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Arlindo Ugulino Netto – GINECOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2 197 MED RESUMOS 2011 ELOY, Yuri Leite; NETTO, Arlindo Ugulino. GINECOLOGIA _________ E N D O M E T R I O S E ( P r o f e s s o r a R i e v a n i d e S o u z a D a m i ã o ) Endometriose é uma afecção que ocorre nas mulheres em idade reprodutiva, que gera uma série de transtornos cujos principais são dor pélvica e infertilidade. É uma doença estrogênio dependente, por isso tende a desaparecer após cessar a função reprodutiva, ou seja, após a menopausa. CONCEITO A endometriose atualmente é caracterizada pela presença de tecido endometrial ectópico que apresente um epitélio glandular e/ou estromal. Essas células que se implantaram em outro tecido são ativas, já que possuem receptores para o estrogênio, e dessa forma, se proliferam. Essa proliferação e crescimento do tecido endometrial ectópico vão levar a uma distensão das estruturas adjacentes produzindo como principais manifestações clínicas, dor pélvica e infertilidade. Antigamente para se estabelecer o diagnóstico de endometriose era necessário identificar a presença de glândulas no tecido endometrial. Atualmente, a presença do estroma caracteriza uma endometriose. EPIDEMIOLOGIA A endometriose está presente em cerca de 30 a 40% das mulheres inférteis. Se desenvolvem principalmente em mulheres no período reprodutivo, sendo estrogênio dependente, por isso regredindo após a menopausa. Foi comprovado que algumas pacientes portadoras de endometriose podem apresentar associada à doença mal-formações uterinas. Mais comum em mulheres nulíparas. Possui uma tendência familiar mostrando assim o caráter genético da doença. ETIOLOGIA De uma forma geral, acredita-se que a endometriose esteja associada a fatores genéticos, poligênica, sugerido por sofrer influência de fatores próprios de susceptibilidade (por estar presente em vários membros de uma mesma família) e ambientais. Além disso, existe o componente inflamatório e imunológico, justificado pelo fato do sistema auto-imune ser incapaz de eliminar as celulas endometriais que estão presentes na cavidade abdominal. Essa resposta imune está associada a proliferação de macrófagos, com secreção de protaglandinas, fibronectina e laminina. Além disso, vai haver uma secreção de interleucina e fator de crescimento de macrófagos. Dessa forma acredita-se que a ocorrência de endometriose esteja associada ineficiência dessa resposta imune em relação as celulas endometriais. Várias teorias foram propostas para explicar a ocorrência das diversas localizações de endometriose, entretanto três são mais importantes e estão descritas abaixo. T E O R I A C A N A L I C U L A R Também chamada da menstruação retrógrada, ou ainda, a teoria do transplante que foi proposta em 1927. Essa teoria foi proposta para explicação da endometriose pélvica, uma vez que as celulas endometriais podem ser encontradas em qualquer região do corpo, entretanto estão mais presentes na região pélvica. Essa teoria afirma que a endometriose ocorre devido a um fluxo retrógrado do conteúdo menstruado. Com isso as células provenientes desse refluxo ganham os óstios tubários, e então a cavidade pélvica, onde se implantam. Como foi dito anteriormente essas celulas endometriais se proliferam, ocorrendo espessamento e descamação. Estudos demonstraram que cerca de 90% das mulheres possuem um pequeno conteúdo retrógrado da menstruação, entretanto uma pequena faixa vai desenvolver endometriose. Acredita-se que ocorra devido a um fator genético que predispõe essas mulheres a uma deficiência imunológica (deficiência de linfócitos NK). Essa deficiência, prejudica o clearence ou limpeza das celulas endometriais na cavidade pélvica pelo sistema imune, manifestando a doença. T E O R I A M E T A P L Á S I C A Foi uma teoria proposta para explicação dos casos de endometriose que estão localizadas em outras regiões, que não a cavidade pélvica, e ainda, a endometriose isolada do