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SFN Sistema+financeiro+Nacional

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FAITA – FACULDADE ITANHAÉM
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
II
PROF. MARCELO DI ZACRI
ITANHAÉM
2018
Material adaptado do original do prof. Gerson Leite Bezerra
2. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN)
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) não é um órgão, nem uma instituição. Pode-se definir como sendo o conjunto de instituições financeiras que geram a política e a instrumentação econômico-financeira do país. É composto por um conjunto de instituições financeiras que mantém o fluxo monetário entre poupadores, e investidores. 
Segundo Nyama e Gomes (2006, p. 1-3) ―até 1964, O Sistema Financeiro Nacional (SFN) carecia de uma estrutura adequada a necessidades e carência da sociedade. A partir de então, foi editada uma série de leis que possibilitaram esse reordenamento:
	Instrumento 
	Problema 
	Solução
	Lei da Correção
Monetária (4.357/64)
	Historicamente, a inflação brasileira superava os 12% a.a e, com base no Direito Canônico, a lei de usura limitava juro a 12% a.a. As empresas e indivíduos preferiam aplicar seus recursos disponíveis em outras alternativas, adiando, inclusive, o pagamento de suas obrigações tributárias.
A mesma limitava a capacidade do Poder Público de financiar-se mediante a emissão de títulos próprios, impondo a emissão primária de moeda para satisfazer às necessidades financeiras. Além disso, os valores históricos de demonstrativos financeiros deixavam de espelhar adequadamente a realidade econômica, novamente com consequências para o Tesouro – tendo em vista a redução da carga tributária – e para os potenciais investidores.
	A lei instituiu normas para
indexação de débitos fiscais, criou títulos públicos federais
com cláusula de correção
monetária (ORTN) – destinados a antecipar receitas, cobrir déficit público e promover investimentos.
	Lei Plano Nacional da
Habitação (4.380/64)
	A recessão econômica dos anos 60 aumentava a massa de trabalhadores com pouca qualificação e o Estado não tinha condições de criar ou fomentar
diretamente postos de trabalho para essa mão de obra. Uma alternativa seria a criação de empregos na construção civil.
	Foi criado o Lei nº 4.357 (BNH), órgão gestor do também criado Sistema Brasileiro de Poupança
e Empréstimo destinado a fomentar a construção de casas populares e obras de saneamento e infraestrutura urbana, com moeda própria e seus próprios instrumentos de captação de recursos. Posteriormente, a esses recursos foram adicionados os do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
	Lei da Reforma do
Sistema Financeiro
nacional (4.595/64)
	Os órgãos de aconselhamento e gestão da política monetária, de crédito e finanças públicas concentravam-se no Ministério da Fazenda, na Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc) e no Banco do Brasil, e essa estrutura não correspondia aos crescentes encargos e responsabilidades na condução da política econômica.
	Criado O Conselho Monetário
nacional (CMN) e o Banco
Central do Brasil, bem como
estabelecidas as normas
operacionais, rotinas de
funcionamento e procedimentos de qualificação aos quais as entidades do sistema financeiro deveriam subordinar-se.
	Lei de Mercado de
Capitais (4.728/65)
	O processo de popularização do
investimento estava contido em função da nítida preferência dos investidores por imóveis de renda e de reserva de valor. Ao governo interessava a evolução dos níveis de poupança internos e seu direcionamento a produção.
	Estabelecidas normas e
regulamentos básicos para a
estruturação de um sistema de
investimentos destinado a apoiar o desenvolvimento nacional e atender à crescente demanda por crédito.
	Lei da CVM (6.385/76)
	Criar uma entidade que absorvesse a regulamentação e a fiscalização do mercado de capitais, especialmente no que se referia às sociedades de
capital aberto.
	Criada a Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), transferida do Banco Central a responsabilidade pela
regulamentação e fiscalização
das atividades relacionadas ao
mercado de valores mobiliários (ações, debêntures, etc.).
	Lei das S.A. (6.404/76)
	Atualizar a legislação sobre as
sociedades anônimas brasileiras, especialmente quanto aos aspectos relativos à composição acionária, negociação de valores mobiliários (ações, debêntures, etc.) e modernização do fluxo de informações
	Estabeleceu regras claras
quanto a características, formas
de constituição, composição
acionária, estrutura de
demonstrações financeiras, obrigações societárias, direitos e obrigações de acionistas e órgãos estatutários e legais
	Lei 10.303/01
	Aprimorar a legislação sobre as
sociedades anônimas (Lei
6.404/76), especialmente quanto
aos aspectos relativos ao direito
do acionista minoritário, e da Lei
nº 6.385/76, relativamente a
algumas atribuições da CVM.
	Estabeleceu novos direitos de
acionistas minoritários, tais como o tag along (*) e a composição de ações (limitando o percentual de ações preferenciais em 50%). Além disso, dentre as alterações na Lei 6.385/76 destaca-se a transferência para a CVM da competência para regular e supervisionar os fundos de investimentos e os derivativos.
	Lei 11.638/07
	Adequar a legislação societária tendo em vista a padronização das normas contábeis brasileiras face ao padrão internacional.
	Alterou e revogou dispositivos da Lei 6.404/76 e da Lei 6.385/76 e estendeu às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras
(*) Tag along é um mecanismo de proteção a acionistas minoritários de uma companhia que garante a eles o direito de deixarem uma sociedade, caso o controle da companhia seja adquirido por um investidor que até então não fazia parte da mesma.
De acordo ainda com Niyama e Gomes (2006) a estrutura do SFN é decorrente desse conjunto de instrumentos legais, inspirada no modelo de especialização de instituições existente nos Estados Unidos, sendo cada seguimento identificado de acordo com o objetivo das destinações dos recursos captados:
Crédito de curto e curtíssimo prazos: Bancos Comerciais, Caixa Econômica Federal, Cooperativas de Crédito e Bancos Múltiplos com carteira comercial;
Crédito de médio e longo prazo: Bancos de Investimentos, Bancos de Desenvolvimento, Caixa Econômica Federal e Bancos Múltiplos com carteira de investimentos e desenvolvimentos;
Crédito ao consumidor: Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento (“Financeiras”) e Bancos Múltiplos com carteira de crédito, financiamento e investimento;
Crédito habitacional: Caixa Econômica Federal, Associação de Poupança e Empréstimo, companhias Hipotecárias, Sociedades de Crédito Imobiliário e Bancos Múltiplos com carteira de crédito imobiliário;
Intermediação de títulos e valores mobiliários: Sociedades Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Bancos de Investimentos e Bancos Múltiplos com carteira de investimento;
Arrendamento mercantil: Sociedades de Arrendamento Mercantil e Bancos Múltiplos com carteira de arrendamento mercantil.
Niyama e Gomes (2006) destaca, ainda, que outras entidades, caracterizadas como detentoras de volume significativo de recursos do público em geral ou especializadas em determinados segmentos, têm tido representatividade crescente no âmbito do SFN, apesar de não participarem diretamente do processo clássico de intermediação financeira ou de distribuição de títulos e valores mobiliários, quais sejam: 
Seguradoras;
Companhias de capitalização;
Entidades fechadas e abertas de previdências privada;
Empresas de factoring;
Consórcios; 
Companhias hipotecárias;
Agência de fomento e de desenvolvimento;
Sociedade de crédito ao microempreendedor;
Bancos de câmbio.

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