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CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 1 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 2 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” SUMRIO HISTÓRIA DA FARMÁCIA NO BRASIL.................................................................................................................................... 3 ATENÇÃO FARMACÊUTICA..................................................................................................................................................... 5 Assistência Farmacêutica................................................................................................................................................................ 5 Atenção Farmacêutica..................................................................................................................................................................... 7 Serviço Farmacêutico...................................................................................................................................................................... 8 DEFINIÇÕES DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA....................................................................................................................... 11 A FILOSOFIA DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA..................................................................................................................... 13 IMPACTO DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA........................................................................................................................... 14 ATENÇÃO FARMACÊUTICA E USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS............................................................................ 15 EVOLUÇÃO E DESAFIOS DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA................................................................................................ 16 PRINCIPAIS CONCEITOS QUE DEVEMOS SABER................................................................................................................ 17 AÇÃO DOS MEDICAMENTOS.................................................................................................................................................... 18 FORMAS FARMACÊUTICAS...................................................................................................................................................... 18 Significado das Siglas nos medicamentos....................................................................................................................................... 18 Abreviaturas mais encontradas nas prescrições.............................................................................................................................. 19 CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS............................................................................................................................... 21 CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS DE FARMACOLOGIA....................................................................................... 22 Antibióticos..................................................................................................................................................................................... 22 Antimicóticos.................................................................................................................................................................................. 23 Antivirais......................................................................................................................................................................................... 24 Antiparasitários................................................................................................................................................................................ 25 Sulfonamidas/Anti-Histamínico...................................................................................................................................................... 26 Antitussígenos................................................................................................................................................................................. 27 Expectorantes.................................................................................................................................................................................. 28 Broncodilatadores............................................................................................................................................................................ 29 Cardiotônicos ou Inotrópicos.......................................................................................................................................................... 30 Antagonistas do receptor da angiotensina II................................................................................................................................... 32 Beta-Bloqueadores.......................................................................................................................................................................... 32 Vasoconstritores.............................................................................................................................................................................. 33 Vasodilatadores............................................................................................................................................................................... 34 Anti-Hipertencivos.......................................................................................................................................................................... 35 Coagulantes..................................................................................................................................................................................... 36 Anti-Coagulantes/Antitrombóticos para IAM................................................................................................................................. 37 Anti agregador plaquetário.............................................................................................................................................................. 38 Antilipemicos.................................................................................................................................................................................. 39 Estimulantes no SNC/Depressores do SNC CODEIN 60MG-c/30cps........................................................................................... 40 Hipnóticos e Sedativos.................................................................................................................................................................... 41 Analgésicos opióides....................................................................................................................................................................... 42 Analgésicos não narcóticos ou não opióides/Anticonvulsivantes................................................................................................... 43 Antiparkisoniano............................................................................................................................................................................. 44 Tranquilizantes................................................................................................................................................................................ 45 Antidepressivos1/Ansiolíticos......................................................................................................................................................... 46 Antisecretores Gástricos.................................................................................................................................................................. 48 Aantiácidos......................................................................................................................................................................................49 Substâncias Digestivas.................................................................................................................................................................... 50 Estimulantes de Apetite/Inibidores da absorção no processo digestor............................................................................................ 51 Bloqueador de gorduras facilita ainda o trânsito intestinal/Eméticos............................................................................................. 52 Auxiliar do sistema imunológico/Antieméticos.............................................................................................................................. 53 Laxantes........................................................................................................................................................................................... 54 Antiarréicos/Hormônios.................................................................................................................................................................. 55 Hipoglicemiante via oral................................................................................................................................................................. 56 Diuréticos........................................................................................................................................................................................ 