ovário que se manifesta sem a presença de celulas endometriais na cavidade pélvica. A teoria metaplásica propõe que o epitélio celômico que reveste todo o peritônio, em determinado momento pode sofrer um processo metaplásico, ou seja, o epitélio peritoneal é transformado em endometrial. Essa mudança acredita-se estar associada a processos hormonais locais. Essa teoria é utilizada para explicar a presença de endometriose isolada Arlindo Ugulino Netto – GINECOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2 198 no ovário e retovaginal. Esse tecido que sofre metaplasia também está presente no peritônio que reveste o ovário, justificando os casos de endometriose isolada ovariana. Essa teoria também explica os relatos na literatura de endometriose no sexo masculino, uma vez que não apresentam fluxo menstrual. T E O R I A M E T A S T Á T I C A Teoria proposta para explicar a presença de tecido endometrial em outras áreas distantes da pelve. Com isso acredita-se que células endometriais possam transpassar para a circulação linfática e venosa, e com isso se implantar em diversos outros tecidos, que não estejam na cavidade pélvica. Entre os locais mais comuns de implantação temos os pulmões, nariz, encéfalo, olhos, etc. LOCALIZAES A localização mais comum de implantação de células endometriais é na região pélvica. Assim a endometriose pode se manifestar no próprio miométrio, ovários, fundo de saco posterior, região do ceco, retovaginal, apêndice, bexiga, parede abdominal principalmente nos casos pós-cirúrgico, vagina, vulva. Entretanto, destas, a localização mais comum é no ovário e região peritoneal útero-sacro que corresponde ao ligamento que fixa o útero ao sacro. Assim, de acordo com a localização a paciente pode a vir a desenvolver sinais e sintomas específicos, como por exemplo, mulheres com endometriose na região retal podem vir a desenvolver tenesmo, constipação, dor a evacuação etc. Caso esteja localizado na bexiga pode vir acompanhada de sinais de irritação vesical, cistite, disúria, polaciúria. Já nos casos de endometriose na cavidade pélvica a principal queixa da paciente é dor pélvica, dispareunia (dor do tipo profunda, que está mais relacionada com a endometriose), dismenorréia progressiva. As endometrioses que ocorrem, por exemplo, no tecido pulmonar, pode vir a desenvolver hemoptise, pois como foi visto o tecido endometrial é ativo, proliferando-se e ocorrendo sangramentos. Caso acometa os olhos a pacientes pode desenvolver hemorragias conjuntivais. O B S 1 : A infertilidade que ocorre nos casos de endometriose está associada a um processo de ovulação deficiente, com óvulos mal formados, principalmente quando a endometriose acomete os ovários. Além disso, podem ocorrer aderências tubo-ovarianas impedindo a captação dos espermatozóides e o processo inflamatório que é extremamente lesivo para o mecanismo de fecundação. E por último, o endométrio uterino apresenta uma incapacidade de implantar o óvulo fecundado. LESES CARACTERSTICAS O diagnóstico de endometriose não está somente baseado na clínica relatada pelo paciente, mas fundamentalmente é importante ter o conhecimento das lesões características dessa doença por v í d e o l a p a r o s c o p i a , para estabelecer o diagnóstico concreto. Entretanto, mesmo sem ter conhecimento das lesões características da endometriose pode ser dado o diagnóstico, devido à presença de lesões típicas e atípicas. Além disso, a realização de biópsia na lesão típica pode não apresentar células glandulares e estromais. E n d o m e t r i o m a s : são as lesões mais comuns da endometriose, em que há presença de cistos ovarianos com conteúdo de coloração e consistência semelhante a chocolate. Com isso durante procedimentos cirúrgicos (laparoscópica ou aberta) a detecção de cistos que em seu interior apresentam tal aspecto, já pode ser dado o diagnóstico, sem necessidadede realizar um exame anatomo-patológico (embora deva ser realizado, por ser um exame obrigatório). P o n t o s o u n ó d u l o s e s c u