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Farmacologia Geral mediadores Q

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Farmacologia Geral: mediadores químicos
Transmissão colinérgica 
	Muitos fármacos têm como alvo a rede de sinais químicos que fazem a comunicação entre as células. Essa rede envolve neurotransmissores e outros mediadores químicos, como aqueles que regulam o processo inflamatório. Os neurotransmissores fazem a comunicação entre os neurônios, as chamadas conexões sinápticas. Dentre esses últimos citam-se os responsáveis pelas transmissões colinérgica e noradrenérgica.
Sistema nervoso
	O sistema nervoso é constituído pelo sistema nervoso central (SNC) e pelo sistema nervoso periférico (SNP). O sistema nervoso central compreende o cérebro e a medula espinhal. O SNP é dividido em três regiões funcionais:
- Sistema nervoso autônomo: é a região responsável pela promoção de movimentos involuntários, transmitindo informações do SNC para o resto do organismo, exceto para a musculatura esquelética.
- Nervos eferentes somáticos: são responsáveis pela condução dos impulsos nervosos do SNC para a musculatura esquelética. São responsáveis pelos movimentos voluntários desse local.
- Nervos aferentes somáticos e viscerais: conduzem os impulsos nervosos da musculatura esquelética e demais órgãos internos para o sistema nervoso central.
Sistema nervoso autônomo 
	É subdividido em três regiões anatômicas:
- Sistema simpático
- Sistema parassimpático
- Sistema nervoso entérico
	Os sistemas simpático e parassimpático têm funcionamento dependente do SNC, promovendo movimentos involuntários. Eles regulam a contração e o relaxamento da musculatura lisa, a secreção de substâncias como hormônios, suor, saliva e lágrimas, os batimentos cardíacos e o metabolismo hepático.
	Dentre as ações promovidas pelo sistema parassimpático estão a contração das pupilas, o aumento da liberação de secreções como suor e saliva, a redução de batimentos cardíacos e a contração da musculatura lisa. Geralmente, o sistema simpático promove ações de efeito contrário às do parassimpático: dilatação de pupilas, diminuição da liberação de secreções, aumento de batimentos cardíacos e relaxamento de musculatura lisa.
	Para promover os impulsos nervosos e exercer, assim, os efeitos biológicos, os sistemas simpático e parassimpático necessitam de substâncias químicas chamadas neurotransmissores. O sistema parassimpático exerce seus efeitos através da acetilcolina, sendo que sua transmissão é chamada colinérgica. Já o sistema simpático possui dois neurotransmissores importantes: a noradrenalina e a adrenalina, sendo a transmissão chamada de noradrenérgica.
	 Para transmitir os impulsos nervosos, existem fibras pré e pós-ganglionares. Fibras pré-ganglionares partem do SNC e liberam acetilcolina. As pós-ganglionares situam-se logo após as pré, sendo as duas fibras separadas por uma região denominada gânglio. As fibras pós-ganglionares podem liberar acetilcolina ou noradrenalina, dependendo do efeito biológico necessário. As fibras pós-ganglionares inervam os órgãos internos, onde existem receptores específicos para captar o neurotransmissor.
Transmissão colinérgica
	Para que a acetilcolina exerça suas funções biológicas, ela deve ser captada por receptores existentes nas células alvo. Existem dois tipos de receptores para acetilcolina: os nicotínicos e os muscarínicos. Os receptores nicotínicos encontram-se nos músculos esqueléticos, nos gânglios autônomos e em muitas regiões do cérebro. Já os receptores muscarínicos encontram-se em várias regiões cerebrais, nas glândulas, no coração, no músculo liso (incluindo vasos sanguíneos) e nos pulmões.
	A acetilcolina é sintetizada e armazenada em tecidos como placenta e córnea. É sintetizada nas terminações nervosas a partir da substância colina. Para a reação bioquímica que transforma colina em acetilcolina é necessária a atuação da enzima colina acetiltransferase, também conhecida como acetil-CoA.
