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TCC em letras inglês -artigo

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O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NAS ESCOLAS PÚBLICAS 
BRASILEIRAS 
Larissa Alvarenga Dias¹ 
Márcia Cristina de Faria² 
 
RESUMO 
Pretende-se neste artigo abordar aspectos referentes ao ensino de língua inglesa nas 
escolas públicas, um tema bem polêmico e que a sociedade precisa estar atento a ele. O 
objetivo deste estudo é apresentar fatos que ocorrem nas escolas públicas quanto ao 
ensino de Língua Inglesa. A pesquisa será baseada de acordo com as concepções de 
uma concludente do curso de Letras-Inglês da Universidade Estácio de Sá que de forma 
bibliográfica e também das experiências vividas nos estágios feitos nas escolas públicas. 
O poder público deve criar oportunidades para que a Língua Inglesa, assim como outras 
Línguas Estrangeiras venha receber um reconhecimento maior na rede pública de 
ensino; oferecendo cursos de capacitação aos professores, eventos na escola junto aos 
alunos, professores e toda comunidade mostrando a importância que a Língua Inglesa 
tem para a sociedade. Pode-se concluir com a pesquisa de acordo com os estudos 
bibliográficos realizados que ocorre diversos fatores que contribuem para o mau 
funcionamento das aulas de Língua Inglesa nas escolas públicas, como fator principal é 
o desinteresse do aluno pela disciplina. 
 
Palavras-chave: Ensino, Escolas Públicas, Sociedade, Língua Inglesa. 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Quando pensamos em ensino da língua inglesa em escolas públicas, nos vem à 
mente sobre o que tem sido realizado nessas instituições para que os alunos se 
interessem em aprender outros idiomas. Quais incentivos ou até mesmo explicações tem 
recebido dos professores, para que os educandos se interessem pela disciplina e perceba 
o quão é importante para a trajetória dos mesmos. 
O ensino deste idioma é uma oportunidade de expandir o mercado de trabalho e por 
isso a teoria ensina ao aluno uma competência comunicativa para praticar e se 
desenvolver no ambiente cultural, social e laborativa. 
Siqueira (2005) explica que os professores de língua inglesa, são detectores de um 
saber expressivo para a expansão de um idioma determinante para o desenvolvimento 
das sociedades atuais. Para tanto, um responsável para a consolidação do domínio inglês 
como língua mundial. 
Então a oportunidade de se estudar a língua inglesa nas escolas públicas é de imensa 
importância para o crescimento intelectual de cada um deles. 
A Língua Inglesa nas Escolas Públicas Brasileiras é um tema que deve ser 
valorizado e debatido pela sociedade por profissionais da educação, alunos e toda a 
comunidade. 
Fatos históricos indicam que a Língua Inglesa esteve presente no nosso país desde 
1530 com a chegada do aventureiro Willian Hawkins ao Brasil que veio ao país com a 
intenção de comercializar. 
Em 1809 o príncipe regente Dom João VI oficializou o ensino de Língua Inglesa no 
Brasil com o objetivo de capacitar os brasileiros para o mercado de trabalho, o que é 
visado até hoje. 
A presente pesquisa tem por objetivo estudo apresentar fatos que ocorrem nas 
escolas públicas quanto ao ensino da Língua Inglesa. 
 
 
2. HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA NO BRASIL 
 
O relacionamento entre o Brasil e Inglaterra é algo bem antigo pois a presença da 
cultura britânica sempre esteve atrelada ao desenvolvimento do país. Segundo alguns 
historiadores Willian Hawkins, um aventureiro é considerado o primeiro inglês a ter um 
contato com o Brasil por volta de 1530, veio para o Brasil na tentativa de comercializar 
entre o Brasil e a Inglaterra , chegando a arriscar várias coisas como: navio, dinheiro e 
até mesmo a sua própria vida para chegar em terras brasileiras, o mesmo traficava 
escravos, e enquanto se estabeleceu no Brasil teve um bom relacionamento comercial 
com os índios brasileiros. 
O interesse na Língua Inglesa apareceu em 1808 quando a Inglaterra se tornou um 
dos maiores parceiros comerciais do Brasil, devido à abertura dos portos. 