r o s e a v e r m e l h a d o s : são achados mais comuns na endometriose peritoneal, podendo também se apresentar na forma de nódulos azulados e amarronzados. Apesar disso, também pode estar presente em outras regiões. L e s õ e s e s b r a n q u i ç a d a s e f i b r ó t i c a s : são consideradas lesões atípicas, pois esse tecido ectópico se apresenta inativo e cicatrizado. Representa lesões antigas, em que na biópsia, não vai identificar a presença de glândulas Arlindo Ugulino Netto – GINECOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2 199 e/ou estroma. Entretanto, deve-se atentar para esse tipo de leses atpicas, que, quando presentes, estabelecem o diagnstico. OBS2: As leses avermelhadas visualizadas na videolaparoscopia s o consideradas ativas com receptores ativos de estrognio, j as azuis, marrons e pretas representam forma mais antiga da doena e embora n o estejam totalmente ativa ainda causam danos fsicos mucosa adjacente. As leses claras, adernciais e petquias s o consideradas leses atpicas. Consideram-se as leses mais tpicas de endometriose aquelas que se apresentam em uma colora o roxa e amarronzada. comum na realiza o da videolaparoscopia encontrarmos leses em vrios estgios evolutivos, em um mesmo rg o ou regi o. OBS3: A evolu o da endometriose nem sempre ocorre de forma normal, ou seja, forma ativa, forma amarronzada tpica e por fim cicatricial. Muitas pacientes podem permanecer longos perodos na forma ativa manifestando sinais e sintomas, e j outras quando apresentam a forma ativa desencadeia uma rea o inflamatria que pode ser capaz de eliminar as celulas ectpicas do endomtrio. OBS4: As leses da endometriose seguem o ciclo menstrual, principalmente as formas ativas que possuem receptores para o estrognio, com isso nos picos desse hormnio as leses v o se apresentar mais caractersticas. CLASSIFICAO A endometriose possui diversas classificaes, entretanto a mais aceita e utilizada da Sociedade Americana de Reprodu o de 1996. Ela avalia quanto ao estgio evolutivo, prognstico, intensidade de dor plvica e ainda infertilidade, localiza o dos focos no peritnio, leses superficiais ou profundas, extens o e quantidade de aderncias. Essa classifica o obtida com a realiza o da videolaparoscopia. Entretanto quando se compara o grau da endometriose e repercusses clnicas, nenhuma das classificaes inclusive a da sociedade americana adequada. Isso ocorre, pois mulheres que j tiveram filhos podem desenvolver endometriose estgio I, e n o manifestar nenhum sintoma e ainda preservar sua fertilidade, como j foi estudado em mulheres com endometriose ativa que tiveram filhos. Em contrapartida mulheres jovens com endometriose mnima (estgio I), podem ter sintomas intensos e evoluir com infertilidade. Devido a essas variaes as classificaes propostas para a endometriose nem sempre s o t o fidedignas. Apesar disso de acordo com “A m e r i c a n S o c i e t y f o r R e p r o d u t i v e M e d i c i n e ” de 1996 temos: o Estgio I (mnima 1-5 mm) o Estgio II (leve 6-15 mm) o Estgio III (moderada 16 – 40 mm) o Estgio IV (grave > 41 mm) Outras classificaes s o propostas, entretanto s o utilizadas para fins especficos como para realiza o do tratamento cirrgico. Outras classificam a endometriose em superficial e profunda. considerada profunda quando a les o endometrial ultrapassar cerca de 5 mm da membrana peritoneal, podendo ser no ovrio, tero, fundo de saco, bexiga ou qualquer outra regi o revestida por peritneo. Assim podemos concluir que quando a comprometimento de rg os plvicos, a endometriose j pode ser classificada como profunda, devido ao comprometimento direto do rg o. DIAGNSTICO MANIFESTAES CLNICAS As manifestaes clnicas mais importantes para o diagnstico s o: Dor plvica crnica: Consiste em sinal importante para o diagnstico dos pacientes com suspeita de endometriose. Dismenorria secundria e progressiva: consiste em dor ou dificuldade de menstrua o, comumente descrita como clica menstrual. Pode se apresentar precocemente. A dismenorria primria