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Aula 5 filosofia moderna

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Aula 5 filosofia da educação : Filosofia Moderna – Parte I
Ao final desta aula, você será capaz de: 
identificar as mudanças profundas que trouxeram a ideia de progresso e valorização do indivíduo na modernidade; 
conhecer o papel de Lutero como provocador de uma mudança no panorama político e religioso europeu alterando profundamente as discussões filosóficas, teológicas e doutrinárias como propulsoras da modernidade;
 analisar a reação da Igreja Católica à Reforma, identificando as suas consequências;
 enumerar e analisar os diferentes fatores que permitiram a revolução científica; analisar a redescoberta do ceticismo no contexto do início da modernidade e verificar as suas principais características.
Nessa aula, você fará uma viagem sobre as origens do pensamento moderno e a ideia de modernidade.
Conhecerá as condições em que se deram essas mudanças inovadoras que revolucionaram o mundo, contrapondo às concepções anteriores predominantemente teológicas da Idade Média e ao espírito autoritário delas decorrentes.
A ideia de modernidade foi sendo construída com o passar dos tempos.
O termo moderno já era usado na Filosofia Medieval, mas o conceito de modernidade veio de duas noções fundamentais relacionadas - a ideia de progresso e a valorização do indivíduo, que são decorrentes de fatores históricos como:
Conceito de modernidade: O conceito de modernidade está quase sempre associado a um sentido positivo de mudança, transformação e progresso. No entanto, se tratou de um processo lento de transição já que as concepções tradicionalistas ainda continuavam a vigorar. 
Convêm ressaltar que os grandes pensadores do século XVII, considerados revolucionários e inovadores, como Bacon e Descartes, jamais se autodenominaram modernos.
O Humanismo Renascentista (século XV); a Revolução Científica (século XVII); a Reforma Protestante (século XVI); a redescoberta do ceticismo.
A seguir, você conhecerá cada um desses fatores históricos.
O primeiro fator histórico que você conhecerá é o Humanismo Renascentista do século XV.
(A obra faz parte da Capela Sistina de Michelângelo e retrata o início da vida em Adão.)
O conceito de Renascimento abrange os séculos: XV e XVI, que foi o período histórico intermediário entre o medieval e o moderno. Podemos dizer que o traço mais característico desse período foi o humanismo. 
O humanismo teve também uma grande importância na política. As partes centrais do ideário humanista tratam da rejeição da tradição escolástica em favor de uma recuperação da natureza humana individual, ponto de partida de uma nova ordem. 
O principal pensador político mais original desse período foi sem dúvida Nicolau Maquiavel (autor de O Príncipe, publicado em 1532).
A Reforma Protestante do século XVI também contribuiu para o conceito de modernidade.
Em uma visita a Roma (1510), Lutero ficou chocado com a corrupção da sede da Igreja e começou a defender a necessidade de uma reforma.
Portanto, o marco do início da Reforma Protestante foi a pregação por Lutero das suas 95 teses contra os teólogos católicos da universidade e contra o papa Leão X (1517).
Contra o Papa: O envolvimento dos papas nas questões políticas da época foi um fator gerador de conflitos. A igreja necessitava de grandes recursos financeiros e procurava obtê-los através da venda de indulgências.
 A ideia de reforma foi bastante comum no desenvolvimento do cristianismo. 
A ruptura provocada pela Reforma é um dos fatores propulsores da modernidade, embora Lutero se aproxime mais da filosofia medieval agostiniana.  
Cristianismo: O próprio cristianismo foi uma espécie de movimento de reforma do judaísmo. Foram comuns os pregadores em vários países da Europa, defendendo a volta de um cristianismo mais simples e mais espiritual, mantendo a necessidade da pobreza do clero e criticando a hierarquia eclesiástica.  
O protestantismo, o movimento de oposição a Roma, difundiu-se por outros países, a exemplo de Calvino na Suíça, em Genebra.
Com isso, a Igreja Católica inicia uma ofensiva contra o protestantismo. O Concílio de Trento estabeleceu as bases doutrinárias e litúrgicas. A Inquisição ganhou nova força e, assim, surgiram novas ordens religiosas como a Companhia de Jesus, de caráter militante.
No século seguinte, a Guerra dos Trinta Anos opõe católicos e protestantes por toda Europa. A ética protestante, principalmente calvinista, proporcionou grande desenvolvimento econômico da Europa, permitindo a acumulação do capital.
Lutero combateu a escolástica, sua concepção teológica é uma interpretação da doutrina de santo Agostinho sobre a luz natural que todo o indivíduo tem em si e que permite entender e aceitar a revelação, não necessitando da intermediação da igreja, dos teólogos, da doutrina dos concílios, a fé é suficiente.
Se a discussão em torno da “regra da fé” abre caminho acerca do livre arbítrio e da salvação. Essa discussão levanta questões de natureza moral. 
Para Lutero, a salvação só é possível pela graça divina, dom de Deus que independe do saber adquirido, ou da obediência da autoridade eclesiástica, assim rejeita a doutrina ética da escolástica tomista e o esforço humano não desempenha nenhum papel na salvação.