O ensino da Língua Inglesa foi oficializada por Dom João VI, pelo decreto de 22 de 
junho de 1809 em que neste decreto mandava criar uma cadeira de língua francesa e 
outra cadeira de língua inglesa; no mesmo ano o Príncipe Regente de Portugal mandou 
criar uma escola de língua inglesa e em 9 de setembro de 1809 Dom João VI nomeou o 
padre irlandês Jean Joyce professor de inglês com ordenado de equivalente a 400 
cruzeiros anuais. 
Segundo Souza Campos ( 1954) no documento de nomeação do padre Jean Joyce 
vinha a seguinte explanação: “é necessário criar nesta capital uma cadeira de língua 
inglesa porque por seu número, riqueza e assuntos escritos nessa língua é grandemente 
conveniente ao aumento e prosperidade de instrução pública.” 
Nesta época os professores aplicavam em suas classes o Método Clássico ou 
Método da Tradução e Gramática, que era o único método de ensino de línguas 
estrangeiras de que se conhecia na época em que a leitura era vista como principal 
objetivo para o aprendizado da língua estrangeira. 
Em 2 de dezembro 1837 foi criado pelo Ministro da Justiça e Interino Bernardo 
Pereira de Vasconcelllos o Colégio Pedro II no Rio de Janeiro em homenagem ao 
Imperador Dom Pedro II e desde o seu início teve a Língua Inglesa como parte do seu 
currículo escolar como também o francês, o latim e o grego. O curso neste colégio seria 
feito em 8 anos, mas com a alteração do regulamento n° 62 de 1° de fevereiro de 1841 o 
curso passou a possuir 7 anos de duração. O inglês era utilizado com o foco na leitura e 
na tradução de textos. 
A Reforma Couto Ferraz em 1854 trouxe muitas mudanças na instrução primária e 
segunda da Corte, possuindo em seu currículo: duas cadeiras de latim, uma cadeira de 
grego, uma cadeira de inglês, uma cadeira de francês e uma cadeira de alemão. A partir 
da Reforma Cunha Figueiredo em 1876 as línguas modernas perderam o seu lugar no 
currículo escolar e passou a ocupar 6 anos de estudo respectivamente. 
No ano de 1889, após a Proclamação da República, o Ministro da Instrução pública 
Benjamin Constant Botelho de Magalhães realizou muitas reformas na área 
educacional, uma delas foi a exclusão das línguas modernas no currículo obrigatório 
escolar, entre elas a língua inglesa. Benjamin propôs um currículo de caráter científico 
de forma em que os alunos ao invés de decorar o conteúdo, eles deveriam aprender 
através de dedução. 
Em 1892 Benjamin Constant foi afastado do cargo de Ministro da Instrução Pública 
e logo após Amaro Cavalcante assumiu o ministério, e as línguas modernas que haviam 
sido excluídas do currículo obrigatório escolar voltaram a ter espaço no currículo. 
Em 1934 foi criada a primeira escola Binacional , chamada de Escola Paulista de 
Letras Inglesa com o objetivo de se tornar um centro de integração cultural entre a Grã-
Bretanha e o Brasil; mais tarde o nome da escola de idiomas passou a ser o que até hoje 
é chamada de Cultura Inglesa. 
Durante a Era Vargas em 1942, Gustavo Capanema foi nomeado como Ministro da 
Educação e Saúde, o mesmo fez uma reforma no sistema educacional brasileiro, que foi 
marcada em articulação com os ideias nacionalistas de Getúlio Vargas, ou seja, uma 
educação a serviço da nação brasileira. 
Durante o governo Vargas os imigrantes da região sul concentraram-se em zonas 
rurais que existia uma baixa urbanização que favoreceu os mesmos a viverem em um 
local que os possibilitasse viver como no seu país de origem. O uso da língua alemã foi 
tomada como traição nacional, este episódio foi marcado por xenofobia e muita 
intolerância no Brasil. 
“Desde o século 18 até meados do século 20 (e até hoje na maioria das escolas de 
ensino médio) a metodologia predominante foi sempre tradução e gramática. Esta 
abordagemé calcada na ideia de que o aspecto fundamental da língua é sua escrita, e de 
que esta é determinada por regras gramaticais. Teve sempre como objetivo principal 
explicar a estruturação gramatical da língua e acumular conhecimento a respeito dela e 
de seu vocabulário, com a finalidade principal de se estudar sua literatura e traduzir. A 
metodologia de tradução e gramática foi muito usada até meados do século 20, quando 
começou a cair em descrédito devido à sua ineficácia em produzir qualquer habilidade 
oral (SCHÜTZ, 2006).” 