aquela que ocorre Arlindo Ugulino Netto – GINECOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2 200 fisiologicamente, sem que haja necessariamente uma doença de base para o seu aparecimento. Já a secundária existe algum fator anatômico que a determina. D i s p a r e u n i a : principalmente profunda D o r a g u d a : ocorre quando há uma ruptura de um endometrioma com extravasamento de sangue para a cavidade endometrial. I n f e r t i l i d a d e S a n g r a m e n t o U t e r i n o A n o r m a l S i n t o m a s U r i n á r i o s e D i g e s t i v o s : se manifestam devido à presença de lesões endometriais nesses órgãos, interferindo assim, na fisiologia normal dos mesmos. O B S 4 : Apesar de ser rico em sintomas nem sempre a intensidade se correlaciona com a gravidade da doença. E X A M E F Í S I C O O exame físico das pacientes com endometriose é muito variável, podendo se apresentar normal ou com poucos achados, ou ainda ricos em sinais que sugerem a doença. Assim pode-se perceber a presença de massa abdominal na região de fossa ilíaca, dolorosa a palpação, suspeitando-se de nódulo de endometriose. No exame ginecológico o nódulo pode estar presente na cicatriz da episiotomia ou cesariana. A lesão se apresenta nodular avermelhada que sangra e dói principalmente durante a menstruação. Nas pacientes que possuem endometriose profunda, em saco posterior, que invade o fórnice da vagina e cúpula vaginal, pode-se encontrar através do exame especular nódulos arroxeados e avermelhados. Quando a paciente apresenta endometriomas geralmente podem-se perceber massas anexas ao exame de toque. O útero geralmente é um órgão móvel, embora seja sustentado por diversos ligamentos específicos. Quando se apresenta fixo pode indicar fibrose e cicatrização de uma lesão endometrial. E X A M E S C O M P L E M E N T A R E S U l t r a s o n o g r a f i a P é l v i c a e T r a n s v a g i n a l É um exame de fácil realização, barato, fácil acesso, que permite a visualização de cistos ovarianos, aderências, massas pélvicas. Deve-se ser realizada durante a primeira fase do ciclo para não ser confundida com o corpo lúteo. Quando utilizado, o Doppler mostra baixo fluxo. Além disso, existe um tipo específico de USG, a ultrasonografia endovaginal com preparo de alça intestinal, que avalia a endometriose profunda e comprometimento intestinal. Na imagem os cistos podem se apresentar bilobular ou unilobular, hipoecogênicos, com pontos hiperecogênicos em seu interior (pontos esbranquiçados). M a r c a d o r e s C A - 1 2 5 É um marcador bioquímico que está presente no epitélio celomático. Apresenta-se elevado quando ocorrem lesões nesse epitélio, com isso pode estar presente em qualquer outra região do corpo ou outra doença que gere uma destruição ou lesão desse epitélio. Por isso nos pacientes com endometriose seus níveis encontram-se elevados no sangue. Não é importante para a realização do diagnóstico, mas sim para o acompanhamento da endometriose avançada. Quando dosado na fase folicular, os valores acima de 100 indicam endometriose profunda. Arlindo Ugulino Netto – GINECOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2 201 T C e R N M S o exames que tem sua excelncia para avalia o de endometriose profunda. Podem ser teis para a detec o de massas plvicas, retroperitoneais e de septo retovaginal. A RM tem uma acurcia de 63%, baixa sensibilidade. V í d e o l a p a r o s c o p i a . o exame padr o ouro para o diagnstico, e, alm disso, permite a realiza o de procedimentos teraputicos eficazes para a erradica o dadoena. TRATAMENTO Para o tratamento da endometriose, deve-se levar em considera o a idade da paciente, intensidade dos sintomas, extens o, desejo de engravidar, concorrncia com outros sintomas e condies scio-econmicas. V Í D E O L A P A R O S C O P I A Alm de ser o exame padr o ouro para o diagnstico permite a realiza o de procedimentos teraputicos tais como: cauterizar ou remover focos, promover a exerese de endometriomas e lise de aderncias. Atualmente