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3.11. BORRACHA POLIACRÍLICA (ACM) As borrachas poliacrílicas são copolímeros com 95 a 99% de um ou vários ésteres acrílicos, CH2=CH-COOR, sendo R, etil, butil, octil, metoxietil ou etoxietil, com 1 a 5% de outro monômero, que confere os pontos ativos para reticulação, tais como átomos de cloro em uma cadeia lateral (éter 2-cloroetil- vinílico ou cloroacetato de vinila), um grupo epóxi (éter alil-glicidílico), derivados de acrilimida, N-metilol-acrilamida, etc. Sua abreviatura é ACM (AC de Acrylic e M da cadeia polimetilênica): O tipo de acrilato determina a temperatura de fragilidade e a resistência ao calor e aos óleos. O Poli(acrilato de etila) tem a maior polaridade e confere a melhor resistência térmica e aos óleos; no entanto, devido sua temperatura de transição vítrea ser relativamente alta, Tg de -21ºC, seus vulcanizados apresentam resistência insuficiente à baixa temperatura. A Tg do poli(acrilato de butila) é de -49ºC; assim, os vulcanizados são mais resistentes ao frio, mas inferiores na resistência ao calor. Os primeiros tipos de ACM, basicamente homopolímeros de acrilato de etila, necessitavam para a vulcanização, de sistemas à base de diaminas e metasilicato sódico, que apresentavam inconvenientes de processamento, dificuldade de desmoldagem e acentuada corrosão dos moldes. A introdução do éter 2- cloroetilvinílico tornou possível a vulcanização por diaminas ou poliaminas e enxofre ou doadores de enxofre, ou à base de tiouréa/Pb3O4. Em 1960 foram introduzidos os tipos com cloroacetato de viníla, que permitem o uso de outros sistemas menos corrosivos, tais como uma combinação de estearato de potássio ou sódio e enxofre ou doadores de enxofre. Os tipos com grupos epóxi são vulcanizados por benzoato ou adipato amônico. Para os tipos mais recentes de ACM é recomendada uma combinação de estearatos alcalinos e amina terciária ou um sal de amônio quaternário. Devido a grande variedade de sistemas acelerantes, é recomendável consultar a literatura do fabricante para maiores informações sobre o sistema adequando ao tipo de ACM utilizado. Sempre que possível, o composto deve ser preparado em um misturador interno bem refrigerado. Compostos que serão utilizados na moldagem por compressão devem repousar durante um período de 24-72 horas à temperatura ambiente. Com os tipos convencionais de ACM é prática habitual fazer a pós- vulcanização em estufa, por exemplo, durante 9-12 h a 150-175ºC; mas os tipos mais novos não necessitam de pós-vulcanização. Apesar de sua baixa viscosidade, a obtenção de perfis e calandrados com superfície lisa não é muito fácil de ser obtida. As principais aplicações dos ACM estão no setor automobilístico, em peças como juntas para transmissão automáticas e diferenciais, retentores de válvulas, eixos, etc. 3.11.1. Borrachas de etileno-acrilato (EACVM) Incluiremos aqui também as borrachas de etileno-acrilato (EACM, E de Ethylene, AC de Acrylate) e um termonômero derivado do ácido acrílico, fabricados e comercializados pela DuPont com o nome Vamac®. São vendidos como masterbatches, com negro de fumo ou com sílica pirogênica e, em ambos os casos, com auxiliares de processo ou como borrachas base. Recentemente foram introduzidos no mercado três novos tipos: o Vamac LS (de Low Swell, baixo inchamento) e os copolímeros de etileno e acrilato de metila (Vamac D e DLS), vulcanizáveis por peróxido. A resistência ao calor dos EAM é um pouco melhor que a dos ACM; seu inchamento em óleo quente é muito semelhante aos ACM de acrilato de butila; a flexibilidade à baixa temperatura é semelhante aos ACM de poli(acrilato de octila). São empregados em juntas estáticas de automóveis e em mangueiras de refrigeração. 3.11.2. Bibliografia 1. HOFMANN, W, Rubber Technology Handbook, Hanser Publishers, Munich, 1989. 2. M. Morton, Rubber Technology (3ª ed. 1987). 3. Literatura HyTemp, Zeon Chemicals. 4. Literatura TOA Acron, TOHPE Corp.
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