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Resumo sobre interdição e atos praticados por interditados

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Resumo sobre interdição e atos praticados por interditados,os chamados prodigios.
Breves fatos sobre o que é capacidade, quem é prodígio e como se delimita tal denominação:
Capacidade de fato. Pessoas absolutamente incapazes
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
	Possuem a plena capacidade de fato os maiores de dezoito anos, mas também é possível antes dos dezoito, através da emancipação, que será vista mais adiante.
	A regra é a capacidade de fato, a exceção é a incapacidade.
	A diferença que se dá entre a incapacidade absoluta do artigo 3º e a incapacidade relativa do artigo 4º é quantitativa e não qualitativa.
	A incapacidade é criada com a finalidade de proteger as pessoas que se encontrem nas hipóteses previstas na lei de incapacidade. O nosso direito criou o sistema protetivo da incapacidade.
	O artigo 104 I exige para a validade do ato que o agente seja capaz e como conseqüência o artigo 166 I taxa de nulo o negócio jurídico praticado pelo absolutamente incapaz.
	Capacidade de Direito. Suprimento da incapacidade de fato O ordenamento jurídico cria um sistema para que ele possa atuar no mundo jurídico, esse sistema consiste em atribuir a alguém, com capacidade plena de agir, a prática de atos que não podem validamente, ser praticados pelo incapaz. A isso se denomina representação.
	A incapacidade dos menores de dezesseis anos reflete-se na sua capacidade negocial, sendo certo que possui uma certa autonomia para agir. Apesar de se considerar nulo os atos praticados pelo menor de 16, não se anula completamente seu poder de agir em seu interesse, como decorrência da sua própria personalidade, bem como na prática de atos de pequeno valor. Nos temos como se fosse uma autorização implícita de seus representantes para celebrar contratos de compra e venda de produtos de pequeno valor em seu favor.
	Absolutamente incapaz e responsabilidade civil A incapacidade do menor de dezesseis anos não o exime em tese de responder pelos danos causados. O código estabelece uma responsabilidade subsidiaria, artigo 928:
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
	O atual sistema é diferente do sistema do Código passado, neste somente os menores relativamente incapazes respondiam pelos atos ilícitos em que fossem culpados.
	Absolutamente incapazes, Prescrição Artigos correspondentes:
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;
Art. 206. Prescreve:
§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.
	Pela regra do artigo 198, mesmo no caso do artigo 206 §2º a prescrição não corre.
	Absolutamente incapazes, mútuo 
Art. 588. O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja guarda estiver, não pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores.
Art. 589. Cessa a disposição do artigo antecedente:
I - se a pessoa, de cuja autorização necessitava o mutuário para contrair o empréstimo, o ratificar posteriormente;
II - se o menor, estando ausente essa pessoa, se viu obrigado a contrair o empréstimo para os seus alimentos habituais;
III - se o menor tiver bens ganhos com o seu trabalho. Mas, em tal caso, a execução do credor não lhes poderá ultrapassar as forças;
IV - se o empréstimo reverteu em benefício do menor;
V - se o menor obteve o empréstimo maliciosamente.
	Absolutamente Incapazes, contrato de jogo ou aposta – O nosso Código reconhece o contrato de jogo ou aposta, mas prevê que as dívidas ou apostas não obrigam o pagamento, entretanto, não se pode recobrar a quantia que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo ou se o perdente é menor ou interdito, artigo 814. É uma exceção ao princípio de que as obrigações naturais, quando pagas, não admitem devolução.
 	Absolutamente incapazes, obrigação anulada Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, se não provar que reverteu em proveito dele a importância paga.
	Absolutamente incapazes, partilha Art. 2.016. Será sempre judicial a partilha, se os herdeiros divergirem, assim como se algum deles for incapaz.
	O maior de dezoito anos só será considerado incapaz em havendo sentença que o declare.
	No caso dos absolutamente incapazes do artigo 3º, II, não basta a simples existência de doença ou deficiência mental, é necessário que alem disso fique demonstrado que tais estados patológicos determinem a falta do necessário discernimento para a prática de atos da vida civil. Com isso é possível que uma pessoa seja portadora de enfermidade mental, ou de alguma espécie de retardamento mental e não venha a ser considerada absolutamente incapaz, pois apesar disso ainda possui o necessário discernimento para a prática de atos da vida civil.