57 O QUE SÃO INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS.................................................................................................................... 59 Classificação das interações medicamentosas................................................................................................................................. 59 Interpretação e intervenção.............................................................................................................................................................. 61 Orientações gerais........................................................................................................................................................................... 62 Efeito de alimentos sobre a absorção de medicamentos/Incompatibilidades químicas entre fármacos e Fluidos ......................... 63 IMUNIZAÇÃO............................................................................................................................................................................... 64 Imunização ativa vs. Passiva/Classificação das vacinas................................................................................................................. 64 Número de doses de uma vacina/Intervalo entre doses de uma mesma vacina/Aplicação simultânea e não simultânea de diferentes vacinas/Interferência da presença de anticorpos na resposta a vacinação...................................................................... 65 A administração de vacinas vivas atenuadas x anticorpos/Reações adversas da vacina/Contra-indicações a vacinação ............. 67 PORTARIA 344/98......................................................................................................................................................................... 68 CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 3 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” HISTRIA DA FARMCIA NO BRASIL A origem das atividades relacionadas à farmácia se deu a partir do século X com as boticas ou apotecas, como eram conhecidas na época. Neste período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão. Na Espanha e na França, a partir do século X, foram criadas as primeiras boticas. Esse pioneirismo, mais tarde, originaria o modelo das farmácias atuais. Neste período, o boticário tinha a responsabilidade de conhecer e curar as doenças, mas para exercer a profissão devia cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos adequados para a preparação e guarda dos medicamentos. Com um grande surto de propagação da lepra leva Luís XIV, entre outras iniciativas na área da saúde pública, houve a necessidade de ampliar o número de farmácias hospitalares na França. Mais adiante, no século XVIII, a profissão farmacêutica separa-se da medicina e fica proibido ao médico ser proprietário de uma botica. Com isso, dá início na antiga Roma a separação daqueles que diagnosticavam a doença e dos que misturavam matérias para produzir porções de cura. No século II, os árabes fundaram a primeira escola de farmácia de que se tem notícia, criando inclusive uma legislação para o exercício da profissão. Em 1777, Luiz XV determina a substituição do nome de apoticário pelo de farmacêutico. A obtenção do diploma de farmacêutico exige estudos teóricos e prestação de exames práticos, embora ainda não seja considerado de nível universitário. Com o tempo, o estudo universitário para a formação do farmacêutico é logo estendido para toda a Europa. No século XVI, o estudo dos remédios ganhou impulso notável, com a pesquisa sistemática dos princípios ativos das plantas e dos minerais capazes de curar doenças. Com o tempo, foi implantada no mundo a indústria farmacêutica e, com ela, novos medicamentos são criados e estudos realizados, em velocidade espantosa. Os maiores conhecimentos em fisiologia e toxicologia dão início à moderna farmacologia, tendo sido publicado, em 1813, o primeiro tratado de toxicologia. Também na primeira metade do século XIX foram criados os primeiros laboratórios farmacêuticos. Inicia- se um grande processo de mudança na profissão. O boticário no Brasil surgiu no período colonial, os medicamentos e outros produtos com fins terapêuticos podiam ser comprados nas boticas. Geralmente, o boticário manipulava e produzia o medicamento na frente do paciente, de acordo com a farmacopéia e a prescrição médica. O primeiro boticário no Brasil foi Diogo de Castro, trazido de Portugal pelo governador geral, Thomé de Souza (nomeado pela coroa portuguesa). Isso só aconteceu após a coroa portuguesa detectar que no Brasil, o acesso ao medicamento às pessoas só acontecia quando expedições portuguesas, francesas ou espanholas apareciam com suas esquadras, onde CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 4 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” sempre havia um cirurgio barbeiro ou algum tripulante com uma botica porttil cheia de drogas e medicamentos. Com o tempo, a botica, onde o boticrio pesquisava e manipulava frmulas extemporneas, originou dois novos tipos de estabelecimentos: Farmcia e Laboratrio Industrial Farmacutico. Durante a 1a Guerra Mundial (1914 -1919), desenvolve-se a terapia antimicrobiana com avan os significativos em quimioterapia, antibioticoterapia e imunoterapia. E no perodo da 2a Guerra Mundial (1939 -1945), come aram as pesquisas sobre guerra qumica que resultaram no descobrimento dos primeiros anti-neoplsicos. A industrializa o em ritmo crescente torna o frmaco um produto industrial, aliado as mudan as da sociedade de consumo e, ainda, objeto de interesses econmicos e polticos. Como conseqncia, so feitos enormes investimentos publicitrios que atribuem ao medicamento a solu o para todos os problemas. A sociedade a partir de 1950 come a a dispor dos servi os das farmcias e da qualifica o do farmacutico. A ta a com a serpente nela enrolada internacionalmente conhecida como smbolo da profisso farmacutica. Sua origem remonta Antigidade, sendo parte das histrias da mitologia grega. Segundo as literaturas antigas, o smbolo da Farmcia ilustra o poder (cobra) e a cura (ta a). Os Conselhos Federal e Regional de Farmcia nasceram de uma antiga aspira o de farmacuticos, inspirados na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O primeiro anteprojeto de lei para cria o da OAB foi proposto por volta de 1945.Houve muitas altera es at o projeto final que veio a ser aprovado e sancionado a lei n. 3.820, de 11 de novembro de 1960, criando no a “Ordem dos Farmacuticos”, mas os Conselhos de Farmcia, inspirados nos precedentes Conselhos de Engenharia, Conselhos de Contabilidade. O maior entrave para a aprova o do projeto de lei em trmite durante muitos anos no Congresso Nacional estava na divergncia entre farmacuticos e prticos de farmcia – proprietrios de farmcias – que aspiravam ao direito de se tornarem os responsveis tcnicos de seus estabelecimentos comerciais, conforme j ocorrera por for a de leis anteriores de 1931 e 1951. Finalmente, com o apoio da a o poltica do relator do projeto Deputado Ulysses Guimares, chegaram s lideran as de ambas as partes a um consenso resultando no art. 33 da Lei n. 3820/60. A cria o de um rgo de fiscaliza o da tica e da disciplina dos que exercem atividades profissionais farmacuticas era vista pelas lideran as como a salva o da profisso dos farmacuticos, em vias de extin o no dizer da primeira Secretria Geral do CRF-8, dra. Cendy de Castro Guimares. Na poca, o fato de cerca de 60% dos farmacuticos terem mais de 50 anos de idade (a expectativa de vida estava em torno de 55 / 60 anos), associado existncia de apenas trs Faculdades de Farmcia no Estado de So Paulo (USP de So Paulo, Ribeiro Preto e Araraquara) que formavam, anualmente, por volta de 50 profissionais, levou concluso de que, efetivamente, se alguma medida concreta no fosse tomada, a profisso de farmacutico estaria amea ada de morte. CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 5 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” ATEN O FARMACEUTICA O sistema de sade no Brasil, alm de outros pases, tem sofrido reformas nas ltimas dcadas, voltadas descentraliza o dos processos e ao cumprimento dos princpios bsicos do Sistema nico de Sade: universalidade de acesso, integralidade e igualdade de assistncia, resolutividade dos servi os, entre outros (NASCIMENTO JUNIOR apud FRANCESCHET, 2003). Enquanto em pases desenvolvidos a preocupa o com a racionaliza o do uso de medicamentos – incluindo a aten o farmacutica – no Brasil a principal preocupa o ainda a garantia do acesso aos servi os de sade e a medicamentos de qualidade (IVAMA et al., 2002). No entanto, importante que o Brasil esteja inserido nas discusses relacionadas profisso que se sucedem em nvel global, sobretudo nas questes relacionadas prtica farmacutica (FRANCESCHET, 2003). Um dos grandes desafios para a consolida o da prtica da Aten o Farmacutica a uniformiza o da terminologia utilizada nas diferentes atividades desempenhadas pelo farmacutico. A influncia internacional, geralmente da lngua inglesa, gera confuses no entendimento de termos como pharmaceutical care (e suas tradu es), farmcia clnica, assistncia farmacutica e servi os farmacuticos. As diferentes denomina es utilizadas para os distintos efeitos decorrentes da utiliza o de medicamentos, tm evidenciado divergncias nas publica es consultadas, dificultando o conhecimento do impacto real de tais efeitos e impossibilitando a compara o dos resultados obtidos em diversos estudos. Por isso, as institui es que regulamentam a profisso visam a harmoniza o de conceitos por meio dos documentos j publicados, a fim de facilitar e compreender o processo de trabalho do farmacutico na Aten o Farmacutica (IVAMA et al., 2002). Assistncia Farmacutica, Aten o Farmacutica, Servi o Farmacutico: diferen as e semelhan as conceituais. 