 
 
3. O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NAS ESCOLAS 
PÚBLICAS BRASILEIRAS 
 
A língua inglesa é a língua do Reino Unido ( Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e 
País de Gales), Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália, Canadá, África do Sul e entre 
outros países que a utilizam como segunda língua. 
 
A língua inglesa é uma das línguas mais importantes no mundo, por ser uma língua 
franca, ou seja, uma língua em que pessoas que não possuem uma língua em comum, 
usam essa língua para possibilitar comunicação em suas relações comerciais, 
diplomáticas, etc... 
Em um mundo globalizado que antes de tudo é uma integração de mercados entre os 
países, faz com que a língua inglesa possua um papel fundamental para o mundo inteiro 
e ser conhecida como a língua mundial. O domínio da língua inglesa é uma capacidade 
que é vista como um diferencial em várias questões e seu uso faz com que a 
comunicação ocorra de forma efetiva, entendendo de uma forma mais ampla o que está 
ao seu redor. 
Graddol (2007, p. 20) que aponta para a existência de uma elite que considera o 
inglês como uma marca distintiva. No mesmo sentido, tal língua tem sido apontada 
como forma de inserção na cultura globalizada. Embora, inicialmente, a língua inglesa 
tenha passado por um processo de domínio nos moldes mais tradicionais do 
imperialismo, atualmente ela surge como parte de um dispositivo que, por meio de um 
“micropoder capilarizado” nas suas mais diversas manifestações, parece capaz de ditar 
regras e normas às quais se moldam “corpos dóceis” para usufruir dos incontáveis 
benefícios que seu conhecimento e utilização prometem oferecer. 
Existe na história do Brasil uma presença monolíngue que é marcada por xenofobia 
e também pela intolerância. Durante o governo Getúlio Vargas os imigrantes da região 
Sul usavam com especificidade o uso do alemão que foi tomado como traição ao Brasil 
falar outra língua. 
Os dias de hoje estão cada vez mais exigentes e falar um segundo idioma é algo de 
suma importância para profissionais de diversas áreas, para aqueles que um dia 
ingressarão no mercado de trabalho, como também no campo tecnológico que a cada 
dia que passa mais avança. 
Antes falar inglês era algo diferencial, hoje falar em inglês é algo essencial na vida 
das pessoas, porque antes o mesmo era só exigido apenas para cargos de alto escalão, 
hoje é exigido em cargos muito mais simples, como: vendedores de loja, taxistas e 
outros; ou seja, falar inglês abre muitas portas que as vezes são fechadas quando não 
possuímos inglês como uma segunda língua. 
Falar em inglês, assim como falar uma outra língua amplia os horizontes das 
pessoas e faz com que a pessoa seja vista de uma forma global, pois a língua inglesa é 
considerada a língua fundamental para tudo e todos. 
De acordo com Vilson J.Leffa (2011) para ser cidadão no mundo globalizado de 
hoje, ao qual todos pertencemos, precisamos conhecer pelo menos duas línguas 
estrangeiras, a do vizinho e uma internacional. 
No caso dos brasileiros, é muito importante que se aprenda o espanhol que é a 
língua vizinha, de países vizinhos: Uruguai,Argentina,Paraguai, Bolívia, Peru, 
Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname; e uma internacional que é a língua inglesa. 
De acordo com Todd (1990) a atual busca de informação aliada à necessidade de 
comunicação em nível mundial já fez com que o inglês fosse promovido de língua dos 
povos americanos, britânicos, irlandeses, australianos, neozelandeses, canadenses, 
caribenhos, e sul-africanos, a língua internacional. Enquanto que o português é 
atualmente falado em quatro países por cerca de cento e noventa e cinco milhões de 
pessoas, o inglês é falado como língua materna por cerca de quatrocentos milhões de 
pessoas, tendo já se tornado a língua franca, o Latim dos tempos modernos, falado em 
todos os continentes por cerca de oitocentos milhões de pessoas. 
