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Operações unitárias e processos de tratamento de água (ETA convencional)(1)

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DISCIPLINA
Tratamento de Águas, Esgotos e Resíduos Sólidos
Prof. Marcos André Barros
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
 Aspectos gerais sobre tratamento de águas naturais;
 Operações unitárias e processos para tratamento convencional;
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA -ETA
 A ETA convencional geralmente é composta das
seguintes unidades: mistura rápida ou coagulação,
mistura lenta ou floculação, decantação, filtração e 
desinfecção;
 Dependendo da qualidade da água a ser tratada
algumas dessas unidades podem ser suprimidas, assim
como outras podem ser acrescidas;
 OBJETIVO: adequar a qualidade da água aos padrões de
potabilidade estabelecidos pela legislação vigente
(Portaria 2914/2011 - MS).
TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO
Fluxograma típico da tecnologia de filtração lenta
Clarificação;
Filtração;
Desinfecção.
ETAPAS DE POTABILIZAÇÃO 
DAS ÁGUAS NATURAIS
TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO
Fluxograma típico da tecnologia de filtração direta em linha
Fluxograma típico da tecnologia de filtração direta
Unidades de filtros rápidos de escoamento ascendente e descendente em
série: dupla filtração ou filtração em dois estágios.
TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO
 Vantagem do emprego da filtração direta:
 Redução dos custos de implantação e operação (unidades de
decantação são onerosas);
 Limitações do emprego da filtração direta:
 Desempenho insatisfatório na potabilização de águas que
apresentem cor verdadeira e turbidez elevadas (caso da ETA do
Jiqui em épocas de chuva)
 Redução do tempo de detenção da água na ETA (por vezes de
2,5 h para 30 min): requer maior habilidade dos operadores
quando ocorrem bruscas alterações das características da água
bruta;
Mais viável no tratamento de águas de represas e lagos
(elevações de turbidez menos significativas).
Consequência: redução das carreiras de filtração, podendo tornar o 
tratamento antieconômico!
TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO
Fluxograma típico da tecnologia de tratamento convencional.
BRASIL: prática generalizada do emprego quase padronizado da linha de
tratamento convencional!
Desconsideração de variáveis mais simplificadas de tratamento, 
mesmo para águas com qualidade compatível a tais soluções! 
ETA – ADIÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS
Exemplos:
Cal ,Sulfato de alumínio, Policloreto de alumínio, 
cloreto férrico, Cloro, outros....
PRÉ-OXIDAÇÃO 
COAGULAÇÃO 
CORREÇÃO DE pH
Pré-oxidação: oxidação de “Fe” e “Mn”; remoção de
algas; elevar a duração das carreiras de filtração,
além de assegurar melhor qualidade da água filtrada.
ETA – ADIÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS
A remoção de metais por meio da formação de precipitado pode
ser conseguida por oxidação ou elevação do pH, uma vez que esses
procedimentos permitem fazer com que alguns metais se tornem
insolúveis na água, possibilitando sua remoção posterior em
decantadores ou filtros das ETAs
Aumento do custo operacional 
pelo aumento do uso de produto 
químico e aumento do volume de 
lodo gerado!!! 
COAGULAÇÃO
(Mistura Rápida)
 Desestabilização das partículas coloidais e suspensas realizada
pela conjunção de ações físicas e reações químicas, com duração
de poucos segundos, entre o coagulante, a água e as impurezas;
 Coagulante: usualmente sal de alumínio ou de ferro;
 Efetua-se na unidade de mistura rápida da ETA e está presente na
quase totalidade das tecnologias de tratamento, excetuando-se a
filtração lenta;
 Nas ETAS convencionais a eficiência da coagulação influi no
desempenho das demais etapas do tratamento, pois:
 Favorece a qualidade microbiológica do efluente;
 Aumenta a duração das carreiras dos filtros;
 Redução do custo do metro cúbico de água tratada.
 O processo de coagulação, usado na maioria das ETAs,
envolve a aplicação de produtos químicos para a
precipitação de compostos em solução e desestabilização
de suspensões coloidais de partículas sólidas, que, de outra
maneira, não poderiam ser removidas por simples
sedimentação, flotação ou filtração;
A coagulação e a floculação desempenham um papel 
importante na cadeia de processos de tratamento de água, 
fundamentalmente para as etapas subsequentes de 
decantação ou de flotação e, em seguida, de filtração.