1. Assistncia Farmacutica O Conselho Federal de Farmcia considera Assistncia Farmacutica, de acordo com a Resolu o no 308 de 1997 o Conjunto de a es e servi os com a finalidade de assegurar a assistncia teraputica integral, a promo o e recupera o da sade, nos estabelecimentos pblicos e privados, que desempenham atividades de projeto, investiga o, manipula o, produ o, conserva o, dispensa o, distribui o, garantia e controle de qualidade, vigilncia sanitria e epidemiolgica de medicamentos e produtos farmacuticos (CONSELHO FEDERAL DE FARMCIA, 2001). CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 6 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” No documento originado do Consenso Brasileiro de Aten o Farmacutica, a Assistncia Farmacutica foi definida como: Um conjunto de a es desenvolvidas pelo farmacutico, e outros profissionais de sade, voltadas promo o, prote o e recupera o da sade, tanto no nvel individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e o seu uso racional. Envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produ o de medicamentos e insumos, bem como a sua sele o, programa o, aquisi o, distribui o, dispensa o, garantia da qualidade dos produtos e servi os, acompanhamento e avalia o de sua utiliza o, na perspectiva da obten o de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da popula o (IVAMA et al., 2002). O Conselho Nacional de Sade regulamenta, atravs da Resolu o no 338 de 6 de maio de 2004 a Poltica Nacional de Assistncia Farmacutica, com base nos seguintes princpios: a) A Poltica Nacional de Assistncia Farmacutica parte integrante da Poltica Nacional de Sade, envolvendo um conjunto de a es voltadas promo o, prote o e recupera o da sade e garantindo os princpios da universalidade, integralidade e eqidade; b) A Assistncia Farmacutica deve ser compreendida como poltica pblica norteadora para a formula o de polticas setoriais, entre as quais se destacam as polticas de medicamentos, de cincia e tecnologia, de desenvolvimento industrial e de forma o de recursos humanos, dentre outras, garantindo a intersetorialidade inerente ao Sistema nico de Sade – SUS e cuja implanta o envolve tanto o setor pblico como privado de aten o sade; c) A Assistncia Farmacutica trata de um conjunto de a es voltadas promo o, prote o e a recupera o da sade tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional, conjunto este, que envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produ o de medicamentos e insumos, bem como sua sele o, programa o, aquisi o, distribui o, dispensa o, garantia da qualidade dos produtos e servi os, acompanhamento e avalia o de sua utiliza o, na perspectiva da obten o de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da popula o; e d) As a es de Assistncia Farmacutica envolvem aquelas referentes Aten o Farmacutica, considerada como um modelo de pratica farmacutica, desenvolvida no contexto da Assistncia Farmacutica e compreendendo atitudes, valores ticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na preven o de doen as, promo o e recupera o da sade, de forma integra equipe de sade. a intera o direta entre o farmacutico com o usurio, objetivando uma farmacoterapia racional e a obten o de resultados definidos e mensurveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Essa intera o tambm deve envolver as concep es dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais, sob a tica integralidade das a es de sade (BRASIL, 2004). Percebe-se, atravs do exposto, que a Assistncia Farmacutica no se restringe apenas ao abastecimento de medicamentos, sobretudo, envolve atividades de carter abrangente, multiprofissional e intersetorial, que situam como seu objeto de trabalho a organiza o das CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 7 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” a es e servi os relacionados ao medicamento em suas diversas dimenses, com nfase rela o com o pacientee a comunidade na viso da promo o da sade. Assim, podemos entender que a Assistncia Farmacutica engloba, entre suas diversas atividades, as a es de Aten o Farmacutica quando se referir s a es especficas do profissional farmacutico no contexto da assistncia popula o – individual e coletiva – quanto promo o do uso racional de medicamentos (MARIN et al., 2003). 2. Ateno Farmacutica Provavelmente, a primeira publica o que mencionou o termo Aten o Farmacutica, foi escrita por R.L. Mikeal em 1975. Naquela oportunidade este termo foi definido como “A aten o que um determinado paciente requer e recebe como garantia de um uso seguro e racional dos medicamentos” (PERETTA e CICCIA, 1998). Em 1980, Brodie, sugeriu que a Aten o Farmacutica deveria incluir as determina es das necessidades de um medicamento para um indivduo, assim como todos os servi os necessrios para assegurar uma terapia tima e efetiva. A defini o deste autor inclui a idia de um mecanismo de ida e volta, como uma forma de facilitar a continuidade da aten o para quem necessitar (BRODIE, 1980 apud PERETTA e CICCIA, 1998). Mais tarde, Hepler e Strand (1990), definiram Aten o Farmacutica como sendo a proviso responsvel da terapia medicamentosa com a finalidade de alcan ar resultados definidos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes. Estes resultados consistem em (1) curar uma doen a, (2) reduzir ou eliminar sintomas, (3) retardar a velocidade de um processo de doen a, e (4) prevenir uma doen a ou sintomas (HEPLER e STRAND, 1990). Segundo o consenso do Relatrio da Oficina de Trabalho Aten o Farmacutica no Brasil, a aten o farmacutica : Um modelo de prtica farmacutica, desenvolvida no contexto da Assistncia Farmacutica. Compreende atitudes, valores ticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na preven o de doen as, promo o e recupera o da sade, de forma integrada equipe de sade. a intera o direta do farmacutico com o usurio, visando uma farmacoterapia racional e a obten o de resultados definidos e mensurveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Essa intera o tambm deve envolver as concep es dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades bio-psicosociais, sob a tica da integralidade das a es de sade (IVAMA, et al., 2004). Segundo Bisson (2003), para o farmacutico exercer as a es de Aten o Farmacutica, ele tem que ter bem definido os conceitos e as responsabilidades do profissional, e quais as habilidades clnicas que eles devem ter para praticar uma abordagem focada no paciente. O farmacutico pode, com este direcionamento clnico, melhorar os resultados farmacoteraputicos, seja atravs de aconselhamento, de programas educativos e motivacionais, ou at a elabora o de protocolos clnicos, baseados em evidncias comprovadas, com estabelecimento de melhores regimes teraputicos e monitora o destes procedimentos (BISSON, 2003). Rela o entre Aten o Farmacutica e Farmcia Clnica Romero (1996) destaca as diferen as existentes entre farmcia clnica e aten o farmacutica. Conforme o autor, na farmcia clnica exercido um ato profissional que consiste em entregar um medicamento ao CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 8 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” paciente, com informa es suficientes, assegurando que o medicamento adequado, que a dose correta, que no h riscos de incompatibilidades, nem intera o com outros medicamentos que o paciente esteja tomando ou pretenda tomar. E, na aten o farmacutica, alm do j mencionado, fala-se mais em intera o com o paciente e acrescentam-se ainda dois aspectos: estabelecimento de um acordo prvio com o paciente que receber a presta o de servi o farmacutico, e necessidade de acompanhamento do paciente para posterior comprova o de resultados (ROMERO, 1996). Outros autores evidenciam uma similaridade entre os termos, utilizando s vezes como sinnimos. O termo “Farmcia Clnica” apesar de to abrangente tem sido substitudo em parte por “Aten o Farmacutica” ou no ingls “Pharmaceutical Care”, ainda que esta tradu o para o portugus ainda no esteja homologada, nem aceita pelos rgos governamentais e ONGs (BISSON, 2003). Um aspecto importante que est sendo discutido a quebra do paradigma de que o termo “Farmcia Clnica” est relacionado somente ao mbito hospitalar, pois onde houver paciente, haver atividades focadas nele e, por conseguinte, Farmcia Clnica. Neste contexto, encontramos o prprio hospital, os postos de sade, as “Farmcias do Setor Privado” os estabelecimentos de ensino e at laboratrio de anlises clnicas (BISSON, 2003). 