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Agricultura familiar

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INTRODUÇÃO
O seguindo documento tem-se por objetivo explanar a agricultura familiar, onde a mesma refere-se à toda forma de cultivo da terra e produção rural cuja gestão e mão de obra sejam majoritariamente provenientes do núcleo familiar. Ao contrário da agricultura patronal, que dispõe da contratação de trabalhadores para atuação em grandes sistemas produtivos de médias e grandes propriedades, a agricultura familiar tem como característica a produção a partir de lotes menores de terra, com uma maior diversidade produtiva, onde a família é, ao mesmo tempo, proprietária, gestora e responsável por toda produção e comercialização. Essa prática refere-se, portanto, a pequenas propriedades rurais, nunca maiores que quatro módulos fiscais.
A importância da agricultura familiar no Brasil está na grande produção de alimentos que essa atividade realiza, pois, na maioria dos casos, os agricultores familiares não direcionam suas mercadorias ao mercado externo, mas sim para o atendimento imediato de sua produção.
AGRICULTURA FAMILIAR
Segundo o Estatuto da Terra (1964), onde consta no seu inciso II do artigo 4º, propriedade familiar, refere-se ao imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e eventualmente trabalho com a ajuda de terceiros.
De acordo com Heberlê et al., (2013), a agricultura familiar torna-se importante porque está vinculada à segurança alimentar e nutricional, preserva alimentos naturais, contribuindo com uma alimentação saudável, impulsiona economias locais onde promove a autonomia do agricultor e consequentemente um bem-estar comunitário, e demonstram potenciais para postos de trabalho. 
Nos últimos anos, o Brasil conheceu avanços significativos no que concerne a uma melhor definição e compreensão das características e do significado do grupo social denominado agricultura familiar. O principal avanço, entre outros, refere-se ao reconhecimento da enorme diversidade econômica e heterogeneidade social deste grupo social formado por pequenos proprietários de terra que trabalham mediante o uso da força de trabalho dos membros de suas famílias, produzindo tanto para seu autoconsumo como para a comercialização, e vivendo em pequenas comunidades ou povoados rurais (CASSOL, 2014; SCHNEIDER, 2014).
A agricultura familiar ocorre em pequenas propriedades rurais e embora a mão de obra seja em sua maioria pertencente ao núcleo familiar, pode existir a presença de alguns trabalhadores assalariados. A família é a proprietária da terra e dos meios de produção, onde os mesmos contêm baixas quantidades de fertilizantes/defensivos agrícolas. Geralmente, toda essa atividade está voltada para a produção de bens e consumo próprio de alimentos.
O setor agropecuário familiar é sempre lembrado por sua importância na absorção de emprego e na produção de alimentos, especialmente voltada para o autoconsumo, ou seja, focaliza-se mais as funções de caráter social do que as econômicas, tendo em vista sua menor produtividade e incorporação tecnológica. Entretanto, é necessário destacar que a produção familiar, além de fator redutor do êxodo rural e fonte de recursos para as famílias com menor renda, também contribui expressivamente para a geração de riqueza, considerando a economia não só do setor agropecuário, mas do próprio país[...] (GUILHOTO et al., 2017). 
Programas de financiamento
Os produtores rurais que optam pela agricultura familiar no Brasil contam com uma legislação para sua atividade (Lei 11.326) e um conjunto de políticas de 
incentivos como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Obviamente, a expansão da agricultura familiar no país está diretamente relacionada à adoção de tecnologias de produção e infraestrutura que vão desde a compra de insumos até a adoção de maquinário para colheita, irrigação e plantio, como trituradores, motocultivadores, perfuradores, pulverizador costal e roçadeiras.
O programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF enquadra os produtores rurais como beneficiários de linhas de crédito rural quando atendem aos seguintes requisitos: sejam proprietários, posseiros, arrendatários, parceiros ou concessionários da Reforma Agrária; residam na propriedade ou em local próximo; detenham, sob qualquer forma, no máximo 4 (quatro) módulos fiscais de terra, quantificados conforme a legislação em vigor, ou no máximo 6 (seis) módulos quando tratar-se de pecuarista familiar; com 80% da renda bruta anual familiar advinda da exploração agropecuária ou não agropecuária do estabelecimento e mantenham até 2 (dois) empregados permanentes – sendo admitida a ajuda eventual de terceiros.
Com isso, observa-se que desde a criação do PRONAF a partir da década de 1990, os agricultores encontraram um suporte para investir na agricultura e assim, obter resultados positivos. O agricultor tem que seguir as regras que o programa tem para poder conseguir o seu financiamento, e poder exercer atividades de agropecuárias.
Tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar. Por meio do programa, agricultores beneficiados têm acesso a várias linhas de crédito de acordo como sua necessidade e o seu projeto. Podem ser projetos destinados ao custeio da safra, à atividade agroindustrial, seja para investimento em máquinas, seja para equipamentos ou infraestrutura. 
Benefícios
A agricultura familiar compreende a produção de alimentos saudáveis para a saúde humana. O agricultor vende o excedente que não foi consumido pela sua família. Portanto, os produtos que estão sendo destinados ao mercado, são os mesmos consumidos por quem os produziu, sendo de boa qualidade. Os frutos 
desse cultivo são produtos saudáveis, sem a necessidade de veneno, pois, como é produzido em pequena escala, os produtores conseguem manter o controle de pragas com serviços agrícolas produzindo ainda, seus próprios insumos ecológicos (SCHIRMANN, 2017; OSINSKI, 2017). 
Além de favorecer a adoção de práticas produtivas mais sustentáveis graças à diversificação do cultivo, ao uso consciente do solo e à preservação do patrimônio genético das culturas, a agricultura familiar traz também vantagens para o país e para o produtor rural. O amplo consumo de alimentos oriundos da agricultura familiar no Brasil favorece a produção familiar na medida em que os mercados locais se tornam opções viáveis para o produtor rural.
Para o país as vantagens são ainda maiores. Além de sustentar políticas de combate à fome, a agricultura familiar contribui para o crescimento econômico e para a geração de emprego especialmente no campo, influenciando diretamente no combate ao êxodo rural e, com isso, para a qualidade de vida nos centros urbanos.
Se o agronegócio cresce, mantém o Brasil no ranking mundial dos maiores exportadores de produtos alimentícios e firma a referência do país na pesquisa em tecnologia de ponta. Como carro-chefe da economia brasileira, a agricultura familiar, por sua vez, avança no mercado interno e já responde, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por mais de 50% da comida que chega às mesas dos brasileiros. São também as pequenas áreas rurais conduzidas por famílias que respondem por 70% da mão de obra no campo. Elas agrupam aproximadamente 4,4 milhões de famílias agricultoras, o que representa 84% dos estabelecimentos rurais no país, gerando 38% do valor bruto da produção agropecuária.
Estatísticas
 
