceitação ou refutação das diferentes colocações e pontos de vista. Ler com espírito crítico significa fazê-lo com reflexão, não admitindo ideias sem analisar ou ponderar, proposições sem discutir, nem raciocínio sem examinar; consiste em emitir juízo de valor, percebendo no texto o bom e o verdadeiro, da mesma forma que o fraco, o medíocre ou o falso; e) Análise - divisão do tema em partes, determinação das relações existentes entre elas, seguidas do entendimento de toda sua organização; f) Síntese - reconstituição das partes decompostas pela análise, procedendo-se ao resumo dos aspectos essenciais, deixando de lado tudo o que for secundário e acessório, sem perder a sequência lógica do pensamento. Resumindo, uma leitura de estudo nunca deve ser realizada sem se determinar de antemão seu objetivo ou propósito, sem entender parte do que se lê (mesmo que seja uma ou outra palavra), sem avaliar, discutir e aplicar o conhecimento emanado da análise e síntese do texto lido. 12 4 RESUMO X RESENHA 4.1 O QUE É UM RESUMO? É a apresentação concisa e seletiva do texto estudado, e que mostra as principais ideias do autor É importante destacar que, para a elaboração de um resumo, você pode utilizar somete as suas palavras, somente as palavras do autor ou junção de suas palavras com as do autor do texto, pois o resumo é elaborado a partir de palavras chave ou conjuntos de palavras que representam as ideias do texto. 4.1.1 Modelo de Resumo A educação alimentar e nutricional é vista como uma estratégia para promoção de hábitos alimentares saudáveis e acredita-se que a escola seja um espaço apropriado para desenvolver essas ações. Objetivou-se descrever e analisar o panorama da publicação científica sobre estudos de intervenção no campo da educação alimentar e nutricional em escolares no Brasil. Realizou-se uma revisão de literatura na qual foram selecionados artigos publicados entre 2000 e 2011. Observou-se que, apesar da relevância do tema, há um baixo número de publicações na área e que a maior parte foi publicada a partir de 2009. Os resultados apontados foram melhora no conhecimento em nutrição e nas opções alimentares. Entretanto, a maioria dos estudos que realizou avaliação antropométrica não encontrou mudanças no estado nutricional. Soma-se que os estudos optaram por metodologias baseadas nos estudos epidemiológicos de intervenção, indicando a necessidade de intervenções baseadas em metodologias inovadoras de educação em saúde, bem como modelos de pesquisa que correspondam aos objetos de estudo. 4.2 O QUE É UMA RESENHA? Resenha apresenta as ideias principais do texto; expõe-se finalidade, problema, metodologia, argumentos, demonstrações, resultados e conclusões. Permitem-se opiniões e comentários do autor da resenha. 13 4.2.1 Modelo de Resenha GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1996. Antônio Carlos Gil é bacharel em Ciências Politicas e Sociais, licenciado em CiênciasSociais e em Pedagogia, Mestre e Doutor em CiênciasSociais pela Fundação Escola de Sociologia e Politica de São Paulo. É professor de métodos e Técnicas de Pesquisa no Instituto Municipal de Ensino de São Caetano do Sul. É autor do livro Métodos e técnicas de pesquisa social. Nessa obra, primeiramente, o autor apresenta aos iniciantes. De maneira simples e acessível, os elementos necessários para a elaboração de projetos de pesquisa. Em segundo lugar, busca garantir ao profissional depesquisa, bem como aos estudantes dos níveis mais avançados, inclusive soa cursos de pós-graduação, condições para a organização de conhecimentos dispersos, obtidos ao logo da vida acadêmica ou do contatodireto com a prática de pesquisa. O livro de caráter eminentemente prático, já que esclarece acerca dos procedimentos a serem adotados para elaboração de projetos referentes aos mais diversos tipos de pesquisa, como pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa “ex-post-fact”, levantamento, estudo de caso, pesquisa- ação e pesquisa participante (...) O livro está longe de ser um “receituário”, pois procura, ao longo de seus capítulos, tratar das mais diversas implicações teóricas que envolvem o processo de criação cientifica. 