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PAPER ASSEDIO MORAL NAS EMPRESAS

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ASSÉDIO MORAL NAS EMPRESAS
Gustavo Mathias Hoffmann
Janaína Gomes de Souza
Lucas Varaschin
Vinicius Ambrósio Kuhn
Prof. Helio Alves da Cruz
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Administração (ADG 0686) Prática Módulo V
25/09/2017
RESUMO
Será analisado o fenômeno do assédio moral no trabalho bem como relacioná-lo com o princípio constitucional da dignidade humana. O assédio moral vem aumentando a cada ano, sendo fator de degeneração do ambiente de trabalho além de grave violação da dignidade. O princípio da dignidade humana é um fundamento do Estado Democrático, para onde se deve convergir todo o sistema jurídico, devendo ser mais do que respeitado, promovido. Diante disso, pretende-se esclarecer e demonstrar as consequências jurídicas desse fenômeno. O conceito de assédio moral inclui o de humilhação, que é um sentimento de ser ofendido, menosprezado, inferiorizado, ultrajado, envergonhado, de não ter qualquer valor. Engloba sentimento de raiva, mágoa e, em consequência, tristeza e sofrimento. Serão citados também comportamentos e técnicas destinadas a desestabilizar a vítima. O assédio moral no trabalho repercute negativamente na empresa e na pessoa do assediado. A vítima desse tipo de agressão deve produzir provas, sejam testemunhais, sejam por bilhetes, e-mails, gravações, pelo fato de não haver ainda uma lei específica, torna-se difícil a configuração de crime, o que demandaria, em alguns casos, uma equipe multidisciplinar para estudar o caso sob vários pontos de vista e estabelecer o nexo causal entre agressão e comprometimento da saúde e da moral do trabalhador.
Palavras-chave: Direito do Trabalho, Assédio Moral, Danos Morais.
1 INTRODUÇÃO
	O assédio moral é um tema que vem ganhando espaço nas discussões da sociedade Brasileira, com pesquisas e trabalhos publicados em congressos, com o surgimento de literatura especializada, reportagens e denúncias veiculadas na imprensa. No entanto, o fenômeno ainda é pouco conhecido e confundido com outras situações. A expressão assédio moral é uma palavra nova no âmbito do trabalho, porem já vem sendo praticado desde quando surgiu o trabalho. Começando desde a escravidão até os dias atuais, as agressões físicas diminuíram bastante, porém ficou essa forma mais “sutil” de atingir o bem-estar do trabalhador que é chamado de assédio moral. 
Tal fenômeno pode ser definido como uma humilhação. A exposição dos trabalhadores em situações de constrangimento durante a jornada de trabalho faz surgir o sentimento do trabalhador ser rebaixado, ofendido, inferiorizado e menosprezado. Na grande maioria dos casos as humilhações partem das relações hierárquicas autoritárias com comportamentos assimétricos que partem de chefes e são dirigidas aos subordinados durante um longo período, desestabilizando a relação da vítima com o seu próprio ambiente de trabalho, forçando o empregado muitas vezes a desistir do emprego.
2 ASSÉDIO MORAL
É a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado (s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistirem do emprego.
Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, frequentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ’pacto da tolerância e do silêncio’ no coletivo, enquanto a vítima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, “perdendo” sua autoestima.
“É um processo deliberado de perseguição, mesclado por atos repetitivos e, sobretudo, prolongados. Constata-se nele o objetivo de humilhar, constranger, inferiorizar e isolar o alvo, seja ele quem for no grupo social. Portanto, se devidamente comprovado, não só o subordinado, mas também o superior são passíveis de receber indenização, caso seja vítima de assédio moral”, esclarece Natália Leite, integrante do escritório George Melo 2016.
Acusações, boatos, humilhação, exclusão social, imposição de situações constrangedoras, indiretas e até insultos. Todos esses comportamentos repetidos no ambiente de trabalho caracterizam o assédio moral e podem ser denunciados pela vítima à justiça.
A situação costuma ser mais frequente entre chefes e subordinados e tem o intento de fragilizar e desqualificar o funcionário, colocando seu emprego em risco. As agressões são constantes, mas geralmente começam com menor intensidade, vistas como “brincadeira”. Fábio Tomas de Souza 2006
Para denunciar o problema, a vítima pode procurar o departamento de Recurso Humanos do órgão, o sindicato da categoria, registrar ocorrência na delegacia e nas Superintendências Regionais do Trabalho. Ela pode ainda anotar as humilhações sofridas, com data e quem testemunhou, procurar a ajuda dos colegas que já observaram a situação e evitar conversas com o agressor sem companhia.