	No inciso III do artigo 3º se enquadram os surdos e mudos, se entretanto este simplesmente não possui o desenvolvimento mental completo, deverá ser enquadrado no inciso IV do artigo 4º.
	Causa não definitiva, mas duradoura É necessário que apesar de não diagnosticada como definitiva, a causa que provoque a impossibilidade de manifestação de vontade apresente um caráter duradouro, evidentemente, cessada esta causa, cessa também a incapacidade, com o levantamento da interdição decretada.
	As pessoas designadas nos incisos II e III deste artigo estão sujeitas a curatela. Os legitimados para requerer a interdição estão no artigo 1768 e 1769:
Art. 1.768. A interdição deve ser promovida:
I - pelos pais ou tutores;
II - pelo cônjuge, ou por qualquer parente;
III - pelo Ministério Público.
Art. 1.769. O Ministério Público só promoverá interdição:
I - em caso de doença mental grave;
II - se não existir ou não promover a interdição alguma das pessoas designadas nos incisos I e II do artigo antecedente;
III - se, existindo, forem incapazes as pessoas mencionadas no inciso antecedente.
	É necessário que haja uma ação para ocorrer a interdição, o requerimento de levantamento da interdição deverá ser formulado perante o mesmo juízo onde ocorreu a interdição, fazendo-se a prova de que não mais subsiste a causa determinante da interdição, a doença. Este pedido poderá ser feito pelo próprio interditado e será apensado aos autos. Se o juiz conceder o levantamento da interdição, o mesmo deverá ser averbado no Registro Civil de Pessoas Naturais.
Capacidade de fato. Pessoas relativamente incapazes
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
	Incapacidade do Inciso I – Idade O Leoni é da opinião que o NCC tivesse considerado como relativamente incapazes os menores entre 12 e 18 anos, como fez no ECA.
	As compras e vendas de pequeno valor, efetuados pelo relativamente incapaz, presumem-se autorizadas pelos seus representantes legais. O nosso ordenamento estabelece atos jurídicos especiais que podem ser praticados pelos menores relativamente incapazes:
Podem ser mandatários, mas o mandante não tem ação contra ele senão de conformidade com as regras gerais, aplicáveis as obrigações contraídas pelos menores, artigo 666.
Podem testar, artigo 1960, p.único.
Podem ser testemunha, artigo 228, I.
Podem casar com dezesseis anosdesde que tenham o consentimento dos pais, artigo 1517.
Podem celebrar contrato de trabalho.
Podem comerciar.
Podem votar.
Capacidade extranegocial e responsabilidade civil A incapacidade do menor de dezesseis anos não o exime em tese de responder pelos danos causados. O código estabelece uma responsabilidade subsidiaria, artigo 928:
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
	Conflito entre o representante e o menor relativamente incapaz. Anulabilidade Caso o ato a ser praticado pelo menor entre em conflito com o dos seus representantes legais, a lei determina que lhe seja dado um curador especial, artigo 1692. Se o negocio tiver sido realizado será anulável só do conflito tinha ou devia ter conhecimento a parte contratante, artigo 119.
Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou.
Parágrafo único. É de cento e oitenta dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, o prazo de decadência para pleitear-se a anulação prevista neste artigo.
	Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os deficientes mentais:
	O uso de bebida alcoólica, de drogas ou a mera deficiência mental, por si só, não determina a incapacidade relativa de seu portador, é necessário ainda que se verifique que em virtude dessas causas a pessoa possuía o discernimento reduzido para os atos da vida civil.
	
Para que haja a internação nos casos analisados, é necessário:
Prova de que se trata de ébrio, toxicômano ou deficiente
Que tais atos determinam no sujeito um discernimento reduzido para os atos da vida civil
 A velhice por si só não é considerada fator determinante de incapacidade.
Excepcionais Surdos-mudos que podem aqui ser enquadrados, tenham discernimento reduzido ou ausência de discernimento, como relativamente incapaz.
Prodigalidade Pródigo é aquele que não sabe administrar sua fazenda (bens,economia) de maneira ordenada, levando à dilapidação dos seus bens em prejuízo do cônjuge e dos herdeiros necessários. A interdição por prodigalidade visa proteger, não a pessoa do pródigo, mas o patrimônio do cônjuge e dos herdeiros legítimos, descendentes e ascendentes. 
