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CURSO ON-LINE – AFO PACOTE EXERCÍCIOS – CÂMARA DOS DEPUTADOS 
PROFESSOR IGOR OLIVEIRA 
Prof. Igor Oliveira www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
 
AULA 02 
 
 
 
 
 
 
Conteúdo 
 
A. Questões comentadas ................................................................................................................... 2 
B. Massifique o que aprendeu (resumo da aula) ................................................................... 91 
C. Aprenda ler as normas................................................................................................................ 96 
D. Questões sem os comentários ................................................................................................. 97 
E. Gabarito .............................................................................................................................................. 121 
 
 
 
 
 
 
 
Olá, 
Bem vindo ao nosso segundo encontro! 
Hoje nos balizaremos pelos seguintes assuntos → Orçamento público: 
conceitos; o ciclo orçamentário; créditos adicionais. 
 
Beleza? Então vamos! 
 
 
 
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A. Questões comentadas 
 
(CESPE/AFCE/TCU 2011) Considerando que o orçamento público se tornou peça 
fundamental no planejamento da ação dos governos em todo o mundo, 
particularmente no Brasil, após a promulgação da CF, julgue o item subsequente. 
 
1. A exigência de compatibilidade entre o PPA e a LOA não se aplica ao primeiro 
ano de mandato do chefe do Poder Executivo, quando os respectivos 
projetos são analisados simultaneamente pelo Poder Legislativo. 
 
Aplica-se sim! Não sei onde o CESPE tirou isso. O PPA tem o prazo de quatro anos 
com início no segundo ano do mandato do Chefe do Poder Executivo. A única coisa 
que devemos ter em mente é que LOA do ano 1 deverá observar o PPA do ano 
mandato anterior. Só isso. Mas existe compatibilidade sim. 
 
Gabarito: Errado. 
 
(CESPE/AFCE/TCU 2011) O orçamento público é baseado em conceitos 
doutrinários próprios e bem distintos dos orçamentos elaborados por instituições 
privadas. A respeito desse tema, julgue os itens seguintes. 
 
2. Nem mesmo a lei ordinária poderá autorizar a utilização dos recursos 
arrecadados por meio das contribuições sociais do empregador incidentes 
sobre a folha de salários, bem como do trabalhador e demais segurados da 
previdência social, para um fim diverso do pagamento de benefícios da 
previdência, ainda que o país esteja em estado de guerra. 
 
Dê uma olhada no artigo 167, XI. Isso mesmo: 
 
Art. 167. São vedados: 
 
[...] 
 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o 
art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de 
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. 
 
O dispositivo acima é “seco”. Não há exceções. 
 
Gabarito: Certo. 
 
3. Se o governo federal homologar o resultado de determinado concurso público 
em setembro de determinado ano, prevendo a nomeação dos aprovados 
para janeiro do ano subsequente, mas descobrir-se depois que os recursos 
necessários para o pagamento dos salários dos novos servidores não foi 
previsto na lei orçamentária, o órgão encarregado das nomeações poderá 
pedir a abertura de um crédito extraordinário. 
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Como se trata de gasto não previsto, o crédito é especial. O crédito extraordinário 
é para situações imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, 
comoção interna ou calamidade pública. 
 
Gabarito: Errado. 
 
(CESPE/AFCE/TCU 2011) A CF introduziu no ordenamento jurídico brasileiro um 
documento, a LDO, com características inéditas no mundo, que depois chegou a 
ser copiado em vários países. Acerca da LDO, julgue os itens subsequentes. 
 
4. Um tributo pode ser criado, majorado ou diminuído, ainda que sua criação ou 
alteração não esteja prevista na LDO. 
 
A CF/88 não vincula a necessidade de um tributo estar previsto na LDO para ser 
criado (CF/88, art. 165, parágrafo 2º e artigo 150, I). 
 
Gabarito: Certo. 
 
5. A LOA é uma lei posterior à LDO e de mesma hierarquia. Apesar disso, a LOA 
não pode revogar dispositivos da LDO. 
 
Numa escala temporal, a LDO “nasce” antes da LOA. OK. Possuem a mesma 
hierarquia (ambas são leis ordinárias). OK. A LOA não pode revogar dispositivos da 
LDO, afinal de contas esta orienta aquela. Não faz sentido a orientada influenciar a 
orientadora. 
 
Gabarito: Certo. 
 
(CESPE/AJAEA/TJ ES 2011) Julgue os itens seguintes, relativos ao orçamento 
público. 
 
6. A suplementação orçamentária é um recurso utilizado pelo gestor público 
para equilibrar as contas de determinado setor, órgão ou secretaria, sendo 
sempre prevista no início do ano orçamentário. 
 
A questão é mais prática que teórica. As suplementações ocorrem durante o 
exercício financeiro, não no início do ano. No começo do ano há a distribuição 
inicial de créditos. 
 
Além disso, equilibrar as contas com suplementação não é recomendável. O gestor 
eficiente não pode deixar suas contas chegarem a este nível. A solicitação de 
recursos deve ser utilizada com parcimônia e finalidade específica. 
 
Gabarito: Errado. 
 
7. As diretrizes orçamentárias no Brasil são regidas por lei própria, sendo 
modificada a cada ano, sujeita a prazos e ritos peculiares, de acordo com as 
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circunstâncias e interesses da administração federal. 
 
A CF/88, no seu artigo 165, estatui que leis de iniciativa do Poder Executivo 
estabelecerão: 
 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; e 
III - os orçamentos anuais. 
 
A lei de diretrizes orçamentárias extrai do PPA as metas e prioridades da 
administração pública federal para o respectivo ano, orientando a LOA na fixação 
de despesas e previsão de receitas. 
 
O PPA, a LDO e LOA obedecem aos prazos e ritos especiais, dispostos no artigo 
35 dos ADCT. De acordo com este dispositivo, a LDO será encaminhada para 
votação oito meses e meio antes do término do exercício financeiro (15 de abril) e 
devolvida para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão 
legislativa (17 de julho). 
 
Gabarito: Certo. 
 
8. O encaminhamento para discussão e aprovação do Congresso Nacional do 
projeto de lei de diretrizes orçamentárias deve, impreterivelmente, ser feito 
até oito meses e meio antes do exercício financeiro. 
 
A LOA, LDO e PPA possuem ritos próprios, determinados pela própria CF/88. 
 
LDO → vai para o Congresso até oito meses e meio antes do término do exercício 
financeiro (15/04). Devolvida para sanção até o encerramento do primeiro período 
de sessão legislativa (17/07). 
 
LOA e PPA → vão para o Congresso até 4 meses antes do término do exercício 
financeiro (31/08). Devolvidos para sanção até o encerramento da sessão 
legislativa (22/12). 
 
A LOA e a LDO são elaborados todo ano. O PPA, a cada primeiro ano de mandato 
do Chefe do Poder Executivo. 
 
Gabarito: Certo. 
 
(CESPE/AJAEC/TJ ES 2011) A respeito da elaboração, do acompanhamento e da 
aprovação do projeto de lei orçamentária anual (PLOA), julgue os itens a seguir. 
 
9. O anexo de metas fiscais para o exercício a que se referir o PLOA e para os 
dois seguintes deve integrar o referido projeto. 
 
A LRF atribuiu novascompetências à LDO, além das previstas na CF/88. De acordo 
com aquela lei, a LDO disporá sobre: 
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a) equilíbrio entre receitas e despesas; 
 
b) critérios e forma de limitação de empenho; 
 
c) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos 
programas financiados com recursos dos orçamentos; e 
 
d) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades 
públicas e privadas. 
 
A LRF atribuiu ainda três anexos à LDO (e não LOA, como afirma a questão): 
 
Anexo de Metas Fiscais → em que serão estabelecidas metas anuais, em valores 
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e 
primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para 
os dois seguintes. 
 
Anexo de Riscos Fiscais → onde serão avaliados os passivos contingentes e outros 
riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem 
tomadas, caso se concretizem. 
 
Anexo exclusivo para a União → trata dos objetivos das políticas monetária, 
creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais 
agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subseqüente. 
 
Gabarito: Errado. 
 