Por que aprender inglês? É uma pergunta que é feita com frequência a professores 
das redes públicas e com diferentes respostas, como: Porque é importante para a 
sociedade, porque é a língua da globalização, porque é uma língua franca, para 
conhecer novas culturas, por causa do mercado de trabalho. As respostas são várias. 
Alguns alunos das escolas públicas entram na escola com uma certa perspectiva de 
que realmente irão aprender um segundo idioma, mas na realidade é muito diferente da 
certa expectativa. 
Muitas vezes o ser humano vem com uma tentativa de justificar de onde vem o 
fracasso de algo, onde é que estão os erros, sempre tentando achar um culpado pelo 
fracasso e um dos primeiros grandes culpados a ser apontado é o governo nas suas 
diferentes instâncias. 
De acordo com Vilson J.Leffa (2011 ) :A tentativa de criar bodes expiatórios é a 
mais primitiva: põe se a culpa em alguém, que pode ser o governo, o professor, ou 
mesmo o aluno: é o mundo da condenação que separa pessoas e grupos em inocentes e 
culpados. 
No setor público existem queixas de todos os lados. É queixa de aluno que acha a 
aula entediante porque muitas vezes o professor não sabe explicar o conteúdo referente 
a disciplina, todo ano ele espera ser algo diferente, mas é verbo to be todo ano, o 
deixando traumatizado com a língua inglesa, chegando a ficar com tanto trauma da 
disciplina a ponto de não querer aprender nunca mais, até mesmo porque muitas pessoas 
não saem fluentes das escolas, assim como tem aqueles que vieram de uma realidade em 
que ele está ali na escola apenas por estar e não porque quer aprender algo, vão às 
escolas devido aos programas sociais que muitas vezes é o único sustento da família. É 
queixa do professor de língua inglesa que muitas vezes é um pouco solitário e não tem 
como discutir sobre a disciplina dele com alguém, até mesmo porque existem poucos 
professores de sua disciplina, além de não contarem com um programa de formação 
continuada. 
Nunca existirão queixas feitas pelo governo, até mesmo porque todo governo se 
intitula como um governo de todos, sendo que a realidade não é assim, o governo não é 
de todos, as pessoas não possuem as mesmas oportunidades que as outras, a expectativa 
fica muito distante da realidade. 
 De acordo com Vilson J. Leffa ( 2011): Um governo com prática includente e 
discurso excludente desmorona. O discurso tem que ser hábil, a ponto de saber criar 
crises internacionais e até inimigos da pátria, se necessário, para garantir o apoio de 
todos, às vezes com o sacrifício de bens, joias e até da própria liberdade , como a 
história já tem demonstrado inúmeras vezes, tanto no Brasil como no exterior. 
 Um grande erro cometido nas escolas, tanto nas públicas quanto nas particulares 
é colocar professores para lecionar uma disciplina fora da área de sua competência, algo 
que deveria ser evitado, e isto prejudica muito mais na qualidade de ensino; mas 
também a quantidade de professores de inglês no Brasil é muito pequena, o que faz com 
que muitas vezes professores de outras disciplinas acabem lecionando a disciplina 
Língua Inglesa para poder cumprir com a carga horária. 
 Os professores de língua inglesa que já viveram ou viajaram para um país de 
língua inglesa deveriam compartilharmais com os alunos sobre as suas experiências 
naquele país, contar sobre a cultura daquele país e tentar até mesmo levar um pouco da 
cultura daquele país para a sala de aula através de trabalhos com os alunos fazendo com 
que a aula se torne mais divertida e dinâmica. 
 As leis da educação são lindas de se ver, mas a realidade que grande parte dos 
professores de língua inglesa vivencia é bem diferente daquilo que está no papel, sendo 
a língua inglesa pouco valorizada em alguns estados do Brasil. 
 No Brasil não existe um precursor para o ensino da língua inglesa, assim como é 
feito por exemplo a partir do SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica) que 
avalia apenas os conhecimentos dos alunos em Língua Portuguesa e Matemática. 
 Muitos tratam o inglês de forma insignificante chegando a dizer que não 
precisam da mesma para ir para a série seguinte, em alguns estados como o Rio de 
Janeiro, o inglês em algumas escolas é optativo e muitas vezes os alunos ficam 
desinteressados em assistir as aulas e as turmas são pequenas ou muitas vezes o 
professor se depara com a situação de não ter nenhum aluno para frequentar as suas 
aulas, porque muitas vezes o aluno está preocupado apenas com a nota que vai tirar no 
final de cada bimestre e não com o aprendizado da língua inglesa. 