3. Servio Farmacutico Primeiramente, necessrio definir o que servi o, j que o ramo de farmcias do setor privado est inserido no setor das empresas prestadoras de servi os (FRANCESCHET, 2003). Segundo Kotler (1998) servi o definido como um ato intangvel, produzido com vincula o ou no a um produto fsico que uma parte ofere a outra, sem que resulte na propriedade de nada. Nas farmcias do setor privado os servi os prestados apresentam caractersticas especficas, como: a) Intangibilidade: os servi os so experincias que o usurio vivencia, enquanto os bens fsicos podem ser possudos. A intangibilidade dos servi os torna difcil para os gerentes, funcionrios e mesmo para os usurios, avaliar o resultado e a qualidade do servi o. Por essa dificuldade, e pela impossibilidade da avalia o do servi o antes da compra, os usurios percebem maior risco na utiliza o ou compra de servi os em compara o com a aquisi o de um bem tangvel (GIANESI e CORREA, 1994). b) Presen a e participa o do usurio no processo: refere-se co-produ o do servi o pelo usurio, que normalmente inicia sua opera o. Desta forma, deve-se considerar o tempo e o custo do deslocamento do usurio at a farmcia (ou do farmacutico at o usurio) e quanto o usurio est disposto a esperar pela presta o de um servi o (GIANESI e CORREA, 1994. c) Simultaneidade entre produ o e consumo: ao mesmo tempo em que os servi os so produzidos, tambm so consumidos. Esta caracterstica no permite o isolamento do sistema de opera es das varia es do ambiente externo, pois os servi os no so estocveis. Alm CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 9 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” disso, essa simultaneidade afeta a gesto da qualidade, impedindo a inspe o final como controle de qualidade (GIANESI e CORREA, 1994). Alguns autores ainda consideram a variabilidade como uma caracterstica dos servi os. Para eles, quando um mesmo servi o for executado por funcionrios diferentes, ocorrer uma certa variabilidade na sua execu o. Deve-se considerar a variabilidade uma tendncia nos servi os e no uma caracterstica inerente (SANTOS e VARVAKIS , sd). Para Fitzsimmons & Fitzsimmons (2000), a caracterstica mais significativa do servi o o fato de produ o e consumo serem simultneos. No se estoca servi os e a avalia o da qualidade do mesmo muito rpida ou at mesmo instantnea. O cliente participa ativamente do processo de presta o de servi o. “Gerentes de servi os tem dificuldades de identificar seus produtos. Este problema se deve a natureza intangvel dos servi os, mas a presen a do cliente no processo que cria uma preocupa o com a experincia de utiliza o do servi o” (FITZSIMMONS e FITZSIMMONS, 2000). Devido s diferen as entre bens e servi os (intangibilidade, simultaneidade, participa o do cliente) os sistemas que produzem bens so, conseqentemente, diferentes dos sistemas que produzem servi os. A figura 2 apresenta um modelo do sistema de opera es de servi os em que as opera es de servi os so divididas em duas partes: uma quetem contato com o cliente e outra que no tem. A parte que tem contato com o cliente denominada de linha de frente (Front Office) e a parte que no tem contato denominada de retaguarda (Back Room) (GIANESI e CORREA, 1994). Os farmacuticos produzem servi os que tambm podem ser inseridos na classifica o acima. O termo servi o farmacutico, conforme defini o da Organiza o Panamericana da Sade : Grupo de presta es relacionadas com medicamentos, destinadas a apoiar as a es de sade que demanda a comunidade atravs de uma aten o farmacutica que permita a entrega dos medicamentos a pacientes hospitalizados e ambulatoriais, com critrios de qualidade da farmacoterapia. So partes integrantes dos servi os e programas de sade, representam um processo que abarca a administra o de medicamentos em toda e cada uma de suas etapas constitutivas, a conserva o e controle da qualidade, seguridade e eficcia teraputica dos medicamentos, o seguimento e avalia o da utiliza o, a obten o e divulga o da informa o sobre medicamentos e a educa o permanente dos demais membros do grupo de sade, o paciente e a comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos (OPAS apud MARIN, 1999). O Servi o Farmacutico um servi o especializado a pacientes da comunidade, produzido e integrado atravs de institui es de sade, intimamente relacionado com as a es de aten o a sade, que somente tem sentido neste contexto (MARIN, 1999). As farmcias do setor privado devem ser consideradas como institui es de sade que prestam servi os farmacuticos, sempre que elas cumpram com todas as caractersticas descritas e no se reduza simplesmente a uma transa o comercial (MARIN, 1999). Marin (1999) enfatiza a questo dos servi os farmacuticos dentro do processo de aten o sade, destacando os seguintes objetivos: -Contribuir para a promo o de hbitos de vida saudveis para a popula o; -Garantir o uso racional de medicamentos; -Maximizar o uso eficiente de recursos; CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 10 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” -Estabelecer um sistema planificado de fornecimento de medicamento de qualidade; -Garantir uma dispensação e cuidados farmacêuticos de qualidade ao paciente seja em nível hospitalar ou ambulatorial. Quanto às atividades que compõem o serviço farmacêutico, a autora estabelece as seguintes (MARIN, 1999): -Promoção à saúde e prevenção às doenças; -Seleção e elaboração de uma lista padronizada dos medicamentos a serem dispensados; -Programação das necessidades, baseado no perfil epidemiológico e na oferta dos serviços de saúde; -Aquisição de medicamentos; -Armazenamento e distribuição; -Definição das normas de prescrição; -Avaliação da prescrição; -Dispensação dos medicamentos, que inclui aconselhamento ao paciente e acompanhamento da terapia; -Distribuição, cuidado farmacêutico e administração dos medicamentos aos pacientes hospitalizados; -Informação técnica, farmacológica, terapêutica e operacional; -Estudos de farmacoeconomia para avaliar o custo-efetividade do serviço farmacêutico; -Educação e capacitação do pessoal de saúde, auxiliares de farmácia e enfermagem, médicos, odontólogos e farmacêuticos; -Desenvolvimento de programas de farmacoepidemiologia; -Desenvolvimento de garantia de qualidade do serviço farmacêutico e dos medicamentos; -Elaboração de protocolos ou guias terapêuticos. Muitas das atividades descritas voltam-se à prática da farmácia hospitalar. No entanto, há necessidade crescente de que exista também o desenvolvimento de um modelo ou de uma estrutura de serviços farmacêuticos na farmácia do setor privado, já que este setor atende uma demanda considerável da população em busca da resolução de problemas de saúde, sejam relacionados aos transtornos menores ou às doenças crônicas. Pode-se considerar que esta é uma das mais poderosas ferramentas que o farmacêutico dispõe atualmente para garantir sua posição no setor de farmácia da área privada (MARIN, 1999). Os termos discutidos anteriormente apresentam variações relacionadas à abrangência de ação que pode ser desenvolvida em cada contexto, porém, representam uma mesma finalidade. Saber diferenciar a abrangência de cada termo é importante, mas é preciso ultrapassar o discurso e viabilizar a prática. Como se verifica, o termo serviço farmacêutico possui a mesma abrangência de ações do termo assistência farmacêutica. Ambos são utilizados para designar o mesmo conjunto de atividades dentro dos serviços de saúde (FRANCESCHET, 2003). Devido a influências internacionais, termos como serviços farmacêuticos, atenção e assistência farmacêuticas, são algumas vezes confundidos e até utilizados como sinônimos. Para que se chegue a um consenso sobre a definição destes termos, muitas instituições e entidades da categoria farmacêutica estão estimulando discussões que visam adequá-los à realidade brasileira (FRANCESCHET, 2003). CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 11 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” REFERÊNCIAS ANVISA, OPAS, OMS (org). Workshop: Perspectivas para o fortalecimento dos mercados de medicamentos similares e genéricos em países em vias de desenvolvimento. Brasília, 2003 Disponível em: <http://www.opas.org.br/medicamentos>. Acesso em 25 abr 2005. DEFINI ES DE ATEN O FARMACUTICA Nas publicações de ciências farmacêuticas a primeira definição de atenção farmacêutica apareceu em 1980 em um artigo publicado por Brodie etal: “em um sistema de sade, o componente medicamento estruturado para fornecer um padro aceitvel de aten o farmacutica para pacientes ambulatoriais e internados. Aten o farmacutica inclui a defini o das necessidades farmacoterpicas do indivduo e o fornecimento no apenas dos medicamentos necessrios, mas tambm os servi os para garantir uma terapia segura e efetiva. Incluindo mecanismos de controle que facilitem a continuidade da assistncia”. O conceito clássico de atenção farmacêutica “a proviso responsvel da farmacoterapia com o objetivo de alcan ar resultados definidos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes” foi publicado por Hepler & Strand em 1990. Esta definição engloba a visão filosófica de Strand sobre a prática farmacêutica e o pensamento de Hepler sobre a responsabilidade do farmacêutico no cuidado ao paciente. Os resultados concretos são: 1) cura de uma doença; 2) eliminação ou redução dos sintomas do paciente; 3) interrupção ou retardamento do processo patológico, ou prevenção de uma enfermidade ou de um sintoma. Em 1997, Linda Strand afirmou que conceito de atenção farmacêutica estava incompleto passando a defender a seguinte definição: “prtica na qual o profissional assume a responsabilidade pela defini o das necessidades farmacoterpicas do paciente e o compromisso de resolv-las”. Enfatiza que a atenção farmacêutica é uma prática como as demais da área de saúde. Possui uma filosofia, um processo de cuidado ao paciente e um sistema de manejo. É diferente do conceito de 1990 que foca os resultados. Mas para Strand resultados não têm significados fora do contexto de uma prática assistencial(PHARMACEUTICAL,1997). Uma divisão clara é identificada a partir do momento que Strand preconiza uma atenção farmacêutica global com aplicação sistemática em todos os tipos de situações e Hepler uma atenção farmacêutica orientada para doenças crônicas como asma, diabetes, CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 12 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” hipertensão e