10. Caso não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua 
inclusão, a lei orçamentária não poderá consignar dotação para investimento 
com duração superior a um exercício financeiro. 
 
Esta é a regra da CF/88. Para um investimento ultrapassar o exercício financeiro 
ele deve: 
 
• Estar previsto inicialmente no PPA; OU 
 
• Deve haver uma lei que autorize sua inclusão no PPA. 
 
Não teria lógica se fosse o contrário. O processo orçamentário deve ser flexível e 
atender as necessidades reais da população. 
 
Gabarito: Certo. 
 
11. O PLOA deve conter reserva de contingência, cuja forma de utilização será 
estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias. 
 
Assim como fez com a LDO, a LRF também atribuiu novas competências à LOA. De 
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acordo com esta lei, o projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma 
compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as 
normas da LRF: 
 
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos 
orçamentos com os objetivos e metas constantes do AMF da LDO; 
 
II – será acompanhado das medidas de compensação a renúncias de receita e ao 
aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; e 
 
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, 
definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias, destinada ao atendimento de passivos contingentes e 
outros riscos e eventos fiscais imprevistos. 
 
Reserva de Contingência: 
 
• Pertence à LOA. 
 
• Forma de utilização e montante LDO. 
 
Gabarito: Certo. 
 
(CESPE/AJAA/TJ ES 2011) O orçamento constitui, nas finanças públicas, a peça por 
meio da qual se administram as receitas, as despesas e a dívida dos poderes 
públicos. Acerca do planejamento e do orçamento público, julgue os itens 
seguintes. 
 
12. Os processos de planejamento e de programação são dissociados no 
orçamento tradicional; já as técnicas utilizadas na elaboração do orçamento-
programa primam pelo orçamento como elo entre o planejamento e as 
funções executivas da organização. 
 
Não podemos enxergar o Orçamento Tradicional como o “vilão” e o Orçamento 
Programa como o “bom rapaz”. Cada um tem seus méritos, dentro de seu 
contexto histórico. 
 
O professor James Giacomoni (2010) atribui ao Orçamento Tradicional uma função 
política, através da qual o Parlamento exerce o controle prévio dos gastos que 
serão executados pelo Poder Executivo. 
 
Já sobre o Orçamento Programa, afirma o autor que o mesmo possui como função 
principal ser um instrumento de administração. De fato, o Orçamento Programa 
faz a conexão entre planejamento e orçamento, através de programas de governo. 
 
De outro lado, o Orçamento Tradicional visa apenas a uma dimensão: o objeto do 
gasto. 
 
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O primeiro se preocupa com o que será realizado. O último, com o que será 
comprado. 
 
Gabarito: Certo. 
 
13. O orçamento plurianual de investimento consignará dotações para a 
execução dos planos de valorização das regiões menos desenvolvidas do 
país. Nenhum investimento governamental cuja execução ultrapasse um 
exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano 
plurianual. 
 
A questão possui três erros. O primeiro é que não existe mais Orçamento 
Plurianual de Investimentos. Este durava apenas três anos e não encontrou abrigo 
na atual Constituição, que preferiu inovar, criando o Plano Plurianual, com a 
duração de quatro anos. 
 
O segundo erro diz respeito à consignação de dotações pelo Plano Plurianual. 
Quem possui esta competência é a LOA. O PPA é instrumento de planejamento 
somente. 
 
Por fim, há sim a possibilidade de um investimento, cuja execução ultrapasse o 
exercício financeiro, ser iniciado sem prévia inclusão no PPA. Entretanto, deve 
haver lei específica autorizando esta inclusão. 
 
Gabarito: Errado. 
 
14. À Comissão Orçamentária Permanente do Senado Federal compete o exame 
e a emissão de parecer sobre planos e programas nacionais e regionais, 
cabendo à comissão composta por deputados analisar e emitir parecer sobre 
os orçamentos das políticas públicas setoriais. 
 
A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, carinhosamente 
chamada de CMO ou Comissão Mista tem a função de (CF/88, artigo 166, § 1º): 
 
• Examinar e emitir parecer sobre os projetos de LOA, LDO e PPA e sobre as 
contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; e 
 
• Examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais 
e setoriais previstos na Constituição e exercer o acompanhamento e a 
fiscalização orçamentária. 
 
Ou seja, a Comissão Mista – e não Comissão de Deputados – é quem emite o 
parecer sobre o orçamento anual. 
 
Gabarito: Errado. 
 
15. O orçamento público do Espírito Santo é um documento formal que 
expressa física e financeiramente o planejamento governamental e, 
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anualmente, o conjunto de ações que visam alcançar os maiores níveis de 
eficiência e eficácia do governo estadual. 
 
O Orçamento Público no Brasil é lei formal, aprovada por um órgão constituído do 
Poder Legislativo, que delega, em nome de seus representados, a execução do 
orçamento, por um ano, ao Poder Executivo. Esta é a lógica do processo. 
 
Nosso país adota o Orçamento Programa em todas suas esferas. Este faz a 
interligação entre planejamento e orçamento através de programas de governo. 
 
Os programas, gerados a partir de um problema, são expressos em custos no 
orçamento e divididos em ações, que são elementos executores desse programa. A 
medida de desempenho do programa é feita através de indicadores de 
desempenho (eficácia, eficiência, efetividade, economicidade). 
 
 
 
A questão abordou perfeitamente todos estes aspectos. 
 
Para enriquecer a aula, extrai os conceitos abaixodo Manual de Auditoria de 
Natureza Operacional do TCU. 
 
A economicidade é a minimização dos custos dos recursos utilizados na 
consecução de uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade. 
 
A eficiência é definida como a relação entre os produtos (bens e serviços) 
gerados por uma atividade e os custos dos insumos empregados para produzi-los 
em um determinado período de tempo, mantidos os padrões de qualidade. Essa 
dimensão refere-se ao esforço do processo de transformação de insumos em 
produtos. 
 
A eficácia é definida como o grau de alcance das metas programadas (de bens e 
serviços) em um determinado período de tempo, independentemente dos custos 
implicados. 
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A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo 
prazo. Refere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, 
em termos de efeitos sobre a população-alvo (impactos observados), e os 
objetivos pretendidos (impactos esperados), traduzidos pelos objetivos finalísticos 
da intervenção. Trata-se de verificar a ocorrência de mudanças na população-alvo 
que se poderia razoavelmente atribuir às ações do programa avaliado. 
 
 
 
Gabarito: Certo. 
 
16. O emprego do planejamento governamental — um processo contínuo que 
fundamenta, antecede e acompanha o orçamento — possibilita a formulação 
de políticas e programas governamentais, permitindo ao Estado aparelhar-se 
para atender melhor as necessidades do país. 
 
O Planejamento, como princípio, foi consagrado no Decreto-Lei 200/1967, que 
assim dispõe: 
 
Artigo 6º - As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes 
princípios fundamentais: 
 
I - Planejamento. 
II - Coordenação. 
III - Descentralização. 
IV - Delegação de Competência. 
V - Controle. 
 
A CF/88 tratou do assunto da seguinte forma: 
 
Artigo 174 → Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o 
Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e 
planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para 
o setor privado. 
 
Com o crescimento das funções do Estado Moderno, não faria sentido a elaboração 
de um documento tão importante como o orçamento público sem planejamento. 
Assim, a lei 4.320/64 já contemplava a junção entre planejamento e orçamento 
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através de um programa de trabalho: 
 
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e 
despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o 
programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de 
unidade universalidade e anualidade. 
 
No entanto, a exigência da implantação de um Orçamento Programa ocorreu 
apenas com o Decreto-Lei 200/1967: 
 
Art. 16. Em cada ano, será elaborado um orçamento-programa, 
que pormenorizará a etapa do programa plurianual a ser realizada no 
exercício seguinte e que servirá de roteiro à execução coordenada do 
programa anual. 
 
Hoje, podemos dizer que esta integração, pelo menos no papel, está 
institucionalizada. 
 
Gabarito: Certo. 
 
(CESPE/AJAA/TJ ES 2011) Julgue os itens seguintes, referentes ao ciclo 
orçamentário, composto por três leis: a lei de diretrizes orçamentárias (LDO), a lei 
orçamentária anual (LOA) e o plano plurianual (PPA). 
 
