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conceitos e histórico da terapia familiar

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PRESUPOSTOS TEÓRICOS, ÉTICOS E 
METODOLÓGICOS DA TEORIA 
SISTÊMICA 
O SURGIMENTO DA TERAPIA 
FAMILIAR: IDÉIAS PRECURSORAS 
 A terapia familiar sob um olhar sistêmico evoluiu a 
partir de uma multiplicidade de influências tendo 
recebido contribuições de diferentes áreas do 
conhecimento. 
 
 Metaforicamente falando teorias não nascem ao 
acaso. Elas têm, como as pessoas, uma família: pais, 
irmãos, tios, avós que por vezes casam com teorias afins 
e geram hipóteses ou ideias filhas. 
 
Psicanálise 
 Freud considerou em seus estudos as relações familiares. Por 
exemplo, em “Fragmento da Analise de um Caso de histeria” (1905) e 
“O pequeno Hans” (1909), afirma que devemos prestar tanto atenção 
às condições humanas e sociais dos enfermos quanto aos dados 
somáticos e aos sintomas patológicos, ressaltando que o interesse do 
terapeuta deve dirigir-se para as relações familiares dos pacientes. 
 
 Fez referência à família em várias de suas conferencias, 
ressaltando que muitas vezes quando a neurose tem relação com os 
conflitos entre os membros de uma família, os membros sadios 
preferem não prejudicar seus próprios interesses do que colaborar na 
recuperação daquele que está doente. No entanto ele nunca 
desenvolveu uma teoria familiar e técnicas de atendimento familiar. 
 
 Freud sustentou sua teoria do determinismo psíquico no 
paradigma linear, estabelecendo relações de causa-efeito entre 
registro traumático de experiências passadas e os sofrimentos 
psíquicos atuais de seus pacientes. 
Qual a grande mudança 
proposta? 
PARADIGMA SISTÊMICO: 
 Substituição do modelo linear de pensamento científico (padrão 
causa-efeito) pelo modelo circular (padrão interativo). 
 Introduz a noção de interatividade entre os elementos 
constituintes de um sistema. 
 
 Com isso a TGS abriu a possibilidade de comunicação entre 
as disciplinas. Ao propor que efeitos podem ser retroalimentadores 
de suas supostas causas dentro de um sistema e que observadores 
podem modificar pela via interativa o que estão observando, criou-
se um novo marco epistemológico para pensar fenômenos tanto na 
física, na química, na biologia, como nas ciências humanas em geral. 
 
PENSAMENTO LINEAR 
PENSAMENTO CIRCULAR 
ALGUNS CONCEITOS: 
Cibernética 
RETROALIMENTAÇÃO (feedback)(1) 
 
 Uma forma de entender a interação e comunicação das 
pessoas através da analogia com as máquinas. 
 
 Estudo dos mecanismos de feedback (retroalimentação) 
em sistemas que se autorregulam. 
 
 Uma forma de compreender, de maneira circular, a 
interação e comunicação entre os membros da família e destes 
com os demais grupos. (Nichols & Schwatz, 2007, p. 101-102) 
Cibernética 
RETROALIMENTAÇÃO (feedback)(2) 
 Na cibernética cada elemento tem um efeito sobre o 
elemento seguinte, até que o último retroalimente o efeito 
cumulativo para a primeira parte do ciclo. 
 
 A retroalimentação define o enfoque circular que se baseia 
na reciprocidade dos fatores causais e que nos diz que cada 
produto (output) de um sistema é um novo aporte (input) para 
esse mesmo sistema, modificando-o e transformando-o. 
 
 Em outras palavras o feedback não deriva de um modelo 
de causa e efeito, isto é, A afeta B que afeta C, e assim por diante, 
mas sim de um modelo cibernético ou circular. Desta forma a 
abordagem do sistema nos permite um novo modelo de 
paradigma, que influi nossa prática. (Nichols & Schwatz, 2007, p. 101-102) 
 
 Feedback: 
 O processo pelo qual um sistema obtém a 
informação necessária para manter um curso 
estável; 
 
 Pode ser negativo ou positivo. Essa distinção não 
quer dizer se são benéficos ou prejudiciais, 
refere-se aos efeitos sobre a homeostase do 
sistema. (Nichols & Schwatz, 2007, p. 101-102) 
 Feedback Positivo: 
 É aquele que pode destruir um sistema. Ele 
utiliza táticas que forçam a família a novas 
maneiras de agir, por tornar insustentável a 
antiga posição; 
 
 É a informação que confirma e reforça a direção 
que o sistema toma; 
 
 Predispõe à mudança. (Nichols & Schwatz, 2007, p. 101-102) 
Feedback Negativo: 
Corrige um sistema que se acha com problemas e 
restabelece o seu estado anterior; 
 
 Busca a homeostase do sistema, uma vez que ele serve 
para indicar quando o sistema desvia-se do alvo e quais 
as correções necessárias para trazê-lo de volta ao curso. 
 
