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EXAMES COMPLEMENTARES 2.5.1. ECOCARDIOGRAMA – PADRÃO OURO É o padrão ouro, porém não pode ficar só nele. Para ter um diagnóstico bem feito deve pedir também o ECG e o raio x de tórax. Avalia a área mitral, pressões no átrio esquerdo, pulmonar e ventrículo direito. Quantifica o grau da lesão com a área valvar e o gradiente pressórico AE / VE Gradiente (médio) pressórico AE-VE (mmHg) na diástole: < 5 = leve 5 a 10 = moderado > 10 = importante 2.5.2. ECG Sobrecarga de átrio esquerdo: Duração da onda P aumentada, dorso de camelo P mitrale OBS: Paciente com estenose mitral, hipertensão arterial pulmonar e insuficiência cardíaca direita com sobrecarga atrial direita: onda P alargada e comprida. Sobrecarga de ventrículo direito: Desvio de eixo p/ direita Onda R alargada em v1 e v2, e onda S em v6. Fibrilação atrial: Ausência de onda P, intervalo RR irregular. Sobrecarga atrial direita: Aumento de amplitude Eixo além 90º Sobrecarga atrial esquerda: Aumento do tempo > 0,12 s Eixo para esquerda e para trás Em V1: Onda P com fase negativa 0,04 s e 1 mm Sobrecarga bi-atrial: Ambas as alterações V1 ou até V2: onda bifásica Exemplos de ECGs: É um ECG sinusal com presença de onda P precedendo QRS. Onda P está apiculada, demonstrando presença de sobrecarga do atrial direita. Onda P negativa em V1 demonstrando sobrecarga atrial esquerda. Presença de onda R positiva em V1 demonstrando sobrecarga ventricular direita. Portanto o paciente tem: ritmo sinusal, sobrecarga atrial direita, sobrecarga atrial esquerda e sobrecarga ventricular direita (estenose mitral) ECG sem ritmo sinusal, com intervalo RR irregular (fibrilação atrial). 2.5.3. RAIO X DE TÓRAX É fundamental fazer raio x de tórax. Aumento átrio esquerdo = duplo contorno (3º arco) Abaulamento da artéria pulmonar Aumento da trama vascular nos ápices (Inversão do fluxo) Hipertrofia linfática (linhas b de kerley) 2.5.4. CINEANGIOCORONARIOGRAFIA (cateterismo cardíaco) + VENTRICULOGRAFIA É desnecessário para ver a válvula mitral. É feito quando vamos fazer operação em pacientes com: Em mulheres na menopausa e acima. Em homens com mais de 40 anos ou com risco de doenças coronarianas Para avaliar coronárias. Ou em situações com dúvidas por diferenças entre a clínica e ecocardiograma. EX: Paciente de 27 anos que vai operar válvula mitral não precisa de cateterismo. 2.6. TRATAMENTO – Prof disse que pergunta em prova (quatro tratamentos básicos para doença valvar – qualquer doença) 1º O tratamento da doença base Na estenose mitral a causa básica geralmente é a febre reumática e novos surtos com penicilina benzatina diminui a evolução da estenose valvar. 2º Profilaxia para endocardite infecciosa quando submetidos a procedimentos com risco de bacteremia EX: Extração dentária ou limpeza, colonoscopia, fratura óssea.. 3º Tratamento ou profilaxia de embolia Se tem trombo, estase sanguínea, arritmia ou AVC prévio vai utilizar anticoagulante. 4º Tratamento da arritmia e fibrilação atrial EX: Paciente de 18 anos com história de febre reumática. Não precisa esperar desenvolver a doença valvar mitral para tratar, deve começar a tratar previamente. OBS: Deve fazer esses quatro tratamentos para todas as classes NYHA. 2.7. TRATAMENTO ESPECÍFICO DA ESTENOSE MITRAL DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO NYHA 2.7.1. ICC CLASSE I NYHA – Paciente assintomático Pode permanecer sem medicação DEVE fazer os quatro tratamentos citados previamente, quer dizer que não precisa de medicação ESPECÍFICA apenas. Se apresentar fibrilação atrial = Antiarrítmico e anticoagulação (inr entre 2.0 e 3.0) Se mesmo sendo classe I o paciente tiver uma estenose severa, deve fazer tratamento intervencionista 2.7.2. ICC CLASSE II NYHA – Apresenta sintomas aos esforços Beta bloqueadores para aumentar o tempo de diástole e mais sangue passar Diurético Para diminuir a pressão arterial. Se apresentar fibrilação atrial = Antiarrítmico e anticoagulação Se mesmo sendo classe II o paciente tiver uma estenose severa, deve fazer tratamento intervencionista. 