	 A acetilcolina é encontrada apenas como mediador endógeno. Quando liberada pelas fibras pré ou pós-ganglionares, promovem velozmente as respostas biológicas. Na atualidade não existe nenhum fármaco que contenha acetilcolina como princípio ativo. Entretanto há fármacos que podem influenciar a transmissão colinérgica ao atuarem sobre os receptores de Ach na forma de agonistas ou antagonistas ou ao afetar a liberação ou destruição da Ach endógena.
Fármacos que afetam os receptores muscarínicos
	Antagonistas muscarínicos: os fármacos que se ligam aos receptores muscarínicos, mas promovem os efeitos contrários aos da acetilcolina podem ser chamados de antagonistas muscarínicos. Podem ser chamados também de parassimpatolíticos, pois bloqueiam os efeitos parassimpáticos da Ach. Os principais efeitos biológicos dos antagonistas muscarínicos são: inibição das secreções salivares, lacrimais, brônquicas e sudoríparas, taquicardia dilatação das pupilas (midríase), elevação da pressão intra-ocular, inibição da motilidade gastrintestinal, relaxamento da musculatura lisa e movimentos estimulatórios do SNC. Dentre os mais utilizados na atualidade estão a atropina, a hioscina e o ipatrópio.
	Fármacos bloqueadores neuromusculares: alguns fármacos podem ser utilizados como adjuvantes da anestesia para bloquear a função neuromuscular, facilitando a entubação do paciente. Essas substâncias interferem na ação da Ach, bloqueando os seus receptores.
	Os bloqueadores neuromusculares são classificados como agentes bloqueadores não despolarizantes. Esses fármacos são pouco absorvidos e, portanto, são rapidamente excretados pelo organismo. Como bloqueiam os receptores de Ach, são considerados antagonistas desse neurotransmissor. Produzem paralisia motora incluindo músculos oculares, faciais, dos membros e da faringe. A maioria desses fármacos são metabolizados pelo fígado e excretados pela urina. Entretanto, deve-se atentar para as formas de eliminação, visto que muitos pacientes submetidos a procedimentos anestésicos-cirúrgicos podem ter comprometimento renal, o que poderia potencializar a paralisia causada pelo fármaco.
Transmissão noradrenérgica
	O sistema simpático envolve a liberação de dois neurotransmissores principais: a noradrenalina (ou norepinefrina) e a adrenalina (ou epinefrina). Esses dois neurotransmissores são considerados catecolaminas, ou seja, substâncias compostas por um grupo catecol ligado a uma amina. Além da noradrenalina e da adrenalina, outra catecolamina importante é a dopamina, substância precursora metabólica das outras duas.
	A noradrenalina é um neurotransmissor liberado das terminações nervosas simpáticas, enquanto a adrenalina pode ser considerada um hormônio secretado pela medula supra-renal. Para que ambos os mediadores promovam os efeitos simpáticos, é necessário que eles se liguem a receptores adrenérgicos. Dependendo de qual desses receptores as catecolaminas se ligam, diferentes funções podem ser desempenhadas.
Biossíntese da noradrenalina e da adrenalina
Fenilalanina transforma-se em tirosina
Tirosina em dopa
Dopa em dopamina
Dopamina em noradrenalina
Noradrenalina em adrenalina
Fármacos que afetam os receptores adrenérgicos
	Esses fármacos interagem com os receptores alfa e beta adrenérgicos, podendo mimetizar ou inibir a ação da noradrenalina, atuando assim como agonistas ou antagonistas.
Os fármacos que se ligam aos receptores noradrenérgicos e que promovem os mesmos efeitos da noradrenalina podem ser chamados de agonistas adrenérgicos, mimetizam os efeitos simpáticos da noradrelina.
Os fármacos que se ligam aos receptores noradrenérgicos e que inibem os efeitos da noradrenalina podem ser chamados de antagonistas adrenérgicos.

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