 Por exemplo: se o relacionamento de pai e mãe são 
muito intensos, parecendo ameaçar o sistema familiar, 
um filho como Paciente Identificado (PI), pode começar a 
atuar, tendo como consequência que pai e mãe mais 
uma vez unam-se “por amor ao filho”. (Nichols & Schwatz, 2007, p. 101-102) 
 
RETROALIMENTAÇÃO (feedback) (2) 
 As famílias precisam de um equilíbrio saudável de feedback 
positivo e negativo, bem como se faz necessário nesse 
processo ter uma comunicação clara, pois comunicações 
falhas ou pouco claras resultam em um feedback inadequado 
ou incompleto, de modo que o sistema não consegue se 
autocorrigir. 
 
Tanto a estabilidade como a mudança são condições 
indispensáveis à existência da vida e sua alternância é fator 
predisponente para o estado de “saúde evolutiva” dos 
organismos. 
 
 A metáfora do contexto familiar seria a de uma rede trançada, 
cujos nós seriam os membros independentemente de sua 
hierarquia geracional. 
Teoria Geral dos Sistemas (1) 
Elaborada e sistematizada por VON BERTALANFFY; 
 
Década de 40; 
 
Para a TGS, a família é mais que uma coleção de 
indivíduos, ela é uma rede de rellacionamentos. 
 
(Nichols & Schwatz, 2007, p. 103-106) 
 
Teoria Geral dos Sistemas (2) 
Um sistema pode ser físico, biológico, psicológico, 
sociológico, simbólico... 
 
Um sistema pode ser composto por sistemas menores 
e pode ser parte de um sistema mais amplo. 
 
Um sistema não pode ser entendido como a soma de 
suas partes, que examinadas isoladamente não 
permitiriam a compreensão do sistema como um todo. 
 
 Cada uma das partes de um sistema está relacionada 
de tal modo com as outras que qualquer alteração 
numa delas provoca modificações nas outras e no 
sistema total. (Nichols & Schwatz, 2007, p. 103-106) 
 
Teoria Geral dos Sistemas (3) 
 No campo da história, os acontecimentos não 
seriam explicados em função de decisões e ações 
individuais, mas sim em decorrência da ação dos 
sistemas sócio culturais em interação (sejam eles 
preconceitos, ideologias, etc.). 
 
 No campo das ciências sociais a TGS ganha espaço 
por considerar o grupo em detrimento do individual, 
o que determinará a ênfase posta no grupo familiar e 
não nos seus componentes como foco dos distúrbios 
mentais. 
Características do Sistema (1) 
1) O sistema é uma complexidade organizada. Ainda que 
tenha uma aparência caótica, há sempre uma organização 
subjacente, uma espécie de caoticidade organizada. 
 
2) O Sistema pode ser fechado ou aberto. A família é um 
sistema aberto ou semi-aberto, pois ela dá e recebe 
informações, energia, trabalho e objetos , e troca 
permanentemente o que possui e o que precisa com o seu 
ambiente social. 
Características do Sistema (2) 
 
3) O sistema possui limites. A família é semipermeável e 
seletiva em relação ao que entra e sai do seu interior. 
 
4) O sistema é permeável e realiza diferentes 
movimentos. 
 
5) O sistema é homeostático, pois tende a manter-se 
auto equilibrado e retroalimentado. 
Características do Sistema (3) 
6) O sistema está constantemente desorganizando-se e 
tendendo a reorganizar-se, o que chamamos de entropia 
negativa.7) Possui a capacidade de diferenciação, crescimento e 
adaptação, ou seja, cada elemento tem características 
próprias. Constitui-se em um indivíduo diferenciado dos 
demais e o próprio sistema jamais encontra semelhante. 
Características do Sistema (4) 
8) Cada elemento dispõe de qualidades emergentes. 
Cada um dos elementos tem algo de interessante a 
oferecer aos demais. 
 