considerado o tratamento mais eficaz e eficiente, e por isso o melhor. T R A T A M E N T O C L Í N I C O E s t á g i o s I e I I . Nos casos de endometriose mnima e leve podem-se utilizar substncias expectantes, antiinflamatrios para os casos de dor plvica, anticoncepcionais hormonais, combinado cclico ou contnuo. Atualmente tem-se uma preferncia maior pelo contnuo para evitar fluxo menstrual retrgrado. Nesse ltimo a inten o do tratamento promover um bloqueio do eixo hipotlamo-hipofisrio-ovariano, com isso, reduzindo as concentraes de estrognio, e dessa forma n o proliferando o tecido ectpico. E por ltimo ainda temos o acetato de medroxiprogesterona, podendo ser administrado por via oral ou contnua (via parenteral - intramuscular). Outra op o atualmente consiste na presena do DIU com libera o contnua de progesterona, comercialmente Mirena. Foi comprovada sua excelncia para aquelas pacientes com dor plvica. E s t á g i o s I I I e I V . O tratamento feito com anti-hormonais mais potentes, entre os principais temos: G e s t r i n o m a : um anlogo da progesterona, entretanto apresenta muitos efeitos colaterais, principalmente em rela o ao aumento de peso. O esquema teraputico mais utilizado 1 comprimido 2,5mg 3 vezes por semana e depois reduzir para duas vezes na semana. D a m a z o l : possuem muitos efeitos colaterais andrognicos, pois s o derivados da norprogestase que se assemelham ao esterides andrognicos. A n á l o g o s d a G n R H : no incio tem um efeito estimulante entretanto, aps um tempo leva a uma supress o da hipfise, com redu o das gonadotrofinas, causando um efeito potente na supress o da endometriose. Sendo este o medicamento mais potente para o tratamento clnico. I n i b i d o r e s d a A r o m a t a s e E f e i t o s C o l a t e r a i s Os efeitos colaterais dos anticoncepcionais s o poucos, entretanto podem ocasionar hipertens o e fenmenos trombticos. O acetato de medroxiprogesterona pode ocasionar reten o hdrica, cefalia. A gestrinoma pode levar ao aumento de peso e aumento das caractersticas sexuais masculinas (masculiniza o – mudana do timbre de voz). Os anlogos da GnRH s o os medicamentos mais potentes, entretanto causam efeitos colaterais semelhante a menopausa, pois gera uma supress o profunda da hipfise. Com isso a paciente pode evoluir com fogachos, perda de libido, secura vaginal, sudorese. Seu uso acima de 6 meses pode gerar osteoporose. L i m i t e s d a H o r m o n i o t e r a p i a Nem sempre apresenta uma boa resposta aos receptores do tecido endometrial ectpico. Presena de aderncias 85% das pacientes no estgio I e II melhoram com o tratamento clnico. Entretanto nos casos mais avanados, estgio III e IV, os anticoncepcionais n o s o eficazes. Tem uma recorrncia de 5 a 20% ao ano, quando tratado somente com hormonioterapia. Arlindo Ugulino Netto – GINECOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2 202 E N D O M E T R I O S E E I N F E R T I L I D A D E E s t á g i o I e I I . Realiza-se a vídeolaparoscopia com cauterização dos focos. Caso a paciente apresente tubas uterinas pérvias, a infertilidade pode ser tratada com inseminação artificial. E s t á g i o I I I e I V . Ressecção vídeolaparoscópica das lesões profundas e realização da fertilização i n v i t r o . T R A T A M E N T O C I R Ú R G I C O A laparotomia é o procedimento de escolha para os casos de endometriose avançada, principalmente quando a tentativa de ressecção vídeolaparoscópica não foi eficaz, ou seja, quando a pelve é inacessível ao laparoscópio por obstrução, por exemplo. É utilizada quando se visa à realização de cirurgias mais radicais (histerectomia total abdominal com salpingooforectomia bilateral). O B J E T I V O S D O T R A T A M E N T O Tratar a dismenorréia Estimular a gravidez Deve-se fazer a profilaxia com uso de anticoncepcionais orais cíclicos ou contínuos após a realização da vídeolaparoscopia. Devemos evitar a realização de cirurgias no período pré e pós-menstrual.
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