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HIPÓFISE OU PITUITÁRIA Profa Dra Luciana Pugliese Localiza-se na sella turcica – cavidade do osso esfenoide Ligada ao hipotálamo (SNC) por um pedículo hipofisário Duas glândulas unidas anatomicamente com funções distintas mas inter- relacionadas: NEURO-HIPÓFISE (posterior) – de origem nervosa dividida em: ADENO-HIPÓFISE (anterior)– de origem epitelial Hipófise (ou pituitária) HIPOTÁLAMO • Localizado na base do encéfalo – glândula MÃE • Além de produzir os hormônios ocitocina e ADH que são armazenados e secretados pela neuro-hipófise, secreta hormônios liberadores dos hormônios tróficos da hipófise • Esses hormônios vão pelo sistema porta hipofisário até a adeno-hipófise RH - hormônio hipotalâmico de liberação IH - hormônio hipotalâmico de inibição HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS • GnRH: Hormônio liberador de gonadotrofinas • TRH: Hormônio liberador de tireotrofina • CRH: Hormônio liberador de corticotrofina • GHRH: Hormônio liberador de GH • Somatostatina / GHIH: Hormônio inibidor da liberação do GH • PIF: Fator inibidor de Prolactina HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS LIBERADORES E INIBIDORES (H. HIPOFISIOTRÓPICOS) GHIH NATUREZA QUÍMICA: PROTEICA • Peptídeos (ACTH, MSH e outras melanocortinas) • Proteínas (GH e Prl) • Glicoproteínas (TSH, LH e FSH) Quando uma glândula controla a outra EIXO HORMÔNIOS DA ADENOHIPÓFISE ÓRGÃOS ALVO Células não endócrinas • GH • Prl • MSH (e outras beta lipotrofinas) Controle de glândulas endócrinas (trofinas) • TSH • ACTH • LH • FSH Células não endócrinas Células não endócrinas Controle de glândulas endócrinas - TROFINAS EIXO HIPOTÁLAMO HIPÓFISE CORTEX ADRENAL EIXO HIPOTÁLAMO HIPÓFISE ... 3 tipos de células podem ser reconhecidas por colorações rotineiras Cromófobas - função não totalmente conhecida Acidófilas Basófilas Células da Adeno-Hipófise Tipo celular Afinidade corante Hormônio Somatotrópica Acidófila Somatotropina ou do crescimento (GH) Lactotrópica Acidófila Prolactina (Prl) Gonadotrópica Basófila Gonadotrofinas - Folículo estimulante (FSH) e Luteinizante (LH) Tireotrópica Basófila Tireotropina ou Tireoestimulante (TSH) Corticotrópica Basófila Adrenocorticotropina ou Adrenocorticotrófico (ACTH) Atividade principal PRL Estimula o desenvolvimento da gl. mamária e produção do leite FSH Na fêmea, estimula o crescimento de folículos ovarianos, secreção de estrógenos e no macho, estimula a espermatogênese LH Na fêmea, induz a ovulação (ruptura do folículo) e formação do corpo lúteo que secreta progesterona. No macho, estimula as céls intersticiais ou de Leydig nos testículos a produzirem testosterona TSH Estimula a tireoide a produzir e secretar T3 e T4 ACTH Estimula o córtex adrenal a produzir e secretar o cortisol e outros glicocorticoides GH Promover o crescimento corporal – atua nos ossos e cartilagens ** Retarda o envelhecimento Efeito metabólico sobre as proteínas (aumento do anabolismo) Efeito metabólico sobre os lipídeos (aumento da lipólise ac. graxos circulantes) Efeito metabólico sobre os carboidratos (diminuição do consumo) Funções dos Hormônios Adenohipofisários Frio Hipotálamo TSHTRH Tireoide T3 e T4 Adenohipófise (Tireotropos) Feed-back neg EIXO HIPOTÁLAMO HIPÓFISE TIREOIDE Hipotálamo FSH e LHGnRH Gônadas H. sexuais Adenohipófise (Gonadotropos) Feed-back neg EIXO HIPOTÁLAMO HIPÓFISE GÔNADAS gonodotrofinas hipofisárias GnIH – inibe os gonadrotropos da adeno-hipófise Estressor Hipotálamo ACTHCRH Adrenal (córtex) cortisol Adenohipófise (Corticotropos) Feed-back neg EIXO HIPOTÁLAMO HIPÓFISE CÓRTEX ADRENAL OBS: Esse eixo é ativado 1 hora antes de acordarmos para aumentar a glicemia, preparando o organismo para o dia que vai começar Com o uso de corticoides, deve-se retirá-lo aos poucos – desmame - para o eixo voltar a funcionar ADH (neuro-hipófise) (sinergismo) HORMÔNIO DO CRESCIMENTO GH • O GH – hormônio de crescimento, também pode ser chamado de hormônio somatotrófico (STH) ou somatotrofina • Sintetizado nos somatotrofos (~50% das células hipofisárias • Tem 191 aminoácidos • É semelhante à somatotrofina coriônica • Identificado a partir de distúrbios do crescimento associados à alterações na hipófise • Ação direta e indireta via IGF-1 REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE GH Hormônio hipotalâmico de inibição do GHHormônio hipotalâmico de liberação do GH Secretado durante o dia, quando acordadoSecretado durante a noite, no sono GH – MECANISMO DE AÇÃO O GH