14 5 ESTRUTURA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO. ESTRUTURA ELEMENTO OPÇAO PARTE EXTERNA PRÉ- TEXTUAIS Capa Obrigatório Lombada Opcional PARTE INTERNA PRÉ- TEXTUAIS Folha de rosto Obrigatório Errata Opcional Folha de aprovação Obrigatório Dedicatória(s) Opcional Agradecimentos Opcional Epígrafe Opcional Resumo na língua vernácula Obrigatório Resumo em língua estrangeira Obrigatório Lista de ilustrações Opcional Lista de tabelas Opcional Lista de abreviaturas e siglas Opcional Lista de símbolos Opcional Sumário Obrigatório TEXTUAIS Introdução Obrigatório Desenvolvimento Obrigatório Conclusão Obrigatório PÓS- TEXTUAIS Referências Obrigatório Glossário Opcional Apêndice(s) Opcional Anexo(s) Opcional Índice(s) Opcional 15 6 OBJETIVOS Os objetivos de um trabalho acadêmico é o que norteia autor da pesquisa. Os objetivos são responsáveis por apresentar o direcionamento da pesquisa e os resultados esperados com o trabalho acadêmico. 6.1 O QUE É OBJETIVO? É a finalidade de um trabalho científico, ou seja, ameta que se pretende atingir com a elaboração da pesquisa. 6.1.1 O objetivo geral É o elemento que resume e apresenta a ideia central do trabalho acadêmico. Exemplo Analisar a diminuição do índice de violência devido à presença da policia comunitária no bairro América, no município de São Leopoldo, na década de 1990. 6.1.2 O objetivo específico É apresentação dos resultados que se pretende alcançar com a pesquisa de forma mais detalhada. Exemplos Levantar os índices de violência no bairro São Carlos. Identificar os tipos de violência no bairro. Relacionar as ações utilizadas pela polícia militar comunitária para diminuição da violência.É importante! Um aspecto importante dos objetivos geral e específico é a linguagem utilizada para sua redação. Deve-se sempre utilizar verbos no infinitivo no início do enunciado dos objetivos, isto é, verbos terminados em -ar, -er ou-ir. 16 Relação de verbos Verbos de Conhecimento: Associar; calcular; citar; classificar; definir; descrever; distinguir; enumerar; especificar; enunciar; estabelecer; exemplificar; expressar; identificar; indicar; medir; mostrar; nomear; registrar; relacionar; relatar; selecionar. Verbos de Compreensão: Concluir; descrever; distinguir; deduzir; demonstrar; discutir; explicar; identificar; ilustrar; inferir; interpretar; localizar – relatar; revisar. Verbos de Aplicação: Aplicar; estruturar; ilustrar; interpretar; organizar; relacionar. Verbos de Análise: Analisar; classificar; categorizar; combinar; comparar; comprovar; contrastar; correlacionar; diferenciar; discutir; detectar; descobrir; discriminar; examinar; experimentar; identificar; investigar; provar; selecionar. Verbos de Síntese: Combinar; compor; criar; comprovar; deduzir; desenvolver; documentar; explicar; organizar; planejar; relacionar. Verbos de Avaliação: Avaliar; concluir; constatar; criticar; interpretar; julgar; justificar; padronizar; relacionar; selecionar; validar; valorizar. 17 7 CITAÇÃO Citação indica o ato ou efeito de citar ou fazer referência a alguma coisa. Em de trabalho acadêmico fazer uma citação significa referenciar uma ideia ou opinião de um texto de um autor, sendo que obrigatoriamente o autor deve sempre ser identificado. 7.1 CITAÇÃO DIRETA: ocorre quando a cópia é feita de forma integral, idêntica ao texto de origem. Texto original do autor consultado: É necessário ainda reconhecer que a complexa realidade brasileira traduz um alarmante quadro de exclusão social e discriminação como termos interligados a compor um ciclo vicioso em que a exclusão implica discriminação e a discriminação implica exclusão. Nesse cenário, as ações afirmativas surgem como medida urgente e necessária (PIOVESAN, 2005, p. 52). 7.2 CITAÇÃO INDIRETA: ocorre quando é feita a paráfrase do texto original, ou seja, o trecho é reescrito com outras palavras, mas mantendo seu sentido. Possível paráfrase: Conforme defendido por Piovesan (2005, p. 49), no caso do Brasil, as ações afirmativas são importantes para resolver os problemas que surgem da forterelação entre exclusão social e discriminação, já que um processo leva ao outro. Citação da citação: Esta citação pode ser direta ou indireta do texto em que não se teve acesso à obra original. EX. Segundo Debord (1972, p. 12, apud COSTA, 2009, p. 95), “O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediatizada por imagens”. 