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UNIP INTERATIVA JULIANA DOS SANTOS ALMEIDA RA 1540777 CURSO SUPERIOR EM TECNOLOGIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO PIM VII XXXXXX 2016 UNIP INTERATIVA XXXXXX XX SANTOS XXXX RA 1540XXX CURSO SUPERIOR EM TECNOLOGIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO PIM VII Trabalho de conclusão do 3º período do curso Superior em Tecnologia em Segurança do Trabalho apresentado à Universidade Paulista – UNIP INTERATIVA. Orientador: Prof. Ricardo Calasans SENADOR CANEDO 2016 RESUMO O presente trabalho abordará uma pesquisa realizada na empresa Centro de Saúde Conjunto Riviera, tendo como foco, as atividades desenvolvidas pela referida unidade de saúde, que presta serviço na área da saúde pública, com foco na saúde primária. Dentro do mesmo, será abordado conceitos e importância da aplicação das disciplinas estudadas na unidade de saúde Palavra chave: Biossegurança, Desenho Técnico de Segurança do Trabalho e Qualidade no Ambiente de Trabalho. ABSTRACT This paper will address a survey conducted in the company health center set Riviera, focusing on the activities developed by that health unit that provides service in public health, with a focus on primary health care. Within the same, it will be addressed concepts and importance of the implementation of the subjects studied in the health unit Keyword: Biosafety Design Work Safety Technician and Quality in the Workplace. SUMÁRIO INTRODUÇÃO...................................................................................................................05 1.Biossegurança..........................................................................................................06 1.1.Diferenças entre Perigo e Risco................................................................................08 1.2. Precauções universais: limpeza, desinfecção, esterilização e higienização................11 1.3. Gerenciamento de Resíduos.....................................................................................12 1.4. Equipamentos de proteção......................................................................................17 2.Desenho Técnico......................................................................................................19 2.1.Desenvolvimento do desenho técnico.......................................................................21 2.2. Material de desenho técnico................................................................................21 2.3. Algumas Técnicas de Manuseio...............................................................................22 2.4 Recomendações.......................................................................................................23 2.5.Caligrafia técnica.....................................................................................................23 2.6. Legendas...............................................................................................................24 2.7. Escalas....................................................................................................................25 2.8. Projeções ortográficas............................................................................................26 2.9. Contagem...............................................................................................................29 3. Qualidade no Ambiente de Trabalho...................................................................31 3.1. Programas de qualidade de viva no trabalho (QVT)..................................................34 3.2. Benefícios do programa de qualidade de vida no trabalho..........................................34 3.3. Exemplos de programas de qualidade de vida no trabalho..........................................35 CONCLUSÃO.............................................................................................................36 REFERÊNCIAS.............................................................................................................37 � INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo analisar as seguintes disciplinas: Biossegurança, Desenho Técnico de Segurança do Trabalho e Qualidade no Ambiente de Trabalho, que serão inseridas no contexto da empresa Centro de Saúde Conjunto Riviera. A unidade de saúde em estudo é de pequeno porte, faz parte da rede municipal e saúde de Goiânia atuando principalmente na saúde primaria (promoção e prevenção de doenças e seu agravos), sendo localizada na rua x10, qd. X12 qd. 10 Jardim Brasil, Goiânia-Go. Será registrado no decorrer do trabalho, várias questões relacionadas às referidas disciplinas, sendo elas: análise da viabilidade e a necessidade de capacitação e orientação quanto a importância do emprego das mesmas na rotina da unidade. BIOSSEGURANÇA Biossegurança é o conjunto de estudos e procedimentos que visam evitar ou controlar os riscos provocados por uso de agentes químicos, agentes físicos e agentes biológicos à biodiversidade. Outra definição nessa linha diz que "a biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados" (Teixeira & Valle, 1996). Desse modo, a Biossegurança tem a finalidade de reduzir os riscos e o controle da contaminação cruzada, protegendo a todos envolvidos no ambiente de trabalho. Apesar de muitos profissionais considerarem a biossegurança como normas que dificultam a execução de seu trabalho, são essas regras que garantem a saúde do trabalhador e do restante da população. O não cumprimento das normas básicas de biossegurança pode acarretar problemas como transmissão de doenças e até mesmo epidemias. Uma das principais normas de biossegurança em hospitais, clínicas e laboratórios diz respeito à higienização das mãos. Elas sempre devem ser lavadas antes do preparo e da ministração de medicamentos e do manuseio do paciente. Apesar de simples, essa é uma das medidas que mais evitam