17. A autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário assegura ao 
TJ/ES a elaboração de sua proposta orçamentária com os demais poderes 
dentro dos limites estipulados na LDO. 
 
Cada Poder e o Ministério Público elaboram suas respectivas propostas 
orçamentárias. Estas são consolidadas na Secretaria de Orçamento Federal, do 
MPOG, que elabora o Projeto de Lei Orçamentária Anual. 
 
Apesar dessa liberdade, todos os Poderes e o MP devem obediência aos 
parâmetros estabelecidos na LDO. Caso isto não ocorra, o Poder Executivo tem 
autorização constitucional para efetuar os necessários ajustes nas referidas 
propostas. 
 
Caso algum desses poderes não encaminhe suas propostas no prazo, o Poder 
Executivo, para fins de consolidação, irá considerar como proposta, os valores 
aprovados na lei orçamentária vigente. 
 
Tais condutas do Executivo não vão de encontro ao princípio da separação de 
poderes. 
 
No caso do Poder Judiciário em especial, a CF dispõe: 
 
Artigo 99 – Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e 
financeira. 
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§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites 
estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes 
orçamentárias. 
 
§ 2º - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, 
compete: 
 
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos 
Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais; 
 
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos 
Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos 
tribunais. 
 
Gabarito: Certo. 
 
18. O ciclo orçamentário dos governos estaduais inicia-se com a aprovação da 
LDO, que estabelece as metas e prioridades para a elaboração do PPA. O PPA 
demonstra todas as receitas e despesas do orçamento público por um 
período de quatro anos, sendo reavaliado anualmente, junto com o 
orçamento público, pelas assembléias legislativas. 
 
A questão está completamente distorcida. A ordem que o planejamento deve 
seguir é: PPA, LDO e LOA. 
 
De forma resumida, a dinâmica funciona assim: o PPA estabelece as diretrizes, 
objetivos e metas do governo para um período de quatro anos. A LDO extrai do 
PPA, todo ano, as metas e prioridades que irão orientar a LOA na fixação de 
despesas e previsão de receitas. 
 
 
 
Gabarito: Errado. 
 
19. É de responsabilidade do governador do Espírito Santo o envio, ao 
Congresso Nacional, de mensagem para propor modificações nas dotações 
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orçamentárias destinadas ao estado, desde que não tenha sido iniciada a 
votação do orçamento na Comissão Mista do Orçamento. 
 
A questão está “quase” correta, não fosse a referência ao governador. Quem tem a 
competência de propor, via mensagem, alterações ao PLOA em discussão é o 
Chefe do Poder Executivo da respectiva esfera. No caso da União é o Presidente da 
República quem envia ao Congresso Nacional. 
 
A referida mensagem poderá ser enviada enquanto não iniciada a votação, na 
Comissão Mista, da parte cuja alteração é proposta (artigo 166, § 5º). 
 
Gabarito: Errado. 
 
(CESPE/AJAA/TJ ES 2011) Julgue o item a seguir, a respeito de créditos 
orçamentários. 
 
20. Os créditos orçamentários suplementares são destinados ao reforço de 
dotações orçamentárias com despesas urgentes e imprevistas, como em 
caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública, sendo autorizados 
por lei e abertos por decreto. 
 
De fato, os créditos suplementares são destinados ao reforço de dotação 
orçamentária já existente, sendo autorizados por lei e abertos por decreto. No 
entanto, os créditos extraordinários é que são relacionados a despesas 
imprevisíveis e urgentes, como no caso de guerra, comoção intestina ou 
calamidade pública. Estes são abertos por decreto(lei 4.320/64) e, no caso da 
União, por medida provisória. O mesmo vale para Estados e Municípios que 
possuam esta espécie legislativa prevista em suas respectivas Constituições/Leis 
Orgânicas. 
 
Os créditos especiais são destinados a atender despesas para as quais não haja 
crédito orçamentário específico. Assim como os créditos suplementares, são 
autorizados por lei e abertos por decreto. 
 
A LDO 2011 trouxe dispositivo que determina a abertura imediata dos créditos 
adicionais com a sanção e publicação da respectiva lei de autorização (artigo 56, § 
8º da LDO 2011). 
 
Gabarito: Errado. 
 
21. (CESPE/EGRVS – Administrador/SESA ES 2011) O orçamento público é o 
ato pelo qual o Poder Legislativo prevê receitas, autoriza o Poder Executivo a 
realizar despesas por certo período e se responsabiliza pela definição das 
metas de resultados fiscais. 
 
O orçamento público é a lei, de iniciativa exclusiva do Poder Executivo, que, 
depois de aprovada pelo Poder Legislativo, fixa as despesas e prevê as receitas 
para um exercício financeiro. 
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Assim, não é o Poder Legislativo quem prevê as receitas. Esta etapa fica a cargo 
do Poder Executivo e antecede o período de votação do PLOA. É na SOF que as 
receitas são projetadas, seguindo metodologia própria de previsão. 
 
Alguns autores criticam o esvaziamento das competências do Poder Legislativo na 
atual sistemática. O ideal seria uma parceria mais estreita entre os dois poderes, 
tanto no momento de elaboração do PLOA (nos meandros da SOF), quanto na 
execução do orçamento, evitando que o Poder Legislativo apenas ratificasse 
(muitas vezes às pressas) o que foi proposto pelo Poder Executivo. 
 
Voltando à questão, o Poder Legislativo deve se responsabilizar apenas pelas 
metas que lhe dizem respeito, no âmbito de suas funções administrativas. É o 
Poder Executivo quem define, através do Anexo de Metas Fiscais da LDO, as metas 
fiscais. Esta análise é possível da combinação dos dispositivos abaixo: 
 
CF/88, artigo 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
 
LRF, artigo 4º, § 1º - Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo 
de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores 
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e 
primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para 
os dois seguintes. 
 
§ 2º O Anexo conterá, ainda: 
 
I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; 
 
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de 
cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas 
nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as 
premissas e os objetivos da política econômica nacional; 
 
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, 
destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; 
 
IV - avaliação da situação financeira e atuarial: 
 
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do 
Fundo de Amparo ao Trabalhador; 
 
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; 
 
V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da 
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margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
 
Gabarito: Errado. 
 
(CESPE/EGRVS – Administrador/SESA ES 2011) Com relação ao orçamento-
programa, que constitui um tipo especial de elaboração das peças orçamentárias 
muito utilizado, julgue os itens subseqüentes. 
 
22. A definição das metas e prioridades na lei de diretrizes orçamentárias (LDO) 
tem como conseqüência a proibição do atendimento de despesas 
discricionárias na lei orçamentária anual em situação de precedência sobre o 
rol de prioridades relacionadas na LDO. 
 
A assertiva vai de encontro ao artigo 4º, caput e § 1º, da LDO para 2011: 
 
Art. 4º - As prioridades e metas físicas da Administração Pública Federal para o 
exercício de 2011, atendidas as despesas que constituem obrigação constitucional 
ou legal da União e as de funcionamento dos órgãos e entidades que integram os 
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, correspondem às ações relativas ao 
Programa de Aceleração do Crescimento – PAC e às constantes do Anexo 
VII desta Lei, as quais terão precedência na alocação dos recursos no Projeto e 
na Lei Orçamentária de 2011, não se constituindo, todavia, em limite à 
programação da despesa. 
 
§ 1º - O Poder Executivo justificará, na mensagem que encaminhar o Projeto de 
Lei Orçamentária de 2011, o atendimento de outras despesas discricionárias 
em detrimento daquelas constantes do Anexo a que se refere o caput. 
 
Ou seja, há a possibilidade de execução de despesas discricionárias em detrimento 
das metas e prioridades estabelecidas na LOA, desde que justificado pelo Poder 
Executivo na mensagem que encaminhar o PLOA. 
 
Na prática, as LOAs não vem consignado todas as dotações fixadas como 
prioritárias na LDO, pondo em xeque o papel da LDO como orientadora do 
orçamento anual. 
 