COAGULAÇÃO
(Mistura Rápida)
 O tamanho das partículas coloidais se situa em um intervalo
compreendido entre 0,001μm e 1μm (10-6mm e 10-3mm).
Todas as partículas coloidais trazem consigo uma carga
elétrica que produz, em condições normais, uma força de
repulsão mútua, a qual pode ser suficientemente grande para
mantê-las separadas e em suspensão.
OBJETIVO DA COAGULAÇÃO
REDUZIR OU NEUTRALIZAR AS CARGAS DAS PARTÍCULAS 
COLOIDAIS PARA QUE POSSAM SE AGLOMERAR, 
POSSIBILITANDO A SEDIMENTAÇÃO!
COAGULAÇÃO
(Mistura Rápida)
COAGULAÇÃO
(Mistura Rápida)
MECANISMO DE AÇÃO:
 Quando ocorre a dispersão do coagulante, são originadas
espécies hidrolisadas que reagem quimicamente com as
impurezas ou que atuam sobre a superfície delas e reduzem a
força repulsiva que tende a mantê-las estáveis no meio aquoso;
Aumentar a dosagem não é suficiente para melhorar a 
coagulação!
A sobredosagem pode ser reduzida por meio de estudo de 
tratabilidade da água bruta.
Erro na dosagem do coagulante ou no pH de coagulação pode conduzir à 
reversão da carga superficial das impurezas (reestabilização)!
IMPORTÂNCIA DA COAGULAÇÃO
 Do ponto de vista sanitário: a remoção de partículas de
dimensões microscópicas associa-se a de microrganismos
patogênicos. Como consequência, espera-se que os
microrganismos sejam envolvidos na formação dos flocos de
maior tamanho.
 Microflocos formados após coagulação: 2 a 4 µm
 Bactérias do grupo coliformes totais: 0,5 a 2 µm
 Protozoários: 10 a 14 µm (cistos de Giardia) e 4 a 6 µm (oocistos de 
Cryptosporidium)
 Do ponto de vista econômico: elevar a velocidade de
sedimentação do aglomerado de partículas a ser formado pela
adição do coagulante.
Partículas de sílica com diâmetro de 1 µm apresentam velocidade de
sedimentação da ordem de 1 mm/h. Para unidades de decantação de
escoamento horizontal (H ~ 4,0 m), seriam necessárias 4000 h para que a
sedimentação ocorresse.
Embora não consensual, a distinção entre partículas suspensas e coloidais,
frequentemente é reportada à dimensão de 1 µm. Para efeito de tratamento,
considera-se a maioria das bactérias e protozoários como partículas e os vírus
como coloides.
DISTRIBUIÇÃO DE TAMANHO DE PARTÍCULAS EM
ÁGUAS NATURAIS
DISTRIBUIÇÃO DE TAMANHO DE PARTÍCULAS EM
ÁGUAS NATURAIS
DISPOSITIVOS UTILIZADOS NA 
COAGULAÇÃO
Dispositivos hidráulicos:
• Calhas Parshall
• Vertedores retangulares
• Agitadores mecânicos
• Turbinas
• Hélice propulsora
Dispositivos mecânicos:
São necessários dispositivos que possibilitem agitação para a
adição de coagulantes, ou seja, devem promover elevados
gradientes de velocidade.
OBS: as unidades mecanizadas de mistura rápida são mais
versáteis que as hidráulicas, pois possibilitam a variação do
gradiente de velocidade médio, se isso se fizer necessário, o que
não é possível nas unidades hidráulicas.
COAGULAÇÃO
(Mistura Rápida)
Agentes coagulantes comumente utilizados:
 Sulfato de Alumínio – Al2(SO4)3;
 Sulfato férrico – Fe2(SO4)3;
 Cloreto férrico – FeCl3;
 Aluminato de sódio – Na2Al2O4.
A aplicação da solução de coagulante deve ser sempre feita antes
do ponto de maior dissipação de energia e através de jatos
separados de no máximo 10 cm.
CALHAS PARSHALL
Vertedores retangulares
SISTEMAS DE AGITAÇÃO
MECANIZADA
Turbinas e Hélice propulsora
É um processo físico no qual as partículas coloidais são
colocadas em contato umas com as outras, de modo a
permitir o aumento do seu tamanho físico, alterando,
desta forma, a sua distribuiçãogranulométrica.
FLOCULAÇÃO
Nesta unidade não ocorre remoção de impurezas, a finalidade é
apenas acondicionar a água que será encaminhada aos decantadores
(ou flotadores) ou aos filtros da ETA, aumentando o tamanho das
partículas.