outras. (CIPOLLE et al 2000, HEPLER et al 1995). Ao analisar as funções do farmacêutico no sistema de atenção a saúde a Organização Mundial de Saúde - OMS estende o benefício da atenção farmacêutica para toda comunidade reconhecendo a relevância da participaçãodo farmacêutico junto com a equipe de saúde na prevenção de doenças e promoção da saúde. Na ótica da OMS a atenção farmacêutica é “ um conceito de prtica profissional na qual o paciente o principal beneficirio das a es do farmacutico. A aten o farmacutica o compndio das atitudes, os comportamentos, os compromissos, as inquietudes, os valores ticos, as fun es, os conhecimentos, as responsabilidades e as habilidades do farmacuticos na presta o da farmacoterapia com o objetivo de obter resultados teraputicos definidos na sade e na qualidade de vida do paciente” (OMS, 1993). Os objetivos fundamentais, processos e relações da atenção farmacêutica existem independentemente do lugar que seja praticada (HEPLER & STRAND, 1990). Ao longo da última década a atenção farmacêutica propagou dos Estados Unidos para diversos países. Na Espanha a atenção farmacêutica está desenvolvendo intensamente. O Consenso de Granada definiu atenção farmacêutica como: “ a participa o ativa do farmacutico na assistncia ao paciente na dispensa o e seguimento do tratamento farmacoterpico, cooperando com o mdico e outros profissionais de sade, a fim de conseguir resultados que melhorem a qualidade de vida dos pacientes. Tambm prev a participa o do farmacutico em atividades de promo o sade e preven o de doen as” (CONSENSO 2001). Utilizando referenciais internacionais, análise do contexto sanitário e buscando a promoção da prática da atenção farmacêutica de forma articulada com a assistência farmacêutica, no marco da Política Nacional de Medicamentos foi definido pelo Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica que “ aten o farmacutica modelo de prtica farmacutica, desenvolvida no contexto da assistncia farmacutica. Compreende atitudes, valores ticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na preven o de doen as, promo o e recupera o da sade, de forma integrada equipe de sade. a intera o direta do farmacutico com o usurio, visando uma farmacoterapia racional e a obten o de resultados definidos e mensurveis voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta intera o tambm deve envolver as concep es dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a tica da integralidade das a es de sade” (OPAS 2002b). O conceito brasileiro destaca por considerar a promoção da saúde, incluindo a educação em saúde, como componente da atenção farmacêutica, o que constitui um diferencial marcante em relação as definições adotadas em outros países (OPAS, 2002b). Também é importante ressaltar que segundo o conceito brasileiro assistência e atenção farmacêutica são distintas. Esta última refere-se a um modelo de prática e as atividades CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 13 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” especficas do farmacutico no mbito da aten o sade, enquanto o primeiro envolve um conjunto mais amplo de a es, com caractersticas multiprofissionais (OPAS, 2002b). A proposta de Consenso Brasileiro de Aten o Farmacutica um elemento de grande significncia para a promo o e implanta o deste novo modelo de prtica profissional. O consenso resultado do Grupo de Trabalho “Aten o Farmacutica no Brasil” nucleado pela Organiza o Pan-Americana de Sade – OPAS com apoio de diversas institui es farmacuticas. Strand, relata a falta de uma defini o universal de aten o farmacutica. Enfatiza a necessidade de na prtica profissional aplicar a mesma uniformidade de defini es como ocorre com a terminologia clnico-farmacolgica (AphA,2002). A FILOSOFIA DA ATEN O FARMACUTICA A filosofia da aten o farmacutica inclui diversos elementos. Come a com uma afirma o de uma necessidade social, continua com um enfoque centrado no paciente para satisfazer esta necessidade, tem como elemento central a assistncia a outra pessoa mediante o desenvolvimento e a manuten o de uma rela o teraputica e finaliza com uma descri o das responsabilidades concretas do profissional (CIPOLLE et al., 2000). No desenvolvimento da aten o farmacutica o profissional se encarrega de reduzir e prevenir a morbimortalidade relacionada a medicamentos. O farmacutico satisfaz esta necessidade social atendendo individualmente as necessidades dos pacientes (FAUS & MARTINEZ,1999; LEE & RAY,1993). A primeira premissa da filosofia da aten o farmacutica que a responsabilidade essencial do farmacutico consiste em contribuir para satisfazer a necessidade que tem a sociedade de um tratamento farmacolgico adequado, efetivo e seguro (CIPOLLE et al., 2000). Para satisfazer de maneira eficiente a necessidade social essencial que o farmacutico desenvolva a es centradas no paciente. Um enfoque centrado no paciente implica que todas as demandas relativas a farmacoterapia sejam contempladas como responsabilidade do profissional, e no s as necessidades que correspondem a uma determinada classe farmacolgica ou estado patolgico concreto (CIPOLLE et al., 2000 ; FAUS & MARTINEZ,1999). A aten o farmacutica se baseia em um acordo entre o paciente e o farmacutico. O profissional garante ao paciente compromisso e competncia. Estabelece-se um vnculo que sustenta a rela o teraputica, identificando as fun es comuns e as responsabilidades de cada parte e a importncia da participa o ativa. Na realidade um pacto para trabalhar a favor da resolu o de todos os problemas relacionados com medicamentos, reais ou potenciais. O problema real quando manifestado, ou potencial na possibilidade de sua ocorrncia. (CIPOLLE et al., 2000 ; POSEY,1997). CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 14 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” Em síntese, uma relação terapêutica é uma aliança entre o profissional e o paciente e se forma com a finalidade específica de satisfazer as necessidades de assistência a saúde do paciente. É um ato de cuidado na integralidade bio-psico-social do indivíduo e não apenas na visão reducionista de um estado patológico(CIPOLLE et al., 2000). O exercício da atenção farmacêutica busca resolver o importante problema social da morbimortalidade relacionada com os medicamentos empregando um processo de cuidado centrado no paciente e uma responsabilidade profissional claramente definida (CIPOLLE et al., 2000 ;POSEY, 1997; LEE & RAY 1993). O profissional se responsabiliza pela necessidade, segurança e efetividade da farmacoterapia do paciente. Isto se consegue mediante a identificação , resolução e prevenção dos problemas relacionados com medicamentos. O problema relacionado com medicamentos, é um problema de saúde, vinculado o suspeito de estar relacionado à farmacoterapia que interfere nos resultados e na qualidade de vida do usuário(OPAS,2002b). Ao prestar atenção farmacêutica o profissional se responsabiliza de garantir que o paciente pode cumprir os esquemas farmacoterápicos e seguir o plano de assistência, de forma a alcançar resultados positivos (LEE & RAY,1993). IMPACTO DA ATEN O FARMACUTICA A primeira investigação sobre o impacto das ações de atenção farmacêutica foi realizado nos Estados Unidos utilizando os dados do Projeto Minnesota de Atenção Farmacêutica. Os resultados mostraram que após um ano aumentou o número de pacientes que alcançaram resultado terapêutico positivo. A resolução dos problemas relacionados a medicamentos reduziu a complexidade da demanda farmacoterápica. Em síntese observou uma relação custo-benefício favorável (PHARMACEUTICAL,1997;TOM ECHKO et al 1995). A melhoria da qualidade de vida em pacientes com insuficiência cardíaca, diabetes, hipertensão e dislipidemia em virtude da atenção farmacêutica tem sido demonstrada em vários estudos (VARMA et al.,1999 ; SKAER et al.,1993 ; JABER et al., 1996 ; VAN VEDHUIZEN et al.,1995). Hepler et al. desenvolveram o projeto de pesquisa TOM (Therapeutic Outcomes Monitoring) para avaliar a atenção farmacêutica usando a asma como protótipo. Na Europa também foram realizados diversos trabalhos mostrando o impacto positivo da atenção farmacêutica na asma (GRAINGER ROUSSEAU et al. 1997; HERBORG et al., 200a,b;NARHI et al., 2000; MORCK , 1996 e GOURLEY et. al,1998). A provisão de atenção farmacêutica a idosos foi avaliada em um estudo multicêntrico na Europa. Verificou-se redução de custos e aumento da qualidade de vida. Os pacientes do grupo intervenção manifestaram melhor controle da doença e alto nível de satisfação. A CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 15 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” opinião dos médicos e farmacêuticos foi favorável a atenção farmacêutica (BERNSTEN, 2001). Na Espanha foi realizado o estudo TOMCOR que tinha como objetivo comparar os efeitos da atenção farmacêutica em pacientes coronarianos em relação aos efeitos do modelo tradicional. Era um estudo prospectivo com aleatorização das farmácias aos grupos investigação e controle . Os resultados clínicos evidenciaram uma diminuição da taxa anual de novos infartos no grupo de investigação e uma menor utilização dos serviços de saúde. Melhoria da qualidade de vida foi identificada, verificou-se um aumento do conhecimento sobre os fatores de risco da doença coronariana e da satisfação com o serviço(ALVARES TOLEDO et al., 2001). Weidle et al. (1999), descreveram as ações de intervenção farmacêutica de um programa de atenção farmacêutica em um hospital universitário. No hospital estudado 90% das ações estavam diretamente relacionado com o processo terapêutico e 10% com a otimização do custo