9) O princípio da Equifinalidade está ligado a 
capacidade do sistema de atingir um objetivo final de 
maneiras diversas. (Nichols & Schwatz, 2007, p. 103-106; Melo & Burd, 2004, p. 32) 
UM SISTEMA... 
 ...psicossocial, como a família, é um conjunto de 
seres humanos com atributos (capacidade de se 
comunicar, por exemplo) que interagem e cujas 
relações mantêm a condição do sistema. 
 
 Fez-se menção a capacidade de comunicação 
como expressão das propriedades de um sistema 
interpessoal. 
 
 A teoria da comunicação humana nasceu 
paralelamente a teoria sistêmica e veio complementá-la 
na compreensão e abordagem da família como um 
sistema. 
Teoria da Comunicação (1) 
 Bateson - estudos da pragmática da comunicação 
humana, com seu trabalho sobre a relação entre 
patologia comunicacional e a gênese da esquizofrenia, 
em que elaborou o conceito do DUPLO VÍNCULO. 
 
 Bateson sugere que a esquizofrenia é em essência o 
resultado de uma interação familiar, onde ocorrem 
padrões sequenciais característicos que levam a 
experiências vivenciais onde o impasse, a ambivalência 
e a confusão mental são a consequência de mensagens 
comunicacionais contraditórias e impossíveis de serem 
logicamente obedecidas. (Melo & Burd, 2004, p. 33-36) 
EXEMPLO: 
A mãe de um menino trazido à avaliação psiquiátrica é 
previamente instruída sobre como proceder para facilitar 
minha entrevista. Ela se posta à porta do consultório com o 
menino à sua frente e, enquanto diz “vai, meu filho, vai com 
o doutor, não tenhas medo; ali na sala tem brinquedos de 
que vais gostar”, apoia suas mãos nos ombros do filho e o 
retém junto a si, crispando os dedos sob sua clavículas para 
dar força ao gesto. O menino para obedecê-la e acompanhar 
o médico até a sala de entrevistas, terá que forçosamente 
desvencilhar-se daquele abraço da mãe e para obedecer ao 
que a linguagem não verbal da mãe lhe comanda, não 
poderá atender à sua instrução verbal de me acompanhar. 
Está ‘aprisionado’ numa situação de duplo vínculo da qual 
não pode escapar pelas contingências do contexto em que 
está, ou seja, o da consulta psiquiátrica a que veio. (Melo & Burd, 2004, p. 
33-36) 
Teoria da Comunicação (2) 
 Segundo Bateson, a seqüência repetida de situações 
similares poderá levar ao longo do tempo à 
desestruturação esquizofrênica, em razão da falha 
dos padrões comunicacionais em sua função 
organizadora do self. 
 
 A hipótese do duplo vínculo foi indiretamente 
responsável pelo surgimento da noção de PACIENTE 
IDENTIFICADO. (Melo & Burd, 2004, p. 33-36) 
 
Paciente Identificado 
 É o emergente da situação conflitante reinante 
no seio da família à qual pertence ou na qual se 
acha imerso. 
 
 Seu comportamento sintomático é entendido 
como resultante da disfunção do sistema 
familiar. 
 
 Por outro lado, é o emissor de sentido para a 
patologia familiar subjacente. (Melo & Burd, 2004, p. 33-36) 
Teoria da Comunicação (3) 
IMPOSSIBILIDADE DE NÃO COMUNICAÇÃO: 
 
 Comunicação e conduta são sinônimos; 
 Toda conduta está inserida num contexto 
interativo e tem um valor de mensagem, ou seja, 
de comunicação; 
 Mensagem: é qualquer unidade comunicacional 
singular. Uma série de mensagens 
intercambiadas entre pessoas recebe o nome de 
interação. Pautas de interação quando houver 
um nível mais complexo do processo 
comunicacional. (Melo & Burd, 2004, p. 33-36) 
Teoria da Comunicação (4) 
 
 Toda comunicação tem aspectos referenciais 
(conteúdo) e conotativos (relacionais): 
metacomunicação (além da comunicação formal). 
 A natureza de uma relação depende da pontuação 
das sequencias comunicacionais entre os indivíduos 
comunicantes. 
 Comunicação Digital: comunicação verbal, expressa 
a relação entre as palavras, é o conteúdo da 
comunicação. 
 Comunicação Analógica: comunicação não verbal, 
expressa o significado/relação entre os 
comunicantes. (Melo & Burd, 2004, p. 33-36) 
 
Teoria da Comunicação (5) 
 
 Interação Simétrica: busca igualdade nos 
comportamentos. 
 Interação Complementar: expressa a diferença 
dos comportamentos. 
 