FLOCULADORES HIDRÁULICOS
Horizontal
Horizontal
FLOCULADORES HIDRÁULICOS
Floculadores Hidráulicos
FLOCULADORES HIDRÁULICOS
Vertical
Floculadores Hidráulicos
Floculadores mecânicos
Misturadores e Floculadores - Tipos
https://www.youtube.com/watch?v=ZKMx7MxEOPA
IMPORTANTE!!!
“competição” entre a água e os flocos!
2
Definição: Processo de separação sólido-líquido
que tem como força propulsora a ação da
gravidade.
É a operação unitária pela qual a capacidade de
carreamento e de erosão da água é diminuída, de modo
que as partículas em suspensão sedimentem pela ação da
gravidade e não possam mais ser relevantadas pela ação
erosiva.
As unidades de decantação são projetadas com base na Taxa de
Aplicação Superficial (TAS), que está diretamente relacionada
com a velocidade de sedimentação das partículas suspensas na
água.
A redução da TAS possibilita melhoria da qualidade da água
decantada, contudo implica a construção de unidades de
decantação maiores.
𝑇𝐴𝑆 =
𝑄
𝐴𝑆
A remoção de flocos muito leves (águas com concentração elevada
de algas ou que possuem cor verdadeira elevada e baixa turbidez),
exige o projeto de decantadores com baixas TAS!
Área em planta!
16
Decantadores de Escoamento Horizontal
o Tipo mais comumente utilizado, respondendo por 60 a 70%
da área das unidades integrantes da ETA;
o Usualmente, apresentam-se na forma retangular em planta,
mais facilmente adaptável ao lay-out das ETAs, com a
perspectiva do aproveitamento comum das paredes de
floculadores e filtros;
o Remoção de lodo sedimentado: efetua-se por descarga de
fundo comumente instalada no início da unidade;
o Frequência da limpeza, varia com: características da água
bruta, êxito das etapas precedentes e com a TAS.
16
recebem a água floculada eConvencionais (clássicos) –
processam apenas a decantação.
Decantadores de Escoamento Horizontal
16 Decantadores de Escoamento Horizontal
As características predominantes da água bruta e o tipo de
coagulante utilizado influenciam na sedimentabilidade dos flocos
 Dificuldade de remoção por sedimentação de algas: menores TAS e
emprego alternativo da flotação;
 Remoção de turbidez e cor verdadeira: TAS intermediária.
16
Decantadores de Escoamento Horizontal
o Frequência de limpeza dos decantadores usuais em ETAs
brasileiras: 2 meses, no período chuvoso, e 4 a 5 meses, no
período de estiagem;
o A limpeza pode ser mecanizada ou manual;
o ETAS de grande porte, com vazão afluente superior a 2 m³/s,
frequentemente dispõem de raspadores de lodo, que se
deslocam com velocidade que evite a ressuspensão dos
flocos
NBR 12216: recomenda velocidade máxima de 30 cm/min
16 Decantadores de Escoamento Horizontal
o Limpeza manual: raspagem do fundo com rodo e
jateamento de água (ETAs de pequeno e médio porte);
o Para estas unidades constrói-se na parte central, ao longo
do comprimento, uma canaleta para facilitar o escoamento
do lodo depositado
o Mesmo para estações de pequeno porte, recomenda-se a
implantação de pelo menos duas unidades de decantação;
o Profundidade (h): entre 3 e 5 m;
16
Decantadores de Escoamento Horizontal
16 Decantadores de Escoamento Horizontal
25
A eficiência da clarificação nos decantadores é reduzida por:
Correntes cinéticas causadas pela inércia do líquido afluente;
Correntes induzidas pelo vento;
Correntes de convecção de origem térmica
Excesso e lodo, presença excessiva de algas, fermentação do
lodo, etc...
26
As correntes cinéticas podem ser originadas
por alterações na Zona de Entrada e Saída do
decantador:
Zona de Entrada:
Canal de alimentação dos decantadores
Antes da água entrar em um decantador, a água normalmente flui através de
canais de distribuição, sendo que, a velocidade de escoamento nesse canal
não deve ser inferior a 0,15 m/s e nem superior a 0,65 m/s.
DIMINUEM A EFICIÊNCIA
27
Cortina distribuidora (CD):
A eficiência da decantação é influenciada pela maneira com que
a água floculada entra no decantador. O dispositivo colocado à
entrada do decantador é chamado de cortina distribuidora e tem
função de :
diminuir a energia da água;
promover a distribuição homogênea da água em toda a 
seção transversal do decantador.