Neste sentido, o TCU elaborou o seguinte quadro demonstrativo em 2010: 
 
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Como você pode perceber, cerca de 20% das ações estabelecidas na LDO como 
prioritárias sequer receberam dotação na LOA. 
 
476 – 375 = 101. 
101/476 = 0,21 ~>20%. 
 
Gabarito: Errado. 
 
23. A reserva de contingência deve-se destinar exclusivamente ao pagamento 
de restos a pagar que excederem as disponibilidades de caixa ao final do 
exercício. 
 
De acordo com a LRF, a LOA conterá reserva de contingência, cuja forma de 
utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 
 
A Reserva de Contingência é destinada ao atendimento de passivos contingentes e 
outros riscos e eventos fiscais imprevistos, não somente ao pagamento de restos a 
pagar. 
 
Cuidado com estes superlativos em provas do CESPE. Quando a banca utilizar nas 
suas questões nunca, exclusivamente, sempre, entre outros, já leia desconfiando 
de algum erro. 
 
Gabarito: Errado. 
 
24. Os órgãos setoriais de programação financeira executam o programa de 
trabalho aprovado no orçamento por meio de liberações de recursos para as 
unidades gestoras denominadas sub-repasses. 
 
A liberação de recursos do órgão central de programação financeira (STN) para os 
OSPF é chamada de cota. Desses para as Unidades Gestoras subordinadas é 
denominado de sub-repasse. E, entre UG de órgãos diferentes, a transferência é 
intitulada de repasse. 
 
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Gabarito: Certo. 
 
(CESPE/EGRVS – Administrador/SESA ES 2011) Julgue os itens a seguir, que 
tratam do ordenamento constitucional brasileiro pertinente ao orçamento. 
 
25. Um parlamentar somente poderá apresentar emenda ao projeto de lei 
orçamentária, destinando recursos para a realização de determinado 
investimento, se este já estiver previsto no plano plurianual. 
 
A questão é mal feita, pois devemossupor que o referido investimento ultrapasse 
o exercício financeiro. 
 
De acordo com a CF/88, artigo 166, § 3º, I, as emendas ao projeto de lei do 
orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser 
aprovadas caso sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de 
diretrizes orçamentárias. 
 
Um investimento, que ultrapasse o exercício financeiro, para ser incluído na LOA: 
 
• Deve estar previsto no PPA; ou 
• Deve haver lei que autorize essa inclusão. 
 
Gabarito: Certo. 
 
26. Caso o Congresso Nacional não vote a proposta de lei orçamentária anual 
até o final do exercício financeiro, a definição das providências a serem 
tomadas deve constar da LDO. 
 
Não é que deve constar na LDO. Não há esta previsão. No entanto, também não 
há proibição. O que está ocorrendo, na prática, é que as LDOs vêm estipulando 
requisitos para a execução provisória do orçamento, caso este seja publicado em 
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atraso, o que geralmente ocorre. 
 
Na atual LDO, você pode encontrar este assunto no artigo 68. Além disso, a 
previsão é que o orçamento seja executado de maneira provisória caso o 
Presidente da República não sancione o PLOA até 31/12. O dispositivo não faz 
menção à votação no Congresso. 
 
Gabarito: Errado. 
 
(CESPE/EGRVS – Administrador/SESA ES 2011) Tendo em vista que a lei 
orçamentária anual pode ser modificada durante sua execução por meio dos 
chamados créditos adicionais, julgue os itens a seguir. 
 
27. Se, em decorrência de variações cambiais, determinado grupo de 
obrigações do governo federal, contratadas em moeda estrangeira, for 
majorado em um percentual superior a 10% do montante originalmente 
aprovado no orçamento, somente a abertura de um crédito especial poderá 
suprir a dotação do saldo restante. 
 
Como a rubrica já estava prevista no orçamento, sua alteração para mais deve ser 
suportada por créditos suplementares. 
 
Os créditos especiais são destinados a atender despesas para as quais não haja 
crédito orçamentário específico. 
 
Gabarito: Errado. 
 
28. Se um crédito especial foi aberto no dia 10 de outubro de determinado 
exercício e, em decorrência de dificuldades relacionadas com os processos de 
licitação, os recursos correspondentes não forem integralmente utilizados até 
o dia 31 de dezembro, então o crédito poderá ser reaberto no exercício 
seguinte, no limite do saldo remanescente. 
 
A regra é que os créditos adicionais fiquem adstritos ao exercício financeiro de sua 
abertura, em homenagem a anualidade do orçamento. Entretanto, a CF/88 
autoriza que os créditos especiais e extraordinários abertos nos últimos quatro 
meses do ano (é o nosso caso), podem ser reabertos, no limite de seus saldos, no 
exercício posterior. 
 
De acordo com a LDO 2011, artigo 64, a reabertura dos créditos especiais e 
extraordinários será efetivada, se necessária, mediante ato próprio de cada Poder 
e do Ministério Público da União. 
 
Gabarito: Certo. 
 
(CESPE/Analista Ambiental/MMA 2011) Julgue os itens a seguir, referentes a 
orçamento público. 
 
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29. A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) deve ser acompanhada de um 
anexo de metas fiscais e sociais, em que serão estabelecidas metas anuais, 
em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados 
nominal e primário, montante da dívida pública e objetivos sociais, para o 
exercício a que se referirem e para os dois seguintes. 
 
A LRF atribui três anexos à LDO: 
 
Anexo de Metas Fiscais → em que serão estabelecidas metas anuais, em valores 
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e 
primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para 
os dois seguintes. 
 
Anexo de Riscos Fiscais → onde serão avaliados os passivos contingentes e outros 
riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem 
tomadas, caso se concretizem. 
 
Anexo exclusivo para a União → trata dos objetivos das políticas monetária, 
creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais 
agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subseqüente. 
 
Não existe Anexo de Metas Sociais. Além disso, a questão traz a definição de AMF 
fazendo alusão a objetivos sociais, contrariando o disposto na LRF. 
 
Gabarito: Errado. 
 
30. Caso um incêndio de grande proporção atinja a região da Amazônia Legal, o 
Ministério do Meio Ambiente, em vista dessa situação excepcional, pode 
fazer o uso de créditos suplementares, abertos por decreto do Poder 
Executivo, que deve ser conhecido pelo Poder Legislativo. 
 
A situação em mote é típica de créditos extraordinários. 
 
Os créditos adicionais são classificados em suplementares, especiais e 
extraordinários. 
 
Os suplementares são destinados ao reforço de dotação orçamentária. 
 
Os especiais são destinados a atender despesas para as quais não haja crédito 
orçamentário específico. 
 
Os extraordinários são destinados a atender despesas imprevisíveis e 
urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade 
pública. 
 
Os créditos extraordinários são abertos por medida provisória, no caso da União e 
Estados e Municípios que possuem esta peça legislativa em seu arcabouço legal. 
Nos demais Estados e Municípios a abertura ocorre por decreto. Fique atento 
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somente se a questão faz referência à lei 4.320/64, pois esta determina que todos 
os créditos extraordinários sejam abertos por decreto. 
 
Gabarito: Errado. 
 
31. Após o envio do projeto de lei orçamentária anual (LOA) ao Congresso 
Nacional, a ministra do meio ambiente poderá enviar ao Poder Legislativo 
mensagem que altere a dotação orçamentária do Instituto Brasileiro do Meio 
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), visando assegurar o 
pagamento de reajuste salarial aos servidores desse instituto, não previsto 
no projeto original. 
 
Quem tem esta competência é o Presidente da República: 
 
CF/88, artigo 166 → Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados 
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
 
§ 5º → O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional 
para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não 
iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
 
Além disso, há requisitos mais rígidos, que os apresentados, no caso de reajuste 
salarial de servidores. Vejamos: 
 
A CF/88, artigo 169, § 1º → A concessão de qualquer vantagem ou aumento 
de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de 
estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a 
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, 
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser 
feitas: 
 
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções 
de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; e 
 
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, 
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
 
Gabarito: Errado. 
 
(CESPE/AJAA/STM 2011) Julgue o itemque se segue, relativo a conceitos básicos 
de orçamento. 
 
32. O orçamento é popularmente chamado de lei de meios, porque seu objetivo 
principal é discriminar em suas tabelas e anexos quais os meios que o 
governo deve utilizar para atingir os seus fins. 
 