 A saúde comunicacional apoia-se na 
alternância de situações simétricas e 
complementares, assim, igualdades e diferenças 
podem coabitar e potencializar-se mutuamente 
 (Melo & Burd, 2004, p. 33-36) 
 
 
Teoria da Comunicação (6) 
 
Observações importantes: 
 
 Relativização dos conceitos de Normal e 
Patológico. 
 Profecia Auto cumpridora: pré-julgamento em 
relação a opinião do outro sobre nós, de modo 
que, tal opinião poderá de fato se confirmar (se 
auto cumprir). (Melo & Burd, 2004, p. 33-36) 
Construtivismo e Construcionismo Social (1) 
 
Construtivismo (Maturana e Varela - década de 80) 
 Tudo o que conhecemos é nossa experiência subjetiva sobre o 
mundo. 
 Ensina a olhar para além do comportamento, para a maneira de 
perceber, interpretar e construir a experiência. 
 O foco não está na ação, mas nas suposições que as pessoas 
têm sobre seus problemas. 
 A linguagem cria a realidade. 
 
 
Técnica do Reenquadramento- reclassificar comportamentos para 
modificar a reação da família frente a eles. 
 
Recebeu críticas por, supostamente, ter ignorado o contexto social. 
(Nichols & schwartz, 2007, p. 106-109) 
 
Construtivismo e Construcionismo Social (2) 
 
 Desencadeou uma mudança fundamental na 
ênfase da terapia familiar: 
 
Ação exploração das suposições que as 
pessoas têm sobre seus problemas 
 
O papel do terapeuta não é mudar as pessoas, e sim 
abrir portas para que elas explorem novos 
significados em suas vidas. 
(Nichols & schwartz, 2007, p. 106-109) 
 
Construtivismo e Construcionismo Social (2) 
 Construcionismo Social – Expande o Construtivismo. A 
realidade é socialmente construída. 
 A terapia é um processo de desconstrução de crenças 
arraigadas. 
• Terapia Focada na Solução: o que as pessoas fazem quando não 
tem o problema. 
• Terapia Narrativa – convite ao paciente para reexaminar seu 
mundo. Técnica da Externalização – reconstrução da definição 
do problema. 
 
 O construtivismo e construcionismo social abrem espaço 
para uma terapia menos diretiva. (Nichols & schwartz, 2007, p. 106-109) 
Teoria do Apego 
Dinâmica dos relacionamentos 
 
• Jonh Bowlby (1958): o vínculo entre os bebês e os pais 
baseava-se em um impulso biológico para a 
proximidade. Buscar proximidade diante do estresse. 
• No entanto, não está claramente confirmado que os 
estilos de apego na infância se correlacionam aos 
estilos de apego em relacionamentos adultos íntimos. 
• De qualquer forma, a Teoria do Apego é de grande 
utilidade clínica para se entender os padrões de 
relacionamentos atuais. 
 (Nichols & schwartz, 2007, p. 110-112) 
Conceito Básico do Pensamento 
Sistêmico 
“O todo é considerado maisque a soma de suas 
partes; cada parte só pode ser entendida no 
contexto do todo; uma mudança em qualquer 
uma das partes afeta todas as outras partes.” 
 (PAPP, 1992) 
“O conceito chave do pensamento sistêmico têm a ver com a 
totalidade, a organização e a padronização. Os eventos são 
estudados dentro do contexto no qual ocorrem, e a atenção é 
focalizada nas relações, mais do que nas características individuais. 
O todo considerado maior que a soma das partes; cada parte só 
pode ser entendida no contexto do todo. Uma mudança em 
qualquer uma das partes afeta o todo. O todo se regula através de 
uma série de correntes de feedback que são classificados como 
circulares. A informação viaja para frente e para trás nessas 
correntes de feedback a fim de fornecer estabilidade ou 
homeostase ao sistema. As partes estão constantemente mudando 
a fim de manter o sistema balanceado.” (Osório,2002). 
O que é Terapia Familiar? 
“O interesse do terapeuta é com o uso do 
comportamento e em como a função de 
uma parte do comportamento está ligada 
com a função de uma outra parte a fim de 
preservar o equilíbrio familiar.” (PAPP, 1992) 
 Não há absolutos ou certezas, a realidade e a verdade 
são circulares; 
 