a propagação de doenças. Os profissionais de saúde também devem ficar atentos aos seus equipamentos de proteção, tais como jalecos e aventais, que devem ser usados apenas no local de trabalho e nunca em áreas públicas ou mesmo refeitórios e copas no interior da unidade de saúde. Além disso, é importante não abraçar pessoas ou carregar bebês utilizando jalecos, uma vez que existe o risco de contaminá-los. Apesar de ser uma recomendação conhecida por todos os profissionais da saúde, é muito comum observar essas pessoas utilizando jalecos em áreas públicas e transportando-os de maneira inadequada. Isso pode ocasionar o transporte de agentes patogênicos para fora das unidades de saúde, causando doenças na população. Um ponto importante e que merece destaque é a propagação de bactérias resistentes, que normalmente são encontradas restritas ao ambiente hospitalar, porém podem ser facilmente levadas até a população em virtude da falta de conhecimento dessas normas de biossegurança. As luvas também são equipamentos de proteção que merecem destaque. Elas devem ser usadas sempre que necessário e trocadas após cada procedimento. Após a remoção, é fundamental dar a destinação correta a esse material, assim como a todos os materiais que tiveram contato com material biológico. O descarte correto é extremamente importante para a segurança de todos. Os profissionais de saúde estão expostos frequentemente a material biológico, por isso os riscos de contaminação podem ser altos a depender da atividade realizada. Os acidentes com esses profissionais geralmente envolvem ferimentoscom agulhas ou outro material cortante e contato direto com sangue ou materiais contaminados. Dentre os mais envolvidos com esses acidentes, destacam-se os profissionais de enfermagem. Diante da exposição frequente a agentes patogênicos, recomenda-se que os profissionais de saúde mantenham atualizadas suas carteiras de vacinação. As vacinas são umas das melhores formas de prevenção contra doenças infecciosas. É importante frisar que qualquer acidente ocorrido com os profissionais da saúde durante o desenvolvimento de sua atividade é considerado um acidente de trabalho. Em casos de acidentes com material biológico, é importante lavar o local de contato ou a lesão e notificar a chefia imediata, que analisará o acidente. Essa análise observará qual material biológico esteve envolvido e como ocorreu o acidente. Posteriormente, será observado se o material pode ou não transmitir HIV e hepatites. Se for esse o caso, será necessária a realização de uma quimioprofilaxia. Após esse momento, ocorrerá o seguimento clínico laboratorial apropriado. O papel da Biossegurança no ambiente de trabalho é o de classificar e quantificar os perigos e os riscos aos quais os funcionários podem se encontrar expostos quando exercem suas atividades. Essas atividades podem estar relacionadas ao setor industrial, farmacêutico, a áreas de pesquisa, à prestação de serviços ou a atividades relacionadas à saúde. Vejamos algumas ações que devem ser empregadas na segurança no trabalho: • práticas seguras nas atividades (reduzir acidentes); • medidas que visam a preservar a saúde e o meio ambiente; • organização das atividades (adequar condições de trabalho); • medidas de controle (práticas seguras); • organização estrutural e operacional; • avaliação dos riscos ambientais; • uso adequado de equipamentos; • manutenção preventiva de equipamentos; • sinalização adequada das áreas de risco e das rotas de fuga; • treinamento de combate a incêndios; • sistema de geração elétrica de emergência. 15 Revisões: Vitor - Diagramação: Jefferson - 18/05/2015 Biossegurança Em relação aos serviços de saúde, a norma regulamentadora NR 32 tem como objetivo estabelecer diretrizes básicas para implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde (BRASIL, 2011b). Essas diretrizes destacam os riscos a que os profissionais podem estar expostos, principalmente aos riscos biológicos, e quais os cuidados para diminuir sua exposição a eles. 1.1 Diferenças entre Perigo e Risco: Considera-se como perigo qualquer situação ou agente que cause danos à integridade de uma pessoa. Já o risco pode ser tomado como a probabilidade e a severidade de ocorrência da situação de perigo. Em relação aos riscos, também podemos considerar uma ou mais condições de uma variável com potencial necessário para causar danos. Esses danos podem ser entendidos como lesões a pessoas, danos a equipamentos e instalações, prejuízos ao meio ambiente, perda de material em processo ou redução da capacidade de produção. Tipos de Riscos: os riscos se dividem em cinco tipos, os riscos físicos, riscos químicos, riscos ergonômicos, riscos biológicos e riscos de acidentes. Riscos Físicos Os riscos físicos são considerados do grupo 1 e são identificados pela cor verde. Definem-se pelas diversas formas de energia a que os trabalhadores podem estar expostas. Uma das características desse grupo são os equipamentos que o trabalhador vai manusear e o ambiente do trabalho. Vejamos alguns exemplos desse grupo: ruído, calor, frio, pressão atmosférica, umidade, radiações ionizantes e não ionizantes e vibração. Riscos Químicos O risco químico é classificado como grupo 2 e é identificado pela cor vermelha. É composto por substâncias químicas e produtos que podem penetrar no organismo. Essas substâncias podem ingressar no corpo pela via respiratória nas formas de poeiras, fumos, nevoas neblinas, gases ou vapores. Também pode haver absorção pelo contato da pele ou por ingestão. Riscos Ergonômicos O risco ergonômico é representado pelo grupo 4, caracterizado pela cor amarela. O risco ergonômico é qualquer fator que possa interferir nas características psíquicas e fisiológicas do trabalhador de forma a causar desconforto ou afetar sua própria saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento e transporte manual de peso, o ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a responsabilidade excessiva, a postura inadequada de trabalho, o trabalho em turnos, entre outros. Riscos Biológicos e sua classificação Caracterizado pela cor marrom e classificado como grupo 3. Compreende a exposição ocupacional a micro-organismos, que podem ser fungos, bactérias, parasitas, vírus, protozoários e até mesmo os príons. A principal fonte de contágio para a maioria das doenças é o sangue, porém a via aérea pode ser outra forma importante de contágio, seja pela inalação de aerossóis, seja pela inalação de partículas maiores. Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos em quatro classes de 1 a 4 por ordem crescente de risco, classificados segundo os seguintes critérios: -Patogenicidade para o homem; -Virulência; -Modos de transmissão; -Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes; -Disponibilidade de tratamento eficaz; -Endemicidade. As Classes de Risco Biológico são: Classe de Risco I - Escasso risco individual e comunitário. O Microrganismo tem pouca probabilidade de provocar enfermidades humanas ou enfermidades de importância veterinária. Ex: Bacillus subtilis. Classe de Risco II - Risco individual moderado, risco comunitário limitado. A exposição ao agente patogênico pode provocar infecção, porém, se dispõe de medidas eficazes de tratamento e prevenção, sendo o risco de propagação limitado. Ex: Schistosoma mansoni. . Classe de Risco III - Risco individual elevado, baixo risco comunitário. O agente patogênico pode provocar enfermidades humanas graves, podendo propagar-se de uma pessoa infectada para outra, entretanto, existe profilaxia e/ou tratamento. Ex: Mycobacterium tuberculosis. Classe de Risco IV - Elevado risco individual e comunitário. Os agentes patogênicos representam grande ameaça para as pessoas e animais, com fácil propagação de um indivíduo ao outro, direta ou indiretamente, não existindo profilaxia nem tratamento. Ex: Vírus Ebola. Riscos de Acidentes Os riscos acidentais são do grupo 5, caracterizados pela cor azul. Fazem parte deste risco as ações que colocam o trabalhador em condição vulnerável, podendo afetar sua integridade e bem-estar físico e psíquico. Alguns exemplos desse risco são: arranjo físico inadequado, operação de máquinas ou equipamentos sem proteção, iluminação inadequada, eletricidade com problemas ou fios desencapados, probabilidade de incêndio e explosão. Para diminuir a probabilidade de acidentes, deve-se identificar e conhecer os riscos que a ocupação pode trazer. Assim, podem ser implantadas barreiras para minimizar esses acidentes, como o uso de equipamentos de proteção individual e coletiva. 1.2 Precauções universais: limpeza, desinfecção, esterilização e higienização A conscientização das variações dos riscos de transmissão de infecções, das dificuldades de cada método perante a natureza dos artigos é importante a fim de que possam ser tomadas as precauções necessárias para torná-las invariavelmente eficientes. Essa conscientização se inicia pelo conhecimento dos conceitos de limpeza, desinfecção, esterilização, antissepsia e assepsia, de modo a torná-los compreensíveis e utilizáveis na prática. Limpeza É o procedimento antimicrobiano de remoção de sujidades e detritos para manter em estado de asseio os artigos e áreas. A limpeza constitui o núcleo de todas as ações referentes aos cuidados de higiene com os artigos e áreas hospitalares, sendo o primeiro passo nos procedimentos técnicos de desinfecção e esterilização. DesinfecçãoÉ o processo de destruição de agentes infecciosos em forma vegetativa, sendo classificados como potencialmente patogênicos e aplicados em meios físicos e químicos. Os meios químicos compreendem os germicidas (líquidos ou gasosos). Os meios físicos compreendem o calor em suas formas seca e úmida (vapor). A desinfecção normalmente se aplica a áreas e artigos semicríticos e não críticos. Desinfetantes utilizados: • Hipoclorito de sódio; • Formaldeído; • Compostos fenólicos e iodo. Esterilização A esterilização é o processo de destruição ou eliminação total de todos os microrganismos na forma vegetativa e esporulada, por meio de agentes físicos ou químicos, aplicando-se especificamente a artigos críticos e semicríticos. Higienização Higienização das mãos é uma das ações mais importantes no controle de infecção cruzada. É preciso realizá‑la de maneira correta e com o auxílio de soluções antissépticas. Primeiramente, devem-se remover joias, pulseiras, anéis e relógios, pois tais objetos podem acumular micro‑organismos. Existem diferentes técnicas de higienização das mãos e elas podem variar de acordo com o objetivo ao qual se destina. Gerenciamento de Resíduos O gerenciamento de resíduos nos serviços da saúde é de fundamental importância. Todos os geradores devem elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), de maneira a descrever as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos. De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada RDC 306/2004 (ANVISA, 2004), são classificados como geradores de Resíduos de Serviço da Saúde (RSS): • hospitais; • laboratórios analíticos de produtos para saúde; • necrotérios e funerárias; • serviços de medicina legal; • drogarias e farmácias (incluindo as de manipulação); • estabelecimentos de ensino e pesquisa da área da saúde; • clínicas e consultórios médicos e odontológicos. Classificação dos Resíduos de Serviço da Saúde A NBR 12.808/97 dispõe sobre a classificação dos resíduos de serviço de saúde: • tipo A: resíduo biológico; • tipo B: resíduo químico; • tipo C: resíduo radioativo; • tipo D: resíduo comum; • tipo E: perfuro cortantes. Figura 1 Grupo A – resíduos biológicos Fonte-https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1781&bih=921&q=Grupo+A+%E2%80%93+res%C3%ADduos+biol%C3%B3gicos&oq=Grupo+A+%E2%80%93+res%C3%ADduos+biol%C3%B3gicos&gs_l=img.12...2940.2940.0.5762.1.1.0.0.0.0.200.200.2-1.1.0....0...1ac.1.64.img..0.0.0.t0CVeDpeQy0#imgrc=cLhmc36CvYzUxM%3ª