De fato, o orçamento é popularmente conhecido como lei de meios, por trazer o 
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inventário de meios que o Governo irá utilizar na consecução de suas políticas 
públicas. 
 
No entanto, não podemos afirmar que a principal função do orçamento moderno é 
discriminar tabelas e anexos. O orçamento tem objetivos mais amplos. Afora listar 
receitas e despesas, o orçamento distribui renda (função distributiva), aloca 
recursos em áreas estratégicas (função alocativa) e, através de seus itens de 
receita e despesa, controlam variáveis macroeconômicas, como inflação e 
desemprego, por exemplo (função estabilizadora). O orçamento moderno é 
instrumento de administração dos Governos, não mera peça contábil. 
 
Gabarito: Errado. 
 
(CESPE/AJAC/STM 2011) Acerca da programação orçamentária, créditos adicionais 
e programação financeira no âmbito da administração pública federal, julgue os 
itens subseqüentes. 
 
33. Além das despesas autorizadas na lei orçamentária, os créditos adicionais 
deverão ser considerados na execução da programação financeira. 
 
A execução orçamentária e a financeira devem andar de mãos dadas. A primeira é 
representada pela consignação de créditos, na Lei Orçamentária Anual ou de 
Créditos Adicionais. A segunda é materializada com o controle do fluxo de 
recursos. Ao passo que o crédito autoriza o gasto, é o recurso que representa o 
numerário. Neste sentido, os créditos adicionais seguem a mesma regra dos 
créditos iniciais. 
 
Gabarito: Certo. 
 
34. Os compromissos financeiros, exceto aqueles financiados por operações de 
crédito internas e externas, ficam subordinados aos limites fixados na 
programação financeira de desembolso aprovada pela Secretaria do Tesouro 
Nacional. 
 
Todos os recursos que transitam pelo Tesouro são objeto de programação 
financeira, que nada mais é o ajustamento do fluxo de recursos à arrecadação 
efetiva. Ou seja, as unidades recebem recursos, na medida em que são 
arrecadados. A questão está incorreta, por excepcionar as operações de crédito da 
regra. 
 
Gabarito: Errado. 
 
35. A partir da publicação da Lei de Meios e a decretação das diretrizes de 
programação financeira, as unidades orçamentárias podem efetuar a 
movimentação dos créditos, independentemente da existência de recursos 
financeiros. 
 
Perceba que a questão cita “movimentação de créditos”. Assim, publicada a LOA, 
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as unidades orçamentárias iniciam a tarefa de distribuir seus créditos, segundo 
suas necessidades. Somente após a distribuição inicial de recursos por parte da 
STN é que os OSPF irão fazer o mesmo aos seus órgãos subordinados. 
 
Gabarito: Certo. 
 
(CESPE/AJAA/TRE ES 2011) Acerca dos aspectos conceituais e teóricos da gestão 
orçamentária, julgue os itens a seguir. 
 
36. Embora a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) deva orientar a elaboração 
da lei orçamentária anual (LOA), podem constar na LOA normas que 
contrariem o disposto na LDO, uma vez que lei posterior de igual hierarquia 
revoga tacitamente os dispositivos de leis anteriores. 
 
De maneira alguma. Se assim fosse, não teria lógica haver uma lei prévia de 
diretrizes orçamentárias. A LDO orienta a LOA. A segunda obedece as metas e 
prioridades estabelecidas na primeira. Pelo menos na teoria. Isto porque, na 
prática, nem sempre a LOA consigna dotações eleitas como prioritárias na LDO. É 
o que consta nos últimos relatórios de contas do governo do TCU. 
 
Gabarito: Errado. 
 
37. A tramitação do projeto de lei orçamentária anual (LOA) bem como a de 
todos os projetos de lei que visem alterá-la obedecem a um rito legislativo 
diferente do das demais proposições em exame no Congresso Nacional. 
 
Com certeza. É por este motivo que a doutrina costuma classificar as peças 
orçamentárias como leis especiais. Estes ritos estão previstos na CF/88. Já vimos 
quase todos nas páginas anteriores. 
 
Gabarito: Certo. 
 
38. (CESPE/Analista Administrativo – Ciências Contábeis/PREVIC 2011) A lei 
orçamentária anual deve conter um quadro de recursos e de aplicação de 
capital, abrangendo o exercício imediatamente anterior e os dois 
subseqüentes. 
 
A questão faz referência a um artigo da lei 4.320/64: 
 
Artigo 23 → As receitas e despesas de capital serão objeto de um Quadro de 
Recursos e de Aplicação de Capital, aprovado por decreto do Poder Executivo, 
abrangendo, no mínimo um triênio. 
 
Perceba que a lei difere do disposto na questão. Este quadro não existe mais. 
 
Gabarito: Errado. 
 
39. (CESPE/Analista Administrativo – Ciências Contábeis/PREVIC 2011) A 
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abertura dos créditos extraordinários não depende da existência de recursos 
orçamentários disponíveis. 
 
São três tipos de créditos adicionais: os suplementares, os especiais e os 
extraordinários. 
 
Os dois primeiros necessitam de aprovação legislativa prévia e indicação da fonte 
de recurso que os financiará. 
 
Os créditos extraordinários não necessitam da indicação prévia de recursos, nem 
de autorização legislativa. São abertos, no caso da União, por medida provisória. 
 
Gabarito: Certo. 
 
40. (CESPE/Analista Administrativo – Ciências Contábeis/PREVIC 2011) As 
diretrizes orçamentárias não se restringem aos aspectos de caráter genérico 
e expressamente mencionados na Constituição Federal de 1988. Na Lei de 
Diretrizes Orçamentárias para 2011, por exemplo, incluem-se, entre outras 
diretrizes, as disposições relativas à dívida pública federal, às despesas com 
pessoal e encargos sociais e à fiscalização das obras e serviços com indícios 
de irregularidades graves pelo Poder Legislativo. 
 
Esta é uma característica da nossa LDO. Afora estabelecer as metas e prioridades 
que orientam a LOA na fixação da despesa e previsão da receita, as LDOs 
costumam trazer diversos dispositivos que norteiam a execução do orçamento. A 
nossa questão traz alguns desses. Neste sentido, a LDO vem substituindo funções 
que seriam da lei complementar, prevista na CF/88, artigo 165, § 9º, que ditará a 
palavra final em matéria orçamentária. 
 
Gabarito: Certo. 
 
(CESPE/Analista Administrativo – Ciências Contábeis/PREVIC 2011) Com base nas 
leis orçamentárias, julgue o item abaixo. 
 
41. Caso o Poder Executivo se omita no encaminhamento de projeto de lei 
orçamentária ao Congresso Nacional, a lei orçamentária em vigor no próprio 
exercício será considerada como proposta. 
 
É o que está disposto na lei 4.320/64: 
 
Artigo 32 → Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas 
Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará 
como proposta a Lei de Orçamento vigente. 
 
Gabarito: Certo. 
 
42. (CESPE/Analista Administrativo – Administrativa/PREVIC 2011) Dos 
recursos arrecadados pela União com as contribuições sociais incidentes 
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sobre o lucro, a receita ou o faturamento das empresas, destinadosao 
financiamento da seguridade social, é permitida a desvinculação de até 20% 
da arrecadação, o que diminui o montante das receitas que deveriam ser 
destinadas às políticas de previdência, saúde e assistência social. 
 
É o mecanismo da DRU, previsto na CF/88: 
 
CF/88, ADCT, Artigo 76 → É desvinculado de órgão, fundo ou despesa, até 31 de 
dezembro de 2015, 20% (vinte por cento) da arrecadação da União de impostos, 
contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, já instituídos ou que 
vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos 
legais. 
 