assistencial. Os autores desenvolveram uma classificação com 11 categorias de intervenção farmacêuticas no âmbito hospitalar e as respectivas ações a serem implementadas. As categorias são baseadas na classificação de problemas relacionados a medicamentos de Hepler & Strand. Salvia et al (1999), relataram os resultados da implantação de um programa de atenção farmacêutica em um hospital espanhol. As ações foram desenvolvidas através da identificação, prevenção e resolução de problemas relacionados a medicamentos. Os autores agruparam as intervenções em 3 classes: otimização da farmacoterapia, ação farmacêutica preventiva e ação farmacêutica educativa. Realizou uma valorização dos problemas relacionados a medicamentos, baseado nas diretrizes de Schneider et al., 1995. Os autores concluíram que a intervenção farmacêutica melhora os resultados clínicos e exerce influencias nos custos assistenciais. Os estudos relatados acima mostram um impacto favorável da atenção farmacêutica sobre a efetividade, qualidade de vida e custos assistenciais. Portanto é importante a realização e publicação de pesquisas bem delineadas analisando a relevância da atenção farmacêutica para os sistemas de saúde. ATEN O FARMACUTICA E USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS Os esforços para a readequação de atividades e práticas farmacêuticas objetivando o uso racional dos medicamentos é essencial numa sociedade que os fármacos constituem o arsenal terapêutico mais utilizado (LIPTON et al., 1995). No Brasil, além da garantia do acesso aos serviços de saúde e a medicamentos de qualidade, é necessário a implantação de práticas assistenciais que promovam o uso racional de medicamentos propiciando resultados que influenciam diretamente os indicadores sanitários (OPAS 2002a). Ao farmacêutico moderno é essencial. conhecimentos , atitudes e habilidades que permitam ao mesmo integrar-se à equipe de saúde e interagir mais com o paciente e a comunidade , contribuindo para a melhoria da qualidade de vida , em especial , no que se refere à otimização da farmacoterapia e o uso racional de medicamentos(MARIN , 2002) CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 16 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” O envolvimento do farmacêutico no processo de atenção à saúde é fundamental para a prevenção dos danos causados pelo uso irracional de medicamentos (BATES,1995) As ações do farmacêutico , no modelo de atenção farmacêutica, na maioria das vezes, são atos clínicos individuais. Mas as sistematizações das intervenções farmacêuticas e a troca de informações dentro de um sistema de informação composto por outros profissionais de saúde pode contribuir para um impacto no nível coletivo e na promoção do uso seguro e racional de medicamentos. (OPAS 2002c). A atenção farmacêutica contribui para o uso racional de medicamentos, na medida que desenvolve um acompanhamento sistemático da terapia medicamentosa utilizada pelo indivíduo buscando avaliar e garantir a necessidade, a segurança e a efetividade no processo de utilização de medicamentos. Satisfaz as necessidades sociais ajudando os indivíduos a obter melhores resultados durante a farmacoterapia (FAUS & MARTINEZ-ROMERO,1999). EVOLU O E DESAFIOS DA ATEN O FARMACUTICA Desde sua introdução a mais de uma década, a atenção farmacêutica tornou-se um importante componente da prática em farmácia em todo o mundo. A expansão das atividades e serviços relacionados ao controle e acompanhamento da farmacoterapia reflete a responsabilidade da profissão em aprimorar a segurança e efetividade do processo de utilização de medicamentos. Hepler, refletindo sobre o desenvolvimento da atenção farmacêutica, afirmou que apesar de todo o seu potencial a mesma não conseguiu cumprir integralmente o seu papel, pois a morbimortalidade devido a medicamentos continua como um grande problema de saúde pública. Enfatiza que o farmacêutico deve atuar nos sistemas de saúde buscando otimização do processo de utilização de medicamentos. Incentiva os profissionais a executar ações concretas que viabilizem a concretização da atenção farmacêutica como prática profissional. Ressalta que a atenção farmacêutica é um processo, sendo possível aprender fazendo (APhA 2002). Strand, durante um simpósio da Associação Norte Americana de Farmacêuticos apresentou uma análise crítica e construtiva do estágio atual da atenção farmacêutica, afirmando que o momento é de ação porque já houve muitas discussões conceituais. Destacou a necessidade da harmonização da definição de atenção farmacêutica. Enfatizou que freqüentemente consideram o foco da atenção farmacêutica o profissional, quando na realidade deve ser o paciente. Segundo a pesquisadora o modelo de prática bem definido e o sistema de classificação de problemas relacionados com medicamentos são elementos chave da profissão que contribuem para a expansão da atenção farmacêutica. Linda Strand convocou as lideranças farmacêuticas a tomar decisões que propiciem ações concretas para a implementação da atenção farmacêutica (APhA, 2002). Segundo Tromp, os 15 países da União Européia estão em diferentes níveis de implementação da atenção farmacêutica. Mas existe um ponto em comum, o entendimento que atenção farmacêutica é a assistência individualizada ao paciente na Farmácia (APhA 2002). CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 17 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” No Brasil, as ações clínicas em farmácia eram restritas ao âmbito hospitalar e mais especificamente a alguns hospitais universitários. Com o surgimento da atenção farmacêutica as práticas clínicas expandem para as farmácias comunitárias. As instituições farmacêuticas e as universidades estão buscando disseminar este modelo de prática farmacêutica no país. Nas novas diretrizes curriculares do curso de farmácia consta a atenção farmacêutica como elemento norteador da formação profissional. PRINCIPAIS CONCEITOS QUE DEVEMOS SABER Farmacologia é a ciência que estuda osmedicamentos. Medicamento é toda substancia química que tem ação profilática, terapêutica e auxiliar de diagnóstico. A ação profilática, isto é, a prevenção de doenças, se faz por exemplo por meio de vacinas. A ação terapêutica, ou seja, de cura ou alívio das enfermidades, se faz por exemplo com o uso de antibióticos. Como auxiliar de diagnóstico podemos citar, por exemplo o contraste, que é uma substância empregada em exames radiológicos para facilitar o diagnóstico. Droga é toda substância capaz de alterar o sistema fisiológico ou causar estado patológico, com ou sem benefícios para o organismo. No primeiro caso incluem-se os medicamentos. Remédio - Todo meio utilizado para combater um estado patológico, por meio de medicamentos, ações físicas(massagem) e psíquicos(terapia). Fármaco - Substância quimicamente definida que apresenta ação benéfica ao organismo. Princípio ativo - Substância quimicamente ativa, responsável pela ação do medicamento representado pelo nome genérico. CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 18 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” Veículo - Substância líquida que dá volume a fórmula, não apresentando ação farmacológica. Excipiente - Substância sólida ou pastosa que dá volume a formula, também sem ação farmacológica. Administração de Medicamentos: A administração de medicamentos é função da enfermagem e depende da prescrição médica e das orientações do farmacêutico. Existem dois tipos de prescrição, as autolimitadas, ou seja, a ordem tem um limite. Ex. Petidina 100mg IM agora. Outras são contínuas, isto é, são prescrições que devem ser seguidas até que sua suspensão seja autorizada. Ex. Vitamina C 500 mg VO as refeições. Também se incluem neste caso o "se necessário". Ex. Metoclopramida 10 mg VO, se necessário, até 8/8 horas. Forma farmacêutica é a maneira física pela qual o produto farmacêutico se apresenta, como: Comprimido, suspensão, emulsão. Fórmula farmacêutica é a descrição do produto farmacêutico, ou seja, quais os ativos que o compõem e em que quantidade. A O DOS MEDICAMENTOS O medicamento age no próprio local onde é aplicado, não passando pela corrente sangüínea, podendo ser aplicado: Na pele(pomadas e loções) Na mucosa(supositórios, óvulos vaginais, colírios, soluções nasais e coluntórios) Contrastes radiológicos Sólidos e líquidos de ação no aparelho digestivo. Ex. antiácidos(neutralizam a ação do suco gástrico e são eliminados sem serem absorvidos). Ação sistêmica: o princípio ativo terá de ser absorvido e entrar na corrente sangüínea para então chegar ao seu local de ação. FORMAS FARMACEUTICAS Sólidos Os medicamentos sólidos compreendem os pós, os comprimidos, as drágeas, as cápsulas, os supositórios e os óvulos. Líquidos Os medicamentos líquidos compreendem as soluções, xaropes, elixir, suspensão e emulsão. Pastosos De uso externo. Compreendem pomadas, cremes, pastas e gel. Gasosos São utilizados para administração de substancias voláteis. Ex. os aerossóis, que são medicamentos sólidos ou líquidos acrescidos de gases para nebulização. DICAS IMPORTANTES: CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 19 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” - NUNCA SUBSTIME A AÇÃO DO MEDICAMENTO OU SE MOSTRE COMO DONO DO SABER AO ADMINISTRAR UM MEDICAMENTO. - A INCERTEZA / DÚVIDA SERÃO SUAS ALIADAS CONTRA O ERRO. - VOCÊ É CO-AUTOR DE QUALQUER MEDICAMENTO ADMINISTRADO OU PRESCRITO DE FORMA ERRADA. 