A punição não é prevista por lei específica, no entanto, a vítima tem o direito a deixar o emprego e solicitar a rescisão indireta do contrato, além de indenização por danos morais e físicos.
Segundo o Ministério do Trabalho, as práticas de assédio moral são geralmente enquadradas no artigo 483 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que determina que o empregado pode considerar rescindido o contrato e pleitear indenização quando, entre outros motivos, “forem exigidos serviços superiores às suas forças, contrários aos bons costumes ou alheios ao contrato, ou ainda quando for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo ou ato lesivo da honra e boa fama”. Aloizio Apoliano Cardozo Filho 2009
2.1 TIPOS DE VIOLÊNCIA DIRETA DE ASSÉDIO MORAL:
Dentre os tipos de violência direta do assédio moral podemos destacar as seguintes:
Gritos do agressor com injúrias bem como ameaças de violência (moral ou física);
Agressão física concreta (empurrões, tapas, esbarrões.);
Intromissão na vida pessoal ou fora do ambiente de trabalho: ligações telefônicas, cartas, envio de e-mails ou outros meios eletrônicos para o endereço pessoal da vítima, estragos de bens do assediado, espionagem ou perseguição;
Assédio ou agressão sexual.
2.2 CONSEQUÊNCIA NA SAÚDE DOS ASSEDIADOS:
Dentre as consequências que o assédio moral pode causar podemos destacar as seguintes:
Depressão,
Angústia,
Estresse,
Crises de competência,
Choro sem motivo,
Mal-estar físico / mental;
Cansaço exagerado,
Falta de interesse pelo trabalho,
Irritação constante;
Insônia, mudanças na rotina do dono e pesadelos;
3 OBJETIVOS 
Os objetivos do assédio moral dentro de uma empresa são negativos:
Desestabilizar emocional e profissionalmente o indivíduo;
Pressioná-lo a pedir demissão;
Provocar sua remoção para outro local de trabalho;
Fazer com que se sujeite passivamente a determinadas condições de humilhação e constrangimento, a más condições de trabalho etc.
4 METODOLOGIA 
Para o presente estudo utilizamos os recursos encontrados via internet, livros, artigos e alguns exemplos reais referente ao tema. Com isso fizemos uma entrevista com algumas pessoas responsáveis pelo setor de RH dentro de empresas, que acabam lidando com esse problema de início, descobrimos que existem diversas formase que todos os funcionários estão passiveis de sofrer e de cometer o assédio moral com os outros.
Sabemos que todos têm direitos e deveres a serem cumpridos dentro de uma empresa, metas, objetivos individuais e coletivos, mas nada disso justifica o fato de passar por cima do outro, brincadeiras repetitivas, apelidos, deboche com o outro tudo isso sem a autorização ou aceitação dos envolvidos podem acabar se tornando um caso de assédio moral.
5 PRÁTICA 
O que é considerado assédio moral no ambiente de trabalho?
Tudo que foge às regras sociais ou às práticas estabelecidas no contrato de trabalho pode ser configurado como assédio moral. Atos como ironizar, desprezar, fazer piadas, espalhar boatos, impor formas de punição, definir metas inatingíveis, conversar aos gritos, desde que feitos repetidamente, podem ser considerados assédio moral.
Também é assédio impedir o acesso do colaborador a reuniões ou eventos da empresa, proibi-lo de utilizar o banheiro ou determinar um tempo limite para uso, ameaçar de demissão, recolher seus equipamentos de trabalho e obrigá-lo a ficar sem trabalhar.
Porque o assédio moral acontece?
Diversas razões podem motivar o assédio no ambiente empresarial, entre as principais está o fato de o empregador desejar o desligamento do empregado da empresa, mas não querer demiti-lo em virtude das despesas trabalhistas. Dessa forma, cria-se um ambiente insustentável, levando o funcionário a pedir demissão.
Outros motivos são querer aumentar a produtividade e os lucros de qualquer forma, provocar o colaborador até que ele dê motivos para demissão ou ainda por puro “prazer” do agressor.
Assédio moral é crime?
A prática de assédio moral não é considerada crime, mas está prevista no artigo 483 da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Além disso, alguns comportamentos característicos dessas situações podem ser considerados crimes, como ameaçar de causar algum mal (crime de ameaça), xingar (crime de injúria, espalhar comentários maldosos (crime de difamação).
Quem pode ser vítima de assédio moral?
Qualquer pessoa está vulnerável a se tornar uma vítima de assédio moral, mas, de maneira geral o assediado costuma ser minoria no ambiente de trabalho, seja em função da orientação sexual, crença, cor da pele, aspectos físicos (gordo ou magro, alto ou baixo), entre outros fatores.