FATORES QUE DIMINUEM A EFICIÊNCIA NOS DECANTADORES 
CONVENCIONAIS
28
DIMINUEM A EFICIÊNCIA
Zona de Saída:
 A coleta da água decantada é efetuada, geralmente, por meio de
calhas dispostas transversalmente ao longo da largura, podendo
estar associadas a segmentos longitudinais, valendo-se do final da
unidade;
 Quando as calhas são dispostas longitudinalmente ao
comprimento do decantador, devem ocupar preferencialmente
menos de 20% do comprimento da unidade.
Quando as calhas de coleta da água decantada não são
igualmente dimensionadas ou não são instaladas no mesmo
nível, podem gerar problemas na eficiência da decantação.
16
Calhas de coleta de água decantada dispostas transversalmente em relação ao 
comprimento do decantador ao final da unidade
Função das calhas: evitar que linhas de corrente arrastem partículas para o
efluente; quanto maior o comprimento da borda vertente menor a
possibilidade de arraste de flocos (atenção: calhas longitudinais)
Coleta de água – calhas dispostas transversalmente ao longo da largura
31
SAÍDA DE ÁGUA
3
DECANTADOR RETANGULAR
3
DECANTADOR CIRCULAR
16 Decantadores de Alta Taxa
De Fluxo Laminar ou Tubulares – utilizam elementos tubulares ou
placas paralelas para direcionar o fluxo (trajetória mais regular, por isso
exigem menor tempo para a sedimentação).
16 Decantadores de Alta Taxa
16
Decantadores de Manta de Lodos (Floco-Decantadores)
Processam a floculação e decantação no mesmo tanque
Variante quase inexistente no Brasil, mas de extensivo emprego nos EUA e Canadá.
Para remover cor a TAS deve ser baixa para que aumente
o tempo de escoamento, pois como as partículas que
conferem cor são diminutas, necessitam de mais tempo
para sedimentar (TDH), ou seja, o decantador deve tratar
uma menor vazão por unidade de área.
3
SEDIMENTAÇÃO
Nas ETAs, quando a água bruta apresenta alta concentração
de partículas em suspensão e coloidais, é necessária a
construção de unidades que removam parte destas impurezas,
antes de encaminhá-la aos filtros
Para pequenas comunidades: sedimentação simples 
alternativa ao pré-tratamento do afluente, em substituição à
coagulação e à floculação
o Vantagens: menor custo operacional (não utilização de produtos
químicos e, como consequência, disposição do lodo menos
problemática).
o Desvantagem: decantadores de grandes dimensões (velocidade de
sedimentação)
3
FILTRAÇÃO
Remoção das partículas responsáveis pela cor e 
turbidez, cuja presença reduziria a eficácia da 
desinfecção
 ETAs convencionais: cabe à filtração função relevante  etapa na
qual as falhas – porventura ocorridas na coagulação, floculação e
sedimentação/flotação – podem ser corrigidas, assegurando a
qualidade da água tratada.
Relevância do processo no meio 
técnico (Portaria 2914/2011)
3
FILTRAÇÃO
 Com base na taxa de filtração a ser utilizada – o que definirá os
filtros como rápidos ou lentos –, estabelece-se o tipo de meio
filtrante;
 No Brasil, utilizam-se quase que exclusivamente meios filtrantes
constituídos por apenas areia, denominados filtros de areia ou
de camada simples, ou areia e antracito nos filtros de camada
dupla;
 Na quase totalidade dos filtros empregadosno tratamento de
água o meio filtrante assenta-se sobre camada de cascalho,
pedregulho ou seixos rolados, denominada camada suporte.
 Uso incipiente no Brasil: carvão ativado granular empregado
como meio filtrante, objetivando a adsorção de agrotóxicos;
3
FILTRAÇÃO RÁPIDA
CARREIRA DE FILTRAÇÃO: intervalo de tempo entre o momento em
que o filtro é colocado em operação e o momento em que ele é
retirado de operação para limpeza.
 Os filtros devem ser projetados e operados para que as
carreiras de filtração tenham duração mínima de 20 h: custos
operacionais!
 Carreiras com duração muito longa devem ser evitadas:
podem resultar no aumento da força de aderência das
impurezas aos grão do meio filtrante  remoção dificultada
dos sólidos durante a lavagem;
3
FILTRAÇÃO LENTA
 Na filtração lenta o tratamento de água é feito por um
processo biológico,
Não há necessidade do emprego 
de coagulante químico!