 Grande parte dos professores do Brasil, principalmente os professores de Língua 
Inglesa ficaram abandonados pelo Poder Público e pela sociedade em geral, a cada dia 
que passa mais o professor é desvalorizado e muitos já perderam a motivação de ser um 
ótimo professor, as razões são as seguintes: muitos são desvalorizados pelos alunos, 
pelo poder público, salários míseros e até mesmo uma carga horária escassa. Muitos 
professores de Língua Estrangeira não tiveram oportunidades para aprofundar-se nos 
conhecimentos relacionados à Língua Inglesa, e hoje é um pouco mais fácil para alguns, 
pois nos dias de hoje existem pós-graduações e cursos de capacitação na modalidade 
EAD ( Educação a Distância) com preços acessíveis para o professor, o que é uma 
grande oportunidade, já que o governo muitas vezes não possibilita os mesmos ao 
professor. 
 Entretanto, existem aqueles que não se adequam a modalidade EAD, pois cada 
pessoa tem uma forma de aprendizado e muitas vezes a modalidade EAD não supre a 
carência que os professores realmente necessitam. 
 De acordo com John Robert Schmitz ( 2011) : Acredito que seja possível ensinar 
inglês na escola pública. É possível se o professor não for abandonado. Tendo apoio e 
atenção em forma de bolsas e licenças para fazer cursos de aperfeiçoamento e de 
especialização, o professor de língua vai poder ministrar aulas mais dinâmicas. 
 Nos estados de São Paulo e Paraná o poder público quebrou este paradigma de 
que a língua estrangeira só é aprendida em cursos de idiomas, nestes estados além das 
aulas, existem os Centros de Línguas que são cursos que possuem a duração de 1 ano e 
são gratuitos e nestes Centros de Línguas os alunos tem a possibilidade de estarem mais 
próximos do idioma. O estado de São Paulo por exemplo trás como opções 7 idiomas 
para os alunos poderem estudar. Nestes Centros de Línguas têm como público alvo 
alunos da rede pública de ensino e a comunidade. 
 Entretanto, não é em todos os estados do Brasil que possuem estas oportunidades 
para os brasileiros, muitos são deixados de lado não sabendo escrever no seu próprio 
idioma. 
 Alguns estudos apontam que é impossível aprender inglês nas escolas públicas, 
como aponta Andrade (2004) sobre ensino e aprendizagem de língua inglesa nas escolas 
regulares, com 199 alunos e 10 professores do 1° ano do ensino médio de três escolas 
públicas, mostra um quadro alarmante das crenças a respeito do ensino e aprendizagem 
de inglês nessas escolas. Os resultados mostraram que os alunos não acreditam que 
conseguem aprender inglês na escola regular, mas somente em cursos de idiomas. Já os 
professores acreditam que os alunos não tem um bom nível de inglês, nem interesse em 
aprender. Em contraposição aos estudos de Andrade (2004), os estudos de Coelho 
(2005) acreditam que é possível aprender na Escola Pública, que, aliás, se configura 
como o único lugar possível para aprender. Já os professores participantes do estudo de 
Coelho, da mesma forma que os de Andrade, também acreditam que é difícil aprender 
inglês nas escolas regulares. 
 No Brasil ainda existe aquele certo preconceito, aquele antigo pensamento de 
que inglês é algo só para as classes sociais mais altas, chegando a dizer que só se 
aprende inglês em cursos livres, cursos caros de idiomas; o que não é verdade. Cada 
pessoa aprende de uma forma e não são só os cursos de idiomas que fazem a pessoa 
aprender inglês, existem vários meios. 
 De acordo com Sávio Siqueira (2011):”Não podemos negar que os cursos de 
idiomas, com todo o seu aparato metodológico, recursos tecnológicos e infraestrutura 
invejável, têm preenchido parcialmente a imensa lacuna deixada pelo sistema 
educacional brasileiro (público e privado) no tocante ao ensino e aprendizado de LE, 
potencializando suas qualidades e sua capacidade de produção de falantes de LE, 
angariando seguidores em todos os seguimentos sociais.” 