Assim, tal dispositivo sangra 20% das receitas destinadas à seguridade social para 
finalidades diversas, mascarando o verdadeiro resultado do orçamento fiscal. Tal 
fato vem merecendo destaque nos Relatórios sobre as Contas do Governo, como 
se depreende da leitura do extrato do relatório de 2010, abaixo transcrito: 
 
“O mecanismo de Desvinculação das Receitas da União - DRU, criado pelo Governo 
Federal por meio da Emenda Constitucional 27/2000, alterada pela Emenda 
Constitucional 56/2007, para vigorar até 2011, autoriza o governo a utilizar 20% 
dos recursos de impostos e contribuições em programas e despesas que entender 
prioritários, o que se aplica, inclusive, aos recursos da seguridade social. Dessa 
forma, foram excluídos da receita da seguridade social os montantes de R$ R$ 
42,3 bilhões e de R$ 1,1 bilhão relativos à receita de contribuições e a outras 
receitas correntes, respectivamente”. 
 
“O confronto entre receitas e despesas apontou resultado negativo da seguridade 
social no exercício de 2010, após ajustes na despesa, no valor de 
aproximadamente R$ 56 bilhões. Se adicionado à DRU esse resultado negativo 
passa a ser de R$ 12,6 bilhões, melhor que o de 2009, que foi negativo em R$ 
30,3 bilhões”. 
 
Gabarito: Certo. 
 
43. (CESPE/Analista Administrativo – Administrativa/PREVIC 2011) Em 
conformidade com as diretrizes orçamentárias em vigor no país, o Poder 
Executivo pode abrir créditos especiais ao orçamento de investimento para 
atender despesas relativas a ações em execução no exercício de 2010, 
mediante a utilização, em favor da correspondente empresa estatal, de saldo 
de recursos do Tesouro Nacional repassados em exercícios anteriores ou 
inscritos em restos a pagar no âmbito dos orçamentos fiscal ou da 
seguridade social. 
 
Venho alertando a importância de se ler a LDO para concursos de alto nível. Vire e 
mexe cai uma questão cópia da referida lei. Veja só: 
 
LDO 2011, artigo 65 → Fica o Poder Executivo autorizado a abrir créditos especiais 
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ao Orçamento de Investimento para o atendimento de despesas relativas a ações 
em execução no exercício de 2010, mediante a utilização, em favor da 
correspondente empresa estatal e da respectiva programação, de saldo de 
recursos do Tesouro Nacional repassados em exercícios anteriores ou inscritos em 
restos a pagar no âmbito dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social. 
 
Gabarito: Certo. 
 
(CESPE/AEMQ – Ciências Contábeis/INMETRO 2010) Em relação aos orçamentos 
públicos, julgue os itens. 
 
44. O plano plurianual (PPA) é composto do orçamento fiscal, de investimentos 
e da seguridade social. 
 
É a LOA, e não o PPA, que comporta o orçamento fiscal, de investimentos e da 
seguridade social. 
 
Gabarito: Errado. 
 
45. Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na 
Constituição Federal de 1988 (CF) são elaborados em consonância com a lei 
de diretrizes orçamentárias e apreciados pelo Congresso Nacional. 
 
Segundo a CF/88, artigo 165, § 4º, os planos e programas nacionais, regionais e 
setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o 
plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 
 
Gabarito: Errado. 
 
46. A lei que instituir o plano plurianual deve estabelecer, em âmbito nacional, 
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as 
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
 
A questão está incorreta na parte que fala “em âmbito nacional”. Isto porque cada 
ente elabora seu próprio PPA. O plano da União vale apenas para a administração 
pública federal. 
 
Gabarito: Errado. 
 
47. Não podem ser aplicadas aos projetos de leis orçamentárias todas as 
normas relativas ao processo legislativo previsto na CF para a elaboração de 
leis ordinárias. 
 
A assertiva se baseia no seguinte dispositivo: 
 
CF/88, artigo 165, § 7º → Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no 
que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo 
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legislativo. 
 
Assim, não podemos aplicar aos projetos de leis orçamentárias todas as normas 
relativas ao processo legislativo, mas apenas aquelas que não contrariam as 
normas específicas de elaboração da LOA. 
 
Gabarito: Certo. 
 
(CESPE/Contador/DETRAN ES 2010) Considerando que a elaboração, o 
acompanhamento e a fiscalização do orçamento público obedecem a normas legais 
rigorosas, julgue os próximos itens. 
 
48. Caso o Poder Legislativo deseje acrescentar uma despesa não prevista na 
proposta orçamentária, mas não haja possibilidade de cancelamento de 
outras despesas para servir como fonte de recursos, poderá reestimar a 
receita prevista, desde que comprove a existência de erro ou omissão de 
ordem técnica ou legal no cálculo efetuado pelo Poder Executivo. 
 
Segundo a CF/88, artigo 166, § 3º, as emendas ao projeto de lei do orçamento 
anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: 
 
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes 
orçamentárias; 
 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de 
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: 
 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito 
Federal; ou 
 
III - sejam relacionadas: 
 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
 
Neste passo, a LRF, artigo 12, § 1°, estabelece que reestimativa de receita por 
parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de 
ordem técnica ou legal. 
 
Da combinação dos dois dispositivos acima, a questão está correta. 
 
Gabarito: Certo. 
 
49. A legislação federal sobre orçamento aplica-se obrigatoriamente aos 
estados, ao Distrito Federal e aos municípios. 
 
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A CF/88, artigo 24, estatui que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal 
legislar concorrentemente sobre: 
 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
II - orçamento; 
[...] 
 
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-
á a estabelecer normas gerais. 
 
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a 
competência suplementar dos Estados. 
 
Neste sentido, a lei 4.320/64, recepcionada com o status de lei complementar pelo 
atual ordenamento, logo no seu artigo 1º, estabelece: 
 
Artigo 1º → Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e 
controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípiose do 
Distrito Federal... 
 
Assim, a legislação federal sobre orçamento se limita a estabelecer normas gerais, 
cabendo a cada ente a suplementação adequada. 
 
Gabarito: Errado. 
 
50. O encaminhamento da proposta orçamentária do Poder Judiciário no âmbito 
dos estados e do Distrito Federal cabe aos presidentes dos tribunais de 
justiça. Entretanto, se essa proposta não for encaminhada no prazo legal, o 
Poder Executivo pode considerar como proposta os valores aprovados na lei 
orçamentária vigente, devendo ajustá-los aos limites estipulados na Lei de 
Diretrizes Orçamentárias. 
 
CF/88, artigo 99 → Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e 
financeira. 
 
§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites 
estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes 
orçamentárias. 
 
§ 2º - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, 
compete: 
 
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos 
Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais; 
 
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos 
Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos 
tribunais. 
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§ 3º - Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas 
orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o 
Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta 
orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, 
ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo. 
 
Gabarito: Certo. 
 
(CESPE/Contador/DETRAN ES 2010) Acerca dos instrumentos de planejamento e 
orçamento constantes na Constituição Federal de 1988, julgue os itens a seguir. 
 
51. A obrigação de elaborar leis de diretrizes orçamentárias foi instituída pela 
Lei de Responsabilidade Fiscal. 
 
A LDO foi inovação trazida pela CF/88. 
 
Gabarito: Errado. 
 
52. Considere que a execução de determinado investimento não incluído no 
plano plurianual esteja prevista para ocorrer por período de vários anos. 
Considere, ainda, que lei específica tenha autorizado essa execução. Nessa 
situação, é permitido o início da execução do investimento. 
 
De acordo com a CF/88, nenhum investimento, com duração superior a um 
exercício, pode ter início sem a prévia inclusão no PPA ou em lei que autorize sua 
inclusão. A situação descrita pela questão corresponde ao segundo requisito. 
 
Gabarito: Certo. 
 
53. Mesmo que a atividade fim de determinado ministério ou órgão da 
administração direta esteja relacionada aos objetivos da seguridade social, 
parte do orçamento desse ministério ou órgão será obrigatoriamente 
consignada no orçamento fiscal. 
 
Na prática, é impossível um órgão da administração direta não ser contemplado no 
Orçamento Fiscal. Este orçamento é o mais abrangente dos três e alberga, 
segundo a CF/88, os Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público. 
 
Gabarito: Certo. 
 
54. Uma das funções do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social 
é reduzir desigualdades inter-regionais, segundo o critério populacional. 
 
É o Orçamento Fiscal e o Orçamento de Investimentos que têm, entre suas 
funções, reduzir desigualdades regionais, segundo critério populacional. 
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Gabarito: Errado. 
 