São os resíduos infectantes que apresentem risco biológico. Deverão ser acondicionados em sacos brancos leitosos e identificados com o símbolo de substância infectante (desenhado na cor preta). Alguns exemplos desses resíduos são: gazes, algodões, campos utilizados em cirurgia, luvas, máscaras e aventais descartáveis. Figura 2 Grupo B – substâncias químicas Fontre:https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1781&bih=921&q=subst%C3%A2ncias+qu%C3%ADmicas+&oq=subst%C3%A2ncias+qu%C3%ADmicas+&gs_l=img.12..0i30k1l2j0i24k1l8.2170.2170.0.3976.1.1.0.0.0.0.138.138.0j1.1.0....0...1ac.1.64.img..0.1.122.DmJ5Uzjfzjg#hl=pt-BR&tbm=isch&q=RISCO+QUIMICO&imgrc=wXQ2KrtP6w6mHM%3A São os resíduos contendo substância química que podem apresentar risco à saúde do profissional ou até mesmo um risco ao meio ambiente. Para efetuar a separação no momento do descarte, é preciso atentar‑se ao rótulo das substâncias e à sua simbologia. Exemplos dessas substâncias são: produtos inflamáveis, corrosivos e tóxicos. Figura 3 Grupo C – resíduos radioativos Fonte: https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1781&bih=921&q=subst%C3%A2ncias+qu%C3%ADmicas+&oq=subst%C3%A2ncias+qu%C3%ADmicas+&gs_l=img.12..0i30k1l2j0i24k1l8.2170.2170.0.3976.1.1.0.0.0.0.138.138.0j1.1.0....0...1ac.1.64.img..0.1.122.DmJ5Uzjfzjg#hl=pt-BR&tbm=isch&q=RESIDUOS+RADIOATIVOS&imgrc=q3TKCgKhk3quM%3A São os resíduos referentes a materiais resultantes de laboratórios de serviço de medicina nuclear, radioterapia e equipamentos que produzem raios X. Eles devem ser descartados em contêineres de chumbo para posterior tratamento. Os materiais para o descarte devem ser representados pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescidos da expressão “dejeto radioativo”. Figura 4 Grupo D – resíduos comuns Fonte: https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1781&bih=921&q=subst%C3%A2ncias+qu%C3%ADmicas+&oq=subst%C3%A2ncias+qu%C3%ADmicas+&gs_l=img.12..0i30k1l2j0i24k1l8.2170.2170.0.3976.1.1.0.0.0.0.138.138.0j1.1.0....0...1a.1.64.img..0.1.122.DmJ5Uzjfzjg#hl=pt-BR&tbm=isch&q=res%C3%ADduos+comuns+&imgrc=zAQgwfqnekBtIM%3A São os resíduos que não apresentam risco biológico, por exemplo, papel de sanitários e os restos de alimentos. Devem ser acondicionados em sacos de cor diferente do grupo A (branco) para não haver confusão no momento da separação dos detritos. Desse grupo fazem parte também os resíduos de coleta seletiva, que são identificados pelas seguintes cores: • azul: papéis; • amarelo: metais; • verde: vidros; • vermelho: plásticos; • marrom: resíduos orgânicos Figura 5 Grupo E – perfurocortantes Fonte: https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1781&bih=921&q=subst%C3%A2ncias+qu%C3%ADmicas+&oq=subst%C3%A2ncias+qu%C3%ADmicas+&gs_l=img.12..0i30k1l2j0i24k1l8.2170.2170.0.3976.1.1.0.0.0.0.138.138.0j1.1.0....0...1ac.1.64.img..0.1.122.DmJ5Uzjfzjg#hl=pt-BR&tbm=isch&q=perfurocortantes&imgrc=8F8kqvDxMB8VGM%3A Fazem parte desse grupo todos os materiais considerados perfurocortantes. Para diminuir o risco de uma exposição acidental, devem ser acondicionados em recipientes exclusivos. São exemplos: agulhas, ampolas de vidro, brocas, lâminas de bisturi e vidros quebrados. As embalagens que deverão ser utilizadas são as caixas rígidas de papelão ou os coletores de plástico. Devem ser identificados pelo símbolo de substância infectante constante na NBR–7.500, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescidos da inscrição de resíduo perfurocortante e de indicação do risco que o resíduo apresenta. 1.4 Equipamentos de proteção De acordo com a NR‑6 do MTB (Ministério do Trabalho), os EPIs destinam‑se a proteger a integridade física do trabalhador durante a atividade de trabalho. A função dos EPIs é neutralizar ou atenuar um possível agente agressivo contra o corpo do trabalhador que o utiliza, evitando lesões ou minimizando a sua gravidade. Em casos de acidentes ou exposições a riscos, também podem nos proteger contra efeitos de substâncias tóxicas, alérgicas ou agressivas, que podem causar as chamadas doenças ocupacionais. A segurança no trabalho tem como objetivo as práticas seguras nas atividades, inserindo medidas que visam a preservar a saúde e o meio ambiente. São obrigações do empregador: • adquirir e fornecer gratuitamente o EPI adequado ao risco; • fornecer EPI aprovado pelo MTE; • oferecer treinamento ao trabalhador; • tornar obrigatório o uso do EPI; • substituir imediatamente qualquer material danificado. São obrigações do empregado: • usar o EPI apenas para a finalidade a que se destina; • responsabilizar‑se por sua guarda e conservação; • avisar ao empregador quando o EPI está impróprio para o uso; • lembrar que se trata de um equipamento de uso individual; • observar que o uso coletivo é inadequado por motivos de higiene e proteção Os Tipos de equipamentos de proteção individual (EPI) mais comuns são: – Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auriculares; – Proteção respiratória: máscaras e filtro; – Proteção visual e facial: óculos e viseiras;– Proteção da cabeça: capacetes; – Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes; – Proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas; – Proteção contra quedas: cintos de segurança e cinturões. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) É uma instância colegiada multidisciplinar, integrante do Ministério da Ciência e Tecnologia com a finalidade de prestar apoio técnico consultivo e de assessoramento ao Governo Federal na formulação, atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança relativa aos OGMs, bem como no estabelecimento de normas técnicas de segurança e pareceres técnicos conclusivos referentes à proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio ambiente, para atividades que envolvam a construção, experimentação, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, armazenamento, liberação e descarte de OGM e derivados. 