Relatório 2º Campo Geologia Geral-UFOP

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Relatório de Campo
 
 
 20 de Outubro de 2018
 
 Gabriel Pedrosa Pereira
 Professor Paulo de Tarso
 Introdução
A importância da prática no curso de geologia se iguala à, senão supera, a da teoria. E isso mais uma vez se confirmou após o segundo trabalho de campo da disciplina de Geologia Geral, guiado pelo professor Paulo de Tarso, no qual nos dirigimos a Lagoa Santa, à Serra do Rola Moça, em Nova Lima e a um trecho de rodovia localizado em Vespasiano.
O objetivo da excursão foi o estudo de rochas sedimentares e ígneas, sendo respectivamente, em Lagoa Santa e em Nova Lima. O trabalho a seguir relata a visita com as características dos três pontos
Ponto 1:
	A saída de Ouro Preto ocorreu por volta das 08:00, quando nos deslocamos pela BR 356 até a altura do condomínio Alphaville, em Nova Lima; onde tomamos a BR 040 até o encontro com a MG 010, a qual seguimos até Lagoa Santa. Após entrar na cidade, seguimos por vias locais até as coordenadas 19°39’45’’ Sul 43°52’30’’ Oeste, a 829 metros de altitude.
 	A chegada ao ponto 1 ocorreu por volta das 11:04, sob tempo levemente fechado. O objetivo do primeiro ponto era a análise de rochas sedimentares. Após descer do ônibus, nos deslocamos a pé até um barranco, fruto de corte de estrada e bastante inteperizado próximo onde documentamos a formação das rochas que o constituíam.
	A priore, a olho nu, o barranco parecia formado por rochas areníticas de coloração amarelada e apresentava vegetação baixa e espaçada sob grande camada de solo e, quando analisado com lupa e cartela, podemos notar a ocorrência de grãos na fração de tamanho areia. Devido às chuvas anteriores a nossa visita, as amostras estavam um pouco prejudicadas, dificultando uma análise precisa.
 
Ponto 2:
	O segundo ponto foi uma breve passagem por uma encosta, às margens da rodovia MG 010 em Vespasiano, com as coordenadas de 19°42’22” Sul l 43°55'21" Oeste 735 metros de altitude, chegamos por volta das 13:15 com o tempo abrindo, porém ainda nublado.
	Nesse ponto, notamos um pedaço com imensa interferência antropológica, porém, podemos notar a forma que a água “esculpiu” as rochas, além de ter cumprido seu papel de solvente universal nos minerais ali presentes, mudando também a coloração das rochas juntamente com os agentes externos presentes no local, com grande circulação de veículos.
As rochas desse local eram majoritariamente sedimentares com grãos na fração areia e de coloração alaranjada, o que demonstra a ocorrência de ferro. Houveram extrações de amostras no local e posterior análise, sendo feita pelo professor e usando ácido clorídrico para comprovação de minerais ricos em cálcio ali presentes. Havia uma boa quantidade de vegetação na parte superior, onde notamos uma camada mediana de solo.
Ponto 3:
	Para o terceiro e último ponto visitado no dia nos dirigimos à Serra do Rola Moça, num trecho localizado no município de Nova Lima, sob as coordenadas 20°03’34” Sul 44°02’0” Oeste. Para chegarmos ao local voltamos pela MG 010 até a rodovia BR 040 até a altura do bairro Jardim Canadá, onde seguimos por vias locais até a portaria do parque. Alguns minutos depois seguindo por via interna chegamos ao ponto final.
	O local era um mirante natural no qual era possível avistar toda a cidade de Belo Horizonte, um descampado plano e com coloração vermelha forte, situado a 1382 metros de altitude. Por estarmos em um parque nacional, não estávamos autorizados a coletar amostras, contudo, houveram análises de diversos fragmentos já soltos encontrados no local, além do relevo próximo. Documentamos rochas metassedimentares, ricas em quartzo e ferro, sendo em sua maioria hematita e magnetita, minerais que não contem nutrientes importantes para vegetais o que dificulta o processo intempérico bioquímico, logo a vegetação sobre o trecho da dobra no qual estávamos era praticamente nula, havendo apenas gramíneas sob uma fina camada de solo presente as bordas do mirante. Após a observação dos estratos e pequenas amostras, houve explicação do professor e breve reconstituição da história geológica de todos os pontos previamente visitados. 
 		
 
 CONCLUSÃO
	Após horas em campo ficou ainda mais enfatizado a importância da análise prática das rochas e minerais estudados na aula teórica. Nos três pontos houve grande variação em relevo, vegetação e minerais presentes, possibilitando um estudo também variado. Houve grande enriquecimento no conhecimento tanto das rochas metassedimentares quanto nas sedimentares, isso tudo é claro, com o conhecimento base adquirido nas aulas teóricas.
	Por fim, retornamos à UFOP após um dia inteiro, com sentimento de missão cumprida e realização. 
 
Referências: Rochas Sedimentares: Guia Geológico de Campo por Maurice E. Tucker
Apresentação de slides da disciplina de Geologia Geral por Professor Paulo de Tarso Amorim