Requisitos da prodigalidade:
Prodigalidade.
Existência dos legitimados enumerados no artigo 1.768.
Declaração da incapacidade por sentença.
Embora a lei não nos de um conceito de prodigalidade, podemos afirmar que ela pressupõe uma conduta, e não um simples ato isolado. Legitimados para requerer a interdição por prodigalidade:
Art. 1.768. A interdição deve ser promovida:
I - pelos pais ou tutores;
II - pelo cônjuge, ou por qualquer parente;
III - pelo Ministério Público.
Art. 1.769. O Ministério Público só promoverá interdição:
I - em caso de doença mental grave;
II - se não existir ou não promover a interdição alguma das pessoas designadas nos incisos I e II do artigo antecedente;
III - se, existindo, forem incapazes as pessoas mencionadas no inciso antecedente.
	O Leoni entende que o Código fez errado em dar legitimidade a qualquer parente, para ele o melhor seria que os legitimados fossem exclusivamente aqueles que, em tese, teriam dever de alimentar para com o pródigo: ascendentes, descendentes, cônjuge e irmão.
	É a sentença de interdição do pródigo que estabelece o título constitutivo da sua condição de relativamente incapaz, determinando a nomeação de um curador.
Efeitos da Prodigalidade:
Mudança no estado da pessoa para relativamente incapaz, ficando o mesmo sujeito à curatela.
Art. 1.782. A interdição do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam de mera administração.
	Os demais atos da vida civil podem ser praticados validamente pelo pródigo, por exemplo é ele quem autoriza os filhos a se casarem.
Sanção, Anulabilidade, Atos praticados pelos relativamente incapazes:
	O inciso I do artigo 171 taxa de anulável o negocio jurídico, por incapacidade relativa do agente, esse efeito consiste em restituir as partes ao estão em que se achavam, e, não sendo possível a restituição, a indenizá-las com o equivalente.
Capacidade de Direito. Suprimento da incapacidade de fato O ordenamento jurídico cria um sistema para que ele possa atuar no mundo jurídico, esse sistema consiste em atribuir a alguém, com capacidade plena de agir, a prática de atos que não podem validamente, ser praticados pelo incapaz. A isso se denomina assistência.
Relativamente Incapazes, Prescrição Contra eles corre a prescrição, só que os mesmos terão ação regressiva contra os seus assistentes, que derem causa à prescrição, ou não a alegaram oportunamente.
Relativamente Incapazes, contrato de jogo ou aposta – O nosso Código reconhece o contrato de jogo ou aposta, mas prevê que as dívidas ou apostas não obrigam o pagamento, entretanto, não se pode recobrar a quantia que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo ou se o perdente é menor ou interdito, artigo 814. É uma exceção ao princípio de que as obrigações naturais, quando pagas, não admitem devolução.
Relativamente Absolutamente incapazes, partilha Art. 2.016. Será sempre judicial a partilha, se os herdeiros divergirem, assim como se algum deles for incapaz.
Fim da menoridade. Emancipação voluntária e legal
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
	Emancipação Visa atribuir à pessoa com menos de dezoito anos a plena capacidade de exercício, e, como conseqüência, o jovem, mesmo sendo menor dezoito anos, já pode e deve responder tanto por seus atos negociais como extranegociais. Ocorre como uma equiparação, nos seus efeitos, à maioridade civil, embora não seja a mesma coisa. Existe duas modalidades de emancipação:
Voluntária – Inciso I do artigo 5º - Concedida pelos pais e por sentença do juiz no caso de o menor esta sob tutela, a lei exige que o menor tenha dezesseis anos cumpridos. O NCC é expresso em falar que não necessita de homologação judicial quando a emancipação for concedida pelos pais. Em caso de divergência entre os pais a respeito da emancipação do filho, caberá ao juiz decidir se esta, efetivamente, atende aos interesses do menor ou não. Somente o genitor que estiver no exercício do poder familiar que poderá conceder a emancipação, aquele que estiver suspenso ou destituído não poderá. O NCC exige que se faça a emancipação concedida pelos pais mediante instrumento público, o código passado era omisso, a doutrina considera isso um retrocesso, tendo em vista que o reconhecimento de filho que constitui fato de maior relevância social pode ser feito por escrito particular, então porque também não poderia ser por escrito particular a emancipação do filho. A emancipação é irrevogável, mas poderá vir a ser anulada, se ficar demonstrado, que foi praticada em fraude a lei. A emancipação voluntária não constitui um direito do menor, o filho não pode exigir que os genitores o emancipem.