2. DESENHO TÉCNICO E PROJETOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO O desenho é uma forma importante de comunicação, surgiu com a necessidade de representar com precisão: máquinas, peças, ferramentas etc. Engloba um conjunto de metodologias e procedimento necessário para o desenvolvimento e comunicação entre projetos e sistemas. A importância do desenho para o técnico de segurança do trabalho torna-se essencial a medida que o técnico precisa conhecer todas as instalações do imóvel em que trabalha e daí poder detalhar sei layout do posto de trabalho, contendo toadas as informações de segurança para o trabalhador. Sua principal função é comunicar ideias e conceitos O desenho passa por diversas etapas, desde o croqui (esboço) até a representação detalhada final, que é o desenho técnico. Para que essa linguagem seja compreendida por todos os profissionais da área, existem regras de desenho técnico que no Brasil são regulamentadas pela ABNT. O desenho técnico que conhecemos hoje deriva da geometria descritiva, a qual emprega o desenho de projeções geométricas planas para representar objetos tridimensionais no plano do papel, ou seja, é a representação bidimensional de objetos e ambientes tridimensionais. As normas técnicas foram responsáveis pela universalização dos procedimentos de representação gráfica, ou seja, de códigos técnicos que simplificam e estabelecem parâmetros de comum acordo entre produtores e consumidores, empreiteiros, engenheiros e clientes. No Brasil, o órgão responsável pela normalização técnica é a ABNT. Abordamos agora a NBR 10647, cujo objetivo é definir os termos empregados em desenho técnico. Vejamos suas definições . • Quanto ao aspecto geométrico: — Desenho projetivo: resultante de projeções do objeto sobre um ou mais planos que fazem coincidir com o próprio desenho, compreendendo vistas ortográficas e perspectivas. — Desenho não projetivo: desenho não subordinado à correspondência, por meio de projeção, entre as figuras que o constituem e o que é representado por ele. Exemplos: diagramas; esquemas; ábacos ou nomogramas; fluxogramas; organogramas; gráficos . • Quanto ao grau de elaboração: — esboço; — desenho preliminar; — croqui; — desenho definitivo. • Quanto ao grau de detalhamento: — desenho de componente; — desenho de conjunto; — detalhes . Destacamos, ainda, a NBR 10068, que trata da folha de desenho (leiaute e dimensões). Essa norma padroniza as dimensões das folhas em branco e pré‑impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos. Apresenta também o leiaute da folha do desenho técnico em relação a alguns aspectos, como: • posição e dimensão da legenda; • margem e quadro; • marca de centro; • escala métrica de referência; • sistema de referência por malhas; • marca de corte Desenvolvido a partir das ideias do matemático francês Gaspar Monge (1746- 1818) para a Geometria Descritiva, o desenho técnico ocupa hoje lugar de destaque no desenvolvimento de novos produtos e instalações. Hoje usamos a expressão gráfica através de desenhos técnicos para: ● Visualização da ideia; ● Apresentação de projeto para equipe; ● Apresentação de projeto para terceiros; ● Oferecer uma ponte para a concepção, isto é, serve de canal de expressão através do qual os conceitos e ideias são alterados pelos participantes de uma equipe de projeto. 2.1 Desenvolvimento de desenhos técnicos Atualmente os desenhos podem ser desenvolvidos manualmente ou através do uso de computadores. O desenho com o auxílio de computador é feito através de vários programas computacionais conhecidos como CAD. Independentemente de qual método é o escolhido, as etapas típicas desses processos são: • Concepção do objeto a ser desenhado, isto é, o projetista imagina como ficará seu produto; • Uso de esboços para representar as ideias iniciais e suas variantes; • A partir principalmente dos esboços é elaborado um desenho que já respeita a maior parte das normas vigentes, o chamado desenho preliminar; • O desenho preliminar é modificado quantas vezes forem necessárias até se chegar à solução definitiva; • O desenho técnico final é então feito de acordo com todas as normas vigentes. Esse desenho é que será usado como modelo para a construção do objeto real. 2.2 Material de desenho técnico 2.2.1 Formato e dimensão do papel As folhas em que se desenha o projeto arquitetônico são denominadas prancha. Os tamanhos do papel devem seguir os mesmos padrões do desenho técnico. No Brasil, a ABNT adota o padrão ISO: usa-se um módulo de 1 m², cujas dimensões seguem uma proporção equivalente raiz quadrada de 2 (841 x 1189 m), que remete às proporções áureas do retângulo. Esta é a chamada folha A0 (a-zero). A partir desta, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha A1 corresponde à metade da A0, assim como a folha A0 corresponde ao dobro daquela). A maioria dos escritórios utiliza predominantemente os formatos A1 e A0, devido à escala dos desenhos e à quantidade de informação. As cópias dos projetos podem ser arquivadas dobradas, ocupando menor espaço e sendo mais fácil seu manejo. O formato final deve ser o A4, para arquivamento. Os formatos da série “A” seguem as seguintes dimensões em milímetros: 2.3 Algumas Técnicas de Manuseio Para traçados apoiados em esquadro ou régua, o grafite jamais deverá tocar suas superfícies, evitando assim indesejáveis borrões. Para conseguir isso, incline ligeiramente a lapiseira/lápis conforme a figura ao lado. O grafite do compasso deverá ser apontado em forma de cunha, sendo o chanfro voltado para o lado contrário da ponta seca, conforme o ilustrado ao lado. 2.4 Recomendações • O antebraço deve estar totalmente apoiado sobre a mesa; • A mão deve segurar o lápis/lapiseira naturalmente, sem forçar, e também, estar apoiada na mesa; • Deve-se evitar desenhar próximo às beiradas da mesa, sem o apoio do antebraço; • O antebraço não estando apoiado acarretará um maior esforço muscular, e, em consequência, imperfeição no desenho; • Os traços verticais, inclinados ou não, são geralmente desenhados, de cima para baixo; • Os traços horizontais são feitos da esquerda para a direita. 