(CESPE/Contador/DPU 2010) De acordo com o disposto na Lei n.º 4.320/1964, 
julgue os itens acerca dos créditos adicionais. 
 
55. A abertura de créditos suplementares e especiais depende da existência de 
recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição 
justificada. 
 
Créditos especiais e suplementares → necessitam de indicação prévia de recursos. 
 
Créditos extraordinários → não necessitam de indicação prévia de recursos. 
 
Gabarito: Certo. 
 
56. Os créditos adicionais terão vigência limitada ao exercício financeiro em que 
forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário quanto aos 
créditos suplementares. 
 
Via de regra, os créditos adicionais possuem vigência adstrita ao exercício 
financeiro de sua abertura. No entanto, a CF/88 estatui que os especiais e 
extraordinários, cujo ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses 
do exercício podem ser reabertos, nos limites de seus saldos, e incorporados ao 
orçamento do exercício financeiro subseqüente. 
 
Gabarito: Errado. 
 
57. Os créditos especiais serão abertos por decreto do Poder Legislativo, que 
deles dará imediato conhecimento ao Poder Executivo. 
 
Os créditos especiais são autorizados por lei e abertos por decreto do Chefe do 
Poder Executivo. 
 
Os extraordinários, no caso da União, são abertos diretamente através de medida 
provisória pelo Poder Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder 
Legislativo. 
 
Gabarito: Errado. 
 
58. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de 
arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos suplementares abertos 
no exercício. 
 
São fontes de recurso para abertura de créditos especiais e suplementares: 
 
• O Superávit Financeiro apurado em Balanço Patrimonial do exercício 
anterior; 
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• O Excesso de Arrecadação; 
• Anulação parcial ou total de dotações; 
• Operações de Créditos; 
• Recursos sem despesas; e 
• Reserva de Contingência. 
 
Entende-se por excesso de arrecadação o saldo positivo das diferenças 
acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-
se, ainda, a tendência do exercício. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, 
provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos 
extraordinários abertos no exercício. 
 
EA = RR – RP - CEA 
 
Gabarito: Errado. 
 
59. Entende-se por superávit financeiro o saldo positivo das diferenças 
acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, 
considerando-se, ainda, a tendência do exercício. 
 
Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o 
passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais 
transferidos e as operações de credito a eles vinculadas. 
 
SF = AF – PF – CAR + OCV 
 
Gabarito: Errado. 
 
(CESPE/Oficial Técnico de Inteligência – Administração/ABIN 2010) O orçamento 
público pode ser analisado sob diferentes perspectivas. Sob a ótica político-
jurídica, por exemplo, percebe-se maior controle do Poder Legislativo sobre o 
Executivo; sob o ponto de vista econômico, verifica-se a possibilidade de o Estado 
intervir na economia, incentivando os setores considerados estratégicos, bem 
como transferir renda entre segmentos da sociedade. Considerando a evolução 
conceitual e histórica do orçamento público, julgue os itens subseqüentes. 
 
60. O orçamento moderno configura-se como instrumento de intervenção 
planejada do Estado na economia para a correção de distorções e o incentivo 
ao desenvolvimento econômico. No Brasil, a adoção de uma estrutura 
orçamentária embasada em programas, projetos e atividades, a partir da CF, 
representou importante passo em direção à modernização do sistema 
orçamentário brasileiro.A questão estaria perfeita, não fosse a referência histórica. De fato, o orçamento 
moderno é instrumento de planejamento da ação estatal. No entanto, é apenas 
com a portaria MPOG 42/99 que se consolida de vez a técnica do orçamento 
programa no nosso país. 
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Cabe destacar que a CF/88 trouxe inegável avanço para o direito financeiro com a 
criação da LDO e do PPA, além de impor diversos limites à condução da execução 
do orçamento. 
 
Gabarito: Errado. 
 
61. De acordo com a concepção tradicional, o orçamento público é 
caracterizado como mero inventário dos meios com os quais o Estado conta 
para cumprir suas tarefas, sendo as funções de alocação, distribuição e 
estabilização relegadas a segundo plano. 
 
O orçamento tradicional é mera peça contábil, que lista receitas e despesas. A 
função de planejamento das ações estatais está ligada à técnica do orçamento 
programa. No entanto, ressalto que cada um teve sua importância no momento 
em que foi criado. O primeiro limitou o poder do soberano, o segundo permitiu 
uma maior interferência do Estado na economia. 
 
Aproveitando para recordar, o orçamento moderno possui três funções clássicas: 
 
Alocativa → alocação de recursos pelo Estado em áreas estratégicas ou onde o 
mercado não tem interesse/capacidade. Exemplo: infraestrutura. 
 
Distributiva → distribuição de riqueza. Exemplo: impostos progressivos com a 
renda. 
 
Estabilizadora → controle de variáveis macroeconômicas. Exemplo: inflação. 
 
Gabarito: Certo. 
 
(CESPE/Oficial Técnico de Inteligência – Administração/ABIN 2010) A CF reforçou a 
integração entre planejamento e orçamento público, delineada pela Lei n.º 
4.320/1964, estabelecendo-se formalmente e definitivamente, a partir de sua 
promulgação, o entendimento de que a determinação de uma estratégia de 
atuação governamental mais ampla e que permita delimitar o que fazer e que 
metas devem ser alcançadas é condição necessária para a elaboração da lei de 
meios. No que diz respeito a orçamento público, julgue os itens que se seguem, de 
acordo com o que dispõe a CF. 
 
62. A LOA somente pode ser alterada por meio de projeto de lei de iniciativa do 
Poder Executivo, cabendo aos membros do Congresso Nacional a 
possibilidade de apresentar emendas a esse projeto. 
 
A LOA pode ser alterada também por emendas parlamentares. No entanto, estas 
sofrem as seguintes restrições: 
 
CF/88, artigo 166, § 3º → As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou 
aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: 
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I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes 
orçamentárias; 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de 
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: 
 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito 
Federal; ou 
 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
 
Gabarito: Errado. 
 
63. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deve compreender as metas fiscais 
e prioridades da administração pública federal e dispor sobre as alterações 
na legislação tributária. 
 
Acho que o CESPE foi muito orgulhoso nessa questão, mesmo ele fazendo 
referência à CF/88 no enunciado. A banca levou a definição abaixo ao pé da letra: 
 
CF/88, artigo 165, § 2º → A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as 
metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de 
capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei 
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
No entanto, a LRF atribui à LDO o Anexo de Metas Fiscais, que, obviamente, traz 
as metas fiscais...rsrsrs 
 
Eu podia ter apagado, mas deixei pra você saber que nem sempre as questões são 
bem feitas. Isto acontece e não adianta brigar com a banca. 
 
Gabarito: Errado. 
 
(CESPE/Oficial Técnico de Inteligência – Administração/ABIN 2010) O orçamento 
anual passa por diversas etapas até que se consubstancie em bens e serviços para 
a sociedade. Em relação ao ciclo da LOA, julgue os próximos itens. 
 
64. Ao Poder Executivo é permitido propor modificações no projeto de lei 
orçamentária, enquanto não iniciada a votação, pela comissão mista de 
senadores e deputados a que se refere o art. 166 da Constituição Federal, da 
parte cuja alteração é proposta. 
 
Perfeito. Cópia da CF/88: 
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Artigo 166, § 5º → O Presidente da República poderá enviar mensagem ao 
Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este 
artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja 
alteração é proposta. 
 
Gabarito: Certo. 
 
65. Os prazos para que o Poder Executivo encaminhe os projetos de lei do 
Plano Plurianual, de LDO e de LOA ao Poder Legislativo e para que este os 
devolva para sanção estão definidos em lei complementar. 
 
Segundo a CF/88, artigo 165, § 9º - Cabe à lei complementar: 
 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual; 
 
[...] 
 
Esta lei ainda não foi editada e até lá serão utilizados os prazos previstos nos 
ADCT artigo 35, § 2º: 
 
Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o artigo 165, § 9º, I e 
II, serão obedecidas as seguintes normas: 
 
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício 
financeiro do mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro 
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para 
sanção até o encerramento da sessão legislativa; 
 
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e 
meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o 
encerramento do primeiro período da sessão legislativa; 
 
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses 
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o 
encerramento da sessão legislativa. 
 