 O poder público deve criar oportunidades para que a Língua Inglesa, assim como 
outras Línguas Estrangeiras venha receber um reconhecimento maior na rede pública de 
ensino; oferecendo cursos de capacitação aos professores, eventos na escola junto aos 
alunos, professores e toda comunidade mostrando a importância que a Língua Inglesa 
tem para a sociedade. 
 Segundo Cox e Assis Peterson (2008) :” Ou a disciplina é incorporada de fato ao 
currículo, com carga horária suficiente para superar a lição do verbo to be, ou é melhor 
termos a coragem e a decência de não incluí-la, pois desfazer o estigma do fracasso é 
bem mais custoso do que começar do zero.” 
 Não deve ser generalizado que todas as escolas públicas brasileiras não saibam 
lidar com as aulas de Língua Inglesa, pois o Brasil é um país imenso e existem escolas 
públicas que cumprem com o papel do ensino da Língua Inglesa quebrando este estigma 
de que “Inglês nas escolas públicas não funciona”, fazendo com que o aluno saia da 
escola com o inglês básico pelo menos, facilitando no seu cotidiano nas mais diversas 
relações sociais e comunicativas. 
 De acordo com John Robert Schmitz (2011) :” O ensino de inglês funciona na 
escola pública, na escola particular, no Instituto de Línguas e na faculdade se os 
próprios alunos mostram vontade de aprender e se estão dispostos a fazer as lições de 
casa, a prestar atenção na aula, a participar ativamente, a não faltar, a respeitar os 
colegas e professores.” 
 Uma das coisas mais importantes antes da escola é a família; se a família estiver 
junto a escola, as coisas começam a melhorar. A educação, o respeito vem de casa e se 
os pais ou responsáveis estimularem em casa seus filhos a levarem os estudos mais a 
sério, o rendimento escolar deles será melhor. 
 De acordo com John Robert Schmitz (2011) :” Há escolas e escolas. Toda escola 
pública precisa de atenção, e a atenção deve vir dos pais. Se os pais das crianças e dos 
jovens têm interesse na escola e cooperam com os professores, as coisas vão melhorar.” 
 Infelizmente, nas escolas públicas brasileiras, a língua inglesa é ensinada 
somente a partir do Ensino Fundamental II (6° ao 9° ano) e em alguns estados no 
Ensino Médio a Língua Inglesa é optativa, enquanto que em grande parte das escolas 
particulares a língua inglesa é ensinada desde a educação infantil. Vários estudos 
citados na imprensa dizem que aprender duas línguas na infância ajuda no 
desenvolvimento cognitivo da criança, torna a criança maisinteligente e ativa, deixa o 
cérebro mais saudável. 
 Vários estudos comprovam que é importante para as pessoas desde a infância 
aprenderem uma segunda língua, pois a criança irá sair daquela zona de conforto 
quebrando o egocentrismo de que só o país dela que existe e irá compreender o mundo 
de uma forma bem mais ampla, entendendo que não é só o país dela que existe e que 
existem outros países e que dependemos dos outros países para o desenvolvimento do 
nosso. 
 No Brasil, no final da década de 1990 foi publicado os parâmetros curriculares 
para o ensino fundamental que trouxe um papel privilegiado ao ensino da habilidade de 
leitura que é uma habilidade que é defendida por muitos. A compreensão oral deveria 
ser privilegiada no caso da língua inglesa, pois as pessoas ouvem mais músicas na 
língua inglesa do que leem textos na mesma. 
 Segundo Paiva (2000), um argumento proposto pelos defensores do foco estrito, 
ou prioritário, na habilidade da leitura era de que faltava aos estudantes de inglês no 
Brasil oportunidades de uso oral da língua inglesa. 
Muitos alunos curtem ouvir músicas em inglês, mas muitas vezes não sabem a 
mensagem que a música quer passar, e é algo que os professores deveriam utilizar com 
mais frequência nas suas aulas, o que tornará a sala de aula um ambiente motivador no 
aprendizado do idioma. Além de a música tornar a sala de aula um ambiente motivador 
no aprendizado do idioma, com o tempo a música faz com que o aluno adquira uma 
certa fluência no idioma, pois com a música o aluno irá adquirir vocabulário e as vezes 
conhecer até mais palavras que ele não sabia os seus significados, e essa é uma das 
formas de fazer com que o aluno se interesse pelo conteúdo de acordo com a realidade 
que o mesmo vive. 