 Nenhuma pessoa é considerada como possuidora de 
um controle unilateral sobre qualquer outra pessoa; 
 
 O controle está na maneira pela qual o circuito é 
organizado e continua a operar; 
 Os membros do grupo não são vistos como 
possuidores de características inatas, e sim, 
manifestando comportamentos em relação a 
comportamentos de outros; 
 
 Não há rótulos. O verbo “ser” é substituído pelo 
verbo “estar/mostrar”; 
 
 O que interessa são os vínculos e não a pessoa 
entendida isoladamente. 
HISTÓRIA DA 
TERAPIA FAMILIAR 
Cronologia e Personagens Importantes 
da Terapia Familiar (OSÓRIO & VALLE, cap. 6) 
 Iniciou na metade do séc. XX nos EUA e Europa 
 
 Influência do trabalho de Assistentes Sociais com as famílias 
em seus ambientes – perspectiva ecológica; 
 
 Década de 50 – vários estudos com esquizofrênicos e suas 
famílias, foco na relação e comunicação intrafamiliar. Destaca-
se Gregory Bateson. 
 
 1959 – fundação do Mental Research Institute (MRI) em Palo 
Alto, Califórnia – Bateson, Don Jackson, Jay Haley, Virginia Satir 
– homeostase familiar, relacionamentos complementares e 
simétricos, duplo vínculo, díades e tríades, alianças e coalizões. 
 
 O MRI iniciou um dos primeiros programas de treinamento 
oficial em TF. 
 
 Murray Bowen (Washington-1946) – estudo de mães e seus 
filhos esquizofrênicos. Conceito de Diferenciação do Self e 
Triângulos. 
 
 Nathan Ackerman (NY) – psiquiatra e psicanalista infantil. No 
final da déc. de 30, passou a observar as famílias junto com 
o paciente. O terapeuta não é neutro mas agente 
provocador de mudanças. Aliava-se com diferentes 
membros familiares no processo terapêutico. 
 
 Carl Whitaker – pioneiro da co-terapia, uso de sala de 
espelho unidirecional. Escola Existencial. 
 
 Juan Boszomenyi-Nagy – ampliou o contexto da terapia para 
além da família nuclear. 
 
 
 
 
 
 
 1965 – foram realizadas pesquisas e trabalhos com 
famílias de classe social baixa. Destaca-se Salvador 
Minuchin. 
 
 1970 – Maurízio Andolfi (Itália), desenvolvimento da TF 
Intergeracional – a pessoa do terapeuta é mais 
importante do que toda a instrumentação teórico-técnica 
do profissional. 
 
 1971 – Grupo de Milão – devido a suas características 
próprias, foi considerado como uma Escola. Inicialmente, 
foi composto por terapeutas vindos de outras escolas e 
grupos. 
 Terapia Familiar no Brasil 
 A abordagem Sistêmica é a que assume 
maior relevância; 
 
 1946 – fundação do Centro de Orientação 
Juvenil (COJ), pertencente ao Departamento 
Nacional da Criança do MS; 
 
 Déc. 70 – influência dos grupos religiosos – 
Pastoral da Igreja Católica 
 Déc. 70 e 80 – iniciaram os encontros e 
congressos sobre Terapia Familiar. Grupos 
de estudos e de formação; 
 
 1982 – I Encontro Nacional de Terapia 
Familiar em São Paulo; 
 
 1994 – criação da Associação Brasileira de 
Terapia Familiar – ABRATEF; 
 
 Desde então, os estados ficaram 
responsáveis por criar suas associação. 
 
 No RS, AGATEF, foi a primeira regional criada 
e sede do primeiro encontro da ABRATEF. 
REFERÊNCIAS 
 
• NICHOLS, Michael P.; SCHWARTZ, Richard C. Terapia 
familiar: conceito e métodos. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 
2007. 474 p. 
 
• MELLO FILHO, Júlio de; BURD, Miriam (Org.). Doença e 
família. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004. 414 p. 
 
• OSÓRIO, Luiz Carlos; VALLE, Maria Elizabeth do. Manual 
de terapia familiar. Porto Alegre: Artmed, 2009. 488 p. 
(Biblioteca Artmed: terapia familiar)

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