2.5 Caligrafia técnica As letras e algarismos que compõe a caligrafia utilizada no desenho técnico seguem normatização da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). 2.5.1 Padrão Vertical • Letras Maiúsculas A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z • Letras Minúsculas a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z • Algarismos 2.5.2 Padrão Inclinado (75°) • Letras Minúsculas A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z • Letras Minúsculas a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z • Algarismos 2.6 Legendas A legenda deve estar situada sempre no canto inferior direito, em todos os formatos de papel, à exceção do formato A4, no qual a legenda se localiza ao longo da largura da folha. As legendas utilizadas nas indústrias variam de acordo com o padrão adotado por cada uma delas. A legenda consistede: • Título; • Número; • Escala; • Nome da Empresa; • Data; • Nome do desenhista; • Descrição dos componentes. Neste curso será adotada a legenda abaixo: 2.7 Escalas O desenho de um objeto, por diversas razões, nem sempre poderá ser executado com as dimensões reais do mesmo. Tratando-se de um objeto muito grande, teremos de desenhá-lo em tamanho menor que o seu tamanho real, conservando suas proporções em todas as medidas. Assim como um objeto muito pequeno será desenhado em tamanho maior que o seu real tamanho, com o mesmo respeito as suas proporções. Esta relação entre objeto e desenho tem o nome de ESCALA. Uma escala pode ser: • Natural, as medidas do desenho e do objeto são iguais. Relação única: 1/1 ou 1:1; • De Redução ou Reduzida, as medidas do desenho são menores que as do objeto. Por exemplo, 1: 20 - O desenho é vinte vezes menor que o tamanho real do objeto representado no desenho, ou seja, foi reduzido vinte vezes; • De Ampliação ou Ampliada, as medidas do desenho são maiores que as do objeto. Por exemplo, 5: 1 - O desenho é cinco vezes maior que o tamanho real do objeto representado no desenho, ou seja, foi ampliado cinco vezes. Observações: • O valor indicado nas cotas se refere sempre às medidas reais do objeto, independentemente do mesmo ter sido ampliado ou reduzido no desenho; • Dimensões de ângulos (graus) permanecerão inalteradas em relação à escala utilizada no desenho. 2.8 Projeções ortográficas Os planos de projeção podem ocupar várias posições no espaço. Em desenho técnico usamos dois planos básicos para representar as projeções de modelos: um plano vertical e um plano horizontal que se cortam perpendicularmente. Esses dois planos, perpendiculares entre si, dividem o espaço em quatro regiões chamadas diedros (do grego duas faces). Os diedros são numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário ao do movimento dos ponteiros do relógio. As vistas ortográficas são as representações gráficas das três faces que observamos de um objeto. As normas de desenho técnico fixaram a utilização das projeções ortogonais (vistas ortográficas), somente pelo 1° e 3° diedros, criando pelas normas internacionais dois sistemas para representação de peças: • Sistemas de projeções ortogonais pelo 1° diedro (Norma brasileira); • Sistemas de projeções ortogonais pelo 3° diedro (Norma americana). Podemos então definir dessa forma as principais vistas ortográficas no 1° diedro: • Vista Frontal – Desenha-se o objeto visto de frente, ou seja, a sua face frontal; • Vista Superior – Desenha-se o objeto visto de cima; • Vista Lateral Esquerda – Desenha-se a face lateral esquerda do objeto. A figura abaixo mostra as posições do observador em relação aos planos de projeção das três vistas no 1° diedro (frontal superior e lateral esquerda). Já no 3° diedro, a representação do objeto estaria definida através das vistas Frontal, Superior e Lateral Direita. O quadro a seguir apresenta a descrição comparativa dos dois diedros, definindo o posicionamento das vistas em relação à Vista Frontal. Para facilitar a interpretação do desenho, é recomendado que se faça a indicação do diedro utilizado na representação. A indicação pode ser feita escrevendo o nome do diedro utilizado, ou utilizando a simbologia abaixo: O ponto de partida para determinar as vistas necessárias, é escolher o lado da peça que será considerado como frente. Normalmente, considerando a peça em sua posição de trabalho ou de equilíbrio, toma-se como frente o lado que melhor define a forma da peça. Quando dois lados definem bem a forma da peça, escolhe-se o de maior comprimento. Deve-se registrar que se pode representar até seis planos de uma peça, que resultam nas seguintes vistas: • Plano 1 – Vista de Frente ou Elevação – mostra a projeção frontal do objeto. • Plano 2 – Vista Superior ou Planta – mostra a projeção do objeto visto por cima. • Plano 3 – Vista Lateral Esquerda ou Perfil – mostra o objeto visto pelo lado esquerdo. • Plano 4 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado direito. • Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo. • Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objeto sendo visto por trás. Podemos observar com clareza nas figuras abaixo, a representação em três vistas desse mesmo objeto no 1° e 3° diedros: Como a norma brasileira adota a representação das vistas ortográficas sempre no 1° diedro, passaremos então a abordar daqui para adiante, somente esse sistema de representação. 