Segundo um levantamento feito pelo portal Governo do Brasil, a agricultura familiar tem um peso importante para a economia brasileira. A agricultura familiar ainda produz 70% do feijão nacional, 34% do arroz, 87% da mandioca, 46% do milho, 38% do café e 21% do trigo, 58% do leite. O setor também é responsável por 60% da produção de leitee por 59% do rebanho suíno, 50% das aves e 30% dos bovinos. 
Podemos notar que todas as porcentagens acima apresentadas indicam uma proporcionalidade maior do que a quantidade de terrenos disponíveis para a agricultura familiar, o que denuncia a necessidade de maior democratização das propriedades rurais do país, gerando maior espaço para os pequenos produtores em face dos grandes e abrangentes latifúndios, alguns destes totalmente improdutivos.
Em resumo, mesmo com 1/5 (um quinto) das áreas agrícolas do Brasil, a agricultura familiar é responsável por cerca de 1/3 (um terço) da produção total. Isso prova o grande índice de produtividade dos pequenos produtores no país. A grande questão é a carência de incentivos públicos para esse setor e a grande concentração fundiária existente em nosso país, fatores que dificultam a melhoria desses números.
A venda dos produtos é destinadas para órgãos públicos, escolas, creches, hospitais, instituições filantrópicas, presídios, quarteis, aeronáutica, restaurantes universitários dentre outros.
CONCLUSÃO
Neste trabalho abordou-se a Agricultura Familiar onde produtores ainda encontram muitas dificuldades de cunho burocrático, mesmo que a agricultura familiar seja de extrema importância para o Brasil. No entanto, elas tendem a ser vencidas à medida que os investimentos são realizados pelo Governo Federal.
REFERÊNCIAS
RAMBO, José Roberto; TARSITANO, Maria Aparecida Anselmo; LAFORGA, Gilmar. Agricultura familiar no Brasil, conceito em construção: trajetória de lutas, história pujante. Revista de Ciências Agroambientais. Alta Floresta, v.14, n.1, p.86-96, Maio/2016. Disponível em: < https://periodicos.unemat.br/index.php/rcaa/article/viewFile/1415/1393>. Acesso em 27 Set. 2018.
DELGADO, Guilherme Costa; BERGAMASCO, Sonia Maria Pessoa Pereira. Agricultura Familiar Brasileira: Desafios e Perspectivas de Futuro. Brasília: 2017, 470p. Disponível em: < http://www.mda.gov.br/sitemda/sites/sitemda/files/user_img_1756/Agricultura%20Familiar_WEB_LEVE.pdf>. Acesso em 27 Set. 2018.
GUILHOTO, Joaquim José Martins et al. A importância da agricultura familiar no brasil e em seus estados. São Paulo. Disponível em: < http://www.anpec.org.br/encontro2007/artigos/A07A089.pdf>. Acesso em: 27 Set. 2018.
Agricultura familiar do Brasil é 8ª maior produtora de alimentos do mundo. [S.I]. Jun/2018. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/noticias/economia-e-financas/2018/06/agricultura-familiar-brasileira-e-a-8a-maior-produtora-de-alimentos-do-mundo>. Acesso em 27 Set. 2018.
TINOCO, Sonia Terezinha Juliatto. Conceituação de agricultura familiar:  uma revisão bibliográfica. [S.I.]. 2008. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2008_4/AgricFamiliar/index.htm>. Acesso em 27 Set. 2018.
LIMA, Ozeir Celestino de; SILVA, Wilkcimara Santiago. Agricultura Familiar: análise a partir da fundamentação de autores a cerca do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF. [S.I.]. 2012. Disponível em: < http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/241/Agricultura%20Familiar%20-%20Enviar.pdf>. Acesso em 27 Set. 2018.
PEDROSO, Lucas Baraca; PASSADOR, Cláudia Souza; PASCHOALOTTO, Marco Antonio Catussi. Marco teórico sobre a agricultura familiar na américa latina. João Pessoa: 2017. Disponível em: < http://www.ufpb.br/ebap/contents/documentos/0327-341-marco-teorico-sobre-a-agricultura-familiar-na-america-latina.pdf>. Acesso em 27 Set. 2018.

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