Emancipação Legal – Casos dos incisos II a V deste artigo.Emancipação pelo casamento É possível neste caso que se emancipe antes dos dezesseis anos. Há uniformidade no entendimento no que diz respeito à separação, ao divorcio e à anulação. Nesse caso, entende a doutrina pátria que permanecem os menores na condição de emancipados, não voltando à condição de relativamente incapazes.
Se for casamento putativo parece que o melhor entendimento em relação ao cônjuge inocente é que prevaleça os efeitos da emancipação. Mas o casamento nulo não tem o poder de emancipar. A emancipação pressupõe casamento valido.
A união estável não leva a emancipação, por dois motivos: o casamento pressupõe a autorização do menor de dezoito anos e também porque a norma referente a emancipação deve ser interpretada restritivamente, já que constitui exceção ao princípio geral de que a plena capacidade só se adquire aos dezoito anos completos.
b. Emancipação pelo exercício de emprego público efetivo – Não emancipa o cargo exercido em paraestatal ou em autarquia.
c.	Emancipação pela colação de grau em curso de ensino superior
d.	Emancipação pelo estabelecimento civil ou comercial, com economia própria.
e. 	Emancipação pela existência de relação de emprego, com economia própria – Há de ser emprego com vinculo empregatício ou atividade autônoma que lhe garanta a própria subsistência (economia própria), ainda que inferior ao padrão que tinha sob o poder familiar.
Fim da Personalidade. Morte. Morte Presumida
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
	A morte extingue os direitos inerentes à própria pessoa, tais como as obrigações personalíssimas. As obrigações patrimoniais que não sejam personalíssimas subsistem mesmo após a morte do devedor, transmitindo-se aos seus sucessores.
	No âmbito do direito de família, com a morte, rompe-se:
Vinculo do casamento
Morte dos pais extingue o poder familiar
O usufruto extingue-se pela morte do usufrutuário
O contrato de locação de serviços acaba com a morte de uma das partes
Cessa o mandato pela morte de uma das partes
Em que pese a obrigação do fiador passar aos herdeiros, a responsabilidade da fiança se limita ao tempo decorrido até a morte do fiador, e não pode ultrapassar as forças da herança
Atualmente, não mais se admite a denominada morte civil, que consistia na perda de todos os direitos políticos e civis, apesar de a pessoa estar viva.
A prova do falecimento cabe a quem alega.
Morte Presumida Quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura da sucessão definitiva.
Abordam-se, neste estudo, os aspectos jurídicos da incapacidade civil das pessoas excepcionais e daquelas judicialmente reconhecidas como pródigos. O filólogo HUAIS (2004) define o excepcional como indivíduo que tem deficiência mental, baixo QI – quociente de inteligência e pródigo como o dissipador de bens, gastador, esbanjador, perdulário. 
Com a finalidade de preservar os direitos dos excepcionais e dos pródigos e o patrimônio familiar sob risco de dissipação pelos pródigos, a lei estabelece a possibilidade jurídica da interdição judicial, a qual se exige a perícia médica do interditando. O perito examina o interditando e, na elaboração do laudo técnico, deve dizer o grau de desenvolvimento da incapacidade de compreensão, se total ou parcial. Com base na prova pericial, o juiz define os limites da interdição. 