Além do Humanismo Renascentista e da Reforma Protestante, a Revolução Científica também contribuiu para o conceito de modernidade.
Mercúrio: A Revolução Cientifica moderna teve seu ponto de partida na obra de Nicolau Copérnico, através de cálculos dos movimentos por meio dos corpos celestes.
Venus: A obra de Nicolau Copérnico rompeu com o sistema geocêntrico, em que a terra se encontra imóvel no lugar central do universo, indo contra uma teoria estabelecida a praticamente vinte séculos.
Terra: Copérnico sacudiu a visão de mundo medieval estática imaginando a terra girando em torno do sol, desenvolvendo sua pesquisa propondo a hipótese heliocêntrica. Ele conserva uma concepção de um cosmo fechado, tendo como limite a esfera das estrelas fixas, típica da visão antiga. A ideia de um universo infinito foi incorporada progressivamente à ciência moderna.
Marte: A revolução científica moderna inspirou-se em Platão, que já havia antecipado o modelo heliocêntrico.
Júpiter: Em 1609, o astrônomo alemão Johannes Kepler defendeu a ideia de que o universo é regido por leis matemáticas.
Saturno: Porém, é na verdade Galileu quem diz “a natureza é um livro escrito em linguagem geométrica”. Esse é o ponto de partida do mecanicismo que vê a natureza como um mecanismo, como as engrenagens de um relógio impulsionado por uma força externa.
Urano: Galileu ainda postulava a ideia de órbitas circulares. Podemos considerá-lo como ponto de chegada de um processo da antiga visão de mundo e de ciência.
Netuno: Em Leonardo da Vinci, podemos encontrar um ótimo exemplo de modernidade.
Plutão: São duas as grandes transformações científicas: 
do ponto de vista da cosmologia : o modelo empreendido por Galileu - universo infinito e movimento dos corpos celestes, principalmente da terra; 
do ponto de vista da ideia de ciência :a valorização da observação do método experimental que se opõe à ciência contemplativa dos antigos.
Outro fator histórico que contribuiu para o conceito de modernidade foi a redescoberta do ceticismo.
 O interesse pelo ceticismo antigo é retomado no Renascimento como parte do movimento de volta aos clássicos.
A Idade Média havia sido, em grande parte, ignorada pelos céticos devido à refutação do ceticismo por santo Agostinho.
 Possivelmente, os céticos foram os primeiros filósofos a questionar a possibilidade do conhecimento e a levantar a questão sobre os limites da natureza humana do ponto de vista cognitivo, o que será uma das grandes temáticas do pensamento moderno até Kant. 
Um dos primeiros a tratar dessa temática argumentou que os limites do nosso entendimento só podem ser superados pela fé. A revelação e a fé são as únicas possibilidades de superar a incerteza de uma ciência incapaz de alcançar o verdadeirosaber.
 Podemos considerar Michele de Montaigne o filósofo mais importante desse período, quanto à retomada e ao desenvolvimento do ceticismo, inclusive devido a sua influência em Descartes.
A visão cética de Montaigne pode ser considerada um dos pontos de partida do subjetivismo e do individualismo. Diante de um mundo de incerteza, mergulhado em guerras e conflitos religiosos e políticos o homem refugia-se dentro de si.
Revisão:
 Podemos dizer que o traço mais característico do Renascimento foi o humanismo.
O marco do inicio da Reforma Protestante foi a pregação por Lutero das suas 95 teses contra os teólogos católicos da universidade e contra o papa Leão X (1517).
A Revolução Cientifica moderna teve seu ponto de partida na obra de Nicolau Copérnico, através de cálculos dos movimentos por meio dos corpos celestes.
O interesse pelo Cecitismo antigo é retomado no Renascimento como parte do movimento de volta aos clássicos.
 Renascença: Período marcado pela efervescência teórica e prática, alimentada com as grandes descobertas marítimas, permitindo ao homem uma visão crítica da sua própria sociedade. Surge o homem que se sente livre, independente de todos os entraves à realização de humanidade inesgotável.
Ceticismo: A oposição entre o antigo e o moderno suscitando a problemática cética do conflito das teorias e da ausência de critério conclusivo para a decisão sobre a validade das teorias
Revolução cientifica: Representa um dos fatores de ruptura mais marcantes no início da modernidade
Humanismo Renascentista: Valoriza o homem colocando-o no centro de suas preocupações éticas, estéticas e políticas.
 Reforma: O homem individual é responsável por sua própria fé, cuja fonte é a Sagrada Escritura. Exige que o educando seja levado a exercer a razão pessoal, obrigando, portanto, que se proporcione uma educação acessível a todos sem distinção.
Síntese da Aula 05 - Filosofia Moderna - Parte I
Nessa aula, você identificou as mudanças profundas que trouxeram a ideia de progresso e valorização do indivíduo na modernidade.
 Conheceu o papel de Lutero como provocador de uma mudança no panorama político e religioso europeu alterando profundamente as discussões filosóficas, teológicas e doutrinárias como propulsoras da modernidade.
Analisou a reação da Igreja Católica à Reforma, identificando as suas consequências, assim como os diferentes fatores que permitiram a revolução científica e a redescoberta do ceticismo no contexto do início da modernidade.

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