Menor frequência de limpeza dos 
filtros!
 VANTAGEM: operação simplificada;
 DESVANTAGEM: baixas taxas de filtração, requer espaços
físicos significativamente maiores.
3
FILTRAÇÃO LENTA E FILTRAÇÃO EM MÚLTIPLAS ETAPAS
 Quando se emprega a pré-filtração, tem-se a técnica
denominada Filtração em Múltiplas Etapas (FiME), por meio da
qual é feita a separação gradual do material em suspensão,
fazendo a água passar por sucessivas unidades de filtração
antes de ser encaminhada para o filtro lento;
 O pré-tratamento pela FiME deve ser previsto quando há
excesso de sólidos em suspensão na água bruta, visando
atenuar a sobrecarga nos filtros lentos, cuja turbidez máxima
do afluente, segundo alguns autores, não deve superar 10 uT.
 Águas cuja turbidez pode ser elevada nos períodos de chuva;
 Águas represadas que podem apresentam florescimento de algas.
3
FILTRAÇÃO LENTA E FILTRAÇÃO EM MÚLTIPLAS ETAPAS
3
FILTRAÇÃO LENTA
 Na filtração lenta geralmente são utilizadas areia com
pequena granulometria, de modo que ocorre considerável
remoção de impurezas no topo da camada filtrante;
 No início da filtração ocorre a remoção de partículas maiores
que o espaço intergranular, o que contribui para a formação
de uma camada biológica no topo do meio filtrante
(BIOFILME);
A eficiência da filtração lenta depende da formação da camada 
biológica, a qual normalmente demora desde alguns dias até 
semanas para se formar (amadurecimento do filtro).
ETA: mínimo 2 filtros!
3
FILTRAÇÃO LENTA
 A camada biológica constitui-se por partículas inertes, matéria
orgânica e uma grande variedade de microrganismos, tais como
bactérias, algas e protozoários;
 Uma das principais vantagens atribuídas ao filtro lento é a
elevada eficiência de remoção de organismos patogênicos
(decaimento natural, predação e adsorção);
 Limpeza do filtro: remoção de cerca de 2 cm da camada
superior da areia, lavando-a e recolocando-a no filtro;
Na filtração lenta a carreira de filtração em geral é superior a 2 
meses, podendo chegar a valores bem superiores, quando a água 
bruta apresenta pouca MO dissolvida e em suspensão. 
3
CLASSIFICAÇÃO DOS FILTROS
• Camada simples
• Camada dupla
• Camada tripla
Com relação ao meio filtrante
• Lentos
• Rápidos
Com relação à taxa de filtração
• Ascendente
• Descendente
Com relação ao sentido de escoamento
• Filtração Convencional
• Filtração direta
• Filtração em linha
Com relação ao tratamento
3
MEIO FILTRANTE
Materiais filtrantes mais utilizados!
3
FILTRAÇÃO
Item Filtros lentos Filtros rápidos
Taxa de filtração 1-7,5 m³/m².dia 120-480 m³/m².dia
Profundidade do leito
0,3 m pedregulho
1,0-1,5 m areia
0,4 m pedregulho
0,5-0,7 m areia
Duração da carreira de 
filtração
20-60 dias 1-3 dias
Método de limpeza
Raspagem da camada 
superficial e lavagem da 
areia removida
Lavagem a contracorrente 
a ar e água ou somente a 
água a alta taxa
Pré-tratamento Geralmente nenhum
Coagulação + Floculação + 
Decantação ou Flotação
Características dos filtros lentos e rápidos
FONTE: Adaptado de RICHTER (2009)
3
DESINFECÇÃO
Destruição de microrganismos patogênicos presentes na água.
• Bactérias
• Protozoários
• Vírus
• Vermes
Desinfecção
Esterilização
Destruição de todos os 
organismos, patogênicos 
ou não!
3
DESINFECÇÃO – Principais agentes desinfetantes
 Cloro (cloro gasoso, hipoclorito de sódio e 
hipoclorito de cálcio);
 Cloraminas;
 Dióxido de cloro;
 Ozônio;
 Radiação Ultravioleta.