Gabarito: Errado. 
 
66. O Poder Executivo deve encaminhar ao Poder Legislativo, até 31 de agosto 
de cada ano, o projeto de lei orçamentária para o exercício financeiro 
seguinte e, nos termos da Lei n.º 4.320/1964, caso o Poder Executivo não 
cumpra o prazo fixado, o Poder Legislativo considerará, como proposta, a lei 
orçamentária em vigor. 
 
Conforme vimos na questão acima, o prazo está correto: 
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• LOA enviada para votação → até 31/08. 
• Retorna para sanção → até o término da sessão legislativa em 22/12. 
 
Segundo a lei 4.320/64, artigo 32, se não receber a proposta orçamentária no 
prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder 
Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente. 
 
Gabarito: Certo. 
 
67.A comissão mista permanente de senadores e deputados a que se refere o 
art. 166 da CF encerra sua participação no ciclo orçamentário com a 
aprovação de parecer ao projeto de lei orçamentária e seu encaminhamento 
ao plenário das duas Casas do Congresso Nacional. 
 
Segundo a própria CF/88, artigo 166, II, a CMO tem a função de exercer o 
acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das 
demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas. Assim, a atuação da 
CMO se estende para além da aprovação e publicação da LOA, percorrendo toda 
sua execução. 
 
Gabarito: Errado. 
 
(CESPE/Oficial Técnico de Inteligência – Contábeis/ABIN 2010) Tendo como 
referência as leis em matéria orçamentária e os tipos de orçamento, julgue os 
itens seguintes. 
 
68. A Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2011 veda a destinação de recursos 
para ações de caráter sigiloso, exceto se o gasto for discriminado em 
categoria de programação ou em natureza de despesa específica e o órgão 
ou entidade responsável por sua realização tenha por finalidade desenvolver 
atividades relativas à segurança da sociedade e do Estado, tendo como 
precondição o sigilo. 
 
LDO 2011, artigo 20, V → Não poderão ser destinados recursos para atender a 
despesas com ações de caráter sigiloso. 
 
§ 1°, III → Desde que o gasto seja discriminado em categoria de programação ou 
em natureza de despesa específica, excluem-se das vedações previstas no inciso V 
do caput deste artigo, quando as ações forem realizadas por órgãos ou entidades 
cuja legislação que as criou estabeleça, entre suas competências, o 
desenvolvimento de atividades relativas à segurança da sociedade e do Estado e 
que tenham como pré-condição o sigilo. 
 
Gabarito: Certo. 
 
69. A Constituição Federal de 1988 permite que a seguridade social seja 
financiada pelo orçamento fiscal. Mas só com autorização legislativa 
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específica o orçamento fiscal pode cobrir déficit de empresas estatais. 
 
A primeira parte da assertiva está implícita no dispositivo abaixo: 
 
Artigo 195 → A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma 
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das 
seguintes contribuições sociais: 
 
Já a segunda parte pode ser encontrada no seguinte trecho da CF/88: 
 
Artigo 167 → São vedados: 
 
[...] 
 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos 
orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir 
déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, 
§ 5º. 
 
Gabarito: Certo. 
 
70. Caso falte 20% para a conclusão de um projeto orçado em R$ 2 bilhões, e 
falte 15% para a conclusão de outro projeto, de R$ 3 bilhões, então, de 
acordo com o Plano Plurianual para 2008-2011, o segundo projeto (de R$ 3 
bilhões) deverá ter prioridade nas ações constantes do plano. 
 
Segundo artigo 3º, § 2º, da lei 11.653/2008 (PPA 2008 - 2011), serão 
considerados prioritários, na execução das ações constantes do Plano, os projetos: 
 
I - associados ao Projeto-Piloto de Investimentos Públicos - PPI e ao Programa de 
Aceleração do Crescimento - PAC; e 
 
II - com maior índice de execução ou que possam ser concluídos no período 
plurianual. 
 
O projeto de 3 bilhões possui índice de execução de 85% contra 80% do projeto 
de 2 bilhões. Logo, de acordo com o critério do inciso II supra, deve-se priorizar o 
primeiro. 
 
Gabarito: Certo. 
 
71. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência – Contábeis/ABIN 2010) Como 
instrumento da política de estabilização econômica, o orçamento pode 
apontar ora na promoção de uma expansão da demanda, gerando superávit, 
ora na contração da demanda, gerando déficits. 
 
Esta questão foi retirada do livro do Professor James Giacomoni, p. 60. Vejamos: 
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“Todos os países passam atualmente por um longo período de ajustamento à crise 
econômica, e os gastos públicos de cada um, por sua expressão, têm um papel-
chave nesses esforços de ajustamento. As políticas econômicas em curso têm sido 
geralmente contracionistas e, por extensão, inibidoras da expansão das despesas 
públicas. Tem-se aí que o papel mais saliente a ser cumprido pelo orçamento 
público seria como instrumento de controle, não do tipo político ou administrativo, 
mas econômico. O raciocínio pode ser bem mais esclarecido: se a fase é 
expansionista, cresce a importância da função de planejamento do orçamento; já 
na fase contracionista fica reforçada sua função de controle. Além disso, deve ser 
sempre considerada a lição de Allan Schick: o controle será sempre o primeiro 
problema de qualquer processo orçamentário”. 
 
Assim, grosso modo, se a demanda ou os gastos expandem, os balanços 
apresentam resultado deficitário. E, se a demanda ou os gastos do governo 
diminuem, os demonstrativos contábeis apresentam resultado superavitário. 
 
Gabarito: Errado. 
 
(CESPE/Oficial Técnico de Inteligência – Contábeis/ABIN 2010) A respeito da 
execução da receita e da despesa orçamentárias, e dos créditos que alteram o 
orçamento e suas movimentações, julgue os itens que se seguem. 
 
72. Suponha que um ente público, necessitando reforçar uma dotação 
orçamentária, apresente a seguinte situação: 
 
Excesso (acumulado) de arrecadação: R$ 550.000,00; 
Economia (acumulada) de despesa: R$ 230.000,00; 
Superávit financeiro do último balanço patrimonial: R$ 460.000,00; 
Créditos especiais reabertos no exercício: R$ 110.000,00. 
 
Com base nesses dados, é correto concluir que o crédito pretendido pode ser 
aberto até o limite de R$ 1.240.000,00. 
 
O crédito a que se refere a questão é classificado como suplementar, por tratar de 
reforço de dotação preexistente. 
 
São fontes de recurso para abertura de créditos especiais e suplementares: 
 
• O Superávit Financeiro apurado em Balanço Patrimonial do exercício 
anterior; 
• O Excesso de Arrecadação; 
• Anulação parcial ou total de dotações; 
• Operações de Créditos; 
• Recursos sem despesas; e 
• Reserva de Contingência. 
 
Para o cálculo do SF devemos considerar os créditos adicionais reabertos e as 
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operações de crédito vinculadas: 
 
SF = 460 – 110 = 350.000,00. 
 
Fontes de Recurso = SF + EA = 350 + 550 = 900.000,00. 
 
A economia de despesa não representa fonte de recurso disponível para abertura 
de créditos adicionais. 
 
Gabarito: Errado. 
 
73. A abertura de crédito especial depende de prévia autorização legislativa. No 
âmbito da União, tais créditos prescindem de decreto do Poder Executivo, 
pois eles são considerados autorizados e abertos pela própria lei que os 
aprovar. 
 
Via de regra, os créditos suplementares e especiais são autorizados por lei e 
abertos por decreto do Chefe do Poder Executivo. No entanto, as LDOs vêm 
repetindo dispositivo que determina a abertura automática desses créditos com a 
própria sanção e publicação da respectiva lei de aprovação. Vejamos: 
 
LDO 2011, artigo 56, § 8° → Os créditos adicionais aprovados pelo Congresso 
Nacional serão considerados automaticamente abertos com a sanção e publicação 
da respectiva lei. 
 
Gabarito: Certo. 
 
(CESPE/Área Administrativa/MPS 2010) Considerando que o orçamento pode ser

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