18 8 RELATÓRIO Podermos definir o relatório como um documento formal que expõe, deforma lógica e sistemática, informações sobre um determinado assunto, devendo apresentar conclusões e ou recomendações. O principal objetivo é relatar sobre experiências vivenciadas durante um período determinado de aprendizagem. Um bom exemplo é o relatório de estágio. A estrutura do relatório Acapa: deve conter o nome da instituição e do curso, nome do curso do autor do trabalho, títuloe subtítulo (se houver), local e ano da conclusão. A folha de rosto: elemento obrigatório para identificação do Relatório devendo constar o nome do autor, titulo do trabalho e subtítulo (se houver), objetivo do trabalho, o nome da instituição a que é submetido, nome do orientador, local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado, ano de depósito (da entrega); O sumário: deve apresentar as partes que compõem o relatório, acompanhadas da numeração das páginas; A lista de ilustrações: é elemento opcional que consiste na relação de ilustrações, na ordem em que se apresentam o texto, sendo cadaitem designado por seu nome específico e acompanhado do respectivo número da página. Geralmente elabora-se lista própria para cada tipo de ilustração (gráfico, fotografia, mapa, desenho, fluxograma, organograma e outros); Alista de tabelas e/ou quadros: é elemento opcional que consiste em relação das tabelas e ou quadros, na ordem em que se apresentam no texto, sendo cada item designado por seu nome especifico e acompanhado do respectivo número da página; A introdução: é a parte inicial do texto, devendo apresentar o tema, os objetivos, a justificativa, os procedimentos metodológicos, o local e o período de realização da atividade. O desenvolvimento: compreende o relato e análise das atividades desenvolvidas e observadas; 19 A conclusão: deve ser breve, apresentado a síntese dos resultados. Poderá apresentar sugestões e recomendações; Nas referências (se houver): são indicadas fontes consultadas e referenciadas no corpo do trabalho. Segue na norma da ABNT-NBR 6023; O apêndice e ou anexo (se houver):corresponde a documentos complementares que servem de fundamentação, comprovação ou mesmo ilustram o trabalho. Os apêndices correspondem ao material elaborado pelo autor do relatório, já os anexos são materiais de autoria de terceiros. Fique atento! Quando você for elaborar um relatório lembre-se dessa estrutura: ELEMENTOS QUANTIDADES DE FOLHA CAPA 01 folha FOLHA DE ROSTO 01 folha LISTA DE ILUSTRAÇÃO (QUANDO HOUVER) 01 folha LISTA DE TABELAS (QUANDO HOUVER) 01 folha SUMÁRIO 01 a 02 folhas INTRODUÇÃO 01 a 02 folhas DESENVOLVIMENTO 04 a 08 folhas CONCLUSÃO 01 a 02 folhas REFERENCIAS 01 a 02 folhas APÊNCICE (QUANDO HOUVER) 01 a 02 folhas ANEXO (QUANDO HOUVER) 01 a 02 folhas 20 9 FORMATAÇÃO ABNT O que significa a sigla ABNT? Associação Brasileira de Normas Técnicas. DA CAPA Nome da instituição: deve ser colocado no topo da página, fonte 12, CAIXA ALTA (maiúsculo) e sem negrito. Nome(s) do(s) autor(es): deve ser posicionado três parágrafos abaixo do nome do nome da instituição. Use fonte 12, CAIXA ALTA, sem negrito. Título e Subtítulo: o título do TCC deve ser colocado bem no centro da capa, com fonte 12, em negrito e CAIXA ALTA. Se houver um subtítulo, ele precisa aparecer logo abaixo do título, procedido de dois pontos “:”. Também deve ser escrito com fonte 12 e CAIXA ALTA, só que sem negrito. Cidade: na penúltima linha da folha, coloque o nome da cidade onde fica a instituição de ensino. Use fonte 12, CAIXA ALTA e sem negrito. Ano: ainda no limite da margem inferior, mais precisamente na última linha da folha, coloque o ano em que o trabalho está sendo realizado. Use fonte 12, CAIXA ALTA e sem negrito. DAS MARGENS A formatação das margens deve ser: Superior: 3cm inferior: 2cm Esquerda: 3cm direita: 2cm Papel: A4 – cor branca Fonte: Times New Roman ou Arial- tamanho 12 – cor: preta. Nas citações com mais de 3 linhas, notas de rodapé, legendas e tabelas a fonte deve ter o tamanho 10. Itálico: Deve ser usado nas palavras de outros idiomas. Esta orientação não se aplica às expressões latinas apud e et al. Espaçamento: 1,5 cm 21 Paginação:Deve ser em algarismos arábicos e no canto superior direito da folha. Títulos:Os títulos dos capítulos e subcapítulos devem ser alinhados à esquerda e devem ser numerados com algarismos arábicos, seguindo o sistema de numeração progressiva.Deste modo, os capítulos primários são indicados com números inteiros e os subcapítulos são indicados pelo número