2.9 Cotagem Cotagem é a indicação das medidas da peça em seu desenho conforme a norma NBR 10126. O desenho técnico, além de representar, dentro de uma escala, a forma tridimensional, deve conter informações sobre as dimensões do objeto representado. As dimensões irão definir as características geométricas do objeto, dando valores de tamanho e posição aos diâmetros, aos comprimentos, aos ângulos e a todos os outros detalhes que compõem sua forma espacial. A forma mais utilizada em desenho técnico é definir as dimensões por meio de cotas que são constituídas de linhas de chamada, linha de cota, setas e do valor numérico em uma determinada unidade de medida. Portanto, para a cotagem de um desenho são necessários três elementos: Linhas de cota são linhas contínuas estreitas, com setas nas extremidades; nessas linhas são colocadas as cotas que indicam as medidas da peça. A linha auxiliar ou de chamada é uma linha contínua estreita que limita as linhas de cota. Cotas são numerais que indicam as medidas básicas da peça e as medidas de seus elementos. As medidas básicas são: comprimento, largura e altura. As cotas devem ser distribuídas pelas vistas e dar todas as dimensões necessárias para viabilizar a construção do objeto desenhado, com o cuidado de não colocar cotas desnecessárias. 2.9.1 Cuidados na cotagem. Ao cotar um desenho é necessário observar o seguinte: Normalmente, a unidade de medida mais utilizada no desenho técnico é o milímetro. Quando houver necessidade de utilizar outras unidades, além daquela predominante, o símbolo da unidade deve ser indicado ao lado do valor da cota. Para facilitar a leitura e a interpretação do desenho, deve-se evitar colocar cotas dentro dos desenhos e, principalmente, cotas alinhadas com outras linhas do desenho, conforme mostra a figura: Outro cuidado que se deve ter para melhorar a interpretação do desenho é evitar o cruzamento de linha da cota com qualquer outra linha. As cotas de menor valor devem ficar por dentro das cotas de maior valor, para evitar o cruzamento de linhas de cotas com as linhas de chamada, conforme mostra a figura abaixo: As seguintes normas se aplicam diretamente ao desenho técnico no Brasil: NBR 10067 – Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico NBR 10126 – Cotagem em Desenho Técnico Sendo complementadas pelas seguintes normas: NBR 8402 – Execução de Caracteres para Escrita em Desenhos Técnicos NBR 8403 – Aplicação de Linhas em Desenho Técnico NBR 12296 – Representação de Área de Corte por Meio de Hachuras em Desenho Técnico 3. QUALIDADE NO AMBIENTE DE TRABALHO A qualidade de vida no ambiente de trabalho visa facilitar e satisfazer as necessidades do trabalhador ao desenvolver suas atividades na organização através de ações para o desenvolvimento pessoal e profissional. O tema “Qualidade de vida no trabalho” vem se tornando cada vez mais uma preocupação para a Administração Pública e empresas, devido a ligação que existe entre condições adequadas para realização de um trabalho e produtividade, podendo se destacar por vários itens que formam um conjunto de fatores que interferem no desempenho do funcionários. A QVT assimila duas posições antagônicas: a reivindicação dos empregados quanto ao bem-estar e satisfação no trabalho; e, de interessedas organizações quanto aos seus efeitos potenciais sobre a produtividade e a qualidade. A gestão da qualidade total nas organizações depende fundamentalmente da otimização do potencial humano, isto é, depende de quão bem as pessoas se sentem trabalhando na organização. A QVT representa em que grau os membros da organização são capazes de satisfazer suas necessidades pessoais através do seu trabalho na organização. A QVT envolve uma constelação de fatores: 1- A satisfação com o trabalho executado. 2- As possibilidades de futuro na organização. 3- O reconhecimento pelos resultados alcançados. 4- O salário percebido. 5- Os benefícios auferidos. 6- O relacionamento humano dentro do grupo e da organização. 7- O ambiente psicológico e físico de trabalho. 8- A liberdade e responsabilidade de decidir. 9- As possibilidades de participar. A QVT envolve os aspectos intrínsecos (conteúdo) e extrínsecos (contextos) do cargo. Ela afeta atitudes pessoais e comportamentos relevantes para a produtividade individual e grupal, tais como: motivação para o trabalho, adaptabilidade a mudanças no ambiente de trabalho, criatividade e vontade de inovar ou aceitar mudança. A importância das necessidades humanas varia conforme a cultura de cada indivíduo e cada organização. Portanto, a QVT não é determinada apenas pelas características individuais (necessidades, valores, expectativas) ou situacionais (estrutura organizacional, tecnologia, sistemas de recompensas, políticas internas), mas, sobretudo pela atuação sistêmica dessas características individuais e organizacionais. Nos cenários atuais das empresas, não há preocupação somente com a qualidade do trabalho, mais também com a qualidade de vida dos trabalhadores. Atualmente, para que os funcionários das empresas sejam mais produtivos, eles deverão se encaixar nas atividades para as quais mais possuam habilidades dentro das empresas, ou seja, deverão se identificar com suas atividades (GIL, 2001). Mediante as evoluções apresentadas anteriormente, verificou‑se ampla mudança nas organizações com base na QVT. As empresas passaram a ter uma visão ampla das necessidades dos funcionários, bem como da forma de agir com os aspectos relacionados à QVT. As empresas se mostraram interessadas nas necessidades dos funcionários, no seu bem‑estar no trabalho, na relação entre indivíduos, trabalho e organização. Uso e desenvolvimento de capacidades Aproveitamento das habilidades; Autonomia na atividade desenvolvida; Percepção do significado do trabalho. Integração social e interna Ausência de preconceitos; Criação de áreas comuns para integração dos servidores; Promoção dos relacionamentos interpessoais; Senso comunitário. Respeito à legislação Liberdade de expressão; Privacidade pessoal; Tratamento imparcial. Condições de segurança e saúde no trabalho Acesso para portadores de deficiência física; Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA; Controle da jornada de trabalho; Ergonomia: equipamentos e mobiliário; Ginástica laboral e outras atividades; Grupos de apoio anti-tabagismo, alcoolismo, drogas e neuroses diversas; Orientação nutricional; Salubridade dos ambientes; Saúde Ocupacional. Durante muito tempo, acreditou‑se que quanto mais eficientes fossem os equipamentos e as máquinas, maior seria a produtividade, e que o homem tinha papel secundário nas empresas, modificando‑se de acordo as intenções organizacionais. Além disso, o homem era retratado como ser manipulável e movido exclusivamente pelos aspectos econômicos, a produtividade passou a aumentar quando começou-se a perceber que qvt era essencial também para a produtividade e lucratividade da empresa. 