Há casos ainda em que a vítima do assédio é um funcionário do qual o chefe não gosta e, por isso, resolve prejudicá-lo constantemente, impedindo folgas ou emendas de feriados em que outros colaboradores são beneficiados.
Como devo agir diante de uma situação de assédio moral?
Se você é vítima de assédio moral, seja ele praticado por seu superior ou um colega de trabalho, denuncie ao departamento de Recursos Humanos da sua empresa para que alguma providência seja tomada. Não se isole, evite conversar com o agressor sem a presença de outras pessoas e procure ajuda psicológica se necessário.
Se você for testemunha de situações como essa, seja solidário com o colega, não participe das agressões se elas forem praticadas por um grupo e busque ajudar a vítima, seja denunciando o caso ou apoiando.
Como distinguir uma bronca do chefe de um caso de assédio moral?
“Uma simples bronca não caracteriza assédio moral”, diz Inácio. Para se confirmar um caso de assédio moral, ofensas e agressões devem ser constantes. “Doutrinadores apontam que o assédio moral se caracteriza como uma ofensa, uma agressão que ocorre de maneira repetitiva e prolongada, durante o horário de trabalho e no exercício de suas funções, transformando o local de trabalho num lugar hostil e de tortura psicológica e que gera um dano a personalidade”, explica.
Em que medida ficar sem fazer nada no trabalho porque o chefe não delega tarefas é sinônimo de sofrer assédio moral? 
É uma das modalidades que ocorrem com mais frequência. “Em 2006, a ministra Maria Cristina Peduzzi do Tribunal Superior do Trabalho apontou que os fatos mais recorrentes são a inação compulsória – quando o empregador se recusa a repassar serviço ao empregado -, humilhações verbais por parte de superiores (inclusive com palavras de baixo calão), coações psicológicas visando à adesão do empregado a programas de desligamento voluntário ou à demissão”.
Qual o tipo de assédio moral mais frequente no Brasil?
Os especialistas indicam que, de acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), “Os processos que chegam à Justiça do Trabalho buscando reparação por danos causados pelo assédio moral revelam que, em muitas empresas, o ambiente de trabalho é um circo de horrores. Ameaças, ofensas, sugestões humilhantes, isolamento e até agressões físicas fazem parte do roteiro”.
6 CONCLUSÃO
	A partir de todo o estudo realizado para a realização do presente trabalho, pode-se afirmar que o assédio moral é uma conduta antiga, porém mais discutida atualmente em virtude da maior divulgação sobre o assunto e a coragem das vítimas em denunciar o ocorrido. Tal acontecimento degenera o meio ambiente de trabalho além de acarretar grave violação à dignidade do empregado.
	Observou-se como o assédio moral pode corromper as relações de trabalho, especialmente pela impunidade do assediador, causando um sentimento de impotência aos assediados e consequências físicas e psicológicas, que os atormenta mesmo após a rescisão do contrato de trabalho. Muitas das vezes a vítima continua trabalhando mesmo submetida a condições degradantes e estão adoecendo física e/ou psicologicamente.
	O que não se pode permitir é que a busca pela eficiência e produtividade, sirva de justificativa para o menosprezo dos valores sociais do trabalho, muito menos da dignidade humana. Felizmente, as vítimas têm denunciado o assédio, inclusive com ajuda de sindicatos, o que tem exigido uma reflexão sobre a qualidade de vida no trabalho, bem como acerca do bem-estar da sociedade de forma geral.
 
REFERÊNCIAS
HIRIGOYEN, Marie France. ASSÉDIO MORAL A VIOLÊNCIA PERVERSA NO COTIDIANO. França: Bertand Brasil, 2009.
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Assédio Moral Violência Psicológica no Ambiente de Trabalho. 2. ed. São Paulo: Juspodivm, 2017.
VIERIA, João Luíz Teixeira. Assédio Moral no Emprego. 3. ed. Fortaleza: Atlas, 2010.
QUADROS, Carmén. Assédio Moral no Trabalho. 2015. Disponível em: <http://www.assediomoral.org>. Acesso em: 26 set. 2017.
MELO, Jairo; MELO, George. Assédio Moral Violência Continua. 2016. Disponível em: <jairoegeorgemeloadvogados.jusbrasil.com.br>. Acesso em: 27 set. 2017.
NINA, Felipe Fonseca de Carvalho. Assédio Moral no Trabalho. 2014. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11433>. Acesso em: 28 set. 2017.

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