3. Significado das Siglas nos Medicamentos CR: Liberação Controlada D: Disperssível DEPOT: Ação Prolongada DI: Desagregação Instantânea DL: Desagregação Lenta DURILES: Desintegração Equilibrada L: Lenta LP: Liberação Prolongada M: Mista N: Normal U: Ultra Lenta R: Regular OROS: Sistema Oral de Liberação Osmótica PLUS: Algo Mais ou Dosagem Mais Forte Q.S.P: Quantidade Suficiente Para REPETABS: Tablete Duplo de Repetição RETARD: Ação Retardada SPANDETS: Comprimido Especial de Liberação Controlada SR: Liberação Lenta TTS: Sistema Terapêutico Transdérmico CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 20 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” 4. Abreviaturas Mais Encontradas nas Prescries A/O: Ambos os Olhos ou Ouvidos AMP: Ampola CC: Centímetro Cúbico CPS: Cápsulas COMP: Comprimidos DRG: Drágea ENV: Envelope EV/IV: Endovenosa/Intravenosa FLAC: Flaconete G/GR: Grama MG.: Miligrama GTS: Gotas INJ: Injetável H202: Água Oxigenada ID: Intradérmica IM: Intramuscular KCL: Cloreto de Potássio NACL: Cloreto de Sódio KMN04: Permanganato de Potássio O/D: Olho ou Ouvido Direito O/E: Olho ou Ouvido Esquerdo SC: Subcutânea CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 21 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” S/N: Se Necessrio ACM: A Critrio do Mdico U.I: Unidade Internacional V.O: Via Oral V.R: Via Retal V.V: Via Vaginal USO INT: Uso Interno USO EXT: Uso Externo CLASSIFICA O DOS MEDICAMENTOS Ainda na classifica o de medicamentos, ns podemos os dividir em alopticos, fitoterpicos, homeopticos e florais. Medicamentos alopticos - So aqueles medicamentos que produziro no organismo doente uma rea o contrria aos sintomas apresentados a fim de neutraliz- los, por exemplo, se o paciente est com dor, toma um analgsico. Este tipo de medicamento o mais amplamente conhecido e utilizado, compe os medicamentos industrializados e onde h um numero maior de pesquisas, tambm chamada de terapia convencional. Medicamentos fitoterpicos - So aqueles medicamentos feitos a base de plantas, eles inclusive contm parte delas, como por exemplo, partes da folhas, do caule ou da raiz, trituradas dentro do comprimido. Eles seguem o mesmo princpio da alopatia, sendo o princpio da “cura pelo diferente”. Medicamentos homeopticos - So considerados uma terapia alternativa, seguindo como princpio “os semelhantes se curam pelos semelhantes”, este princpio foi criado por um mdico alemo chamado Christian Friedrich Samuel Hahnemann, em 1796. Este tratamento consiste em dispensar ao paciente, doses extremamente diludas de compostos que em pessoas saudveis causem a enfermidade do paciente. Nessa lgica, a substncia faria o corpo da pessoa “pegar no tranco”, o estimulando a reagir contra a doen a, restaurando-se de dentro para fora. Este tipo de medicamento tem muitos crticos, mas h CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 22 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” estudos conclusivos que relatam resultados positivos em pessoas e animais. Os florais podem ser florais de Bach ou florais quânticos, os primeiros foram criados por um médico inglês na década de 30, chamado Edward Bach. Na sua pesquisa ele relacionou problemas emocionais a problemas de saúde, pois os primeiros se relacionam com a ação de sistema imune culminando nos segundos. O doutor Bach criou 38 essências de plantas e florais e relacionou cada problema emocional a uma essência, sendo administrado individualmente ou em conjunto, dependo do que pessoa está sentindo. Florais quânticos são aqueles que propõem curar as pessoas através de procedimentos físicos. Para seus defensores nossas células são dotadas de uma memória de estrutura de ação e quando entramos em contato com substâncias nocivas, essas memórias são adulteradas, proporcionando uma desordem celular. Os florais são aqueles que restabelecem essas memórias, por ações biofísicas, que estimulam e harmoniza o campo magneto-elétrico do organismo, ele é importante como uma ferramenta coadjuvante para potencializar os resultados obtidos emoutras formas tratamento. Essas são algumas classificações de medicamentos, não é o nosso objetivo aqui dizer qual é a melhor ou a pior forma, cada pessoa tem dentro de si suas verdades e em que acredita ou deixa de acreditar; nosso único objetivo é informar em relação ao que pode ser encontrado no mercado e quais as características de cada tipo de tratamento. Como em nosso dia-a-dia tratamos mais com medicamentos alopáticos, as maiorias das informações aqui contidas são em relação a esse tipo de medicamento. Classificao de Medicamentos de Farmacologia Antibiticos AMICACINA Nome Comercial: Amicacina Composição: Amicacina de 100 mg: amicacina (na forma de sulfato) 100 mg; veículo q.s.p. 1,0 ml; Amicacina de 250 mg: amicacina (na forma de sulfato) 250 mg; veículo q.s.p. 2,0 ml; Amicacina de 500 mg: amicacina (na forma de sulfato) 500 mg; veículo q.s.p. 2,0 ml. Apresentação: Amicacina de 100 mg: caixa com 50 ampolas com 1 ml. Amicacina de 250 mg: caixa com 50 ampolas com 2 ml. Amicacina de 500 mg, caixa: com 50 ampolas com 2 ml. Ação Farmacológica: Como os outros aminoglicosídeos são usados normalmente em combinação, para o tratamento de infecções sistêmicas severas devido a microorganismos sensíveis, gram- negativos e outros. Isto inclui infecções do trato biliar, brucelose, cistite fibrosa, endocardites, (estreptocócicas, enterocócicas e estafilocócicas), endometrites, CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 23 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” gastrenterites, listerioses, meningites, otites externas e médias, peritonites, pneumonia, septicemia, desordens da pele, tais como: queimaduras e úlceras, infecções do trato urinário, assim como profilaxia de infecções cirúrgicas e no tratamento de pacientes com comprometimento imunológico e os que já estão em cuidados intensivos. Amicacina é freqüentemente usada concomitantemente com outros agentes para estender seu espectro de ação ou aumentar sua eficácia. Assim, é usado com penicilina para infecções entero e estreptococais ou um - lactâmico antipseudomonial para infecções respectivas, ou Metronidazol ou Clindamicina para infecções mistas aeróbico-anaeróbica. Amicacina é também usado com agentes antimicobacterianos no tratamento de infecções típicas micobacterianas. AMICILON Nome Comercial: Amicilon Composição: Cada ampola contém: Sulfato de Amicacina (equivalente à amicacina base) 100 mg 250 mg .....500 mg. Água para injeção, estéril e apirogênica q.s.p 2 ml 2 ml. 2 ml Apresentação: Solução injetável: Embalagem com 1 ou 50 ampolas de 2 ml com 100 mg, 250 mg e 500 mg. USO ADULTO E PEDIÁTRICO Ação Farmacológica: Estudos clínicos mostraram a eficácia do sulfato de amicacina nos seguintes quadros, quando causados por microorganismos sensíveis: bacteremia e septicemia (incluindo sepsis neonatal); infecções severas do trato respiratório, ossos e articulações, Sistema Nervoso Central (incluindo meningite), pele e tecidos moles; infecções intra- abdominais (incluindo peritonite); queimaduras e infecções pós-operatórias (incluindo pós- cirurgia vascular); infecções recorrentes, complicadas ou graves do trato urinário. O sulfato de amicacina e outros aminoglicosídeos não são indicados nos episódios iniciais não complicados de infecções urinárias, a menos que os microorganismos não sejam sensíveis a outros antibióticos menos tóxicos (nestes casos utilizar doses mais baixas). Devem ser realizados exames bacteriológicos para a identificação do agente causal e determinar a sua sensibilidade ao sulfato de amicacina. O sulfato de amicacina mostrou- se eficaz no tratamento de infecções estafilocócicas e pode ser utilizada como terapia inicial em infecções severas suspeitas de serem causadas por estafilococos ou bactérias Gram-Negativas, em infecções por cepas sensíveis de estafilococos em pacientes alérgicos a outros antibióticos e em infecções mistas por estafilococos e bactérias Gram-Negativas. Nos casos severos de sepsis neonatal, pode- se associar outro antibiótico do tipo beta-lactâmico para prevenir o surgimento de infecção por microorganismos Gram-Positivos como estreptococos e pneumococos. CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 24 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” Antimicoticos CETONEO Nome Comercial: Cetoneo Composi o: Cada comprimido contm: cetoconazol 200 mg excipientes q.s.p. 1comprimido (celulose microcristalina, lactose, glicolato amido sdico, polivinilpirrolidona, estearato de magnsio e dixido de silcio). Cada grama do creme dermatolgico contm: cetoconazol. 