2.7.3. ICC CLASSE III E IV NYHA – Paciente com sintomas Beta bloqueadores para aumentar o tempo de diástole e mais sangue passar. Diurético Para diminuir a pressão arterial. Se apresentar fibrilação atrial = Antiarrítmico e anticoagulação Hipertensão arterial pulmonar (> 50 mmhg): Indicação de cirurgia. Se hipertensão arterial ≥ 80 Sobrevida média 2, 4ª Sempre intervenção: Valvuloplastia por balão: percutânea (wilkins =8) Cirurgia: Comissurotomia 0% mortalidade Troca valvar mortalidade 8% Prótese biológica de pericárdio bovino Prótese “metálica” de carvão pirolitico e de duplo disco 3. INSUFICIÊNCIA MITRAL Ocorre quando a inadequada coaptação dos folhetos mitrais permite regurgitação de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo A sobrecarga de volume gera dilatação cavitária esquerda e insuficiência cardíaca. Primária: Quando ocorre devido à lesão valvar ou do aparelho subvalvar Secundária: Quando ocorre devido à dilatação do anel valvar ou dos músculos papilares Existe uma condição fisiopatogênica que faz com que na insuficiência valvar mitral o ventrículo esquerdo se dilate, só que a piora do ventrículo esquerdo é mais grave do que na insuficiência aórtica, porque leva a insuficiência ventricular esquerda. OU 3.1. ETIOLOGIA Degeneração mixomatosa Degeneração da estrutura valvar. Prolapso Mitral (1 a 2,5% da população) A valva mitral se fecha fora do plano normal Disfunção isquêmica (2ªria) Endocardite infecciosa Doença reumática* Miocardiopatia dilatada (2ªria): Doença viral, doença chagásica. Cardiopatia hipertrófica (2ªria) Calcificação anular Congênita 3.2. FISIOPATOLOGIA Regurgitação valvar de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo. Sobrecarga volumétrica e pressórica Redução do débito cardíaco Congestão pulmonar Aumento das pressões no átrio esquerdo, sistema venocapilar, ventrículo direito e átrio direito. Sobrecarga ventricular: dilatação e hipertrofia na fase compensada e dilatação demasiada na fase descompensada 3.3. QUADRO CLÍNICO Fase inicial: pode ser assintomática Sintomas típicos de ICC: Hepatomegalia, estase jugular, pletora facial.. Precipitação do sintomas pela fibrilação atrial aguda 3.4. EXAME FÍSICO Ictus palpável desviado para baixo e esquerda Frêmito Sopro: holossistólico irradiado para a axila 3ª bulha: sinal do rápido esvaziamento atrial durante a diástole ventricular Ás vezes é relacionada com ICC 3.5. EXAMES COMPLEMENTARES 3.5.1. ECG Sobrecarga de átrio esquerdo: Duração da onda P aumentada, dorso de camelo P mitrale Sobrecarga de ventrículo direito: Desvio de eixo p/ direita Onda R alargada em v1 e v2, e onda S em v6. Fibrilação atrial: Ausência de onda P, intervalo RR irregular. 3.5.2. RAIO X DE TÓRAX Aumento do átrio esquerdo = duplo contorno 3 arco Abaulamento da artéria pulmonar Aumento da trama vascular nos apices (inversão do fluxo) Hipertrofia linfática (linhas b de kerley) Aumento do ventrículo esquerdo Característica da sobrecarga volumétrica. 3.5.3. ECOCARDIOGRAMA – Padrão ouro Refluxo mitral Avalia as pressões no átrio esquerdo, veias pulmonares e ventrículo direito. Função ventricular Quando o ventrículo esquerdo é pequeno e passa a dilatar, ele vai perdendo força, por isso é importante saber qual a capacidade