3
CLORO
É o mais empregado na purificação de água:
 É facilmente disponível como gás (cloro gasoso, Cl2), líquido
(hipoclorito de sódio) ou sólido (hipoclorito de cálcio);
 É barato;
 Na forma gasosa, é fácil de aplicar devido à sua alta solubilidade;
 Deixa um residual em solução que, não sendo prejudicial ao
homem, protege o sistema de distribuição;
 É capaz de destruir a maioria dos microrganismos patogênicos;
Desvantagens:
 É um gás venenoso e corrosivo, requerendo muitos cuidados;
 Pode causar problemas de gosto e odor;
 Irrita os olhos, membranas nasais e trato respiratório.
3
CLORO
Grandes ETAs geralmente usam o cloro gasoso (forma mais
eficiente e barata), armazenada na forma líquida sob pressão, em
cilindros de aço.
Um volume de cloro líquido sob pressão produz aproximadamente 460 volumes de 
cloro gasoso!
3
CLORO – Formas de Aplicação do Hipoclorito de Sódio
Alternativa para pequenos sistemas.
• É diluído em 
água antes 
da aplicação.
• Mais fácil de 
aplicar.
3
CLORO – Formas de Aplicação do Hipoclorito de Cálcio
3
CLORAÇÃO
MAIOR PODER DESINFETANTE
3
CLORAÇÃO
Logo, prefere-se pH baixo para a desinfecção com cloro;
No processo de desinfecção não controlar o pH pode implicar em 
maiores gastos no uso do cloro (maiores dosagens)!
O ideal é que se tenha cloro residual livre na forma de ácido 
hipocloroso!
O 𝐻𝐶𝑙𝑂 é o agente mais ativo na desinfecção e o 𝑂𝐶𝑙− é 
praticamente inativo! 
3
CLORAÇÃO
3
CLORAÇÃO
O cloro é um poderoso oxidante, e assim reage com grande número
de substâncias orgânicas e inorgânicas presentes na água.
DEMANDA que deve ser satisfeita para que o cloro em excesso 
aplicado torne-se disponível para a desinfecção!
Tendo sido satisfeita a demanda, as seguintes reações podem ocorrer:
3
CLORAÇÃO
COMPOSTOS DE CLORO COMBINADO.
menos ativo como desinfetante 
do que o cloro livre!
ou tricloroamina
3
CLORAÇÃO
Na presença de amônia, a adição de quantidades crescentes de cloro
produz residuais de cloro segundo a seguinte curva:
Cloro residual para uma água contendo nitrogênio amoniacal
3
CLORAÇÃO
 “Break-point”: ponto no qual toda a amônia já reagiu com o
cloro e começa e começa a aparecer residual de cloro livre;
 “B – C”: as cloroaminas são decompostas pelo cloro em
excesso, produzindo compostos que não são detectados como
cloro residual, resultando um declínio no residual de cloro até
o valor mínimo que corresponde ao “break-point”;
A partir deste ponto, qualquer adição de cloro 
produzirá um residual de cloro livre proporcional à 
dose aplicada!
3
REAÇÕES DO CLORO COM COMPOSTOS ORGÂNICOS
Quando o cloro é aplicado à água, reage com compostos orgânicos
dissolvidos formando substâncias organocloradas, tais como os
trihalometanos (THM);
Os THM têm fórmula geral 𝐶𝐻𝑋3, onde “X” é um halogênio que
pode ser: Cl, Br e I;
Os precursores dos THM compreendem os ácidos húmicos e fúlvicos
(causadores de cor na água);
A velocidade de reação do cloro com os compostos orgânicos é lenta
e, assim, muitas vezes, análises de THM tomadas logo após a saída
de água tratada não revelam a sua presença;
3
REAÇÕES DO CLORO COM COMPOSTOS ORGÂNICOS
O cloro na forma combinada não reage com a matériaorgânica carbonácea e, portanto, não há perigo de
formação de THM. Porém, como possui menor poder
desinfetante, em quase 100% dos casos a cloração é feita
com ele na forma livre, garantindo-se a remoção de
matéria orgânica nas etapas antecedentes para não se ter
o perigo de reação com o cloro!
3
REAÇÕES DO CLORO COM COMPOSTOS ORGÂNICOS
A formação de THM pode ser minimizada com:
 Remoção dos precursores (ácidos húmicos e fúlvicos) com
a eliminação da cor da água bruta pela coagulação
precedendo a cloração (evitar a pré-cloração);
 Redução da dosagem de cloro;
 Adição de amônia para formar cloroaminas em vez de
cloro livre (amônio-cloração).
3
DESINFECÇÃO – RECOMENDAÇÕES PORTARIA 2914/2011
3
OBRIGADO!
marcos.barros@unp.br

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