20 mg excipientes q.s.p. 1g (cera auto- emulsionante, metilparabeno, propilparabeno, propilenoglicol, glicerina, butilhidroxitolueno, sulfito de sdio, EDTA sdico, vaselina lquida, miristato de isopropila, monoestearato de sorbitano e gua purificada). Apresenta o: Comprimido 200mg: Embalagens com 10 e 500* comprimidos.Creme Dermatolgico 20mg/g: Embalagens contendo 1 e 50* bisnagas com 30g. *Embalagem Hospitalar. A o Farmacolgica: • Comprimidos: Na profilaxia das infec es micticas em pacientes imunodeprimidos por medica o aps queimaduras e/ou transplantes; infec es da boca e do trato gastrintestinal; infec es micticas da pele, unhas e couro cabeludo causadas por dermatfitos ou leveduras; candidiase vaginal (forma clnica e crnica); evitar recidivas das micoses sistmicas ou at obter remisso sorolgica; infec es micticas sistmicas. • Creme Dermatolgico: No tratamento de micoses superficiais, tais como: dermatofitoses (Tinea corporis, Tinea cruris, Tinea manum e Tinea pedis), candidase cutnea e Pitirase versicolor. CIMECORT Nome Comercial: Cimecort Composi o: Cada grama contm: Cetoconazol 20 mg Dipropionato de betametasona (equivalente a 0,5 mg de betametasona base) 0,64 mg Sulfato de neomicina 2,5 mg Apresenta o: Creme: Bisnaga com 30 e 15 gramas A o Farmacolgica: indicado nas afec es de pele, onde se exige a es antimictica, antiinflamatria e antibacteriana, causadas por germes sensveis, como dermatite de contato, dermatite atpica, dermatite seborrica, intertigo, disidrose, neurodermatite. Antivirais ACICLOVIR Nome Comercial: ACICLOVIR Composi o: Cada comprimido de aciclovir 200 mg contm: aciclovir 200 mg Excipientes: amidoglicolato de sdio, lactose, celulose microcristalina, povidona, estearato de magnsio, corante azul. Cada comprimido de aciclovir 400 mg contm: aciclovir 400 mg Excipientes: celulose microcristalina, CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 25 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” Apresenta o: Comprimido • aciclovir 200 mg - Embalagens contendo 25 comprimidos. • aciclovir 400 mg - Embalagens contendo 30 comprimidos. A o Farmacolgica • aciclovir 200 mg Tratamento de infec es pelo vrus Herpes simplex na pele e mucosas, inclusive herpes genital inicial e recorrente. Supresso (preven o de recidivas) de infec es recorrentes por Herpes simplex em pacientes imunocompetentes. Profilaxia de infec es por Herpes simplex em pacientes imunocomprometidos. • aciclovir 400 mg Tratamento de infec es por Herpes zoster. Supresso (preven o de recidivas) de infec es recorrentes por Herpes simplex em pacientes imunocompetentes. AVIRAL Nome Comercial: AVIRAL Composi o: Cada grama do creme contm: Aciclovir 0,05 g. Excipiente q.s.p. 1 g. Apresenta es: Creme apresentado em bisnagas contendo 10 e 15 g. A o Farmacolgica: Creme indicado para o tratamento de infec es pelo vrus Herpes simplex da pele, inclusive herpes genital e labial inicial e recorrente. Antiparasitrios ALBENDAZOL Nome Comercial: ALBENDAZOL Composi o: cada comprimido contm: Albendazol 200 mg;excipientes: manitol, amido, lcool etlico, polividona, celulose microcristalina, croscarmelose sdica, estearatode magnsio. Cada ml de suspenso contm: Albendazol 40 mg; excipientes: sacarina sdica, ciclamato de sdio, carboximetilcelulose sdica, cido benzico, lcool etlico, sorbitol, polissorbato 80, essncia de abacaxi, gua purificada. Apresenta o: caixa com 1 blister com 2 comprimidos. Suspenso oral e frasco de vidro mbar com 10 ml. A o Farmacolgica: tratamento das parasitoses intestinais simples ou mistas por Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Enterobius vermicularis, Ancylostoma duodenale, Necator americanus, Taenia spp e Strongyloides stercoralis. ATENASE CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 26 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” Nome Comercial: ATENASE Composição: Cada comprimido mastigável contém: Niclosamida 500 mg Excipiente ( amido, manitol, sacarina s6dica, estearato de magnésio,talco e vanilina) q.s.p. 1 comprimido Apresentação: Caixa contendo 4 comprimidos mastigáveis. Ação Farmacológica: Tratamento da teníase (Taenia solium e saginata) e da himenolepíase (Hymenolepis nana e diminuta). Sulfonamidas DARAPRIM Nome Comercial: DARAPRIM ou PIRIMETAMINA. Apresentação: Embalagens contendo 100 comprimidos. Composição: Cada comprimido contém: pirimetamina 25 mg; excipientes q.s.p 1 comprimido. (amido de milho, estearato de magnésio, lactose, dioctilsulfossucinato de sódio). Ação Farmacologica: é um medicamento usado no combate de infecções por protozoários. É comumente usado no tratatamento e prevenção da malária e, combinado com a sulfadiazina, no tratamento da toxoplasmose em pacientes imunossuprimidos. Atua na inibição da enzima dihidrofolato redutase (DHFR), a qual é importante na síntese do ácido fólico. SULADRIN Nome Comercial: SULADRIN ou SULFADIAZINA. Apresentação: Comprimido - Cartucho com 50 envelopes x 4 unidades Composição: Cada comprimido contém 500mg de sulfadiazina e excipientes [amido, dextrina, talco, estearato de magnésio e polivinilpirrolidona]. Ação Farmacologico: atua por ação bacteriostática. A sulfadiazina é eficiente no tratamento das infecções gonocócicas, estafilocócicas, estreptocócicas e meningocócicas. CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 27 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” Anti-Histamnico ALLEGRA 120 mg Nome Comercial: ALLEGRA 120 mg ou Cloridrato de fexofenadina Apresentação: Comprimidos revestidos de 60 mg: caixa com 10 e 20 comprimidos.Comprimidos revestidos de 120 mg: caixa com 5 e 10 comprimidos Comprimidos revestidos de 180 mg: caixa com 5 e 10 comprimidos Composição: Cada comprimido revestido contém: cloridrato de fexofenadina (equivalente a 112 mg de fexofenadina). 120 mg excipientes q.s.p. 1 comprimido (celulose microcristalina, amido de milho pré- gelatinizado, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, hipromelose, povidona, dióxido de titânio, dióxido de silício, macrogol 400, composto de óxido de ferro rosa e composto de óxido de ferro amarelo). Ação Farmacológica: ALLEGRA® está indicado como anti- histamínico no tratamento das manifestações alérgicas, tais como rinite alérgica e urticária. ALTIVA Nome Comercial: ALTIVA ou cloridrato de fexofenadina Apresentação: Comprimidos revestidos de 120 mg: caixas com 10 comprimidos Comprimidos revestidos de 180 mg: caixas com 10 comprimidos Composição: Comprimidos de 120 mg Cada comprimido revestido contém: Cloridrato de fexofenadina . 120mg Excipiente .q.w.p. 1 comprimido Excipiente: celulose microcristalina, croscarmelose sódica, povidona, estearato de magnésio, opadry OY- 20A54616 (rosa), óxido férrico vermelho, Óxido férrico amarelo e macrogol 400. Comprimidos de 180 mg Cada comprimido contém: Cloridrato de fexofenadina .180mg Excipiente. q.w.p. 1 comprimido Excipiente: celulose microcristalina, croscarmelose sódica, povidona, estearato de magnésio, opadry OY- 20A54616 (rosa), óxido férrico vermelho, Óxido férrico amarelo e macrogol 400. Ação Farmacológica: ALTIVA (cloridrato de fexofenadina) está indicado como anti- histamínico no tratamento das manifestações alérgicas, tais como rinite e urticária. Antitussgenos DROPROPIZINA CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 28 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” Nome Comercial: Dropropizina Apresentação: Xarope adulto 3 mg/mL: embalagens contendo 1 e 50* frascos de 120 mL com copo medida Xarope pediátrico 1,5 mg/mL: embalagens contendo 1 e 50* frascos de 120 mL com copo medida Embalagem hospitalar. Composição: Cada mL de xarope pediátrico contém: dropropizina.1,5mg veículo q.s.p.. .1,0mL (açúcar granulado, sorbitol, ácido benzóico, benzoato de sódio, álcool etílico 96° GL, corante vermelho eritrosina F.D.C. nº 3, essência de morango, ácido cítrico, glicerol, água purificada). Cada mL de xarope adulto contém: dropropizina..3,0mg veículo q.s.p.1,0mL (açúcar granulado, sorbitol, ácido benzóico, benzoato de sódio, álcool etílico 96° GL, corante amarelo F.D.C. nº 6, essência de laranja, ácido cítrico, glicerol, água purificada). Ação Farmacológica: A dropropizina é indicada para o tratamento sintomático da tosse irritante e improdutiva associada a várias condições respiratórias. ANTUX Nome Comercial: ANTUX ou LEVODROPROPIZINA Apresentação: Xarope em frasco de vidro âmbar e em frasco de plástico PET âmbar de 120 ml, acompanhado de copo- medida de 10 ml. Solução oral (gotas) em frasco de plástico opaco gotejador de 20 ml Composição: xarope: Cada 5 ml contém: Levodropropizina 30 mg Excipientes: sorbitol solução 70%, glicerol, álcool etílico, propilenoglicol, ciclamato sódico, sacarina sódica, metilparabeno, citrato de sódio diidratado, propilparabeno, ácido cítrico monoidratado, glicirrizinato monoamônico, polividona, cloreto de sódio, aroma artificial de cereja, corante amarelo FDC nº 5, corante vermelho FDC nº 40, açúcar líquido e água purificada. Solução oral (gotas): Cada ml (30 gotas) contém: Levodropropizina 30 mg Excipientes: sorbitol solução 70%, glicerol, álcool etílico, propilenoglicol, ciclamato sódico, sacarina sódica, metilparabeno, propilparabeno, glicirrizinato monoamônico, polividona, cloreto de sódio, corante amarelo FDC nº 5, açúcar líquido, corante amarelo FDC nº 6, aroma artificial de limão, aroma artificial de mel, polietilenoglicol,cremophor e água purificada. Ação Farmacológica: Terapia sintomática da tosse improdutiva, irritativa e seca, consequente à patologia obstrutiva (bronquite) e constritiva (laringite, traqueíte), e também de tosses associadas a processo de base infecciosa. Expectorantes ALERGO GLUCALBET CEPED (Centro Profissional de Educação a Distância) 29 WWW.CEPEDCURSOS.COM “O Conhecimento Mais Perto de Voc” Nome Comercial: ALERGO GLUCALBET Expectorante Apresentação: Vidro contendo 120 ML. Composição: Cada 10 ml contem: Maleato de Mepiramina 7,5 mg, Citrato de Pentoxiverina 7,5 mg Gluconato de Cálcio 50mg, Cloreto de Amônio 100 mg e Veiculo Aromatizado Q.S.P. 10 ml. Ação Farmacológica: Tratamento das Traqueobronquites, Afeclçoes do aparelho respiratório de fundo alérgico. Coadjuvante no tratamento da asma bronquite catarral crônica e dos fumantes. BISOLVON Nome Comercial: BISOLVON ou Cloridrato de bromexina Apresentação: Xarope expectorante: Frasco com 120 ml. Solução expectorante: Frasco com 50 ml. Composição: Xarope expectorante: Cada 10 ml (1 copo- medida) contém: Cloridrato de bromexina, 8 mg. Excipientes: Acido tartárico, ácido benzóico, carboximetilcelulose sódica, glicerina, sorbitol a 70%, aroma de frutas 52504 T, álcool etílico, água desionizada. Solução expectorante: Cada ml (15 gotas) contém: Cloridrato de bromexina, 2 mg. Excipientes: Acido tartárico, metilparabeno, água desionizada. Ação Farmacológica: Como terapêutica secretolítica e expectorante nas afecções broncopulmonares agudas e crônicas,
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