interage com receptores pertencentes à superfami ́lia dos receptores de citocinas, dimerizados na membrana plasmática e não apresentam atividade tirosinoquinase intrínseca. Seus domínios citoplasmáticos próximas à membrana interagem com uma ou mais tirosino-quinases citoplasmáticas, as Janus quinases (Jak), o que provoca uma alteração conformacional na Jak2 e ativação da sua atividade catalítica. Segue-se a fosforilação do receptor de GH e a ativação das proteínas Stat1 e Stat3, as quais se translocam ao núcleo estimulando a transcrição de genes específicos. GH – MECANISMO DE AÇÃO Outra via de sinalização também ativada pelo GH é a da MAP quinase (MAPK), em que a interação de uma proteína adaptadora, tal como a Shc, com o receptor fosforilado ou com a própria Jak2 leva à ativação da via Ras e Raf e, consequentemente à estimulação da via miogênica da MAP quinase. O envolvimento do sistema fosfolipase C- PKC também tem sido sugerido em algumas ações do GH, o que demonstra a grande complexidade dos eventos intracelulares que culminam com a ação deste hormônio. Fonte:https://mutagenetix.utsouthwestern.ed u/phenotypic/phenotypic_rec.cfm?pk=1419 Acesso: 23/09/2018 GH – EFEITO BIOLÓGICO • CRESCIMENTO Ossos longos – proliferação de condrócitos e síntese de colágeno do disco epifisário pelo ação do fator de crescimento IGF-1 (somatomedina) O IGF-1, produzido por todos os tecidos, tem produção hepática (e renal) mediada pelo GH, que ganha a circulação sistêmica • METABOLISMO DE PROTEINAS – ação direta do GH e indireta por IGF-1 Anabolismo proteico (↑captação de aas e ↑da expressão de certos genes) Aumento de células em geral massa muscular (m. est. esquelético e cardíaco) • METABOLISMO DE CARBOIDRATOS E LIPÍDEOS ↓ da utilização da glicose pelos tecidos (poupador de glicose) ↑ da lipólise – ácidos graxos como fonte de energia • Na circulação o IGF-1 se liga à proteínas ligadoras de IGF (IGFBPs) e pode atuar de modo autócrino, parácrino ou endócrino • O GH regula o IGF-1 por aumentar a produção das proteínas ligadoras, aumentando a meia vida do IGF-1 (controle de meia via por proteases circulantes) • O IGF1 se liga ao receptor (IGF1R) • O complexo GH-IGFBP(3) subsequentemente ativa vias de sinalização que medeiam respostas mitogênicas e anabólicas levando ao crescimento das cartilagens e ossos (enquanto jovem). IGF-1 – MECANISMO DE AÇÃO GH E IGF-1 ** ou somatomedina lipólise • GHRH - síntese e secreção do GH • Gomatostatina (SS) ou (GHIH) – redução da secreção de GH GH – REGULAÇÃO Hipotálamo GHGHRH Adenohipófise Feed-back neg GHIH (de dia) positivo Antes da puberdade: Gigantismo (não houve soldadura dos discos epifisários induzida pelos estrogênios) Hiperglicemia, Diabetes mellitus tipo II (resistência à insulina), morte EXCESSO DE GH Após a puberdade: • Acromegalia Crescimento ósseo em espessura (principalmente do frontal, mandíbula, cristas supra-orbitárias, vértebras e ossos das mãos e pés. Crescimento das cartilagens e tecidos moles - cardiomegalia,esplenomegalia, hepatomegalia, língua grande EXCESSO DE GH • Nanismo – múltiplas causas EX: Deficiência de GH DEFICIÊNCIA DE GH Outras causas: Deficiência hepática na produção de IGF Diabetes mellitus não tratada Hipotireoidismo não tratado Desnutrição proteica Pan-hipopituitarismo (GH, TSH, ACTH, FSH e LH) PROLACTINA PRL • Polipepti ́dio de 198 aminoácidos • Sintetizada nos lactotrofos que constituem cerca de 15% das células hipofisárias, e chegam a representar cerca de 70% delas na gravidez e lactação • Ações fundamentais na preparação e manutenção da glândula mamária para a secreção de leite. Suas ações sobre o desenvolvimento da mama durante a gravidez ocorrem conjuntamente com a ação dos estrógenos, progesterona, lactogênio placentário, insulina e cortisol. • Para a lactação, a mama passa por diversos processos de preparo, nas várias etapas da vida da fêmea, com o objetivo de proliferar ductos e estruturas lóbulo- alveolares e acúmulo de substratos energéticos, para posterior síntese de leite. • A dopamina é considerada o fator inibidor da secreção de Prl, interagindo com receptores D2 no lactotrofo, inibe a produção de AMPc, abertura de canais de K+ e diminuição do influxo de Ca2+; a consequência destes eventos é a inibição da secreção de Prl, bem como da sua transcrição gênica. Hipotálamo PIF PRLAdenohipófise (Lactotropos) HORMÔNIOS DA LACTAÇÃO PIF: fator hipotalâmico de inibição da PRL Hoje sabe-se que PIF = Dopamina
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