No âmbito do direito civil, a perícia psiquiátrica tem vasta aplicação. A ação de interdição tem por escopo avaliar a capacidade mental da pessoa excepcional e, no caso do pródigo, a capacidade da pessoa gerir os próprios bens. Também podem ser requeridas perícias nas ações anulatórias de atos jurídicos. Releva determinar-se se a incapacidade preexistia ao ato ou foi superveniente a fim de esclarecer se a pessoa estava em pleno gozo das faculdades mentais e conscientes no momento do ato ou do negócio jurídico, da doação, da compra e venda, do casamento, do testamento. Avaliam-se, em tais casos, as condições de consciência da pessoa, a sua capacidade temporária. Requer-se a perícia psiquiátrica para se aferir se a pessoa praticou o ato de forma consciente, sabedor dos efeitos e consequências dele resultante, ou se foi atitude temerária de alguém incapaz de compreender plenamente a extensão dos seus atos e por eles reger-se. Como regra, a incapacidade superveniente não invalida o ato e a recíproca é verdadeira, a incapacidade preexistente não se convalida pela capacidade superveniente. No âmbito do direito familiar, há ainda as ações de anulação de casamentos e as ações de modificação de guarda de filhos, no caso de modificação ou desconhecimento da doença mental do cônjuge e da incapacidade mental para manter a prole menor sob sua guarda. A perícia médica também se faz necessária nas ações de indenização a fim de precisar a extensão dos danos, causas, natureza, bem assim nas ações securitárias.
O Código Civil, lei nº. 10.406/ 2002, menciona a enfermidade ou deficiência mental sem discernimento – art. 3º, II, como incapazes absolutamente. Em seguida, arrola ébrios habituais, viciados em tóxicos e portadores de deficiência mental como pessoas com reduzido discernimento. O cerne dessa questão reside na definição da extensão da incapacidade do interditando, absoluta ou relativa. Delimitar o grau de discernimento do agente para os atos da vida civil. O perito psiquiatra forense deve utilizar o seu conhecimento técnico-científico justamente para atestar qual é a real capacidade da pessoa, se ela é totalmente ou parcialmente incapaz de discernir os atos. 
Mérito do legislador quando menciona a possibilidade de incapacidade civil transitória. Assim, alcançam os casos de doenças de origem orgânica transitória como AVC - Acidente Vascular Cerebral e alguns casos psicóticos transitórios.
Pessoas que se sentem prejudicadas em testamentos, não raro, intentam ação de anulação do ato de disposição de vontade do testador sob o fundamento da incapacidade civil para testar. Assim, quando as circunstâncias patrimoniais e de disposição de vontade justificam, a evitar ações futuras, convém o testador fazer uma perícia psiquiátrica em vida “preventiva” a fim de garantir, efetivamente, a destinação pretendida do seu patrimônio e evitar ações anulatórias, perícia post mortem e sabe-se lá qual destinação. O testador simplesmente faz uma avaliação psiquiátrica ordinária a fim de comprovar a inexistência de qualquer morbidez capaz de prejudicar o seu discernimento. Na perícia psiquiátrica relativa à capacidade testamentária, investiga-se a capacidade subjetiva e objetiva do agente. Objetivamente, avalia-se a capacidade do testador quanto aos valores econômicos e financeiros patrimonial, à exata compreensão dos herdeiros, sucessores e legatários, dos eventuais beneficiados e prejudicados com a distribuição dos bens nos termos da sua vontade. O aspecto subjetivo da questão testamentária examina os motivos, as razões afetivas e emocionais da atitude do testador em face das disposições de vontade. Problema a merecer atenção redobrada dos peritos é de perícia em testamentário sob estado de agonia, assim definido o realizado no momento terminal, no apagar da vida. Na agonia ou in extremis importa aferir se a capacidade de discernimento incide absoluto. Pessoas agonizantes podem adotar atitudes anormais, praticar atos que de outra forma não praticariam, fazer doações exageradas, perdoar dívidas gigantescas e assim por diante. A perícia torna-se mais difícil, pois se procede retroativamente, nas circunstâncias e antecedentes emocionais do agonizante. Há casos de anulações de testamento com base em perícias retrospectivas. Ditas perícias se fundam em depoimentos, informações de fatos ocorridos em tempo passado. Idêntico procedimento adota-se nas ações de anulação de doação e de negócios benéficos. O casamento de pessoas consideradas enfermo mental pode ser anulado: [...] por vício da vontade, se houver por parte de um dos nubentes, ao consentir,erro essencial quanto à pessoa do outro, art. 1.556. Também em face de erro essencial quanto à pessoa, desconhecer características mórbidas, defeito mental ou físico relevante, grave doença transmissível, preexistência de doença grave.

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