 Segundo Paiva (1997), a língua inglesa tem um valor simbólico na cultura 
brasileira, geralmente significando status social e engendrando para seus usuários 
possibilidades de identificação com uma sociedade poderosa do ponto de vista político e 
econômico, a sociedade americana. A alta popularidade dos cursos e programas de 
ensino de inglês no Brasil é também motivada pelo status simbolizado pelo idioma. 
Porém, esse status é também fruto de iniciativas estratégicas dos cursos privados que 
oferecem serviços instrucionais de ensino do inglês. 
 A insuficiência de Políticas educacionais para a formação de professores de 
línguas estrangeiras fomenta a crença de que as escolas públicas não são lugares para o 
aprendizado de línguas estrangeiras. 
 O PNLD ( Programa Nacional do Livro Didático) é um programa criado em 
1985 pelo governo federal que fornece livros didáticos gratuitamente para alunos das 
escolas públicas de todo país e este programa se baseia na livre participação das editoras 
e dos professores na escolha dos materiais didáticos em parceria com o MEC 
(Ministério da Educação). No edital do PNLD - 2011 – LEM (Língua Estrangeira 
Moderna) existe um manual do professor que muitas vezes é o único recurso 
pedagógico ou fonte bibliográfica disponível ao professor que até mesmo assegura uma 
formação continuada do professor. Neste guia são encontrados: resenhas dos livros, 
resultados que esses livros trazem para os alunos e entre outros. A obra é caracterizada 
como: livro do aluno, manual do professor, CD de áudio e ainda inclui os aspectos 
positivos e negativos que aquele livro trás para a sociedade. 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O estudo aqui levantado, foi uma pesquisa qualitativa descritiva, com fontes 
primárias, pois só utilizamos os recursos bibliográficos para a realização do estudo. 
Pode-se concluir com a pesquisa de acordo com os estudos bibliográficos realizados 
que ocorre diversos fatores que contribuem para o mal funcionamento das aulas de 
língua inglesa nas escolas públicas, como fator principal é o desinteresse do aluno pela 
disciplina, por achar que é sempre a mesma coisa, e que não vai aprender nada, que essa 
disciplina só existe para acrescentar no currículo. Mas na verdade sabemos que é 
importante tanto quanto as outras, pois nos dias de hoje existe muitas empresas que 
exige a pessoa saiba fluentemente a língua inglesa para traduzir conversas, resolver 
problemas e dentre outras. 
É de extrema importância que além do aluno ter o interesse nas aulas, o professor 
deve sempre está se capacitando, melhorando suas estratégias para que sua aula, fique 
dinâmica e muito proveitosa para o processo ensino aprendizagem. 
Muitas vezes falta na rede pública de ensino material didático para dar suporte ao 
aluno na língua inglesa, pois reconhece –se que aprender essa disciplina não é algo fácil 
e rápido, necessita de todo um processo para entender e compreender como é a língua 
inglesa. Para isso o poder público deve dar a atenção que as escolas públicas merecem 
para a realização de um trabalho do professor em sala de aula com seus alunos. 
Há muitos obstáculos a serem pulados, para alcançar os objetivos traçados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANDRADE, A.A.C. Crenças de alunos e professores da escola pública sobre a 
aprendizagem de língua na escola regular. Mestrado em Estudos da Linguagem. 
Natal :UFRN (2004) 
http://www.culturainglesa-ce.com.br/ acesso em 29 de outubro de 2018. 
COELHO, H.S.H. É possível aprender inglês em escola pública?Crenças de 
professores e alunos sobre o ensino de inglês em escolas públicas. Mestrado em 
Estudos Linguísticos. Belo Horizonte: UFMG ( 2005 ) 
COX, M.I.P. & ASSIS Peterson. O drama do ensino de inglês na escola pública 
brasileira, 2008. 
GONÇALVES, R. Língua Inglesa: História da Língua Inglesa. 2008. Disponível em: 
<http://www.historiadomundo.com.br/inglesa/lingua-inglesa.htm>. Acesso em: 23 set. 
2012. 
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