do capítulo primário a que pertence seguido do númeroque lhe for atribuído na sequência em que aparece no trabalho, sendo separado por ponto. Exemplo: 1 TÍTULO PRIMÁRIO 1.1 TÍTULO SECUNDÁRIO 1.1.1 Título terciário 1.1.1.1 Título quaternário 1.1.1.1.1 Título quinário Paragrafo:1,25 cm. Citação:As citações de até 3 linhas não exigem uma formatação especial, devendo ser inseridas no parágrafo em que são referidas e identificadas apenas por aspas, sem alterações no tamanho e estilo da fonte.Já as citações com 4 linhas ou mais devem ser formatadas em parágrafo especial, com recuo entre 4 e 6 cm da margem esquerda, em fonte tamanho 10 e sem o uso das aspas. Citação com até três linhas:. Exemplos: Quando o nome do autor aparece ao final da citação: “As recensões devem vir precedidas da referência bibliográfica completa das obras a que se referem” (FRANÇA; VASCONCELOS, 2007, p. 92). Quando o autor é parte integrante do texto: 22 Silva e Fleig (2005, p. 3) defendem que “as modificações na tecnologia apresentam estreita relação com as transformações nas práticas de trabalho e nas dimensões envolvidas na organização.” Citação com mais de três linhas: A concepção, na melhor das hipóteses, ingênua do analfabetismo o encara ora como uma “erva daninha” – daí a expressão corrente: “erradicação do analfabetismo” –, ora como uma “enfermidade” que passa de um a outro, quase por contágio, ora como uma “chaga” deprimente a ser “curada” e cujos índices, estampados nas estatísticas de organismos internacionais, dizem mal dos níveis de “civilização” de certas sociedades. Mais ainda, o analfabetismo aparece também, nesta visão ingênua ou astuta, como a manifestação da “incapacidade” do povo, de sua “pouca inteligência”, de sua “proverbial preguiça”. (FREIRE, 2001, p. 15) Das referências: Espaçamento – entre linhas do texto é (simples). Alinhamento- Alinhamento à esquerda A Fonte deve ser a mesma que você utilizou em todo o texto da sua pesquisa. São elas: Arial ou Times New Roman; Tamanho: 12. Livro: 1 autor SOBRENOME, Nome Abreviado. Título: subtítulo (se houver). Edição (se houver). Local de publicação: Editora, data de publicação da obra. 2 e 3 Autores 23 O procedimento é o mesmo que o anterior, porém, são escritos os nomes de todos os autores separados por ponto e vírgula seguido de espaço. Mais de 3 autores Aponta-se apenas o primeiro e acrescenta-se a expressão latina et.al Referências de SITES Retirou alguma informação de algum site? Neste caso, use: Autor, título. Disponível em: <website visitado>. Acesso em: coloque a data de acesso: dia, mês e ano. Atenção: é muito comum que a página não mostre o autor, para isso utilize a organização responsável pelo conteúdo. (Como no exemplo acima). Sepor acaso você também não tiver acesso a esta informação, comece com o nome do título da página sublinhado, seguido do endereço e a data de acesso. Lembrando que a página acessada deve ser colocada entre os caracteres <>, como mostra o exemplo abaixo: 24 REFERÊNCIAS FREIRE, P. Ação cultural para a prática da liberdade e outros escritos. 9. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001. LAKATOS, Eva Maria. Marconi, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo. Atlas, 2003. METTZER. Tudo que você precisa saber sobre as normas da ABNT. Disponível em: <https://blog.mettzer.com/normas-abnt/>Acesso em: 19mar. 2018. MINAYO, M. C. de S. (Org.). et al. Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. 30. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. PRODANOV, C.C. FREITAS, E. C. Metodologia de trabalho cientifica: Métodos e técnicas da pesquisa e do d trabalho acadêmico. Disponível em :<http://www.feevale.br/Comum/midias/8807f05a-14d0-4d5b-b1ad- 1538f3aef538/E- book%20Metodologia%20do%20Trabalho%20Cientifico.pdf>Acesso em : 19 mar. 2018. RAMOS, F. P. SANTOS, L. A. S. REIS,A. B. C. Educação alimentar e nutricional em escolares: uma revisão de literatura. 2013. Disponível em<http://www.scielo.br/pdf/csp/v29n11/03.pdfAcessado> acesso em 18 mar. 2018. RODRIGUES, Auro de Jesus et al. Metodologia científica. 4. Ed.,Aracajú: Unit,2011.212p. 25 Esse material é resultado de recorte de vários textos com a justificativa de resumir o assunto para o estudante, fica o incentivo para o aluno ler os materiais na integra segundo as referências.
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