3.1 Programas de qualidade de viva no trabalho (QVT) Os programas de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) vêm‑se tornando “a maneira pela qual é possível se desenvolver e manter a motivação e o comprometimento dos trabalhadores, resultando em inúmeros benefícios” (ALVES, 2011, p. 60). Segundo esse autor, muitas empresas vêm buscando implantar programas padronizados de QVT de forma rápida, sem planejamento e, principalmente, sem os devidos investimentos. Dessa forma, esperam obter ótimos resultados, porém o que acaba ocorrendo são resultados contrários aos esperados. Alves (2011) aponta que os responsáveis por essas ações devem entender que o programa deve ter um direcionamento, uma vez que cada empresa tem a sua especificidade. Dessa forma, deve haver um diagnóstico dos problemas e das limitações das atividades ocupacionais, assim como dos recursos físicos e humanos, para, diante disso, ser possível realizar o planejamento e as ações a serem implementadas. 3.2 Benefícios do programa de qualidade de vida no trabalho Investimento em Treinamento e Desenvolvimento; Maior engajamento dos profissionais a partir de sua valorização; Criação de áreas comuns para a integração de colaboradores; Maior valorização das competências e habilidades dos funcionários; Promoção de relacionamentos interpessoais mais positivos; Respeito individual e coletivo aos direitos dos trabalhadores; Atenção maior à segurança e saúde dos profissionais no trabalho; Maior produtividade individual e coletiva dos funcionários; Implantação de projetos ergonomia e ginástica laboral, visando cuidar da saúde física e emocional dos colaboradores; Diminuição das doenças provenientes do trabalho; Criação de uma ambiente mais saudável para o capital humano; Criação de acesso específico para portadores de deficiências físicas; Defesa da liberdade de expressão e participação de todos. 3.3 Exemplos de programas de qualidade de vida no trabalho Como podemos perceber, os benefícios dos programas de qualidade de vida no trabalho são inúmeros, uma vez que trazem para, o ambiente organizacional, práticas que ajudam no desenvolvimento de suas atividades e dos seus profissionais. Um dos exemplos disso são os programas de ginástica laboral e ergonomia que trazem atividades físicas para o ambiente de trabalho e também orienta os profissionais a terem uma postura corporal mais adequada. Outro programa importante são os de T&D; que são os programas de Treinamento e Desenvolvimento; para capacitação dos colaboradores por meio de cursos, treinamentos, palestras e workshops. Esta valorização mostra o comprometimento das empresas em fazer com que seus profissionais possam desenvolver seus talentos e habilidades de forma progressiva e com isso, aumentar sua produtividade e, também o seu engajamento e motivação. CONCLUSÃO: Durante a realização do presente, observou-se que em relação à disciplina, Biossegurança, Desenho Técnico de Segurança do Trabalho e Qualidade no Ambiente de Trabalho, que existe muito trabalho pela frente, principalmente no que se refere a conscientização dos trabalhadores da saúde, muitos ainda veem a segurança do trabalho com um inimigo, e não como aliado, que é o seu verdadeiro papel, nosso principal objetivo como trabalhadores na área de segurança do trabalho, é obviamente garantir a segurança laboral dos mesmos. A falta de conscientização e capacitação é nosso principal adversário. Apesar de expor essas pessoas a sérios riscos de contágio de doenças graves, grande parte dos profissionais ainda se mostra resistente à adoção de medidas de controle de infecção. Biossegurança é um caminho sem volta e depende de uma mudança de atitude profissional que beneficia a todos: paciente e equipe multidisciplinares. O Desenho para o Técnico em Segurança do Trabalho torna-se essencial à medida que o técnico precisa conhecer todas as instalações do imóvel em que trabalha, e daí poder detalhar seu layout do posto de trabalho, contendo todas as informações de segurança para o trabalhador. com isso o técnico de segurança do trabalho poderá Mapear áreas de risco, saber a quantidade necessárias de equipamentos para combater incêndio, ler e interpretar desenhos técnicosde equipamentos de proteção coletiva, desenhar projetos de segurança e conhecer mecanismos de máquinas. A QVT está diretamente ligada à motivação, quanto mais motivado a pessoa estiver, maior será o grau de sua autoestima, consequentemente terá mais saúde e muita vontade de gerar resultados positivos em seu trabalho. O desafio das empresas é promover condições que atendam as necessidades das pessoas como, por exemplo, um ambiente de trabalho confortável e seguro para que seus colaboradores desempenhem suas atividades sem riscos para sua saúde e muito mais motivados. Finalizo assim este projeto convidando a todos os colegas da área de saúde a fazerem uma reflexão sobre a sua postura frente aos riscos com os quais nos deparamos no dia a dia, de maneira a corrigirmos e sermos, então, multiplicadores da boa ideia de trabalharmos cada vez mais focados no aspecto da Biossegurança, Desenho Técnico de Segurança do Trabalho e Qualidade no Ambiente de Trabalho. 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